Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
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23 de janeiro de 2020

Possível sítio da aparição de Jesus Cristo após ressurreição é descoberto em Israel



Resultado de imagem para EMAÚS ARREDORES


Os arqueólogos descobriram em Israel uma fortificação milenar que poderia ajudar a identificar a localidade de Emaús, onde, segundo a Bíblia, Jesus apareceu após a crucificação e posterior ressurreição.


Uma equipe de arqueólogos franceses e israelenses encontrou uma antiga fortificação de 2.200 anos de antiguidade, localizada nos arredores de Jerusalém.

O sítio, possivelmente construído pelo general Báquides, pode ajudar a identificar a cidade bíblica onde ocorreu a primeira aparição de Jesus Cristo, de acordo com o Novo Testamento.

Os arqueólogos têm feito, desde 2017, escavações em Quiriate-Jearim, uma colina com vista para o acesso a Jerusalém, localizada a poucos quilômetros da cidade, ao lado da localidade de Abu Ghosh.

Nos últimos meses, os cientistas encontraram uma fortificação com paredes de até três metros de espessura e até dois metros de largura. No sítio também foram descobertos o que parecem ser restos de uma torre.

O general selêucida Báquides fortificou todas as cidades que rodeavam Jerusalém. Se trata do único caso de construção de fortificações de grande escala na Judeia durante este período, disse ao jornal Haaretz Thomas Romer, professor de estudos bíblicos do Colégio de França, coautor do estudo sobre o sítio arqueológico.

Quiriat-Jearim não está incluída nos livros históricos onde eram registradas as fortificações construídas por Báquides, pelo menos com este nome. Porém, os registos indicam um lugar não identificado, localizado algures no oeste de Jerusalém, referenciado como Emaús pelo [historiador romano-judeu Josephus [Flavius] e pelo autor do Primeiro Livro dos Macabeus.

Dado que não existem outras fortalezas importantes deste tipo conhecidas no oeste de Jerusalém, os arqueólogos sugerem que a colina de Quiriate-Jearim e a localidade vizinha de Abu Ghosh corresponderiam à cidade de Emaús fortificada pelo general Báquides.

Para o colunista do Haaretz, "os investigadores não podem dizer se houve de fato ali uma aparição milagrosa, mas a arqueologia bíblica pode nos dar informação sobre o contexto histórico dos textos religiosos e seu nível de exatidão ao descobrir lugares que milhões de pessoas em todo mundo consideram sagrados".
 
 
https://br.sputniknews.com/ciencia_tecnologia/2019090214469569-possivel-sitio-da-aparicao-de-jesus-cristo-apos-ressurreicao-e-descoberto-em-israel/?
 
 
 

12 de dezembro de 2019

Escavações que nos ensinaram a ler



 
Os exploradores pioneiros no contato com o mundo bíblico ficaram maravilhados ao contemplar pela primeira vez as ruínas monumentais do Egito e da Mesopotâmia. Procedendo aos registros das antigas cidades, desenhos das maravilhas rochosas, eles voltaram para casa a fim de extasiar uma plateia ávida por novidades. Todos os que viam aquele outro mundo revelado nas ilustrações logo ficavam curiosos acerca dos misteriosos sinais que cobriam as maravilhosas estruturas. Apesar de os pesquisadores saberem que aqueles símbolos peculiares representavam a história de civilizações desaparecidas, a maioria deles estava convicta de que as chaves para interpretá-los também se haviam perdido. Ali estavam as enigmáticas línguas do Egito e da Mesopotâmia, as duas grandes potências do passado. Como os historiadores ansiavam por decifrar os seus segredos! Mas ninguém possuía as chaves. Ironicamente, as chaves apareceram nas próprias pedras, na proporção dos achados, que se somavam. Duas dessas descobertas literalmente nos ensinaram como ler as línguas perdidas e, como resultado, revelaram novas maravilhas ao mundo. Foram elas a pedra Roseta e o rochedo de Behistun, contadas entre as primeiras grandes descobertas arqueológicas. Nesse artigo falaremos sobre a pedra Roseta.

A pedra Roseta — chave para os hieróglifos egípcios

Os hieróglifos (a antiga escrita egípcia, sendo o termo derivado de duas palavras gregas: hieros, “sagrado”, e glifo, “gravar”) receberam uma aura especial de mistério por causa dos artistas europeus, que romantizaram em suas obras as ruínas de Gizé e Tebas. Para os encantados europeus, os símbolos que as cobriam tornaram-se tanto motivos ornamentais quanto eram considerados repositórios de segredos conhecidos somente dos faraós.A maioria dos eruditos da época concordava que aqueles sinais carregavam um significado místico para os egípcios, mas também imaginavam ser possível decifrá-los e assim recuperar muita coisa daquela cultura perdida. Porém o significado dos hieroglifos permaneceu-lhes obscuro, tão indefinido quanto uma nuvem de chuva sobre o ermo. Foi então que, em 1798, soldados sob o comando de Napoleão Bonaparte, que junto com uma unidade de cientistas franceses invadira o Egito no ano anterior, começaram a reunir um grande número de artefatos egípcios recém descobertos.

Como seria demonstrado mais tarde, os objetos estavam destinados a colecionadores somente, e não à conservação. Um ano depois, os tesouros caíram nas mãos dos ingleses, que seguiram a esquadra francesa e expulsaram o exército de Bonaparte do Egito. No meio de uma nova coleção de antiguidades confiscadas, enviada pelos ingleses para o museu nacional em Londres, constava um grande bloco de pedra de basalto gravado de cima a baixo com antigos caracteres. A pedra foi encontrada por um oficial do exército francês, o tenente P. F. X. Bouchard, que fazia reconhecimento na área próxima ao povoado de Roseta, à margem esquerda do Nilo. Com cerca de 7 metros de altura, quase 1 metro e meio de largura e 33 centímetros de espessura, a pedra pesava aproximadamente 760 quilos! Denominada apropriadamente Pedra Roseta, logo despertou interesse, quando se observou que a escrita apresentava diferentes tipos de caracteres. Estudos posteriores revelaram serem textos paralelos, cada um registrando o mesmo relato.

O texto no topo da pedra estava escrito em hieróglifos, o do meio parecia uma forma cursiva dos mesmos hieróglifos (hoje chamada escrita demótica) e o da parte inferior era grego coiné. Sendo esse grego (o mesmo do Novo Testamento) de fácil leitura para os eruditos, criou-se a expectativa de que alguém pudesse trabalhar do conhecido para o desconhecido. Comparando primeiro as palavras gregas facilmente inteligíveis com o texto demótico (que pensava-se ser legível), talvez alguma luz pudesse ser lançada sobre os enigmáticos hieróglifos (que pensava-se serem somente simbólicos). À medida que o texto grego da Pedra Roseta era traduzido, soube-se que a pedra era uma esteia comemorativa que já estivera em um templo egípcio. Ela registrava algum decreto publicado de Mênfis (a capital egípcia antiga) em 196 a.C. exibindo os triunfos do Rei Ptolomeu V Epifânio. A inclusão deste nome (o único nome real preservado na seção de hieróglifos da pedra) se mostraria essencial para finalmente quebrar o código de hieróglifos.

A primeira tentativa bem-sucedida de ler o texto egípcio foi feita por Thomas Young (mais conhecido como o autor da badalada teoria da luz). Ele identificou corretamente um grupo recorrente de hieróglifos escritos com um círculo (conhecido como cartucho) com o nome do rei Ptolomeu. Agora que sabia-se que nomes estrangeiros eram escritos somente com estes hieróglifos, o significado dos sinais haveria de ser entendido pelos eruditos. Ironicamente, um jovem francês chamado Jean-François Champollion entrou no drama da decifração. Linguista bem dotado, Champollion energicamente aplicou-se à tarefa em questão. Ele comparou o hieróglifo de Young para “Ptolomeu” na Pedra Roseta com um obelisco que acabara de ser descoberto (1819) de um templo egípcio antigo perto de Aswan, que continha os nomes de Ptolomeu e Cleópatra em grego.

Ele foi capaz de isolar o cartucho para Cleópatra e, partindo daí, decifrar outros nomes reais. Finalmente, em 1822, com a idade de 32 anos, ele anunciou triunfantemente que havia resolvido o quebra-cabeça dos hieróglifos. Para a surpresa de muitos eruditos, ele demonstrou que os hieróglifos não eram apenas símbolos, mas sinais com valor fonético — eles formavam uma linguagem legível! Por isso, em função da descoberta da Pedra Roseta, os segredos ocultos da linguagem egípcia e através dela, a história do Egito antigo, religião e cultura foram abertas ao mundo. 
 
Fonte: Arqueologia- Livro: Arqueologia Bíblia-
Autor: Randall Price, Editora: CPAD,
Pags: 41-44

https://www.universalidadedabiblia.com.br/escavacoes-que-nos-ensinaram-a-ler/?
 
 

10 de setembro de 2019

O valor da arqueologia para a Bíblia





A arqueologia, com relação à Bíblia, presta-se a confirmar, corrigir, esclarecer e complementar a mensagem teológica contida no texto sagrado. Uma vez que a Palavra foi anunciada à humanidade em lugares e tempos específicos, torna-se necessário compreendermos o contexto histórico, cultural e religioso de seus destinatários. E, quanto mais claramente percebermos o significado original da mensagem, conforme comunicada ao mundo antigo, tanto melhor poderemos aplicar suas verdades eternas às nossas vidas, no mundo moderno. A arqueologia ajuda-nos a entender esse contexto, de modo que a verdade teológica não seja mal interpretada ou aplicada indevidamente. O professor Amihai Mazar, diretor da Universidade Hebraica no Instituto de Arqueologia de Jerusalém, declara-nos esse propósito:
Penso que a coisa mais importante que temos de entender é que a arqueologia é a nossa única fonte de informação vinda diretamente do período bíblico […] A arqueologia pode trazer-nos a informação do período exato em que as coisas aconteceram […] um quadro completo da vida diária nesse período, bem como as inscrições […] que são a única evidência escrita que temos do período bíblico, afora a própria Bíblia.

Confirmando a Bíblia

De acordo com o Websters’ English Dictionary, confirmar é “dar nova certeza da validade” de alguma coisa. A arqueologia faz emergir das pedras uma nova certeza a respeito da Bíblia, que vem agregar-se à convicção de que já possuímos pelo Espírito. Seu valor é apologético, o qual desde o início da ciência arqueológica contribuiu tanto para instigar quanto para patrocinar as escavações. Apesar do recente distanciamento, nos círculos arqueológicos, das qualidades confirmatórias inerentes às evidências extraídas da terra, a maioria dos eruditos ainda atesta a significativa concordância entre as pedras e as Escrituras. Por exemplo, Amihai Mazar, apesar de avesso ao uso da arqueologia para legitimar a Bíblia, ainda assim admite ser possível corroborar a Bíblia com as descobertas arqueológicas:

Em certos casos, podemos até lançar luz sobre certos eventos ou mesmo sobre certas construções como as que são mencionadas na Bíblia. Podemos enumerar muitos assuntos como esse onde a relação entre os achados arqueológicos e a narrativa bíblica pode ser estabelecida. Quanto mais recuamos no tempo, mais problemas [encontramos] e as questões são mais difíceis de responder. Nos períodos mais recentes [o tempo da monarquia], as coisas tornam-se mais seguras e melhor estabelecidas.

Apesar de ser verdadeiro que a maior parte das evidências disponíveis abrangem épocas mais recentes da história israelita, as descobertas relativas a esses períodos refletem às vezes tempos mais antigos. Por exemplo, Gabriel Barkay descobriu em 1979, numa tumba no vale de Hinom, em Jerusalém, pequenos rolos de prata contendo um texto do Pentateuco — a bênção de Arão (Nm 6.24-26), datados de antes do exílio de Judá. O achado criou um problema para os eruditos que defendiam a autoria do Pentateuco como sendo de sacerdotes de época posterior ao exílio. Como resultado, suas teorias deverão ser abandonadas ou reformuladas.

As confirmações da arqueologia à narrativa bíblica não se restringem à história. Elas demonstram também a singularidade da Bíblia, com sua teologia, quando comparada com outros documentos antigos do Oriente Próximo. As descobertas de obras religiosas dos sumérios, egípcios, hititas, assírios, babilônios e cananeus têm servido para destacar a originalidade e a elevada moral da Bíblia. Portanto, a arqueologia não só é capaz de confirmar a revelação das Escrituras, desacreditando o ceticismo histórico, como também de demonstrar o seu singular conteúdo religioso.

 
Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia- Autor: Randall Price, Editora: CPAD, pags- 28-31
 
https://www.universidadedabiblia.com.br/o-valor-da-arqueologia-para-a-biblia
 
 

4 de julho de 2019

O que é arqueologia “bíblica”?


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A palavra “arqueologia” deriva do termo grego archaiología, que significa “estudo das coisas antigas [ou arcaicas]”. Os gregos usavam a palavra “arqueologia” para descrever antigas lendas e tradições. A primeira menção conhecida — em inglês — data de 1607, usada numa referência ao “conhecimento” sobre o Israel antigo com relação a fontes de literatura como a Bíblia. Então, no século XIX, quando começaram a ser desenterrados artefatos dos tempos bíblicos, a palavra foi a estes aplicada (excetuando-se os documentos escritos). Portanto, a arqueologia está ligada à Bíblia desde o começo. E hoje é entendida como um departamento da pesquisa histórica que busca revelar o passado por uma recuperação sistemática de seus resquícios. Todavia, à medida que a arqueologia se desenvolveu como ciência e as escavações alcançaram terras além das que têm relevância bíblica, surgiu a necessidade de se cunhar um termo mais exclusivo. E assim, como uma disciplina distinta em um campo mais extenso, nasceu a “arqueologia bíblica” — a ciência da escavação, decifração e avaliação crítica dos registros de materiais antigos relativos à Bíblia.

O nascimento da arqueologia bíblica

A arqueologia nasceu quando os homens começaram a querer recuperar materiais do passado. Os primeiros arqueólogos, se é que podemos chamá-los
assim, foram os ladrões de tumbas, que pilhavam os sepulcros da Antiguidade (geralmente não muito tempo depois de serem selados). Apesar do risco de acabar preso numa tumba com os cobiçados tesouros e da morte a que estava sujeito o ladrão aprisionado, a “profissão” aparentemente floresceu. A maioria das grandes tumbas do passado descobertas em nosso tempo já haviam sido visitadas por aqueles “profissionais”. Quando em tempos relativamente modernos o passado começou a ser explorado por aventureiros europeus, relíquias e souvenires eram levados para casa com o propósito de encantar amigos e conquistar fama. Logo os caçadores de fortuna começaram a proliferar, navegando para terras distantes em busca de riquezas que imaginavam estarem à espera deles nas vastas minas sem dono que eram as antigas ruínas.

As “escavações” desses mercenários destruíam material em proporção idêntica à dos achados. Outros, porém, com um espírito diferente, começaram a registrar as suas observações em pinturas e desenhos, que, apesar do romantismo, traziam notícias de terras e culturas havia muito esquecidas. A primeira tentativa “científica” em arqueologia foi conduzida por Napoleão Bonaparte em 1798. Seu interesse pela arqueologia era evidente, considerando- se a maneira como se dirigiu às tropas francesas após ter invadido o Egito: “Do alto destas pirâmides, cinquenta séculos vos contemplam!” Diz-se que Thomas Jefferson “explorou cientificamente” os túmulos da Virgínia.

No século seguinte, outros americanos, como Edward Robinson e Eli Smith, juntaram-se a um grupo de eruditos da Inglaterra, Suíça, França, Alemanha e Áustria para publicar plantas topográficas, mapas detalhados e resultados de árduas escavações nas terras bíblicas. As primeiras expedições arqueológicas, executadas com altos custos, foram quase todas financiadas por pessoas cujo principal interesse era a Bíblia. Assim, na maioria das vezes, o progresso da arqueologia como um todo deveu-se ao impulso da arqueologia bíblica. Quaisquer que tenham sido as motivações, todavia, esses “descobridores das fronteiras arqueológicas” abriram caminho para um desenvolvimento mais científico da disciplina — em benefício de todos nós.

Tornando a história tangível

Como já mencionei, antes do nascimento da arqueologia ninguém tinha realmente ideia de como era o mundo da Bíblia. As concepções eram puramente imaginárias. Como conseqüência, os comentários da Bíblia eram recebidos quase do mesmo modo que os contos mitológicos dos gregos e romanos. Não que as pessoas rejeitassem a Bíblia como verdade. Mas o mundo da Bíblia lhes parecia um planeta diferente, e seus personagens, uma população alienígena cuja aparência e maneira de viver assemelhavam-se mais ao universo dos sonhos que à realidade. Lembro-me de como fiquei chocado ao visitar pela primeira vez a Terra Santa. A concepção que eu tinha de um Jesus vestido de linho branco a passear sobre tapetes de grama viridente, tal como se via nos flanelógrafos, evaporou-se diante da realidade. As relíquias diante de mim, resgatadas nas escavações e o material exposto nos vários museus da Terra Santa mudaram muitas de minhas ideias preconcebidas.

O mundo que eu construíra em minha imaginação ia se dissipando à medida que os fatos — que também diziam respeito à minha fé — me eram apresentados. E, passada a surpresa inicial, a arqueologia despertou- me para uma realidade: eu não tinha mais desculpas para justificar um comportamento diferente do apresentado pelos heróis da fé! Sim, porque eles também foram pessoas reais, vivendo num mundo real e conhecendo as mesmas preocupações e dúvidas com as quais eu me deparava. E, se a fé por eles manifestada desenvolvera-se num mundo real, então nada me escusava de ser diferente. E essa convicção tornou-se mais forte à medida que, ao logo dos anos e das sucessivas descobertas arqueológicas, os contornos do mundo bíblico real se faziam mais nítidos diante dos meus olhos. A arqueologia revelou as cidades, palácios, templos e casas dos que conviveram com os indivíduos cujos nomes aparecem nas Escrituras. Tais descobertas nos possibilitam declarar, como o apóstolo João: “O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida […] Estas coisas vos escrevemos” (l Jo 1.1,4).

Coisas palpáveis podem assistir a fé em seu crescimento. A arqueologia traz à luz os remanescentes tangíveis da história, permitindo a criação de um contexto razoável para o desenvolvimento da fé. Permite também que fatos a sustentem — a confirmação da realidade dos personagens e eventos bíblicos. Assim, céticos e santos podem, do mesmo modo, perceber a mensagem espiritual arraigada à história. O arqueólogo Bryant Wood, diretor da Associates for Biblical Research (Associados para Pesquisa Bíblica), comenta o assunto ao discorrer sobre a descoberta do nome “Casa de Davi” numa coluna de Tel Dã (c f capítulo 9):
“Sabemos que [Davi] é uma figura histórica porque ele é mencionado na Bíblia, mas isso não é suficiente para os eruditos. Eles precisam de evidência extrabíblica. Então a arqueologia bíblica pode desempenhar um importante papel, verificando a verdade das Escrituras em face da crítica que hoje recebemos da moderna erudição.”

Uma aventura para todos os tempos

A arqueologia de Hollywood é uma aventura sem fim. Os arqueólogos do cinema são em parte eruditos e em parte super-homens, capazes de saltar abismos flamejantes para resgatar fantásticos tesouros. Mas a arqueologia, em sua busca pelo passado, segue um caminho diverso. Ela é metodológica e frequentemente secular. Mesmo assim, ainda é uma aventura — quando nos transporta ao passado e nos desafia a mudarmos nossa perspectiva do presente. Nessa aventura, às vezes somos forçados a substituir opiniões particulares por fatos concretos da história e a encarar, quem sabe pela primeira vez, a realidade da Palavra. E, à luz dos incessantes reclamos dos críticos, a arqueologia nos contempla com respostas adequadas a esta era tecnologicamente abençoada mas teologicamente falida. É com um senso de aventura, então, que o convido a unir-se a mim numa viagem através do tempo — para escavar o solo, sondar as Escrituras e descobrir que coisas maravilhosas nos falam as pedras! 


Fonte: Livro: Arqueologia Bíblia- Autor: Randall Price, Editora: CPAD, pags- 21-24

Universalidadedabiblia

3 de fevereiro de 2019

Por Que A Arca Da Aliança Nunca Será Encontrada?




Por Michael S. Heiser


Eu ainda posso lembrar a emoção de ver Indiana Jones: Os Caçadores da Arca Perdida nos cinemas. Já no ensino médio, eu já tinha sido infectado com o “vírus da arqueologia”. Esse filme levou os meus interesses a um nível inteiramente novo. Seguindo o caminho da Providência, eu segui o caminho de Indiana Jones, ao menos academicamente. Eu ainda estou fascinado pela arca, mas eu não acredito mais que ela está perdida e precisa ser descoberta. E a culpa é de Jeremias.

A ideia de que a arca da aliança sobreviveu à invasão de Nabucodonosor a Judá se baseia na ausência de qualquer referência explícita à arca dentre os utensílios de ouro levados para a Babilônia (2Cr 36.5-8). Da mesma forma, a lista de itens levados de volta para Judá depois do fim do exílio não menciona a arca (Ed 1.5-11). A explicação mais simples é que a arca estava dentre os “utensílios de ouro no templo do Senhor” que Nabucodonosor deixou em pedaços (2Rs 24.13). Ninguém pagaria para ver um filme assim.

Desde tempos antigos até os dias de hoje, as pessoas têm resistido à ideia de que Deus permitira Nabucodonosor destruir o objeto mais sagrado de Israel. Testemunhando o poder dessa resistência, há quase uma dúzia de teorias que dizem como a arca sobreviveu.

Algumas dessas teorias são extraídas de eventos bíblicos. Talvez Ezequias deu a arca para Senaqueribe como parte dos tributos pagos (2Rs 18). Será que ela foi removida por sacerdotes fiéis quando Manassés colocou um ídolo no templo (2Rs 21.1-9)? Indiana Jones disse a milhões que o faraó Sisaque levou a arca para a cidade de Tanis no Egito quando ele invadiu Jerusalém (1Rs 14.25-28). Talvez a teoria mais intricada envolve Menelik I, o suposto filho de Salomão e a rainha de Sabá, levando a arca para a Etiópia. A crônica real etíope, a Kebra Nagast, apresenta essa ideia com tanta seriedade que os governantes da Etiópia até o século XX tinham de provar a sua descendência de Menelik I.

Outras teorias cresceram a partir de passagens específicas em textos antigos. Segundo Maccabeus 2.5 relata Jeremias escondendo a arca numa caverna antes da invasão de Nabucodonosor. Segundo Baruque 6.1-9 descreve a arca sendo sobrenaturalmente engolida pela terra antes da invasão, ficando escondida ali até a hora da restauração de Israel.

Jeremias 3.16-17 torna todas essas hipóteses difíceis de se acreditar:

“Sucederá que, quando vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra, então, diz o Senhor, nunca mais se exclamará: A arca da Aliança do Senhor! Ela não lhes virá à mente, não se lembrarão dela nem dela sentirão falta; e não se fará outra. Naquele tempo, chamarão a Jerusalém de Trono do Senhor; nela se reunirão todas as nações em nome do Senhor…” 
A passagem mostra claramente que a arca deveria estar ausente por causa do exílio. Jeremias 3.16 também insiste que “não se fará outra”, um palavreado que sugere fortemente que a arca seria destruída no desastre iminente; se a arca não foi destinada para a destruição, falar em reconstruí-la não faria sentido. Jeremias 3.17 reforça esse ponto: a arca era o trono de Deus. Ele se sentava “entre os querubins” no suporte conhecido como o “propiciatório” (Ex 25.18-22; Nm 7.89). Mas a passagem fala de um dia em que a própria Jerusalém seria chamada de trono de Deus. Lemos sobre isso em Apocalipse 21.2-3: “Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles”. Uma arca da aliança recuperada não se encaixa nesse cenário, ela seria decepcionante demais. 


Dr. Michael S. Heiser é um acadêmico contratado pela Faithlife, os criadores do Logos Bible Software. Ele é o autor do livro The Unseen Realm: Recovering the Supernatural Worldview of the Bible. Este artigo é um excerto do livro I Dare You Not to Bore Me with the Bible. Original aqui.

Traduzido por Guilherme Cordeiro.

Fonte: Monergismo 




20 de janeiro de 2019

É verdade que todo o Antigo Testamento foi abolido após Cristo?





(1) A primeira coisa que temos de ter em mente é que a Bíblia Sagrada é uma coisa só. Essa divisão de Antigo Testamento e Novo Testamento é algo apenas para facilitar nossa compreensão daquilo que Deus fez nessas duas fases da história do mundo. Sem o Antigo Testamento nunca compreenderíamos o Novo. Além disso, ele foi usado amplamente pelos apóstolos para explicar questões importantes à igreja de Cristo que se iniciava. Por exemplo, Pedro usa o Antigo Testamento para explicar o derramamento do Espírito Santo: “Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel…” (Atos 2:16). Isso já nos leva a verificar que o conhecimento sobre o Antigo Testamento é algo importantíssimo para a compreensão dos planos de Deus na história e também sobre o Messias, Jesus Cristo, que tem um papel central nas escrituras, e ele foi muito valorizado pelos discípulos de Jesus.

(2) Mas, evidentemente, que o Antigo Testamento contém uma série de citações que precisam ser analisadas à luz de todo o contexto bíblico. Estou falando das leis. Aqui sim temos uma importante análise a ser feita. É um conteúdo complexo, mas em termos gerais, para que você compreenda, podemos separar as leis em dois grandes grupos: leis cerimoniais e leis morais.

a) As leis cerimoniais são aquelas leis que continham ordens específicas ao povo de Israel ou determinadas coisas a serem feitas que, após Cristo, já não fazem mais sentido porque elas se cumprem eternamente Nele. Um exemplo: os sacrifícios de animais pelo pecado. Isso se cumpre em Cristo, que foi nosso substituto perfeito e pleno, oferecendo um único e suficiente sacrifício por todos nós (Hebreus 10:12). Mais um exemplo: Temos também as leis criminais. Se alguém do povo de Israel fosse feiticeiro deveria ser morto por apedrejamento (Levítico 20:27). Isso era uma lei criminal que vigorou para Israel enquanto país e não mais para nós (hoje não saímos por ai apedrejando pessoas que praticam a feitiçaria, certo?). Ser feiticeiro continua sendo pecado (lei moral), mas aquelas punições criminais específicas do código criminal para Israel não são mais usadas, serviram apenas para eles.

b) As leis morais são aquelas que determinam o comportamento do servo de Deus. Essas ainda vigoram plenamente após Cristo. Por exemplo, o mandamento “não matarás” é repetido no Novo Testamento, ele continua. Dessa forma, todas as ordens sobre nosso comportamento diante de Deus contido no Antigo Testamento continuam e ainda foram bastante aprofundadas por Cristo e pelos apóstolos. Um exemplo: o adultério é um pecado moral (Êxodo 20:14). Mas muitos entendiam que só o ato carnal era pecado. Jesus chega, aprofunda a compreensão e diz que as pessoas podem adulterar na mente também (Mateus 5:28). Todas as leis desse tipo ainda são válidas após Cristo.

(3) Os estudos sobre as leis, evidentemente, não são tão simples como descrevi acima, mas usei essa forma simplificada para que pudesse haver uma compreensão melhor do tema. Isso nos mostra que o Antigo Testamento é sim muito importante “tecnicamente” para entendermos melhor toda a história do plano e vontade de Deus através dos tempos. Mas ainda existem algumas outras coisas muitos importantes no Antigo Testamento: As suas histórias que mostram como personagens viveram suas vidas com Deus, seus erros, seus acertos. Isso nos traz inspiração vinda de Deus. Além disso, temos nos livros de sabedoria (Salmos, provérbios, Eclesiastes) uma fonte inesgotável de lições sobre as mais diversas faces da vida, que nos trazem uma direção de Deus em muitas coisas do dia a dia. Exemplo: “Não sejas frequente na casa do teu próximo, para que não se enfade de ti e te aborreça” (Provérbios 25:17). Poderia citar mais coisas importantes, mas creio que ficou compreendido a grandeza e importância dos ensinos do Antigo Testamento.

(4) Tudo que foi dito até aqui mostra de forma clara que o Antigo Testamento é muito valioso, que devemos sim estudá-lo, entendê-lo, aproveitar todas as bênçãos que Deus nos traz através da sua leitura e estudo. Quem pensa que todo o Antigo Testamento foi abolido após Cristo e que pode, assim, desprezar esse importante escrito e ficar somente com o Novo Testamento está cometendo um grave erro contra as Escrituras Sagradas e, certamente, nunca conseguirá compreender plenamente, por exemplo, o livro de Hebreus, que usa dezenas de figuras do Antigo Testamento para explicar a importância de Jesus Cristo!



https://www.esbocandoideias.com/2019/01/todo-o-antigo-testamento-foi-abolido-apos-cristo.html?


4 de novembro de 2018

53 Pessoas da Bíblia Confirmadas Arqueologicamente


https://thumbs.dreamstime.com/t/ru%C3%ADnas-da-cidade-antiga-jericho-em-israel-83399391.jpg


Em “Archaeology Confirms 50 Real People in the Bible” [Arqueologia Confirma 50 Pessoas Reais da Bíblia] na edição de março/abril de 2014 da Biblical Archaeology Review [Revista de Arqueologia Bíblica], o estudioso da Purdue University, Lawrence Mykytiuk, enumera 50 pessoas da Bíblia Hebraica [Antigo Testamento] que foram confirmadas arqueologicamente. Em seu artigo seguinte, “Archaeology Confirms 3 More Bible People” [Arqueologia Confirma Mais 3 Pessoas da Bíblia], publicada na edição de maio/junho de 2017 da BAR [Biblical Archaeology Review], ele adiciona mais três pessoas à lista. As pessoas identificadas incluem reis israelitas e monarcas da Mesopotâmia, bem como figuras menos conhecidas.

Mykytiuk escreve que essas figuras “mencionadas na Bíblia foram identificadas no registro arqueológico. Seus nomes aparecem em inscrições escritas durante o período descrito pela Bíblia e, na maioria dos casos, durante ou muito perto da vida da pessoa identificada”. A extensa documentação bíblica e arqueológica que apoia o estudo da BAR está publicada aqui em uma coleção exclusiva na web de notas de rodapé detalhando as referências bíblicas e as inscrições referentes a cada uma das figuras. [As nota de rodapé não serão traduzidas neste artigo, mas você pode lê-las em inglês clicando no nome da pessoa em questão na tabela abaixo.]


 NOME                                   QUEM ERA ELE?                        PERÍODO          ONDE NA BÍBLIA


Egito


1
faraó
945-924
1 Reis 11:40, etc.
2
faraó
730-715
2 Reis 17:4
3
faraó
690-664
2 Reis 19:9, etc.
4
faraó
610-595
2 Crônicas 35:20, etc.
5
faraó
589-570
Jeremias 44:30

Moabe


6
rei
início a meados 
do século IX
2 Reis 3:4-27

Aram-Damasco


7
rei
início do século IX a 844/842
1 Reis 11:23, etc.
8
rei
844/842
2 Reis 6:24, etc.
9
rei
844/842 – C. 800
1 Reis 19:15, etc.
10
rei
início do século VIII
2 Reis 13:3, etc.
11
rei
meados do século VII a 732
2 Reis 15:37, etc.

Reino do Norte de Israel


12
rei
884-873
1 Reis 16:16, etc.
13
rei
873-852
1 Reis 16:28, etc.
14
rei
842 / 841-815 / 814
1 Reis 19:16, etc.
15
rei
805-790
2 Reis 13:9, etc.
16
rei
790-750 / 749
2 Reis 13:13, etc.
17
rei
749-738
2 Reis 15:14, etc.
18
rei
750(?)-732/731
2 Rei 15:25, etc.
19
rei
732 / 731-722
2 Reis 15:30, etc.
20
governador da Samaria 
sob o governo persa
C. meados do século V
Neemias 2:10, etc.

Reino do Sul de Judá


21
rei
C. 1010-970
1 Samuel 16:13, etc.
22
rei
788 / 787-736 / 735
2 Reis 14:21, etc.
23
rei
742 / 741-726
2 Reis 15:38, etc.
24
rei
726-697 / 696
2 Reis 16:20, etc.
25
rei
697 / 696-642 / 641
2 Reis 20:21, etc.
26
sumo sacerdote durante o 
reinado de Josias
dentro de 640 / 639-609
2 Reis 22:4, etc.
27
escrivão durante o reinado 
de Josias
dentro de 640 / 639-609
2 Reis 22:3, etc.
28
sumo sacerdote durante o 
reinado de Josias
dentro de 640 / 639-609
1 Crônicas 5:39, etc.
29
oficial durante o do reinado de Jeoaquim
dentro de 640 / 639-609
Jeremias 36:10, etc.
30
rei
598-597
2 Reis 24:6, etc.
31
pai de Jucal, o funcionário real
final do século VII
Jeremias 37:3, etc.
32
oficial durante o reinado 
de Zedequias
dentro de 597-586
Jeremias 37:3, etc.
33
pai de Gedalias, o oficial real
final do século VII
Jeremias 31:1
34
oficial durante o reindado 
de Zedequias
dentro de 597-586
Jeremias 38:1

Assíria


35
rei
744-727
2 Reis 15:17, etc.
36
rei
726-722
2 Reis 17:3, etc.
37
rei
721-705
Isaías 20:1, etc.
38
rei
704-681
2 Reis 18:13, etc.
39
filho e assassino de 
Senaqueribe
Início do século VII
2 Reis 19:37, etc.
40
rei
680-669
2 Reis 19:37, etc.

Babilônia


41
rei
721-710 e 703
2 Reis 20:12, etc.
42
rei
604-562
2 Reis 24:1, etc.
43
oficial de Nabucodonosor II
início do século VI
Jeremias 39:3, etc.
44
oficial de Nabucodonosor II
início do século VI
Jeremias 39:3, etc.
45
um oficial chefe de 
Nabucodonosor II
início do século VI
2 Reis 25:8, etc. e Jeremias 39:9, etc.
46
rei
561-560
2 Reis 25:27, etc.
47
filho e co-regente de 
Nabonido
C. 543? -540
Daniel 5:1, etc.

Pérsia


48
rei
559-530
2 Crônicas 36:22, etc.
49
rei
520-486
Esdras 4:5, etc.
50
governador provincial 
de Trans-Eufrate
final do sexto ao 
início do século V
Esdras 5:3, etc.
51
rei
486-465
Ester 1:1, etc.
52
rei
465-425 / 424
Esdras 4:7, etc.
53
rei
425 / 424-405 / 404
Neemias 12:22, etc.




Fonte: Traduzido do artigo “53 People in the Bible Confirmed Archaeologically” [53 Pessoas da Bíblia Confirmadas Arqueologicamente] (http://www.biblicalarchaeology.org/daily/people-cultures-in-the-bible/people-in-the-bible/50-people-in-the-bible-confirmed-archaeologically/) da organização educacional Biblical Archaeology Society [Sociedade de Arqueologia Bíblica].