Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
Mostrando postagens com marcador DEUS. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DEUS. Mostrar todas as postagens

6 de abril de 2020

O Esconderijo do Altíssimo: O Cristão e a Crise de 2020




Por Markus DaSilva, Th.D.


De todos os livros da Bíblia, os Salmos é sem sombra de dúvidas aquele que nos traz mais direção, esperança e conforto nos dias de adversidades. O constante tema da coletânea de 150 canções e poemas é o de que o homem que tem a Deus como o seu protetor não tem motivo algum de temer qualquer tipo de inimigo, seja ele físico ou espiritual, que por ventura se levante contra ele, pois, Deus, é soberano e está entronizado acima de tudo e de todos. O que o homem temente a Deus precisa fazer é se santificar para o Senhor (Sal 1:1), e descansar sob a sombra das suas asas (Sal 91:4). Esta mensagem de otimismo para o servo fiel é observável desde o primeiro dos salmos, onde o rei Davi nos garante que tudo o que o homem justo fizer prosperará (Sal 1:3), até o último deles, onde um salmista anônimo fecha o livro com uma doxologia, exortando que tudo aquilo que tem fôlego louve ao Senhor (Sal 150:6). Do começo ao fim dos Salmos, podemos observar que não existe lugar para o pânico, mas sim para o descanso e adoração, no coração daquele que habita no esconderijo do Altíssimo.
“Ao permitir a epidemia do coronavírus e a crise financeira mundial, o Senhor nos faz ver o quão frágil é o ser humano.”
Durante Qualquer Epidemia ou Crise Financeira, Deus Continua no Controle da Situação

Nesses últimos dias, onde o mundo passa por uma situação que em vários aspectos nunca foi vivida por ninguém antes de nós, o "Salmos" se destaca como o mais precioso entre os livros das Escrituras. À medida que as constantes más notícias sobre a epidemia do coronavírus e do colapso financeiro global levam a população ao medo, insegurança e desespero, os escolhidos de Deus se voltam para a sua santa e fiel Palavra em busca do conforto e da garantia de que independentemente de como esta crise se desenrolará, e do quão caótico o mundo venha a ficar, o nosso Deus continua em completo controle da situação. Deus é Deus não apenas das montanhas, mas também dos vales (1Re 20:28). Na realidade, são nos dias de adversidades que Deus mais se manifesta como um Deus soberano e cheio de misericórdia e amor para com os seus filhos: “Clame a mim no dia de adversidade; eu te livrarei, e tu me honrarás” (Sal 50:15).

O Livro de Salmos Sempre Foi o Livro Mais Lido Durante os Dias Difíceis

Nesta série especial de pequenos estudos, exploraremos com a ajuda do Senhor várias das muitas mensagens de esperança, conforto e exortação que encontramos nos Salmos. Essas, devo lembrar, são as mesmas mensagens que têm servido ao povo de Deus por milhares de anos, sempre que passamos por momentos difíceis, semelhante a esse que no momento nos encontramos. Durante os dias mais tenebrosos e incertos que vivemos, nós, os justos de Deus, sempre nos voltamos para os Salmos em busca de uma palavra de encorajamento e direcionamento vinda do Senhor. Este precioso livro nunca nos decepcionou e sempre atuou como um bálsamo, curando as feridas do coração angustiado: “Os justos clamam, e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias. Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito. Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra” (Sal 34:17-19).

A Razão Que os Filhos de Deus Sofrem

Queridos, os problemas desta vida são muitos e constantes (Sal 34:15; João 16:33). Uma das principais razões que o Senhor muitas vezes permite que os seus filhos passem pelas mesmas aflições que os ímpios passam, é para que não nos sintamos confortáveis demais neste lugar e assim esqueçamos que esta não é a nossa morada final. Frequentemente nos envolvemos tanto com os afazeres do dia a dia que nos descuidamos e acabamos sendo levados a um viver semelhante aos ímpios e pecadores: “Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores; antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite” (Sal 1:1-2).

Esta Terra em Que Vivemos Não é a Nossa Morada Final

O Nosso Deus é misericordioso e bondoso para conosco e não permitirá que os seus escolhidos entrem por caminhos que os levem à perdição. Ao permitir a atual epidemia do coronavírus e a crise financeira mundial, o Senhor nos faz ver o quão frágil é o ser humano (Sal 103:14). O senhor nos mostra que, contrário ao que Satanás e suas hostes do mal querem nos convencer, esta terra está muito longe de ser um paraíso. Que nesses dias difíceis lembremos que estamos apenas de passagem por aqui. Lembremos que o nosso amado Deus nos enviou Jesus, o seu Filho precioso, para que através do seu sofrimento possamos muito em breve sair deste vale de lágrimas que atualmente nos encontramos (Sal 84:6-8), e sejamos levados a um local onde não mais haverá “terrores da noite, nem a seta que voe de dia, nem peste que anda na escuridão, nem mortandade que assole ao meio-dia” (Sal 91:5-6). Espero te ver no céu.

 

© Copyright 2012-2020 US Library of Congress by Markus DaSilva All rights reserved worldwide.

https://br.markusdasilva.org/parte-1-serie-especial-o-esconderijo-do-altissimo-o-cristao-e-a-crise-de-2020/


19 de fevereiro de 2020

O Deus do Antigo Testamento é o mesmo do Novo Testamento?




Bobby Conway

Contudo, o Senhor espera o momento de ser bondoso com vocês; ele ainda se levantará para mostrar-lhes compaixão. Pois o Senhor é Deus de justiça. Como são felizes todos os que nele esperam! (Isaías 30.18)
Muitas pessoas assumem erroneamente que o Deus do Novo Testamento difere do Deus do Antigo Testamento. Eles o fazem porque acham que o Deus do Antigo Testamento é um rabugento temperamental e volátil, enquanto consideram o Deus do Novo Testamento como um doce pai sem regras, gracioso e glorificado. É assim que a Bíblia apresenta um embate entre os Deuses? O Deus benevolente total do Novo Testamento contra o Deus malevolente total do Antigo Testamento?

A resposta resumida é “não”. Enquanto consigo ver como as pessoas chegam a tal conclusão com um olhar simples para as Escrituras, não consigo ver como a afirmação se mantém sob um olhar firme. Para o estudante neófito da Bíblia, é possível; para o estudioso honesto da Bíblia, inconcebível. Mesmo um recém devoto pode ver um retrato consistente do único verdadeiro Deus.

Mediante uma inspeção mais aproximada das Escrituras fica evidente que Deus é gracioso e justo e que ambas as qualidades estão descritas tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. Admito que alguém talvez veja a evidência da graça de Deus mais distintamente no Novo Testamento, onde sua graça é cravada na cruz por meio da morte expiatória de Jesus, mas isso não significa que o Deus do Antigo Testamento era desprovido de graça.
Nem um pouco.

Vamos considerar um pouco da ampla evidência.

Desde o primeiro livro da Bíblia, a graça de Deus foi rapidamente aplicada com a finalidade de cobrir o primeiro pecado humano (Gênesis 3.21). Além disso, enquanto seguimos em nossa caminhada através do Antigo Testamento, a graça de Deus continua aparecendo. Por exemplo, tomemos os profetas. Esses chamados “profetas de juízo” também eram “mensageiros da graça”. Pense no seguinte. Deus não era obrigado a emitir um alerta para aqueles que estavam em rebelião aberta contra ele. Uma sirene. Um chamado de alerta. O próprio fato de serem alertados repetidamente é um verdadeiro sinal do amor de Deus e da vontade em derramar sua graça sobre o seu povo.

Além disso, sua graça não é limitada. Não, ela é sem limites. Sua graça possui tentáculos de amplo e longo alcance. Considere os ninivitas. O profeta Jonas sabia muito bem que Deus é gracioso, tanto que ele estava ressentido por isso. Ele inclusive fugiu de Deus tentando evitar ser o mensageiro dele. Após Deus ter derramado sua graça e misericórdia sobre os ninivitas, Jonas orou: “Senhor, não foi isso que eu disse quando ainda estava em casa? Foi por isso que me apressei em fugir para Társis. Eu sabia que tu és Deus misericordioso e compassivo, muito paciente, cheio de amor e que prometes castigar mas depois te arrependes” (Jonas 4.2).

Assim como a graça incondicional de Deus é vista no Antigo Testamento, assim também sua santa justiça está onipresente no Novo Testamento. Leia Romanos 1–3 e então tente dizer que “Deus não é justo!”. Ou considere a história em que Jesus purifica o templo (Marcos 11.15-17). Ali vemos a justa ira de Deus em carne e osso. Além disso, consideremos o quanto Jesus falou sobre juízo (Mateus 13.36-43,47-50; 25.41-46; Lucas 12.4-5; 16.19-31). É algo espetacular. E para cobrir tudo isso, simplesmente leiamos o livro de Apocalipse e veremos rapidamente que Deus é um Deus justo (Apocalipse 20.11-15).

Após uma inspeção mais detalhada, fica claro que a Bíblia não retrata um deus de duas cabeças, bipolar e que sofre de crise de identidade, nem o Novo Testamento insere um calço teológico entre eles para separar deuses. Antes, a Bíblia inteira nos apresenta um Deus multifacetado que é justo e gracioso.


Publicado com permissão do ministério The One Minute Apologist (disponível em: <https://oneminuteapologist.com/blog/is-the-god-of-the-old-testament-the-same-god-of-the-new-testament/>)

https://www.chamada.com.br/mensagens/o_deus_do_antigo_testamento_e_o_mesmo_do_novo_testamento.html?

10 de fevereiro de 2020

Como sabemos que existe um Deus quando não podemos vê-lo?


Resultado de imagem para Como sabemos que existe um Deus quando não podemos vê-lo?
 

Lembro-me de acordar na cama quando criança, os olhos bem abertos, enquanto a escuridão entrava no meu quarto. Da minha janela eu via as estrelas, me perguntei, “Existe um Deus?”. Se ele está lá, há quanto tempo ele está lá? Quem o fez? E o que ele está pensando? Se ele existiu para sempre, isso significa que eu existirei para sempre?

Meus pais estavam abertos, mas cautelosos sobre a existência de Deus. Certamente não eram ateus, mas tampouco aceitaram a noção de um Deus pessoal. O meu lar abraçava o sobrenatural em geral, mas não tinha paciência para um Deus que se intrometia na moralidade de meros homens.

Como você responderia a um amigo que lhe fez a simples pergunta: “Se você não pode ver Deus, por que você acredita que ele existe?”
 
Primeiro, a natureza é evidência da existência de Deus.

Todos sabemos que as palavras não podem fazer justiça à beleza e grandeza do mundo natural. Se é a profundidade do mar azul, o poder de um furacão, ou os matizes coloridos do pôr do sol mais simples.

Esconder-se por trás de toda essa beleza crua é uma verdade ainda mais impressionante: o universo em que vivemos é finamente sintonizado, perfeitamente equilibrado para ser um ambiente hospitaleiro para a humanidade – e isso dificilmente pode ser um acidente.

Os cientistas descobriram que, se a força da gravidade fosse mesmo ligeiramente diferente em uma direção, o sol estaria muito quente para a Terra sobreviver como um planeta que sustenta a vida.

Mas isso não é tudo. Os cientistas concordam que o universo está em constante estado de expansão – e tem se expandido desde o início. Os cientistas podem não saber como o universo começou, mas desde Einstein eles têm argumentado para um Big Bang – um momento de tremenda força que começou tudo.

A taxa em que o universo começou a expandir não é algo pequeno. O universo teve de se expandir com força suficiente para mantê-lo sem inverter o curso e desmoronar em si mesmo.

Se apenas a gravidade ou a expansão do universo fosse pouca coisa diferente do que é atualmente, não existiria vida na Terra.

Eu poderia continuar, mas você começa a entender o ponto. É altamente improvável que um universo tenha chegado “naturalmente” – sem a intervenção de Deus.

O fato de que a Terra é tão incrivelmente condicionada para proporcionar aos seres humanos e aos animais uma casa hospitaleira me ajuda a ler o Salmo 19:1 com uma luz inteiramente nova: “Os céus declaram a glória de Deus e o céu acima proclama sua obra”.
 
Em segundo lugar, as pessoas, ainda que imperfeitamente, aceitam um padrão universal de certo e errado.

Durante séculos, os filósofos têm lutado com a pergunta: “Por que há tanto bem no mundo?” Talvez isso o surpreenda.

Você provavelmente está acostumado a ouvir sobre o problema do mal. É uma pergunta muitas vezes colocada para aqueles com a firme convicção de que há um Deus, e não apenas qualquer Deus, um Deus que é todo-bom e todo-poderoso.

Se isso é verdade, esses céticos perguntam, então por que há tanto sofrimento no mundo? Por que Deus permitiria isso? É certo que essa é uma grande questão, e a qual a Bíblia não cala.

No entanto, há outra questão, tão importante, que todo cético precisa responder. Vou dizer de outra maneira: “Se não há Deus no mundo, se não existe um Ser que, como Autor da vida, possa distinguir o certo do errado, por que é universalmente aceito que existe algo certo e errado?”

O fato de que somos seres morais, que os seres humanos não passam todos os dias conspirando como roubar dos fracos para própria satisfação (pelo menos a maioria de nós), é uma boa evidência de que há um Deus, e que Deus é Bom.

CS Lewis começou sua famosa obra, Mere Christianity, com essa linha de raciocínio. O professor de inglês de Oxford que chegou a uma crise pessoal de fé depois de lidar com a morte de sua mãe e os horrores da Primeira Guerra Mundial, emitiu uma série de endereços de rádio enquanto a Grã-Bretanha foi abalada pela Segunda Guerra Mundial.

As pessoas estavam lutando para dar sentido à vida, e Lewis acreditava que o lugar para começar era com a existência de um Deus. Ele foi atingido (e estas são as minhas palavras, não as suas) que Deus tomou partido. As mensagens de rádio de Lewis transformaram-se em um livro em defesa da fé cristã.

Lewis argumentou que todo mundo tem que decidir entre duas visões de mundo muito diferentes. A primeira, a cosmovisão materialista, argumenta que as coisas só acontecem. O mundo apenas existe. Não há nenhuma explicação sobrenatural, divina para qualquer coisa. Em uma confluência maravilhosa de acontecimentos aleatórios, a vida veio a existir e tudo o que aconteceu desde a existência dos humanos até a pintura da Mona Lisa até a construção do Burj Khalifa nada mais é do que um acaso.

A outra visão, que Lewis chamou de visão religiosa, é muito mais razoável. Na verdade, é a única visão que faz sentido da mente humana, uma mente que não só pode pensar, mas pensar moralmente.

É uma mente que não apenas faz planos, a fim de estocar comida suficiente para passar o inverno, mas uma mente que realmente se preocupa com as pessoas que não têm comida. É uma mente governada pelo que Lewis chamou de Lei Moral.

Vivemos em um mundo onde o certo e o errado significam algo. E mesmo se discordarmos (como costumamos fazer) quanto ao que é certo ou errado, isso não elimina a categoria. Os seres humanos podem discordar se é certo permitir o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, e diversas outras questões.

Sobre estes e outros mil elementos não há, nenhum consenso. Mas quando se trata de direitos humanos básicos, gerações e gerações estão de acordo que alguns padrões morais são absolutos.

Tim Keller, pastor da Igreja Presbiteriana Redentora de Nova York, escreveu o que chama de O Conceito de Obrigação Moral:

Embora tenhamos sido ensinados que todos os valores morais são relativos aos indivíduos e às culturas, não podemos viver assim. As pessoas que riem da afirmação de que há uma ordem moral não pensam que o genocídio racial é apenas impraticável ou auto-destrutivo, mas que é errado. Os nazistas que exterminaram os judeus podem ter alegado que não sentiam que fosse imoral. Nós não nos importamos. Não nos importamos se sentiram sinceramente que estavam fazendo um serviço à humanidade. Eles não deveriam ter feito isso.

É essa última frase realmente importante: “Eles não deveriam ter feito isso.” Como podemos dizer isso com tanta certeza? Com que fundamento podemos fazer uma afirmação tão universal? De onde vem a própria ideia de “deveria”?

Eu acho que a questão é extremamente importante, e isso nos aponta na direção de Deus. “Devia” existir porque Deus existe. Livrar-se de Deus, e você pode muito bem se livrar do bem, também.
 
Terceiro, a Bíblia testifica a existência e caráter de Deus.

Os céticos não gostariam da minha terceira razão para acreditar em um Deus que eu não posso ver. Devo notar que ele não está sozinho. É precedido por dois argumentos que não dependem de modo algum do terceiro. Tudo o que você pensa sobre a Bíblia, o fato é que não há nenhuma explicação natural para a existência da vida na terra e não há uma explicação meramente humana para o problema do bem. A existência de Deus é a resposta melhor e mais satisfatória para as duas questões.

Mortimer Adler, filósofo e autor do popular How to Read a Book , escreveu um volume menos conhecido, Como Pensar em Deus. Nela ele argumenta que é bastante razoável acreditar que Deus existe. No entanto, não há nenhuma evidência, de acordo com Adler, que Deus se importa.

Talvez Adler tivesse razão, a menos que tivéssemos razão para acreditar que Deus não só existe, mas que Deus falou.

Qualquer um que queira pensar seriamente sobre Deus deve levar a sério o fato de que, por séculos, judeus e cristãos fiéis começaram sua busca de conhecer a Deus com a suposição básica de que ele se deu a conhecer e não apenas na natureza, mas nas palavras.

Tudo o que se diz sobre a Bíblia, não pode ser negado que ele afirma ser as palavras de um Deus que falou. Dito de outra forma, Deus se revelou nas palavras da Bíblia.

Os profetas do Antigo Testamento se identificaram como homens enviados por Deus para falar suas palavras. Jeremias, escrevendo por volta de 550 aC, escreveu as seguintes palavras para explicar seu ministério: “Então o SENHOR estendeu a mão e tocou a minha boca. E disse-me o SENHOR: Eis que pus as minhas palavras na tua boca” (Jr 1: 9).

E o muito mais velho profeta Amós descreveu a revelação de Deus desta maneira: “Porque o Senhor Deus nada faz sem revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Amo 3: 7).

Os escritores do Novo Testamento certamente afirmaram a autoridade divina dos profetas do Antigo Testamento (2 Tm 3:16), mas eles também acreditavam que Deus continuava a falar através deles.

O autor do Livro de Hebreus, enquanto escrevia suas palavras, compreendeu que estava entregando as próprias palavras de Deus quando exortou seus leitores a atendê-las. “Vede que não recuses o que fala” (Hb 12:25).

Mas quem está falando? Deus é, para o seu povo, através das palavras do autor aos hebreus. Pedro, o famoso seguidor de Cristo e testemunha de sua ressurreição, acreditava que Deus estava trabalhando nos primeiros dias da igreja fornecendo uma obra divina e escrita para seu povo.

Pedro colocou os muitos escritos de Paulo a par com os escritos do Antigo Testamento (2 Pedro 3:16).

O fato de a Bíblia testemunhar a existência de Deus não é a única prova de que Deus existe, mas é uma verdadeira prova. Deus falou, e isso muda tudo.
 
Conclusão

Meu caminho para a fé não veio lendo um ensaio apresentando argumentos racionais para a existência e amor de Deus.

Todos os argumentos dos melhores filósofos nunca levarão o cético a conhecer a Deus até que ele perceba que é surdo, cego, manso e pobre. Eu já fui surdo, mas agora eu ouço as palavras de um livro, uma vez eu estava cego, mas agora eu vejo. Pela graça de Deus, creio em um Deus que eu não posso ver, pelo menos não ainda.
 

Autor: Aaron Menikoff (PhD, The Southern Baptist Theological Seminary) é Pastor Sênior do Monte. Vernon Baptist Church em Atlanta, GA. Ele escreve em ” Free to Serve ” e é autor de Politics and Piety (Pickwick).

Fonte: Christianity.com
 
https://bibliacomentada.com.br/index.php/como-sabemos-que-existe-um-deus-quando-nao-podemos-ve-


30 de setembro de 2019

Jesus é Plenamente Deus e Plenamente Homem


Resultado de imagem para Jesus é Plenamente Deus e Plenamente Homem


Quem nega uma dessas doutrinas não é salvo

Além de crer algo a seu próprio respeito – que você é um pecador carente de perdão, ser cristão implica em crer certos fatos básicos a respeito de quem Jesus é. Para começar, é preciso crer que ele é plenamente Deus e plenamente homem. 
 
Começamos com o conceito de que Jesus é 100% Deus. Em Romanos 10, o apóstolo Paulo diz: “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação” (Romanos 10.9-10). Para ser salvo é preciso confessar com seus próprios lábios que Jesus é Senhor. Nesse texto, a ênfase de Paulo não repousa sobre o modo de confissão (com sua boca), mas sobre o conteúdo da confissão (Jesus é Senhor). Precisamos reconhecer, crer, confessar e proclamar que Jesus é Senhor. Falarei um pouco mais sobre senhorio de Jesus daqui a pouco. Mas aqui eu desejo observar que a confissão “Jesus é Senhor” é, entre outras coisas, uma confissão quanto à divindade de Jesus – sua natureza divina. Pense no Tomé incrédulo se curvando diante do Jesus ressurreto e dizendo: “Senhor meu e Deus meu!” (João 20.28). Uma vez que os apóstolos compreenderam que Jesus era Deus, o termo “Senhor” se tornou imbuído da divindade de Cristo. Paulo também se refere a Jesus como Senhor de tal forma a esclarecer que ele considera Jesus o próprio Deus. O estudioso de Novo Testamento Larry Hurtado sugere que “invocar o nome do Senhor é uma expressão bíblica frequente de adoração a Yaweh”. A divindade de Jesus é uma doutrina cristã essencial porque somente uma pessoa infinita e sem pecado poderia ter carregado a punição infinita que nossos pecados mereciam. Se Jesus não é Deus, ele é incapaz de nos salvar. 
 
Por outro lado, precisamos também crer que Jesus é 100% homem. Algumas pessoas na igreja em seus primórdios tiveram menos problema com a questão da divindade de Jesus e mais dificuldades com a questão da humanidade de Jesus. Elas criam que Deus havia vindo na Pessoa de Jesus Cristo. Entretanto, não conseguiam imaginar que Deus pudesse assumir plenamente a forma humana, como ser humano e sofrer e morrer como homem. Parecia demais. Como Deus haveria de se curvar tanto? Para tratar dessa confusão, o apóstolo João escreveu uma afirmação esclarecedora: "Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo” (1 João 4.2-3). Assim como Jesus só pode salvar se for plenamente divino, Ele também só pode salvar se for plenamente humano. Somente um ser humano pode substituir outro ser humano, assumindo o castigo que nós merecemos. Apenas um membro da raça humana poderia desfazer a maldição que Adão trouxe sobre todos nós (Romanos 5.12-21). Apenas alguém que conhecesse a fragilidade e a fraqueza de ser um homem poderia ser sacerdote solidário e misericordioso para conosco (Hebreus 4.14-16). 
 
Um cristão, então, é alguém que confessa tanto a humanidade quanto a divindade de Jesus. Os autores do Novo Testamento são incapazes de imaginar uma formulação de cristianismo que rejeita essas crenças


Mike McKinley
https://www.facebook.com/naohaheresias/
 
 

25 de fevereiro de 2019

O que Deus estava fazendo antes da Criação?



Uma das razões que as pessoas dão para rejeitar um universo jovem é que eles acham que isso de alguma forma limita Deus. Afinal, o que estava fazendo todo esse tempo antes da criação? Esta questão reflete uma incompreensão básica sobre Deus e o tempo.

Por causa da minha posição sobre um universo jovem, um homem se aproximou de mim e disse: "Mas não faz sentido acreditar em um universo jovem. Afinal, o que era Deus fazendo todo esse tempo antes que Ele criou? "

Eu respondi: "A que tempo você se refere?"

A pessoa respondeu: "Bem, não faz sentido dizer que Deus sempre existiu, e ainda assim Ele não criou o universo até apenas seis mil anos atrás." Aparentemente, ele estava preocupado sobre Deus ter tido uma vez um monte de tempo em Suas mãos sem nada para fazer.

Eu, então, passei a explicar que, porque Deus sempre existiu, então não faz sentido perguntar: "O que Deus estava fazendo todo esse tempo antes de criar?" Não importa o quão longe você tivesse que voltar no tempo, você ainda teria uma quantidade infinita de tempo antes dele criar! Assim, mesmo se o universo tivesse bilhões ou trilhões ou quatrilhões de anos de idade, você ainda poderia fazer a mesma pergunta.

O tempo foi criado com o Universo 

Eu, então, respondi: "Mas você está ignorando o fato de que não havia tempo antes de Deus criar."

O tempo é, na verdade, uma entidade criada. O primeiro versículo da Bíblia diz: "No princípio Deus criou os céus e a terra" (Gênesis 1: 1, ênfase adicionada).

Um estudo deste versículo revela que Deus criou o tempo, espaço e matéria no primeiro dia da Semana da Criação. Nenhum deles pode ter uma existência significativa sem os outros. Deus criou o universo espaço-massa-tempo. O espaço e a matéria devem existir no tempo, e o tempo requer espaço e matéria. Tempo só faz sentido se existir entidades físicas e eventos transpirem durante o tempo.

"No princípio. . . " É quando o tempo começou! Não havia tempo antes do tempo ser criado!

Deus é separado do tempo e do Universo 

Quando eu estou ensinando as crianças, eu gosto de explicar isso desta maneira. Não houve "antes" de Deus criar. Não havia nem mesmo "nada"! Houve Deus existente na eternidade.

Isto é algo que os seres humanos, como seres finitos criados, nunca podem realmente entender. É por isso que a Bíblia deixa claro, há sempre um aspecto de "fé" para a nossa compreensão de Deus. Agora, a fé bíblica não é contra a razão, mas essas coisas vão além de nossa compreensão. 

Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.( Hebreus 11:6)
No Salmo 90:2 lemos: "Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus."

Então, o que era "antes" da criação? Deus existente de eternidade a eternidade - Deus existente na eternidade.

Você se lembra o que Deus disse a Moisés, quando ele perguntou a Deus quem ele deveria dizer que o enviou para liderar o seu povo da opressão do Egito?
E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: "EU SOU me enviou a vós." (Êxodo 3:14).
Deus é o grande "EU SOU". Ele existe na eternidade. Ele não foi criado.

Em Apocalipse 1:8, lemos: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso."

Isaías 43:10 registra estas palavras de Deus: "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá."

Em outras palavras, é um erro falar sobre o que Deus estava fazendo "antes da criação", porque o conceito de tempo (antes, durante e depois) não veio a existir até o Dia Um da Semana da Criação. Deus existe - Ele é - Ele é o eterno auto existente. Ele está fora do tempo.

Deus queria que soubéssemos Seu Plano para a história, do começo ao fim 

A Bíblia deixa claro que a existência de Deus é completamente separada da história deste universo, que começou em Gênesis 1:1. Em outras palavras, não existe tal coisa como "pré-histórico". A história começou quando ela foi gravado pela primeira vez - o primeiro versículo do Gênesis.

Agora, quando nós entendemos isso e, em seguida, também entendemos que toda a criação, incluindo Gênesis 1:1, foi realizada em seis dias, podemos começar a calcular há quanto tempo atrás Deus criou o mundo.

Êxodo 20:11 deixa claro que os céus e a terra (Gênesis 1:1) e tudo o resto (tudo o que está listado em Gênesis 1) foram criadas em seis dias: "Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.".

Com base na forma como a palavra dia é usada em Gênesis 1, a criação tinha que ser de seis dias (de aproximadamente 24 horas) comuns. Muitos artigos técnicos e populares mostram que o contexto exige este significado.¹

Então a Bíblia lista genealogias muito específicas da linhagem do Messias em Gênesis 5 e Gênesis 11. Somos informados que Adão tinha 130 anos quando gerou Sete. Quando Sete tinha 105 anos de idade, gerou a Enos - e então essas listas continuam. Quando somam-se todas as datas e outras referências de tempo por toda a Escritura, então é claro que "No princípio" foi de cerca de seis mil anos atrás.²

Atualmente alguns líderes cristãos afirmam que a Bíblia não dá uma data absoluta para a criação, por isso não podemos saber quão antiga a criação realmente é. Mas é claro que a Bíblia não dá uma data para a criação. Entenda, se a Bíblia registrou que a criação foi há seis mil anos, então pelo fato da Bíblia ter sido concluída cerca de 2.000 anos atrás, a criação teria 8.000 anos de idade! E a Bíblia não usa termos como a.C. ou d.C. porque são convenções humanas baseadas aproximadamente no nascimento de Jesus.

No entanto, a Bíblia nos dá algo muito melhor do que uma data - uma história muito específica que nos permite não somente determinar a idade do universo, mas também conhecer todos os detalhes essenciais sobre plano de redenção de Deus desde o início dos tempos, incluindo a linhagem do Messias prometido.

Um último ponto: Em nenhuma parte da Bíblia encontramos qualquer sugestão de milhões ou bilhões de anos. A crença em milhões de anos é realmente parte da religião secular do homem, que tenta explicar a vida sem Deus, em vez de acreditar no verdadeiro relato das origens no Gênesis que começa "No princípio...."

A nossa capacidade de confiar na promessa de Deus de salvação depende de nossa capacidade de confiar em tudo que Ele diz sobre a história, do começo ao fim. Se não podemos confiar em Suas afirmações sobre o passado, como podemos confiar em Suas promessas sobre o futuro?

Felizmente nós servimos a um Deus em quem podemos confiar em cada detalhe. Embora Ele esteja além do espaço e do tempo, Ele se humilhou para Se tornar um homem e morreu na cruz por nossos pecados. Ele também nos deu um registro dessa história em Sua Palavra, para que possamos saber que é realmente verdade.


¹ Por exemplo, veja (em inglês) “Biblical Age for the Earth,” capítulo 2 de "Old-Earth Creationism on Trial",
http://www.answersingenesis.org/articles/oect/prosecution-biblical-age.

² Veja Bodie Hodge, “How Old Is the Earth?”. 


Traduzido aqui: Qual a idade da Terra? 
Ken Ham, um ex-professor de escola pública, é o fundador e presidente da Answers In Genesis. Foi editor e autor de vários livros sobre a autoridade da Palavra de Deus e do impacto do pensamento evolutivo sobre a nossa cultura, incluindo o recente best-seller, Already Gone.

Traduzido de:
https://answersingenesis.org/answers/biblical-authority-devotional/where-does-god-live/what-was-god-doing-before-creation/


BARRABÁS LIVRE >>> http://www.barrabaslivre.com/2015/05/o-que-deus-estava-fazendo-antes-da.html#ixzz5gUxntCKc


5 de janeiro de 2019

Se Deus é amor porque Ele lançava maldições nas pessoas?




(1) Se pegarmos, por exemplo, um único verso como o de Deuteronômio 28:20: “O SENHOR mandará sobre ti a maldição, a confusão e a ameaça em tudo quanto empreenderes, até que sejas destruído e repentinamente pereças…”. Esse verso isolado e pinçado de um trecho maior da Bíblia pode nos levar a tirar conclusões erradas a respeito de Deus. Por exemplo, alguns podem dizer que Deus é mau, que Deus é muito duro, que Deus não é amor baseados em textos como esse. No entanto, será que é isso mesmo? Será que uma análise correta nos levará a esse mesmo resultado?

Deuteronômio 28:1-14 – As bênçãos da obediência

(2) Quando analisamos o texto com maior exatidão observamos que Deus fez uma aliança com o povo. Nessa aliança o povo deveria obedecer aos mandamentos e as leis de Deus (parte que cabia ao povo) e Deus os abençoaria (parte que cabia a Deus). É uma aliança que chamamos de aliança de obras. Observe que temos primeiramente Deus estabelecendo uma série de bênção que seriam derramadas mediante a obediência. Cito uma para exemplificar: “O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado” (Deuteronômio 28:12).

Deuteronômio 28:15-68 – As maldições da desobediência

(3) Na sequência do texto observamos que temos as consequências da quebra da aliança. Deus deixa bem claras as especificações de Sua aliança, de Seu “contrato” com o povo. E como em qualquer aliança (ou contrato) temos os bônus (bênçãos), os ônus (obrigações) e as punições (quebra da aliança). Deus deixa claro o que aconteceria se a aliança fosse quebrada. Tanto que Ele gasta muito mais texto para deixar muito claro que a desobediência seria algo terrível para a vida do povo, buscando assim incentivar o povo a não ir por esse caminho.

(4) Além de tudo isso, Deus ainda coloca em Sua aliança palavras amorosas incentivando o povo a andar no caminho correto: “Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio 30:19). Isso deixa claro a todos que Deus não é um ser maldoso que castiga pessoas inocentes como que por brincadeira. Antes, no Antigo Testamento, Ele propõe ao povo a bênção de escolher o caminho certo.

(5) Sendo assim, o que temos é um Deus justo que aplica exatamente a justiça designada em Sua aliança com o povo, aliança essa aceita pelo povo. Dessa forma, onde estaria a maldade de Deus? Onde estaria a falta de amor Dele? Um pai que avisa o filho várias vezes sobre como deve se comportar e estabelece junto com o filho um castigo caso ele não se comporte estaria sendo mau em disciplinar o filho quando este não cumpre aquilo que é correto? Certamente que não! 

(6) Finalizo dizendo que a Bíblia ainda menciona que Deus escreveu não só na Bíblia coisas que O revelam, mas também na natureza, na Sua criação e, por isso, todos que se afastam de Deus e preferem ouvir Seus próprios pensamentos pecaminosos também estão rebelados diante de Deus e isso os fará colher muitas maldições em Suas vidas, não sendo Deus injusto por permitir ou executar isso: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Romanos 1:20-21).


https://www.esbocandoideias.com/2018/01/deus-e-amor-porque-lanca-maldicoes-nas-pessoas.html?


2 de outubro de 2018

Qual o Significado dos Sete Espíritos de Deus?




Os sete Espíritos de Deus são mencionados quatros vezes no livro do Apocalipse, e muitos cristãos possuem dúvidas acerca do que são, ou, para alguns, quais são os sete Espíritos de Deus, e como se deve entender corretamente o significado dessa expressão.

Na verdade, a Bíblia não específica de forma explicita e detalhada a expressão “sete Espíritos de Deus” quando ela ocorre, porém as Escrituras nos fornecem algumas informações que são essenciais para compreendermos o significado de tal expressão.

O que a Bíblia fala sobre os sete Espíritos de Deus?

As passagens bíblicas onde essa expressão é utilizada nos dizem o seguinte:
  • Em Apocalipse 1:4, os sete Espíritos de Deus são mencionados na saudação introdutória do livro.


  • Em Apocalipse 3:1, Jesus se apresenta a igreja em Sardes como sendo aquele que “tem os sete Espíritos de Deus”.


  • Em Apocalipse 4:3, na visão do trono de Deus, os sete Espíritos de Deus aparecem relacionados à figura de sete lâmpadas que estão diante do trono.


  • Em Apocalipse 5:6, na visão de Cristo exaltado recebendo das mãos do Pai o livro selado com sete selos, os sete Espíritos de Deus enviados por toda terra são mencionados em conexão com os sete chifres e os sete olhos do Cordeiro.

Qual o significado dos sete Espíritos de Deus?

Com base nessas passagens à luz de outros textos Bíblicos, existem três interpretações diferentes que são sugeridas pelos estudiosos como sendo o significado correto da expressão “sete Espíritos de Deus”:
  • Os sete Espíritos de Deus são anjos;
  • Os sete Espíritos de Deus são seres celestiais poderosos superiores aos anjos;
  • A expressão “sete Espíritos de Deus” é uma descrição simbólica do Espírito Santo.
A seguir, entenderemos melhor cada uma dessas sugestões, e analisaremos qual delas é a mais coerente com o relato bíblico.

Os sete Espíritos de Deus são anjos

Alguns estudiosos entendem que os sete Espíritos são sete anjos que estão diante do trono de Deus. Eles se baseiam, principalmente, em passagens bíblicas em que os anjos às vezes são chamados “espíritos”, como em Hebreus 1:7,14.

O grande problema com essa interpretação é que no livro do Apocalipse nunca os anjos são chamados de espíritos, ao contrário, não faria qualquer sentido a expressão “sete Espíritos” ser aplicada aos anjos já que em várias passagens encontramos explicitamente a expressão “sete anjos” (Ap 15:1,6-8; 16:1; 17:1; 21:9).

Os sete Espíritos de Deus são seres celestiais

Essa interpretação é bastante semelhante à sugestão anterior e defende que os sete Espíritos de Deus são sete seres celestiais, talvez superiores aos anjos, ou, pelo menos, pertencentes a uma ordem mais elevada, e que tais seres são símbolos da majestade divina.

Na verdade essa interpretação encontra dificuldade, primeiramente, em tentar definir quem são esses seres. Alguns argumentam que talvez sejam serafins, querubins ou, quem sabe, arcanjos. Geralmente quem defende essa sugestão utiliza de alguma forma passagens que descrevem seres celestiais no Apocalipse (Ap 4:6; 5:6; 19:4).

A principal dificuldade dessa interpretação ocorre no fato de que quando a expressão “sete Espíritos de Deus” é utilizada, ela parece completar a plenitude da Trindade, como em Apocalipse 1:4, numa saudação onde aparecem, de forma explicita, o Pai e o Filho. Assim, mesmo esses seres celestiais sendo poderosos e superiores aos anjos, eles necessariamente são inferiores a Deus e não podem ser mencionados no sentido que tal expressão transmite.

A expressão “sete Espíritos de Deus” simboliza o Espírito Santo

A linguagem simbólica é predominante no livro do Apocalipse, e sob essa ótica, os números possuem uma aplicação muito significativa. Especificamente sobre o número 7, podemos dizer que ele é utilizado desde o Antigo Testamento para transmitir o sentido de “pleno”, “totalitário” e “completo”.

Na verdade o numero 7 é empregado pelo menos 54 vezes no Apocalipse de forma explicita. É por isso que temos os sete selos, sete trombetas, sete taças etc. Além disso, ele também ocorre de forma implícita, onde muitas vezes uma mensagem é agrupada em padrões de sete, como por exemplo, nas sete bem-aventuranças presentes no livro (Ap 1:3; 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7; 22:14).

Outro fato fundamental para o nosso estudo, é saber que o Apocalipse enfatiza a Trindade, porém em nenhuma vez utiliza o título “Espírito Santo”. Entretanto, encontramos nesse livro a designação “sete Espíritos de Deus”, ou em outra tradução, “o Espírito sétuplo de Deus”, que quando combinamos com o significado do número 7 em todo o livro, entendemos que claramente se trata de uma referência ao Espírito Santo.

Isso fica bem nítido na primeira vez que essa expressão aparece no livro, onde obviamente lemos uma saudação trinitária (Ap 1:4,5). Perceba que primeiro o apóstolo João menciona Deus Pai: “graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir”. Depois, o apóstolo menciona os sete Espíritos: “e da [parte] dos sete Espíritos que estão diante do seu trono”. Finalmente, no versículo seguinte, ele menciona o Filho: “e da parte de Jesus Cristo”.

Diante dessa saudação, podemos concluir que a expressão “sete Espíritos de Deus” só pode significar alguém que complete a plenitude da Trindade, o que naturalmente nos leva a entender que é o Espírito Santo (cf. 2Co 13:14; 1Pe 1:1,2), ou seja, a graça e a paz provêm de Deus o Pai, o Filho e o Espírito.

Em Apocalipse 5:6, lemos que os sete Espíritos de Deus são enviados a toda a terra. Essa descrição está completamente de acordo com a atuação do Espírito Santo no mundo, onde através da pregação do Evangelho pela Igreja, pessoas de todas as nações são levadas a conhecer a Deus.

Existem muitas semelhanças entre a forma com que João emprega essa expressão no Apocalipse, sobretudo no capítulo 4 e versículo 5, e uma profecia do profeta Zacarias sobre a atuação do Espírito de Deus (Zc 4:2-6).

Algumas pessoas também utilizam uma profecia com implicações messiânicas do profeta Isaías, onde é dito que sobre o filho de Davi repousaria “o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e temor do Senhor” (Is 11:2).

É claro que esse texto pode ser utilizado, porém não com o objetivo de tentar estabelecer uma designação detalhada dos sete Espíritos, pois certamente esse não é propósito dessa passagem, onde apenas é mostrado o mesmo e único Espírito de vários ângulos diferentes, refletindo os atributos divinos que são comunicados como dons.

Assim, devemos entender que o a designação “sete Espíritos” não deve ser interpretada de forma fracionada, mas sim, como uma unidade perfeita, onde a expressão sete Espírito de Deus significa a plenitude do Espírito Santo em sua Pessoa, atuação e influência no mundo e na Igreja.


https://estiloadoracao.com/os-sete-espiritos-de-deus/



1 de agosto de 2018

Quem são os sete espíritos diante do trono de Deus em Apocalipse 1.4?




Apocalipse 1.4 diz:
"... A vocês, graça e paz da parte daquele que é, que era e que há de vir, dos sete espíritos que estão diante do seu trono". 

Quem são os sete espíritos? Representam a terceira Pessoa da Trindade (o Pai e o Filho foram mencionados antes, no v. 2)?

É surpreendente, mas a resposta correta a essa pergunta parece que é sim. (Pode-se conceber a ideia de tratar-se de sete anjos, mas dificilmente poderiam ser os das sete igrejas da Ásia, que são relacionados em separado [v.4].) Como poderia o Espírito Santo ser representado por sete, em vez de um? Bem, a primeira aparição do Espírito Santo em sete facetas ocorre em Isaías 11.2: "O Espírito do SENHOR [1] repousará sobre ele [o Messias], o Espírito que dá sabedoria [2] e entendimento [3], o Espírito que traz conselho [4] e poder [5], o Espírito que dá conhecimento [6] e temor [7] do SENHOR". NO simbolismo bíblico sete é o número da obra perfeita de Deus (cf. Gn 2.2, 3), de modo que "o tronco de Jessé" (Is 11.1) será dotado do Espírito Santo ao iniciar seu ministério messiânico.

Há outra passagem em que ocorre a menção do Espírito em sete facetas, que é Zacarias 3.9: "... vejam a pedra que coloquei na frente de Josué! Ela tem sete pares de olhos...". Nessa passagem há perfeita supervisão, o cuidado providencial de Deus, o Espírito Santo, representado pelos sete olhos gravados na "pedra" (provavelmente uma gema enorme) colocada diante do sumo sacerdote. Aparecem de novo em Zacarias 4.10 e 11: "Pois aqueles que desprezaram o dia das pequenas coisas terão grande alegria ao verem a pedra principal nas mãos de Zorobabel". Então ele me disse: "Estas sete lâmpadas são os olhos do SENHOR, que sondam toda a terra!". O Espírito Santo em sua amorosa providência é prometido para a dedicação do segundo templo que estaria pronto em 516 a.C.

Mas é no Apocalipse que os "sete espíritos" aparecem como indivíduos, não apenas em 1.4, mas em 3.1: "Estas são palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras...". Em 4.5: "...Diante dele [do trono] estavam acesas sete lâmpadas de fogo, que são os sete espíritos de Deus". Em 5.6: "Depois vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, em pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra". Parece haver uma conexão bem definida entre o Espírito em sete facetas de Isaías 11.2 e o de igual úmero em Apocalipse, que representa o Senhor, em disfarce externo de sete espíritos distintos, número apropriado à perfeição de Deus, ao seu cuidado providencial, o tema central de Apocalipse. O livro todo está cheio de simbolismos; portanto, não deveríamos considerar demasiado surpreendente que o número sete represente a unidade, de forma tão extraordinária e impressionante.

Afinal, já vimos como o próprio Cristo de início foi representado em sua glória e ressurreição como o Filho do homem, de cabelos brancos e olhos flamejantes, trajando uma toga longa que lhe encobria os pés de cobre reluzente (1.14, 15); em 5.6 ele é representado pelo Cordeiro, cuja aparência era de quem havia sido morto, dotado de sete chifres e sete olhos. Outra vez temos o simbolismo de sete que representa um; nesse caso, porém, trata-se de Deus, o Filho, em vez do Espírito Santo. De modo semelhante, Satanás é representado por um dragão vermelho, que expele fogo, de sete cabeças e dez chifres (12.3), parecido com seu primeiro-ministro e representante na Terra, a besta de dez chifres, dez diademas e sete cabeças, com semelhança de leopardo, tendo, porém, os pés de urso e a boca de leão (13.2). (No caso de Satanás e do ditador mundial, o número sete representa a declaração vã de possuir o poder perfeito de Deus.)

Assim também a igreja mundana e apóstata é simbolizada por uma prostituta vestida de azul e vermelho, sentada sobre a besta de igual cor (17.3, 4). Os símbolos apresentam não a pessoa, nem o poder cósmico, na aparência real, mas em forma simbólica; o objetivo é ensinar o observador humano (João) algo a respeito das qualidades e características do Espírito Santo. Uma pomba representou o Espírito Santo quando Jesus foi batizado (Mt 3.16), e a diversidade de línguas como que de fogo representou o Senhor no Pentecostes, quando ele deu poder e expressão verbal às testemunhas de Cristo (At 2.3). É provável que houvesse quase 120 línguas semelhantes a tochas, se todos os discípulos do cenáculo estivessem presentes naquela festa (At 1.13, 15). Assim vemos que o Espírito Santo também é simbolizado de maneiras diferentes.


Por Gleason Archer
Fonte: Enciclopédia de Temas Bíblicos 
http://ovrbo.blogspot.com/2013/10/quem-sao-os-sete-espiritos-diante-do.html