Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
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24 de março de 2019

"Somos MAIS RAROS do que o ouro de Ofir"?





- Bruno você sabia que as Sagradas Escrituras dizem que "somos MAIS RAROS do que o ouro de Ofir"?

- Huummmm! NÃO diz NÃO, irmão.

- Como assim NÃO diz? A Bíblia nos diz que somos MAIS RAROS do que o ouro de Ofir, SIM! É benção demais!

- Você está EQUIVOCADO irmão.

- NÃO, NÃO... Não estou Bruno. Lá Em Isaías 13.12, tem um versículo dizendo que somos MAIS raros do que o ouro PURO.

- Sinto MUITO desapontá-lo irmão, MAS se você ler o CONTEXTO desse versículo e prestar MAIS atenção nele, vai perceber que se trata de uma palavra de MALDIÇÃO DE DEUS, e NÃO de bênção!

- Sério Bruno?

- Seríssimo irmão! No versículo anterior a esse (Is 13.11), o SENHOR Deus fala que irá CASTIGAR a Babilônia, por causa da sua MALDADE, e, então, no v.12, o SENHOR fala sobre um MASSACRE tão GRANDE que produziria a ESCASSEZ de HOMENS e faria que o HOMEM fosse MAIS ESCASSO (ou seja, MAIS RARO) do que o ouro PURO de Ofir! Seria difícil encontrar um VIVO por tamanho que seria o castigo. É MALDIÇÃO, irmão! ENTENDEU?

– Mas o cantor gospel Anderson Freire faz o maior sucesso com esta música, além do mais quando canto ela, sinto até um arrepio; então creio que seja verdadeira sim!

– Me diz uma coisa... você é guiado por músicas gospel's modinhas, sentimentalismo barato ou pelas Sagradas Escrituras? Onde demonstras mais zelo? O que rege sua vida cristã?

- (...)

- Alisson Bruno

Apóstolo Paulo Inconformado

https://www.facebook.com/apostolopauloinconformado/photos/a.


6 de maio de 2017

Castelo Forte – Martinho Lutero (Análise)


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Vamos ser diretos: a música de hoje não requer maiores explanações. Quase todos conhecem sua letra e a maioria dos crentes já a ouviu e/ou cantou alguma vez na vida. Porém, mais do que ouvir e saber sua composição, importa que creiamos no que ela diz e também a coloquemos em prática.

Muitas são as curiosidades sobre esta música e você pode as conferir neste link. Existem várias versões em português sobre ela – só em inglês existem cinquenta e três, para se ter uma ideia. Seja qual tradução usemos, o que importa é o conteúdo central: Deus. Vamos à análise
Castelo forte é nosso Deus,
Espada e bom escudo,
Com seu poder defende os seus,
Em todo transe agudo.
Esta música é praticamente uma paráfrase do Salmo 46 e nela o autor, Lutero, buscou exaltar a grandiosidade do Senhor. E para os tempos antigos, o que poderia ser melhor do que comparar o Senhor a um castelo forte, espada e bom escudo? Em tempos medievais onde os castelos representam toda a fortaleza e poderio de uma nação, e a espada era um excelente instrumento de defesa e ataque junto com o escudo, nada mais excelente para ser usado como figura de linguagem.
Lutero era um profundo teólogo, não só porque foi convertido pelo Senhor e pregou a justificação pela fé (Rm 1.17; Ef 2.8), e sim porque entendia que a arte deveria ser usada para a glória de Deus – e esta é uma característica perdida em nossos dias. Não sabemos dizer “aquela banda é muito boa”, se ela não falar explicitamente de Jesus.
A igreja está carente da boa teologia que deveria jorrar de um bom púlpito. Pinturas, música, comida e bebida – tudo deve ser feito para a glória de Deus (1Co 10.31). Para ilustrar, quantos crentes existem e que possuem uma excelente banda que não seja de “louvor” dentro da igreja e que seja realmente famosa pelo mundo? Praticamente nenhuma, porque, em geral, se acredita que louvor é só cantar e tocar dentro da igreja. Lutero certamente abominaria esta ideia contrária às Escrituras. Lutero amava a arte, porque ela havia sido concebida pelo próprio Deus.
Com fúria pertinaz,
Persegue Satanás,
Com artimanhas tais,
E astúcias tão cruéis,
Que iguais não há na terra.
Aqui, nos vêm à mente o que o apóstolo Pedro relembra os crentes, a saber, de que as investidas do Diabo são semelhantes à astúcia e força de um leão: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8). E é por isso que devemos orar sem cessar (1Ts 5.17), “Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gl 5.17).
Lutando contra o romanismo, o qual é uma perfeita mistura entre verdade e erro, Lutero via como o Inimigo era cruel, a ponto de levar os homens para longe de Deus e fazendo-os acreditar que estavam se aproximando d’Ele. Toda a vida sofrida do reformador, só lhe fez mais consciente de que nossa vida é muito mais semelhante a um campo de batalha, do que férias em um lugar paradisíaco.
A nossa força nada faz,
Estamos, sim perdidos;
Mas nosso Deus socorro traz,
E somos protegidos.
Se por um lado os crentes não devem temer ao Inimigo, por outro não devem subestimar sua força. Já disse alguém que Satanás é infinitamente mais forte que qualquer homem e por isso deve ser temido. A força do crente para vencer as trevas, não está no próprio homem, mas no sangue de Cristo.
É interessante notar que a letra diz “nosso Deus socorro traz”, o que é constantemente visto pela Escritura. Mas note algo importante: a Bíblia nunca diz como, quando e de que forma o socorro virá. Isto é verdade quando lemos: “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar” (1Co 10.13). Qual escape? Em que momento ele virá? Como ele vai surgir? São perguntas sem respostas. Também Tiago escreve, mostrando que o Senhor triunfará, mas não nos diz em que momento da provação: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
Isso nos ensina que devemos confiar no Senhor, independentemente dos meios e em que tempo Ele atuará mais objetivamente para nos trazer o socorro e proteção – embora saibamos que n’Ele estamos sempre protegidos.
Defende-nos Jesus,
O que venceu na cruz,
Senhor dos altos céus;
E sendo o próprio Deus,
Triunfa na batalha.
A música continua e nos mostra, então, que a defesa do crente em Cristo, se dá pela vida e morte do Senhor na cruz. A ascensão de Cristo completou a obra de Jesus na terra, de modo que se sentou à direita de Deus (Lc 22.69), vencendo a morte (pois o salário do pecado é a morte – Rm 6.23) e triunfando na batalha.
Se nos quisessem devorar,
Demônios não contados,
Não nos podiam assustar,
Nem somos derrotados.
A partir da exaltação de Cristo, Lutero compara a magnitude de Deus, novamente, com as investidas das trevas. Todavia, agora relembra os outros de que, à semelhança do que lemos, “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1), porque em Cristo somos mais que vencedores (Rm 8.37).
O grande acusador,
Dos servos do Senhor,
Já condenado está;
Vencido cairá,
Por uma só palavra.
Observemos algo salutar: o grande acusador (o Diabo, como lemos em Rm 8.33) já condenado está. O inimigo dos crentes não está livre para enganar as nações e muito menos os crentes. Ele já foi condenado e sua atuação é absolutamente controlada pelo Senhor. Como disse Calvino, “o Diabo é o Diabo de Deus”, tal qual um cão preso à coleira daquele que o domina.
Jamais cogitemos a ideia de que Deus luta em pé de igualdade com o Diabo, pois fazer tal coisa seria menosprezar a soberania de Deus e atribuir uma força ao inimigo que nem a Bíblia indica. O apóstolo Paulo escreveu aos crentes: “o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2Ts 2.8). O Diabo é poderoso, mas só age conforme o conselho de Deus e por isso não devemos viver assustados, como se em cada esquina o inimigo pudesse nos matar, “porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo” (1Jo 4.4).
Sim, que a palavra ficará,
Sabemos com certeza,
E nada nos assustará,
Com Cristo por defesa.
“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24.35). O conhecido versículo nos relembra de que a confiança do crente está na firmeza e fidelidade de Deus pela Sua palavra. Ao contrário de nós, que por natureza somos infiéis nos contratos (Rm 1.31), Deus mantêm Seus dizeres e jamais se arrepende ou muda de opinião.
É a Bíblia e somente ela que nos traz refresco e calmaria nos momentos de angústia. É verdade que é o Espírito Santo quem nos dirige, mas Ele sempre nos guia através daquilo que já lemos – ou alguém espera ser ensinado por Deus, ainda que não leia Sua revelação, isto é, a Bíblia?
Lutero, mesmo em face da morte e com todas as forças contrárias a ele, sabia que “nada nos assustará”, pois em Cristo temos tudo o que necessitamos para nos mantermos firmes e inabaláveis. Aliás, o próprio Jesus nos prometeu isso: “Mas, quando vos entregarem, não vos dê cuidado como, ou o que haveis de falar, porque naquela mesma hora vos será ministrado o que haveis de dizer” (Mt 10.19).
Se temos de perder,
Os filhos, bens, mulher,
Embora a vida vá,
Por nós Jesus está,
E dar-nos-á seu Reino.
Convém notar que uma das traduções brasileiras diz “Se temos de perder, família, bens, poder”, quando correto é “filhos, bens, mulher”. Na primeira tradução a referência ao cônjuge não é tratada e realmente não sei o motivo, mas o fato é que não está correta.
Se você é muito jovem e ainda não trabalhou por vários anos ou não é casado e tem filhos, talvez tenha dificuldade para compreender a profundidade destas palavras. Mas caso você já seja mais crescido, sabe que a última coisa que desejamos perder na vida são os filhos, mulher e bens que adquirimos (ou melhor, ganhamos do Senhor através do trabalho que nos concedeu) com tanto esforço.
Perder a família é simplesmente a pior e mais lastimável coisa que pode acontecer a qualquer ser humano. Dez cânceres seguidos são mais fácil do que perder um filho ou esposa. Ficar anos desempregado ou perder um membro do corpo é mais tranquilo do que ver a vida de um querido se indo. As dores de Jó, devido ao seu péssimo estado físico, não eram nada quando comparadas à dor de perder todos os seus filhos repentinamente. Não existe dor ou tristeza no mundo que se compare a perder filhos e o cônjuge. Simplesmente nada pode ser mais cruel ou colocar um vazio tão grande no coração do homem, do que perder aqueles que lhe eram mais amados e chegados.
Todavia, ainda assim, buscando forças humanamente impossíveis, ainda que com lágrimas e profundo desespero, o crente pode se refugiar em Cristo. Certamente não será fácil, mas o Senhor nos deixa sua promessa: “eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). E espero que nenhum dos leitores precise passar por tais momentos de tristeza, para aprender a confiar verdadeiramente no Senhor.

Concluo, assim, a classificando como “bíblica e apropriada ao culto público”.


Por: Filipe Machado. 
Revisão: Filipe Castelo Branco. Copyright © Cante as Escrituras 2016. 
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que informe o autor, seu ministério e o tradutor, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

http://canteasescrituras.com.br/2016/05/castelo-forte-martinho-lutero-analise/

 

21 de janeiro de 2017

Por que eu não ouço mais música gospel.




 
Autor: Paulo Ricardo Lima
 
Eu tenho vários motivos pelos quais ao passar do tempo eu passei a não mais ouvir nem sequer gostar de música gospel, além de meu total repúdio aos cantores gospel, as suas letras baseadas em achismos são o que me deixam mais enjoado em relação a isso.

No cenário atual da música gospel, as músicas me dão mais enjoo do que a conduta de certos cantores, o que mais tem acontecido é que as pessoas fazem de certas músicas de doutrinas, quem nunca ouviu uma frase de música pra justificar algo que alguém esteja fazendo?  Quantas e quantas vezes nós vemos nosso jovens que entendem mais da vida de cantores do que da vida de personagens bíblicos? Eu me cansei de ver.

Estamos numa geração onde “Você ser um diamante”, ou ser “Um espelho que reflete a imagem do senhor”, ou em que “A vitória tem que ter sabor de mel” é música  de Deus, e  “é preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã” ou “Ainda que eu falasse a língua dos anjos, que eu falasse a língua dos  homens, sem amor eu nada seria” É COISA DO DIABO, não podemos esperar muita coisa.
Parece que a música gospel acompanha o declínio da música Brasileira (secular), onde tínhamos antigamente Pixinguinha, Tom Jobim, Raul Seixas, Legião Urbana, e hoje temos Mc Livinho, Mc Carol Concá, Wesley Safadão, no âmbito da musica brasileira, e na música gospel tínhamos Jair Pires, Luiz de Carvalho, Rebanhão, Comunidade de Nilópolis e hoje temos Thalles, PNB, Priscilla, Lázaro, Ana P e os Valadões e uma legião de coisas ruins que eu perderia tempo citando.

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Na situação atual, as músicas que contem Cristo no meio são ignoradas, enquanto musicas antropocêntricas e egocêntricas com o cunho ganancioso, tem sido reverenciadas e adoradas por uma geração que canta muito, mas que é analfabeta no quesito escrituras, gente que não se disponibiliza para ler a bíblia, ou orar, mas se entrega e paga qualquer valor por momentos de música gospel e shows do Mainstream  do show business gospel.

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Em terra de quem ouve e vive por músicas fracas, quem lê a bíblia é considerado herege, julgador, uma geração dodói em que podem meter o pau no cristianismo, pode deturpar a bíblia, enganar, roubar, mentir, cobrar cachê, virar político corrupto, pode fazer o diabo a quatro, mas se falarmos dos bezerros de ouro… Senta que lá vem a geração dodói pra falar coisa, uma geração que cospe em Jesus, que faz questão de agir como Judas e tratar Jesus como uma fonte de riqueza e prosperidade, você não pode esperar muita coisa boa não.

Veja o que eu estou dizendo na prática:

Pregadores de rosas – Marcos Antônio – 1984
Pregadores de rosas preguem Os espinhos também Preguem que Deus é amor, Deus é amor, mas é justiça também Porque a fé sem as obras pra Deus, Nenhum valor ela tem.
Não preguem facilidade Para o caminho do céu Se não houver santidade O cristão jamais verá Deus
Agora veja onde fomos parar:

Raridade – Anderson Freire – 2013
Você é um espelho que reflete a imagem do Senhor  Não chore se o mundo ainda não notou Já é o bastante Deus reconhecer o seu valor Você é precioso, mais raro que o ouro puro de ofir Se você desistiu, Deus não vai desistir Ele está aqui pra te levantar se o mundo te fizer cair.
Perceba a decadência da música gospel, em 1984 “Não preguem facilidade”, em 2013: “Você reflete a imagem do Senhor”; “Já é o bastante Deus reconhecer o seu valor, você é precioso, MAIS RARO que o ouro de Ofir”. Em 1984 – Deus é amor, mas é Justiça também.

A igreja criou monstros, deturpou a música que era pra ser um sermão cantado, a igreja criou gente boçal e sem noção, antigamente as músicas descreviam Deus, hoje elas não explicam mais, pois “ninguém explica Deus”, antigamente as músicas pregavam o amor com disciplina e retidão, ensinavam que Deus era a justiça, hoje é “ame mais e julgue menos”, antigamente ensinavam nas canções que não deveríamos pregar facilidades, mas a coisa mudou “agora a luta acabou, é só vitória”, doutrina? Pra que? Se você pode ouvir Deus perguntar se você está fugindo dele. Criaram um novo Deus, uma nova religião onde a Somlivre Toca, mas você adora as besteiras que ela e seus cantores ridículos tocam.

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Autor: Paulo Ricardo Lima – Teólogo de Boteco, Pregador, Palestrante DESMOTIVACIONAL

https://botecoteologico.wordpress.com/2016/12/26/por-que-eu-nao-ouco-mais-musica-gospel/

 

18 de janeiro de 2017

Música Gospel x Musica Cristã Verdadeira


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 Roberto Aguiar
 
"É evidente que a música cristã moderna, via de regra, é bem inferior aos hinos clássicos que eram escritos 200 anos atrás. Isto não é uma reclamação do estilo, no qual as músicas são escritas, na maioria das vezes. Ao invés, as letras são o que revelam mais nitidamente quão baixo nossos padrões caíram. Os hinos do passado eram ferramentas didáticas maravilhosas, cheias da Palavra e de doutrina (ensinamento) sólida, um meio de ensinar e admoestar uns aos outros, como nos é ordenado em Colossenses 3.16 [A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.]. Mais de cem anos atrás, a música de igreja tomou uma direção diferente e o seu foco se tornou mais subjetivo. As músicas passaram a enfatizar a experiência pessoal e os sentimentos do adorador. Os músicos modernos têm promovido essa tendência ainda mais e o que semeamos por várias gerações estamos colhendo agora em abundância assustadora. A igreja moderna, alimentada por letras insípidas, tem pouco apetite pela Palavra e pela doutrina bíblica sólida. Nós também corremos o perigo de perder a rica herança da hinologia, visto que alguns dos melhores hinos da nossa fé caem na negligência, sendo trocados por letras banais dentro de melodiazinhas que não saem da cabeça. É uma crise, e a igreja está sofrendo espiritualmente. A diferença principal é que a maioria das músicas gospel são expressões de testemunho pessoal visando tocar uma audiência formada de pessoas, enquanto a maioria dos hinos clássicos eram músicas de louvor dirigidas direta e exclusivamente a Deus. O estilo e a forma da música gospel foram pegos emprestado diretamente dos estilos musicais populares do final do século XIX. O homem geralmente considerado o pai da música gospel é Ira Sankey, um cantor e compositor dotado, que galgou fama agarrado em D. L Moody, um dos maiores evangelistas da era moderna da igreja. Sankey era o solista e líder de música para as campanhas evangelísticas de Moody na América do Norte e Inglaterra. Sankey queria uma música mais simples, mais popular e que se prestasse mais ao evangelismo que os hinos clássicos. Então ele escreveu músicas gospel – na maioria mais curtas, cantigas simples com refrãos, no estilo das músicas populares da sua época. Sankey cantava cada verso como um solo e a congregação juntava-se a ele em cada refrão. Embora a música de Sankey tenha provocado alguma controvérsia no início, logo a forma pegou no mundo inteiro. Já no início do século XX a maioria das novas obras eram músicas gospel no gênero que o Sankey inventou. As letras dessas músicas não falam nada de substância real, e o que elas falam realmente não é particularmente cristão. É uma pequena rima sentimentalista sobre a experiência e sentimentos pessoais de alguém. Enquanto os hinos clássicos procuravam glorificar a Deus, as músicas gospel glorificavam o sentimentalismo puro e simples. Várias músicas gospel sofrem dessas fraquezas… Antes de Sankey, os hinos eram propositadamente compostos com um objetivo didático. Eram escritos para ensinar e reforçar conceitos bíblicos e doutrinários no contexto do louvor direcionado a Deus. Esses hinos visavam à adoração a Deus, proclamando sua verdade de maneira a aumentar a compreensão da verdade pelo adorador. Eles criaram um padrão de adoração, que era tão racional quanto emocional. E isso era perfeitamente bíblico. Afinal de contas, o primeiro e maior mandamento nos ensina a amar a Deus do todo o nosso coração, alma e mente (Mateus 22.37).
Nunca teria passado pela cabeça dos nossos ancestrais espirituais que o louvor era algo feito com o intelecto subjugado. A adoração que Deus procura é a adoração em espírito e em verdade (João 4.23,24).
Hoje em dia, a adoração é frequentemente caracterizada como algo que acontece bem longe do domínio do nosso intelecto. Essa noção destrutiva tem criado vários movimentos perigosos na igreja contemporânea. Talvez tenha chegado ao ápice no fenômeno conhecido como a Bênção de Toronto, onde risos irracionais e outras emoções selvagens eram considerados a mais pura forma de adoração e uma prova visível da bênção divina.
Essa noção moderna de adoração como um exercício irracional tem causado muito prejuízo às igrejas, implicando em um declínio na ênfase da pregação e do ensino dando mais ênfase em entreter a congregação e em fazer as pessoas se sentirem bem. Tudo isso deixa o crente no banco da igreja destreinado e incapaz de discernir, e muitas vezes jubilosamente ignorante dos perigos ao redor dele ou dela…"

MacArthur foi realmente inspirado pelo altíssimo ao abordar um tema pouco discutido na igreja: a musica! Como se não bastasse toda a alteração por que passou a musica cristã descrita pelo irmão, uma cultura de mercado se apossou da musica da igreja nesses últimos anos. Para quem se converteu há mais ou menos vinte anos há traz, terá mais dificuldade em compreender que há algo errado com a musica chamada evangélica por já ter pego o bonde em movimento, mas para quem conheceu Cristo antes desse período, certamente notará a mudança que ocorreu no mundo da musica cristã. Antigamente o cantor crente era uma pessoa comum, humilde, simples, de quem nós na igreja não víamos nada de especial, enxergando apenas que o irmão tinha recebido um dom como qualquer outro da parte de Deus. Nesse tempo ainda não existia a visão comercial e obviamente ninguém pensava em fazer uma musica para ganhar dinheiro, portanto não existia irmão rico ás custas de louvor. Jamais pensaríamos em chamar o dito irmão de artista muito menos em pedir seu autógrafo. Qualquer um que se atrevesse a cobrar 1 centavo que fosse para louvar ao Senhor seria imediatamente desqualificado e despedido como mundano e necessitado de conversão. Tempos bons… onde por mais que o irmão obtivesse êxito em compor e dispusesse de uma voz privilegiada, jamais tinha esses talentos como sendo seus, mas os via como ferramentas dadas por Deus para servi-lo como um dever, jamais aceitando elogio, honra e glória por isso. "Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores que recebe." Provérbios 27:21 
Mas aí veio a apostasia que nos arrebatou e nos transportou para o caos que nos encontramos hoje. O irmãozinho que outrora, humildemente, usava sua voz para num coro, nos ajudar a oferecer uma oração sublime a Deus em forma de música, agora se transformou numa “estrela” pop-gospel. O que isso significa? Significa que ele passou de irmão para ser um artista, uma celebridade, um “profissional” da música como qualquer outro segundo os moldes do mundo. O que era uma santa obrigação passou a ser profissão, e muitíssimo bem remunerada; agora o irmãozinho não é mais uma pessoa simples e comum, a humildade foi para a estratosfera, hoje ele é o “cara”. Seguindo a orientação do seu empresário, o diabo, ele tem fã-clube onde o primeiro sócio é o próprio inimigo; se vestindo de forma diferenciada, anda por ai em carrões importados, mora em mansões e produz clips de proporções hollywoodianas, seguindo os padrões do mundo e despertando em outros milhares de irmãos a o seguirem nesse sonho dourado. Antigamente nós dizíamos que o irmão tal iria louvar hoje a noite, hoje se diz que o cantor vai “se apresentar”, fazer um show hoje à noite; e em vez da igreja, agora ele “louva” nas casas de espetáculo do mundo porque o negócio todo é feito em louvor do dinheiro e é lá onde ele pode faturar mais sob os gritinhos frenéticos dos seus ex-irmãos, agora fãs. O próprio termo “show” já revela por si mesmo quem está por traz da coisa toda, e para esse “show” o irmão hoje cobra um troço vergonhoso e infame chamado “cachê”, que obviamente deve ser “santo”, e que muitas vezes corresponde ao salário de anos de trabalho de um assalariado comum. Me parece que o versículo de Mateus 10:8, “De graça recebestes, de graça daí.”, não está mais vindo impresso nas bíblias e por isso não é mais pregado nos púlpitos de hoje em dia. O resultado é que esses menestréis que posam de cristãos, estão fazendo verdadeiras fortunas ás custas de gente tola e míope, que não se importam em pagar por diversão travestido de louvor, que se fosse verdadeiro não teria preço, ou no mínimo lucro, para levá-las no embalo de suas emoções ao mundo de um céu imaginário e efêmero, fruto de suas ilusões religiosas humanas aprendidas de púlpitos estéreis e escritores evangélicos de quinta categoria. Fica racionalmente evidente que esse “ser” que a musica gospel moderna finge cultuar não é o Deus da bíblia, porque se for, em vês de culto, isso na verdade é um insulto a “inteligência” de Cristo. O Senhor acusou Israel de tentar, sem sucesso, viver ao seu bel prazer e ao mesmo tempo, através de rituais vazios, apaziguá-lo. O Senhor disse: “Afasta de mim o estrépito (ruído, som, ostentação, pompa) dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.” Amós 5:23, “Odeio, desprezo as vossas festas (eventos religiosos), e as vossas assembleias (cultos) solenes não me exalarão bom cheiro.” Amós 5:21, “Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios (templo)? Não continueis a trazer ofertas vãs (sem valor); o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias(reuniões); não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, A MINHA ALMA AS ODEIA; JÁ ME SÃO PESADAS; JÁ ESTOU CANSADO DE AS SOFRER. Por isso, quando levantam as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos.” Isaías 1:12-15 
Esse mesmo erro a igreja evangélica emergente está repetindo acreditando que nesse caso o fim será diferente do de Israel. Deus adverte na sua palavra que será o mesmo. Um certo homem de Deus dizia que o momento onde os crentes mais mentem é na hora do louvor; o que infelizmente tenho que concordar. A leviandade está impregnada na maior parte do louvor de vanguarda que se faz hoje em dia, e como no tempo de Israel, é impossível que tamanho disparate passe despercebido pelo altíssimo porque, apesar de a grande maioria dos crentes não tomar conhecimento, Deus tem o poder de ler os corações. É 100% impossível dizer uma vírgula que não seja verdade, sem que Ele o saiba. Seria bom parar de brincar de louvar, porque essa brincadeira custou caro aos Israelitas, para alguns deles a própria vida, e não tem porque acontecer diferente agora. Cada palavra que sair de nossas bocas tem que corresponder a mais absoluta verdade de nossa vida prática, ou então esperemos para pronunciá-las no tempo em que os nossos atos permitam que elas sejam proferidas sem prejuízo a verdade. 
Negociar declarações de amor, de agradecimento, e de adoração ao Altíssimo prova que essas declarações são no mínimo falsas e atesta uma ignorância fora de qualquer parâmetro por tentar ludibriar o autor da inteligência.
“Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência.“ Salmos 47:7

Que só Deus nos influencie.
 

Roberto Aguiar

Fonte:
Parte de um artigo chamado “With Hearts and Minds and Voices”, publicado no volume 23, número 2 da revista Christian Research Journal, do pastor John MacArthur; tradução do irmão G. Frederico, enviado pela irmã Mary. (O artigo completo do irmão MacArthur poderá ser lido em http://SolaScriptura-TT.org/LiturgiaMusicaLouvorCulto/ ComCoracoesMentesVozes-MacArthur.htm).
 
https://discernimentocristao.wordpress.com/2008/12/15/musica-gospel-x-musica-crista-verdadeira/