Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
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9 de agosto de 2018

A esposa do pastor: Apoiadora, mas não deslumbrada


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A despeito do temperamento do pastor e do tipo de igreja que ele serve, a maioria de nós concorda que toda igreja deve ter um vasto espectro de afeição por seu pastor. Cada igreja, até certo ponto, tem membros que veem o seu pastor a partir de “lentes cor-de-rosa”, enquanto outros mal toleram a sua existência e permanecem na igreja apesar dele. Naturalmente, os pastores com frequência buscam afirmação e encorajamento se cercando daqueles que o consideram o melhor pregador, o conselheiro mais compassivo e o líder mais forte, enquanto evitam aqueles que têm menos pensamentos tolerantes sobre eles.

Isso tem conduzido ao que eu acho que é um papel bom, útil e saudável para nossas esposas terem em nossas vidas como pastores, enquanto enfrentamos uma variedade tão grande de afeição para lidar dentre nosso povo. A esposa de um pastor deve ser sempre…

Apoiadora, mas não deslumbrada.

Apoiadora: O maior bem de um pastor não é um presbítero leal ou um diácono fiel. É uma esposa que o conhece melhor do que ninguém, sabe de suas lutas, falhas, inadequações e conhece os pecados que mais facilmente o enredam, e ainda assim tem esse apoio inabalável, amor, afirmação e cuidado por ele. É uma esposa com fé firme em Deus e apoio ao seu marido, que os sustenta em meio aos conflitos mais dolorosos, das maiores traições e permite que as situações mais difíceis da igreja sejam administráveis.

Mas não deslumbrada: Embora o apoio inabalável de uma esposa seja de grande valor para um pastor e seja essencial para que ele sobreviva às lutas do ministério, um dos piores papéis para a esposa de um pastor ter em relação ao seu marido é ver a ele e ao seu ministério através de “lentes cor-de-rosa”. Os pontos cegos na vida e no ministério de um pastor são observados com mais clareza e cuidado por sua esposa intuitiva “apoiadora, mas não deslumbrada”. A esposa de um pastor que está deslumbrada com o marido não o ajudará a ver as áreas de orgulho e autoengano em seu coração que aparecem em conversas em casa. A esposa de um pastor que está deslumbrada com a pregação do marido, não o escutará pregar de modo objetivo, com o propósito de ajudá-lo a crescer como pregador. A esposa de um pastor que está deslumbrada com os dons do marido para o ministério, será tentada a ignorar as críticas consistentes que vêm de pessoas confiáveis ​​na igreja.

A razão pela qual eu sei que é um dom inestimável ter uma esposa servindo um pastor desta maneira é porque eu tenho uma esposa preciosa que é tremendamente apoiadora e incrivelmente não deslumbrada comigo. Porque ela encontrou esse equilíbrio, ela sabe quando me consolar quando estou legitimamente desanimado e me repreender quando estou de mau humor. Ela afirma minha fidelidade em pregar a Palavra de Deus, mas não acredita que eu seja o maior pregador da história do mundo (provavelmente nem esteja no top 10!). Quando meu primeiro livro foi publicado e as pessoas perguntaram com uma grande excitação: “Você deve estar animado, mas não consigo imaginar como sua esposa se sente. O que ela diz?”, eu encontrei a resposta mais precisa sendo esta: “Ela é muito apoiadora, mas não está deslumbrada”.

Queridos irmãos e colegas pastores, orem para que sua esposa encontre esse equilíbrio. Abram-se para sua esposa de tal forma que lhe permita a liberdade de desempenhar esse papel. É para o nosso bem e crescimento que prezamos o dom de uma avaliação clara, consistente, apoiadora, mas não deslumbrada­, do nosso ministério. Não há ninguém melhor para desempenhar esse papel do que a mulher por quem você deu a sua vida, convive com você em seus momentos mais sombrios de desânimo, dorme ao seu lado todas as noites, coloca-se sob os seus cuidados e autoridade e se sacrifica tanto quanto você para servir a Cristo naquela igreja local.


Por: Brian Croft. © The Gospel Coalition. Website: thegospelcoalition.org. Traduzido com permissão. Fonte: The Pastor’s Wife: Supportive But Unimpressed.
Original: A esposa do pastor: Apoiadora, mas não deslumbrada. © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: Camila Rebeca Teixeira. Revisão: William Teixeira.

Brian Croft é o pastor efetivo da Auburndale Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele também é autor de "Visit the Sick: Ministering God’s Grace in Times of Illness”, (Prefácio de Mark Dever) e "Test, Train, Affirm, and Send Into Ministry: Recovering the Local Church’s Responsibility to the External Call", (Prefácio de R. Albert Mohler Jr). Brian escreve regularmente no blog Practical Shepherding.



6 de agosto de 2018

10 Coisas que Você deve Saber sobre o Aconselhamento Pastoral




1) O aconselhamento requer uma Bíblia tridimensional.

Ninguém gosta de uma história plana e unidimensional com personagens estáticos, um enredo previsível e uma conclusão insatisfatória. Por quê? Porque isso não soa fiel à experiência humana, que é profunda e multifacetada. Muitas pessoas se esquivam do aconselhamento baseado na Bíblia, porque assumem que a Bíblia é como uma história ruim, dando instruções sobre o comportamento em vez de oferecer uma imagem rica e colorida da vida humana.

O melhor aconselhamento usa as Escrituras como Deus pretende: como uma perspectiva viva de um mundo dinâmico que detém autoridade sobre os nossos. Não é unidimensional, mas tridimensional, capaz de abordar os muitos fatores da vida – da dinâmica relacional à autopercepção e às dificuldades circunstanciais. A Bíblia nos alegra mesmo quando nos instrui; ela desafia os compromissos centrais de nossos corações, mesmo quando eleva nossa perspectiva acima de nossas tristezas.

A Bíblia atesta a si mesma tridimensionalmente. Apenas leia o Salmo 119 se você quiser ter uma visão longa e prolongada de como a Escritura funciona nas correntes da vida.

2) O aconselhamento requer uma visão tridimensional da vida humana.

Assim como honramos a Bíblia, usando-a como Deus requer, honramos a vida humana quando a reconhecemos como Deus planejou. Ele nos projetou para responder dinamicamente às situações ao nosso redor, e essa resposta é multifacetada.

Na vida, as pessoas não apenas pensam, eles também querem e escolhem. Elas precisam de suas mentes instruídas, mas também de seus corações capturados. Elas precisam fazer novas escolhas, mas também precisam mostrar uma visão do que essas escolhas farão por elas. Elas precisam de ajuda para entender como seus pensamentos particulares afetam a maneira como elas se relacionam com as pessoas importantes em suas vidas, ou como os eventos que aconteceram com elas no passado afetam suas suposições acerca do futuro.

Afinal, o aconselhamento ajuda a conectar os pontos entre os vários aspectos da experiência de uma pessoa. Isso ajuda a nos entendermos melhor à luz do que as Escrituras dizem. Usar a Bíblia tridimensionalmente

3) Você é mais capaz que imagina.

Um cristão vivo com uma Bíblia viva é uma ferramenta poderosa para a mudança. Você pode pensar que existe uma categoria de pessoa que é capaz de ouvir as pessoas descrever seus problemas, entender automaticamente e saber o que dizer em resposta. Não existe um super-ouvinte existe. Você não pode preencher automaticamente os problemas de uma pessoa, mas também ninguém pode fazer isso. Você não deve presumir que um profissional remunerado seja capaz de solucionar os problemas de uma pessoa em dificuldades.

Não nos leve a mal. Médicos e conselheiros profissionais são uma fonte maravilhosa de ajuda. Estamos simplesmente salientando que o seu primeiro impulso não deve ser o de evitar enfrentar as complexidades dos problemas de outra pessoa. Seu primeiro impulso deve ser servi-los nesses problemas. Por que não estar disposto a entrar na bagunça sozinho? Por que não se associar ao seu amigo em dificuldades enquanto ela caminha pelo processo de obtenção de ajuda? Se Deus lhe deu sua palavra e seu Espírito habita dentro de você, há muito mais que você pode fazer do que você realiza provavelmente. Não evite falar a verdade para um amigo conturbado.

4) Você é menos capaz do que imagina.

Sim, a relação entre o terceiro e o quarto ponto é paradoxal. Com o primeiro, queremos que todo cristão, com uma Bíblia e o Espírito de humildade, esteja confiante de que pode ajudar um amigo conturbado de alguma forma significativa. Mas, com o segundo, queremos que todo cristão reconheça os limites de sua própria sabedoria.

Você se irá deparar com problemas dos quais nunca ouviu falar, situações em que conhece apenas alguns dos fatos, relacionamentos com os quais ainda não tem capacidade para falar. A humildade é a melhor proteção contra ferir alguém ao se envolver em uma situação delicada. A humildade reconhece as limitações de sua própria perspectiva e experiência.

Alguns cristãos tendem a pensar que conhecer a Bíblia significa que eles a aplicarão sabiamente em situações complexas. Mas este não é o caso. Precisamos que o Espírito nos cultive em amor e conhecimento, para que possamos discernir o que é agradável a Deus nas situações dinâmicas que temos diante de nós (Filipenses 1:9-11). Às vezes, a coisa certa a fazer é encorajar um lutador a procurar alguém mais avançado do que você, particularmente no que se refere a problemas específicos. Isso não significa que você não vá dizer nada; significa apenas que você deve ser rápido para ouvir e cauteloso para falar.

5) O aconselhamento é iniciado por problemas.

A natureza do aconselhamento é que as pessoas o procuram apenas quando estão lutando com algum problema. Quando seu carro quebra, você leva para a loja para consertá-lo; quando um cristão não está indo bem, ela procura um pastor ou um conselheiro para ajuda-lo. Aconselhamento é organizado em resposta a problemas percebidos na vida de uma pessoa.

Muitas vezes, os cristãos querem entrar diretamente em território familiar quando conversam com pessoas em dificuldades. Eles não entendem muito bem tudo o que está acontecendo; então eles rapidamente mudam para partes da Escritura que eles entendem bem. O resultado é frequentemente uma aplicação fiel, mas não muito pertinente da Bíblia.

Devemos respeitar os problemas que as pessoas enfrentam, ouvindo atentamente e buscando compreensão.

6) O aconselhamento não é focado no problema, mas centrado em Cristo.

Tendo reconhecido que o aconselhamento é iniciado pelo problema, precisamos salientar que ele não é focado no problema. O foco deve estar em Jesus Cristo e como o coração da pessoa deve responder a ele em meio às tristezas que está enfrentando. Aconselhamento não é principalmente sobre a correção de problemas, embora trabalhamos muito nisso. É o primeiro a reorientar a adoração das coisas criadas para o Criador por meio do evangelho de Jesus Cristo. A pergunta mais importante no aconselhamento não é “Como eu ficarei melhor?”, mas “O que meu coração está adorando?”

Se uma mulher solteira está lutando para se libertar de padrões de promiscuidade em seus relacionamentos, certamente a luxúria está envolvida. Entretanto, se você cavar mais fundo, descobrirá que ela pode estar lutando com um desejo de segurança, buscando-o nos braços de homens que se aproveitam dela. Ou, se um casal está em constante conflito, na superfície pode parecer que eles estão debatendo suas finanças. Contudo, se você mergulhar abaixo da superfície, muitas vezes descobrirá que o medo do fracasso é um estrangulamento em sua casa. Seu coração, projetado para adorar a Deus, está usando essa funcionalidade para buscar sua identidade em outro lugar.

7) O aconselhamento é para todos.

Porque o aconselhamento é sobre o coração responder corretamente aos problemas da vida, todo cristão deve reconhecer sua necessidade de ajuda. Discernir sobre como responder fielmente a sentimentos indesejados de depressão ou medos intrusivos, muitas vezes não pode ser feito sozinho.

Todo cristão está vivendo sua vida em um mundo marcado pela futilidade e dificuldade; e não devemos assumir que podemos navegar por este mundo sem as habilidades aperfeiçoadas de outros cristãos. Os conselheiros são muitas vezes aqueles cujas habilidades foram aperfeiçoadas para discernir a interação entre circunstâncias difíceis e respostas do coração. Algumas conversas com um conselheiro provado em batalha às vezes podem fazer maravilhas.

8) O aconselhamento não é para todos.

Outro paradoxo para você. O último ponto foi que o aconselhamento é para todos, mas este ponto está dando outra camada da nuance. O aconselhamento não é necessário quando uma pessoa tem a habilidade básica de entender como deveria estar respondendo à situação em que se encontra. A vida cristã regular é marcada por dificuldade, mas também é marcada com os meios regulares de graça nos ministérios de pregação e ensino da Palavra, na comunhão, nas amizades intencionais e na busca em oração a Deus como um corpo. Esses meios regulares de graça mantêm uma pessoa clara e de coração aberto em sua abordagem da vida, permitindo que muitos cristãos passem por longas temporadas sem a necessidade de aconselhamento.

No mistério da providência de Deus, alguns cristãos serão poupados dos piores tipos de sofrimento, ou receberão os melhores tipos de apoio na igreja; e assim não precisarão de aconselhamento na maioria das vezes. Outros terão rotas diferentes. Portanto, os cristãos devem pensar que o aconselhamento não é o ideal universal para todos nem a reabilitação desagradável para os particularmente desafortunados.

9) O aconselhamento tem tempo limitado.

Aconselhamento não é um estado permanente de ser. Muitas vezes, nem tudo é longo. Muitas vezes, um cristão em dificuldades estabelece melhores padrões de resposta e começa a ver seus problemas a partir da perspectiva mais ampla de Deus. E como ele melhora dessa maneira, ele não precisa mais de aconselhamento. Ele não precisará continuar a vir porque a depressão é aliviada, o vício em pornografia não é esmagador, ele aprendeu a amar sacrificialmente em seu casamento, ela está comendo normalmente de novo, ou ela é capaz de descansar de suas ansiedades. O problema original que os levou ao aconselhamento diminuiu.

Os bons conselheiros tentam trabalhar por conta própria, confiando as pessoas aos ministérios mais amplos da Palavra no contexto da igreja.

10) Há esperança até nas piores situações.

Jesus Cristo não abandona ninguém às complexidades da vida. Na vida regular de uma igreja, o número de dificuldades no corpo às vezes pode ser esmagador. Mas isso não é surpresa para Jesus, que nos disse que este mundo seria um problema; Ele também disse ao seu povo para ter coragem, pois superou o mundo (João 16:33).

A palavra que Jesus utiliza ao falar dos problemas deste mundo é paz. Com efeito, mesmo nas piores situações há esperança – embora não haja uma saída fácil. A promessa de Jesus é que ele é capaz de inserir uma virtude estrangeira no sofrimento. A paz de conhecer a Deus como um adorador muda toda a dinâmica da vida de uma pessoa. O evangelho de Jesus Cristo transformou incontáveis ​​viciados, prostitutas, agressores e tolos arrogantes em adoradores do único Rei verdadeiro. Nós já vimos isso e é incrível.

Não há nada como uma vida transformada para fazer você pensar: “O evangelho realmente funciona”.


Autores: Deepak Reju e Jeremy Pierre
Fonte: Crossway
Tradução: Mirian Gomes
Revisão: Leonardo Dâmaso
Divulgação: Reformados 21

http://reformados21.com.br/2018/08/03/10-coisas-que-voce-deve-saber-sobre-o-aconselhamento-pastoral/



3 de outubro de 2017

Como o Ministério Pode te Tornar Orgulhoso



Por Timothy Keller

Eu tenho servido como ministro ordenado por 42 anos. Muitos dos que começaram comigo não chegaram à linha final. O percentual é doloroso. Uma das razões principais de muitos não terem durado, eu penso, é porque ninguém os alertou sobre as maneiras como o ministério pode te tentar com orgulho.
É nessa área que as palavras de Paulo em 2 Coríntios 12.7-10 têm sido tão úteis para mim como pastor. Paulo – o próprio Apóstolo treinado em teologia e para o ministério pelo próprio Cristo ressurreto – nos alerta para o fato de que o treinamento teológico e a vida no ministério podem nos levar ao orgulho se falharmos em cooperar com a intervenção graciosa de Cristo.
Aqui estão as três maneiras como o ministério pode te tornar orgulhoso sem a intervenção de Deus. Pastores, sintam-se alertados.

1. Conhecimento Teológico Pode te Tornar Esnobe
Primeiro, a soberba do conhecimento teológico. Alguns em Corinto tinham o conhecimento teológico correto sobre as carnes oferecidas aos ídolos, mas a que este conhecimento os levou? A se tornarem esnobes. Ele está dizendo algo muito simples aqui. Conhecer a verdade carrega uma tendência de se inflar. Você se torna focado em si mesmo, orgulhoso de seu conhecimento e percepção. O amor, por outro lado, leva ao auto esvaziamento.
Martyn Lloyd-Jones colocou desta forma:
Sempre que você permite que seu relacionamento com a verdade se torne puramente teórico e acadêmico, você estará caindo na teia de Satanás… No momento em que, em seu estudo, você para de se colocar sob o poder da verdade, você se tornou uma vítima do Diabo. Se você pode estudar a Bíblia sem ser examinado, vasculhado e humilhado, sem ser levado à adoração a Deus, ou movido com tristeza pelo que Deus suportou por você, ou sem ficar maravilhado com a beleza e sabedoria do que Cristo fez por você, se você não sente tanto desejo de cantar quando você está estudando a Bíblia sozinho quanto quando você está no púlpito, você está em perigo. E você sempre deveria sentir algo neste poder.
Lloyd-Jones prossegue identificando as marcas de alguém que aprendeu a dominar a Bíblia como um conjunto de informações, não como poder extraordinário. Uma marca é se tornar um rabugento espiritual. Um rabugento espiritual é alguém que está sempre reclamando e discutindo detalhes de distinções teológicas, sempre denunciando com discussões as traduções da Bíblia ou denunciando pessoas por estarem do lado errado da última controvérsia teológica. Um rabugento espiritual trata a Palavra de Deus como algo que você usa, não como algo que usa você. Ele é inflado por seu orgulho intelectual e por sua tribo teológica.

2. O Ministério Pode se Tornar Uma Identidade Falsa
O segundo engano vem de uma falsa identidade criada no ministério. Você tenderá a se identificar tão pessoalmente com seu ministério que o sucesso dele (ou a falta de sucesso) se tornará o SEU sucesso (ou falta de sucesso). Uma vez que você comece a se identificar desta forma, você criará uma falsa identidade baseada em sua performance como ministro.
Este tipo de falsa identidade pode se manifestar de quatro formas:

I. Sucesso
Você edifica uma falsa identidade baseada em circunstâncias ou performance. Você vai à igreja todos os Domingos. Você diz que é um Cristão. Você tem três casas. Você parece ser bem-sucedido, e esta é a sua identidade. Mas agora parece que você pode perder a sua carreira ou a sua riqueza. Então você pensa, “eu não posso deixar que isso aconteça” E mesmo sendo um cristão você engana, você trai, você usa pessoas. Você diminui pessoas e destrói a carreira delas para se manter onde você está.
Todo cristão luta contra uma falsa identidade. Todo não-cristão possui uma falsa identidade. Nós que estamos no ministério em tempo integral acabamos lidando com o ferrão do sucesso de uma forma ou de outra. Quando as pessoas vêm à igreja, você sentirá que elas estão te afirmando, quando as pessoas deixam a igreja, você irá sentir como se fosse um ataque pessoal.

II. Críticas
Se seu ministério se tornar a sua falsa identidade, você não saberá lidar com críticas. As críticas virão e serão tão traumáticas porque questionarão a sua qualidade como pastor. Críticos dirão: “Sabe, suas pregações não são muito boas… queria que meu pregador fosse melhor.” Você as receberá como um ataque pessoal. As críticas te devastarão ou você simplesmente irá ignorá-las e não crescerá com elas.

III. Covardia
Se o seu ministério se tornar a sua falsa identidade, você sucumbirá à covardia. Existem dois tipos de covardia. Existe a verdadeira covardia – estar com medo de lidar com as situações ou de ofender as pessoas que dão a maior quantidade de dinheiro à igreja ou de pregar uma mensagem que fará com que os jovens deixem a igreja. Esta é a covardia verdadeira.
Mas existe um outro tipo de covardia que eu chamo de covardia disfarçada. Esta é a covardia de ser duro demais, bélico demais e então dizer: “Vejam, eu sou um valente pela verdade.”. Isto também vem de um coração que busca sua identidade no ministério. Esta pessoa não se define por quem ela é em Cristo, mas sim no ministério.

IV. Comparações
Um último sinal de que você caiu em uma falsa identidade é que você não consegue evitar as comparações. Você fica com inveja quando outros, que você pensa não trabalharem tão duro quanto você ou não serem tão teologicamente astutos quanto você, estão sendo bem-sucedidos.

3. O Ministério Pode te Fazer Focar Mais nas Aparências
Quando você fala às pessoas sobre Deus, você tem duas opções: comungar com Deus ou agir como se você comungasse com Deus. Visto que o trabalho do ministro é mostrar quão grande Deus é e quão maravilhosa a vida cristã pode ser, a vida dele precisa refletir isso. Então, ou você estará perto Deus ao ministrar ou você terá que agir como se estivesse perto de Deus. Ou você realmente aprende a se relacionar com Deus ou você aprende a fingir que se relaciona. Você fala como se fosse bem mais próximo de Deus do que você de fato é. E não apenas as pessoas começam a pensar que você é próximo de Deus, você também começa a se convencer disto. Isto pode ser devastador para o seu coração.
Na última noite dos discípulos com Jesus, ele disse que um deles o trairia (João 13.21). É interessante considerar como os discípulos responderam. Todos eles olharam para o lado e perguntaram quem seria o traidor. De fato, mesmo depois de Jesus dizer que seria aquele a quem Ele daria o pão, eles ainda não entenderam. Você sabe por que? Porque Judas não aparentava ser, em nada, diferente deles. Por fora, ele era um ministro eficaz, mas por dentro, não havia nada. Ele cuidou de sua vida externa mais do que de sua vida interna. Jonathan Edwards, em seu ótimo livro “Caridade e seus frutos”, fala sobre o fato de que Deus usou Judas mesmo sem que ele fosse salvo. Não queremos que este seja o nosso legado no ministério.
Mas é aqui que a hipocrisia começa. O ministério fará de você um cristão muito melhor ou um cristão muito pior do que você seria se não estivesse no ministério. O ministério te fará ser um hipócrita farisaico ou fará de você uma pessoa mais mansa, amorosa e cuidadosa porque te levará ao trono da graça do Senhor para clamar por ajuda em suas fraquezas. Ou o ministério te levará a Ele ou te levará para longe dEle. Como Judas, escolha você de qual vida você cuidará, a externa ou a interna.

Supere Seu Orgulho
Então, como você supera tudo isso?
Lembre-se da situação de Paulo em 2 Coríntios. Ele estava enfrentando falsos apóstolos e mestres que estavam dizendo que ele não tinha as credenciais para ser um verdadeiro apóstolo. Paulo contradiz dizendo que ele tem sim as credenciais – mas não o tipo de credenciais que esperaríamos. Ele inverte todas as categorias. Ao invés de se orgulhar em seu conhecimento teológico, vasto sucesso ministerial, ou vida exterior que seria padrão de perfeição, ele se orgulha em seus insultos, dificuldades, em ter sido expulso de cidades. É assim que ele argumenta que Deus está a seu favor. Ele nos diz que devemos olhar para todas as coisas que Deus fez a fim de levá-lo a ficar de joelhos.
Pastor, considere todas as coisas que Deus tem feito para quebrar seu orgulho. Veja todas as formas pelas quais ele tem te levado a perceber sua pequenez para que você possa se agarrar a ele com mais força. Que todos os seus fracassos, desapontamentos e fraquezas te levem ao amor de Deus como um martelo leva um prego ao coração da madeira. Você só se tornará um verdadeiro ministro quando você aceitar e abraçar seus fracassos, desapontamentos e fraquezas e assim chegará à linha final.

Traduzido por Filipe Niel
Postado originalmente em thegospelcoalition

https://exortaivos.wordpress.com/2017/07/27/3-maneiras-como-o-ministerio-pode-te-tornar-orgulhoso/


7 de abril de 2017

20 coisas que eu gostaria de saber antes de me tornar pastor


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Que tal pularmos o devaneio e ir direto ao mundo real – ser pastor é incrivelmente difícil.
A igreja geralmente pinta um retrato de como é maravilhoso e abençoado o chamado para o ministério pastoral e de como isso só fica melhor dia após dia, mas a verdade não é tão plana assim.

De alguma forma nos esquecemos de falar sobre as dificuldades envolvidas. Será que nos esquecemos ou é simplesmente um receio de que se todos soubessem a verdade, não haveria quem compraria a briga de ser pastor?
Eu odeio ser o portador de más notícias, mas em determinados assuntos estamos falhando terrivelmente na preparação dos pastores.
Aqui estão algumas coisas que eu gostaria que alguém tivesse me dito quando eu tinha 20 anos de idade. Eu acabei passando a última década aprendendo estas coisas da maneira mais difícil que você possa imaginar:

Coisas eu gostaria de saber antes de me tornar pastor

 

1. Será a coisa mais desafiadora que você já fez ou fará.

É sério, é muito, muito, muito difícil! Imagine a coisa mais difícil que você tem feito e multiplique por cem. Isso vai chegar perto do quão difícil é o ministério pastoral. Se você quer ser um pastor porque soa divertido ou fácil, é melhor você procurar outra coisa.

 

2. Integridade não será suficiente; você tem que ser capaz de liderar as pessoas.

Seu caráter e amor por Cristo são os requisitos para a entrada. Estes são cruciais e mais importante do que qualquer coisa. No entanto, não importa o quão piedoso você seja, se você não puder liderar as pessoas, será muito mais árduo.

 

3. As pessoas vão passar a evitá-lo e a agir de forma estranha, simplesmente porque você é um pastor.

As pessoas vão agir de uma forma diferente quando você estiver ao redor delas, e de outra quando você não estiver. Outros vão evitá-lo porque você representa Deus, e eles se sentem culpados. É por isso que muitos pastores temem a pergunta inevitável quando encontram alguém que não o conhece: “Então, você trabalha no que?”

 

4. As pessoas vão supor que você está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Você vai receber telefonemas à meia-noite. Alguns serão urgentes; outros podem esperar. Você terá que definir limites em sua programação, porque o trabalho de um pastor nunca está terminado.

 

5. Trabalhar exaustivamente no ministério será recompensador, mas vai destruir a sua família.

Os pastores que trabalham muito, e se tornam workaholics, podem obter louvores e reconhecimento…  até que sua família se desfaz. Então nós passamos a ter pena deles. Muitas vezes você terá que escolher entre o ministério ou a família.

 

6. Quando as pessoas deixam de frequentar igreja que você pastoreia, vai doer.

Não importa o quão impressionante você é, algumas pessoas vão sair. É inevitável. Pode não ter nada a ver com você, mas sempre você sentirá como se fosse pessoal.

 

7. Você terá que lutar contra o desejo de comparar o seu ministério com outras igrejas.

Você sempre perde no jogo da comparação. Se você fizer a comparação com uma uma igreja menor, você vai se sentir orgulhoso. Se você se comparar a uma igreja maior, você vai sentir inveja. Ambas são atitudes pecaminosas.

 

8. Os ataques de dentro da comunidade serão piores do que do lado de fora.

Você vai esperar algum ataque do inimigo fora da igreja, mas são os ataques por dentro que mais vão te afetar.

 

9. Você não será discipulado, a menos que você busque isso.

As pessoas de quem você deseja orientação estarão ocupadas. Eu mesmo posso afirmar que ninguém nunca viu o meu “grande potencial jovem” e me procurou para me discipular. Todos os tutores que já tive na minha vida eu tive que perseguir.

 

10. Você terá que lutar contra o pessimismo, contra a amargura e até mesmo depressão.

Você terá estações de dúvida na provisão de Deus; também poderá ter o ressentimento em relação às pessoas em sua igreja, e até mesmo depressão. Um dos anos mais negros da minha vida foi o resultado de uma experiência ruim no ministério.

 

11. Seu sucesso aos olhos dos outros será medido pelo número de pessoas que você pode colocar num salão.

Eu desejaria que isso não fosse verdade, mas é. Se o seu ministério cresce, as pessoas vão te reconhecer. Se o seu ministério encolhe, elas vão culpá-lo. Goste ou não, é assim que as pessoas pensam.

 

12. Você nunca será bom o suficiente.

Não importa o que você faça, algumas pessoas não vão gostar de você. Você nunca será bom o suficiente para agradar a todos. Você também vai muitas vezes se sentir incapaz e despreparado em seus próprios olhos. Você tem que deixar que isso te leve a uma maior dependência de Jesus. Você não é o salvador que todos precisam; Jesus é.

 

13. Sua família vai ser profundamente afetada tanto de forma positiva quanto negativa.

Goste ou não, o seu ministério vai impactar profundamente a sua família. Algumas famílias crescem mais perto do Senhor juntos no ministério; entretanto outras se distanciam. O Ministério fará de sua família mais unida ou mais amarga. Lute contra a amargura.

 

14. Sem um diploma, você será considerado menos qualificado.

Eu gostaria de ter feito um seminário no início do meu ministério. Não apenas por causa da sociedade, mas também porque a educação tem sido inestimável para mim. Você pode discutir se é necessário ou não, mas você será julgado se não o fizer. E não ter recebido educação adequada pode atrasar seu ministério.

 

15. O dinheiro será um problema.

Você vai lutar financeiramente, especialmente no início. A maioria dos pastores não são compensados suficientemente. Você tem que estar pronto se isso acontecer. Você e sua família ficará bem se você não puder comprar roupas novas, ou uma boa casa, ou não puder dar à sua esposa e filhos as coisas que você deseja?

 

16. Você provavelmente vai se mudar muitas vezes.

A permanência média de um pastor em uma igreja varia de acordo com o seu papel. No entanto, a maioria dos pastores que conheço, inclusive eu, viveram em muitas cidades trabalhando em várias igrejas durante sua vida. O pastor que trabalha em apenas uma igreja por toda a vida é admirável e raro.

 

17. Quando você tem que deixar uma igreja, você vai deixar muitos amigos também.

Independer se você optar por sair, ou a escolha é feita para você, você vai perder mais do que um emprego; você perde amigos como se fossem uma família. Há sempre uma sensação dolorosa de perda ao sair de um ministério. Sua esposa e filhos também vão sentir isso.

 

18. A guerra espiritual é real, o inimigo vai atacar você e sua família de maneiras que você nunca imaginou.

Todo pastor pode dizer-lhe histórias de coisas malucas que acontecem nos piores momentos. Se Satanás não pode inviabilizar você, ele vai atrás de sua família. Minha família sempre é atacada quando Deus vai fazer algo grande. Ore frequentemente, e não cesse de pedir a outros para orar por sua família.

 

19. Você vai ser desencorajado, e vai pensar em desistir muitas vezes.

A maioria dos pastores chamam esses dias de segunda-feira. Mesmo se as coisas vão bem no domingo, o inimigo vai usar um comentário negativo para trazê-lo para baixo se ele puder.

 

20. Tudo vai valer a pena!

Não há nada maior do que a recompensa de uma vida submetida fielmente a Cristo. Você vai sofrer. Não vai ser fácil, mas vai valer a pena. Aceitar o chamado de Deus para o ministério é uma das melhores decisões que já fiz.
Você terá um lugar na primeira fila para ver vidas transformadas, casamentos curados, e o retorno de filhos pródigos ao Pai. O impacto que você vai deixar sobreviverá à sua morte. Gerações de famílias serão transformadas porque você foi fiel e não desistiu.
Se este artigo soou muito negativo, saiba também que há muitas razões pelas quais eu sou grato em ser um pastor (outro artigo).
Se este artigo deixou você chateado, ele cumpriu um dos seus objetivos. Infelizmente, esta é a realidade que a maioria dos pastores enfrentam todos os dias.

Quer relatar suas experiências? O que você gostaria que alguém lhe dissesse antes de se tornar um pastor? Não hesite em comentar!


fonte: www.propreacher.com by 

http://lhop.com.br/20-coisas-que-eu-gostaria-de-saber-antes-de-me-tornar-pastor/


31 de março de 2017

07 problemas que uma igreja enfrenta por possuir um pastor despreparado bíblica e teologicamente


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Por Renato Vargens
Estou convencido que um dos fatores primordiais para os problemas enfrentados por muitos igrejas se deve ao fato de seus pastores serem despreparados tanto bíblica quando teologicamente. Isto posto, elenco sete consequências de uma igreja cujo pastor não possui bom preparo teológico, senão vejamos:

1-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui para que a sua igreja seja levada por ventos de doutrinas.

2-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui para o surgimento de uma igreja doutrinariamente imatura.

3-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui para um ministério de música adoecido, desprovido de conteúdo saudável teológico.

4-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui com uma igreja imatura emocionalmente, beligerante nos relacionamentos interpessoais pelo fato de que as verdades das Escrituras não são pregadas em seus púlpitos.

5-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui para o surgimento de uma igreja mística, cujo fundamento se deve efetivamente a experiências e não a Palavra de Deus. 

6-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente contribui para o enfraquecimento do aconselhamento bíblico, visto que os pastores não possuem conhecimento das Escrituras, bem como fundamentos teológicos para aconselhar o rebanho.

7-) Um pastor despreparado bíblica e teologicamente produz uma igreja ensimesmada, antropocêntrica, cujo foco está na satisfação do homem e não na glória de Deus.

Por Renato Vargens
http://renatovargens.blogspot.com.br/2016/08/07-problemas-que-uma-igreja-enfrenta.html?m=1

20 de fevereiro de 2017

Dez mandamentos para pastores


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  1. Dê prioridade a sua comunhão pessoal com Deus. Coloque sua alma em primeiro lugar: você manter comunhão com Deus é um pré-requisito para ser um pastor eficaz ao seu povo. Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue (At 20.28).
  1. Dê prioridade à oração e santidade. Não se empenhe em nenhum sermão, nenhuma obra pastoral, nenhuma tarefa do ministério sem buscar a face de Deus em Jesus Cristo. Siga o conselho de John Bunyan: “Você pode fazer mais que orar depois que orou, mas não pode fazer mais que orar até ter orado”. Santidade pessoal é não apenas um alvo necessário, como também maravilhoso, e normalmente inseparável do sucesso divino no ministério.
  1. Seja bíblico toda a sua vida. Seja como Bunyan, de quem Spurgeon disse, que se você furasse qualquer veia, o sangue que fluiria seria bíblico. Leia a Palavra, estude a Palavra, creia na Palavra, ore sobre a Palavra, ame a Palavra, viva a Palavra, memorize a Palavra, medite sobre a Palavra, cante a Palavra e pratique a Palavra.
  1. Lembre-se de que a pregação é a tarefa primária do ministro e que, para fazê-la corretamente, você precisa do Espírito Santo duas vezes para cada sermão: uma no escritório e outra no púlpito.
  1. Seja profundamente grato e humilde pela honra de ser um embaixador de Jesus Cristo. Permaneça convencido por toda a sua vida de que você tem uma vocação crucial, pois você está lidando com almas imortais para uma eternidade imortal.
  1. Pregue Cristo completo. Esteja determinado a ninguém conhecer segundo a carne – inclusive a si mesmo – e a gloriar-se em nada, exceto Jesus Cristo e este crucificado, exaltado e voltando! Seja desprendido e um pregador de Cristo. Você nunca O pregará o bastante. Dedique o melhor da sua vida pregando Ele bíblica, doutrinária, prática e experimentalmente. Resolva, como Thomas Boston, deixar o sabor de Cristo em tudo o que você fizer.
  1. Ame o Deus triúno; ame sua esposa e filhos; ame as pessoas; ame seu trabalho.
  1. Mantenha um senso radical de dependência da unção do Espírito Santo em tudo o que você pensar, disser e fizer. Dependa do Espírito em todo tempo.
  1. Peça que Deus te dê alguns amigos pastores muito próximos, a quem vocês possam prestar contas. Ame seus irmãos no ministério, e não compita com eles.
  1. Viva cada dia com uma perspectiva eterna que alimenta a urgência evangelística pelos perdidos e o amor pastoral pela maturidade dos santos. Tenha a eternidade em vista em tudo o que você fizer, para que no grande dia você possa dar boa prestação de contas de seu ministério e ouvir seu Mestre dizer: Bem está, servo bom e fiel… entra no gozo do teu senhor (Mt 25.21)


Autor: Joel Beeke
Fonte: Joel beeke
Tradução: Josaías Jr.
Via: Reforma 21

17 de novembro de 2016

O que não é ser pastor

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Pr. Welfany Nolasco Rodrigues 

“vos darei pastores segundo o meu coração, os quais vos apascentarão com ciência e com inteligência”. Jeremias 3.15

Vivemos em um tempo em que os valores invertidos da sociedade tem pressionado a igreja evangélica de forma que muitos princípios do protestantismo e principalmente do Evangelho estão sendo esquecidos.
Parece que para ser um homem ou mulher de Deus não bastam apenas ser honestos e fiéis, precisa-se de um currículo com competências exigidas pelas igrejas locais.
Como um verdadeiro pastor deve ser?

Vamos refletir o que não fazer para entender o que é correto no ministério pastoral:


1- Pastor não é ADMINISTRADOR DE EMPRESAS: Atos 6.1-4
A organização de nossas igrejas atualmente está cada vez mais parecida com uma empresa. Isso por um lado é muito bom porque as igrejas estão mais estruturadas e seguindo as leis, contudo isso não pode ser prioridade acima das vidas que precisam do evangelho.
A questão não é o fato das igrejas estarem legalmente organizadas e sim quem deve fazer isso. O pastor, por mais que seja o responsável principal pela documentação da igreja, não deve ser quem se ocupa com isso. Para isso é preciso uma equipe de pessoas que trabalhem nesta área administrativa de forma que o pastor não se desgaste com estas questões.
Os apóstolos elegeram os diáconos para serem estes administradores das ‘mesas’ e das necessidades da igreja para que os apóstolos se dedicassem exclusivamente “à oração e ao ministério da Palavra” (v.4).
Se você é pastor ou pastora ore a Deus que levante pessoas para te ajudar nas questões administrativas e se consagre a Deus para abençoar suas ovelhas. Se você é um membro da igreja colabore com seu pastor ou pastora minimizando problemas que podem ser resolvidos sem desgastar o homem ou mulher de Deus com pequenas coisas.
Pastor não é administrador e sim profeta de Deus!


2- Pastor não é um NEGOCIADOR DE CONFLITOS: II Coríntios 5.18,19
Algumas igrejas estão tão politizadas e divididas em grupos com perfis diferenciados que os pastores gastam muito tempo administrando conflitos entre os membros. Alguns pastores até se chamam de ‘apagadores de incêndio’, por causa de tantas crises presentes nas igrejas.
Com isso, o pastor fica limitado porque sabe que tem um assunto que ‘fulano’ não gosta. Se fizer tal coisa pode aborrecer a ‘ciclano’. Para corrigir alguém pode afetar toda sua família que também congrega na igreja. E lá se vai o pastor pisando em ovos...
Na verdade como homens e mulheres de Deus, quem recebe o ministério pastoral precisa ter liberdade para agir e falar sem receio de afetar quem quer que seja. A verdade serve para todos indistintamente.
Nossa missão como cristãos e como pastores é trazer reconciliação e perdão porque somos pacificadores como filhos de Deus (Mateus 5.8). Muitos problemas precisam de confrontação para ser resolvidos e quanto mais se evita pior fica. Mas o objetivo deve ser apaziguar e não provocar confusão.
Pastor deve ministrar perdão e concerto!


3- Pastor não é ANIMADOR DE AUDITÓRIO: II Timóteo 4.2
No tempo moderno a mídia tem chamado a atenção do povo evangélico que aproveita os recursos tecnológicos para divulgar a Palavra de Deus. Isso é muito bom! Contudo, nem todos os pastores têm um mesmo carisma ou dom.
Com isso aqueles que têm uma maior desenvoltura e talentos se destacam no ministério pastoral em detrimento daqueles que não tem o mesmo acesso a estes recursos ou não sabe utilizá-los. Seria muito bom se todos os pastores usassem os recursos tecnológicos para comunicar ao povo, mas nem todos conseguem e não podem ser desmerecidos por isso.
Pastores que contam piadas na pregação, sabem cantar, têm boa aparência física ou conseguem emocionar o povo, são os preferidos pelo povo evangélico.
As principais características de um homem ou mulher de Deus devem ser seu caráter antes de qualquer carisma. O pregador não pode ter medo de falar a verdade nem procurar dizer o que o povo gosta de ouvir, mas simplesmente a pura Palavra de Deus.
Infelizmente, o uso da mídia tem sido alvo de lucros financeiros acima da prioridade de anunciar o Evangelho. Muitos líderes evangélicos estão enriquecendo através da Palavra de Deus, num verdadeiro comércio da fé (II Pedro 2.3).
Pastor não precisa ter medo de falar a verdade!


4- Pastor não é AMANSADOR DE DEMÔNIOS: Mateus 10.8
Existem situações na vida espiritual que descobrimos ser de origem diabólica e segundo a palavra de Deus devem ser duramente resistidos (Tiago 4.7). Para isso o líder deve estar em constante consagração através da oração e jejum para alcançar autoridade espiritual (Mateus 17.21).
O que acontece é que muitas pessoas não querem ser libertas e por isso não gostam de ouvir a verdade (João 8.32). Quando o pregador está falando não conseguem escutar (II Timóteo 4.4). Mas o pastor deve pregar com unção para libertação de vidas.
Existem situações de pecado que entram na igreja que devem ser resistidas através da oração repreendendo espíritos malignos que oprimem a igreja impedindo seu crescimento espiritual e numérico. Como autoridade espiritual sobre a igreja, o pastor deve orar intensamente repreendendo toda influência maligna.
Jesus mandou que os demônios fossem expulsos pelo poder do nome de Jesus e não apenas amansados para ficar quietos e não incomodar. A principal artimanha de Satanás é se camuflar para não ser percebido (II Coríntios 11.14).
O pastor deve buscar autoridade espiritual!


5- Pastor não é TOLERADOR DE PECADOS: Apocalipse 2.20
Uma coisa muito comum quando o pastor inicia o ministério em uma igreja são os membros querendo que tudo fique como sempre foi evitando inovações. Como homem ou mulher de Deus, o pastor ou pastora tem autonomia para mudar e lançar desafios para a Igreja.
Com o tempo, o pastor ou pastora descobre coisas erradas na igreja e precisa confrontar o pecado. Hábitos viciosos de cristãos que esfriaram na fé impedem o avanço missionário da igreja e o pastor não pode estar preso a estas coisas.
O Senhor Jesus corrigiu o pastor da Igreja em Tiatira que estaria tolerando os pecados de uma falsa profetiza chamada Jezabel. Portanto, se o pastor não corrige a ovelha ele será corrigido por Jesus.
A vida do pastor deve ser consagrada de forma exemplar para suas ovelhas e também precisa ensinar sobre consagração. O tema santificação e o pecado estão precisando ser pregados como nunca antes.
O pastor precisa denunciar o pecado!
Seja um pastor verdadeiro! 
 
CONCLUSÃO: I Pedro 5.2,3
Tudo o que foi falado até aqui apenas introduz tantos problemas no ministério pastoral. Mas se existem falsos pastores não podemos esquecer que também existem os verdadeiros.
Estes princípios aqui citados servem para o pastor guardar para si mesmo e não para julgar os outros. Não podemos usar estes valores para ferir pessoas. O pastor deve fazer tudo com amor: delegar funções, resolver conflitos conciliando pessoas, pregar com seriedade e brandura, repreender todo obra maligna e denunciar o pecado. Com amor o pastor consegue alcançar o coração de suas ovelhas.
Seja um pastor amoroso!

 
Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.
 
FONTE:
http://www.esbocosermao.com/2016/02/o-que-nao-e-ser-pastor.html