Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
Mostrando postagens com marcador TERRORISMO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador TERRORISMO. Mostrar todas as postagens

5 de março de 2018

Como orar pela Síria


Imagem relacionada

Julio Severo


Estou vendo um dilúvio de todos os tipos de imagens de crianças na Síria morrendo como resultado da guerra do governo sírio contra os últimos focos de resistência dos rebeldes sírios contra o governo. As imagens colocam o governo na posição de vilão.

O que é interessante é que antes da Guerra no Iraque, a mídia inundou o público com todos os tipos de imagens de crianças no Iraque morrendo como resultado da guerra do governo de Saddam Hussein. Hoje, todos sabem que aquilo foi mera estratégia de propaganda de guerra do governo de George Bush para invadir o Iraque. Resultado? Na esteira da invasão americana, a população cristã iraquiana, que era mais de 2 milhões, hoje é menos de 400 mil.

O governo sírio é considerado pelo Dr. William J. Murray, um especialista em questões de perseguição de cristãos, o mais tolerante aos cristãos no Oriente Médio. Mesmo assim, desde 2011 enfrenta uma guerra na qual teve e tem de lutar contra o ISIS, a-Qaida e a interferência da ditadura da Arábia Saudita e o governo de Obama. Aliás, o governo sírio tem braços tão abertos para os cristãos que na Guerra do Iraque os cristãos iraquianos, vendo-se abandonados pelos americanos e sofrendo as consequências da guerra de Bush, fugiram para… a Síria. Ali, eles encontraram proteção.

Fatos importantes:

* Quem começou a guerra civil síria em 2011? A então secretária de Estado Hillary Clinton, que queria a derrubada do governo sírio a fim de que o ISIS dominasse a Síria.

* Quem fundou o ISIS? De acordo com declarações de Trump em 2016, o fundador do ISIS foi Obama.

* Quem treinou e armou o ISIS? De acordo com fontes conservadoras americanas, inclusive o WND (WorldNetDaily), foi a Arábia Saudita, com a ajuda da CIA e Hillary.

* O dilúvio de imagens de crianças sendo mortas está vindo de onde? Dos últimos focos de resistências dos rebeldes sírios que eram sustentados por Obama. A imprensa esquerdista, amiga de Obama, está ampliando tais imagens como uma justificativa para o público fazer a mesma coisa que fez antes da Guerra no Iraque: pedir uma intervenção militar americana.

Esses últimos focos de resistência são de muçulmanos ligados ao ISIS e al-Qaida, que passaram exatamente 7 anos atacando, torturando, estuprando e matando cristãos sírios. A grande mídia americana, durante todo esse tempo, não mostrou uma única imagem de crianças cristãs sendo estupradas e mortas por esses rebeldes islâmicos que hoje apelam e pedem socorro para serem salvos de sua total derrota.

Não considero Saddam Hussein, ex-presidente do Iraque, e Bashar al-Assad, presidente sírio, heróis. Mas diferente do ISIS e al-Qaida, Saddam protegia as minorias cristãs. Diferente do ISIS e al-Qaida, Assad protege as minorias cristãs.

A imprensa que não condenou Hillary por iniciar a guerra na Síria, a imprensa que não condenou Obama por fundar o ISIS, a imprensa que não condenou a Arábia Saudita e a CIA por armarem e financiarem o ISIS na Síria e a imprensa que nunca teve a mínima preocupação de mostrar imagens de cristãos sírios sofrendo do ISIS e al-Qaida agora aparece clamando “genocídio” do governo sírio contra os últimos focos de resistência da ISIS e al-Qaida na Síria.

Ore com inteligência, sem ser guiado pela imprensa. Ore no Espírito Santo, ore em línguas, pois o Espírito Santo sabe dirigir melhor do que a imprensa a oração que você precisa fazer.

Alguns alvos que posso sugerir são:

* Orar para que Deus derrame sua misericórdia sobre a população cristã síria.

* Orar para que a mídia amante de Obama que está protegendo os rebeldes islâmicos de Obama na Síria fracasse e seja frustrada em sua propaganda de guerra contra o governo sírio.

* Orar para que o ISIS e a al-Qaida sejam eliminados na Síria.

* Orar para que a interferência das ditaduras islâmicas da Arábia Saudita e Turquia, que são aliados dos EUA, fracasse.

* Orar para que em vez de continuar as interferências de Obama na Síria, Trump busque amizade com o governo sírio. Se Trump pode ter amizade com a ditadura assassina anticristã da Arábia Saudita, não há razão para não buscar amizade com os sírios, que são vítimas das políticas de Obama, Hillary Clinton, sauditas e turcos. Com uma amizade com o governo de Trump, o governo sírio certamente não mais precisará do Irã e do Hezbollah para lutar contra o ISIS e a al-Qaida.

* Orar por William J. Murray. Ele é fundador e diretor da Coalizão de Liberdade Religiosa em Washington, capital dos Estados Unidos. Ele costuma viajar à Síria para ajudar os cristãos. Para conhecer Murray e o trabalho dele, leia: “Entrevista exclusiva com William J. Murray, defensor dos cristãos perseguidos.” A visão dele, baseada nas suas experiências pessoais, é basicamente o que acabei de escrever neste artigo. Faz anos que Murray denuncia as atrocidades de Obama e dos sauditas, através do ISIS e da al-Qaida, contra os cristãos sírios. Ore para que Deus levante Murray para ser uma voz acima da propaganda mentirosa da mídia. Se sua organização deseja convidar Murray para ir ao Brasil e mostrar a situação na Síria e para dar palestras para alertar a bancada evangélica em Brasília, entre em contato comigo mandando uma mensagem neste email.

* Orar para que os neocons americanos, que têm fome e sede de guerras a qualquer custo, sejam desmascarados e frustrados por buscarem fazer na Síria o que fizeram contra os cristãos no Iraque. Para entender quem são os neocons, leia: O que é neoconservadorismo? Quem são os neocons?



7 de janeiro de 2017

Guerra da Síria


Resultado de imagem para Guerra da Síria

 
Não entendeu ainda a tal da Guerra da Síria?
É difícil mesmo!!
Vou tentar explicar de um jeito simples....

Há mais de 40 anos a Síria é governada pela família Assad.
Os caras são ditadores e lá não tem essa história de democracia, mas a coisa tava indo bem porque o país estava crescendo.
Então a população tava "de boas".
Isso até meados de 2010-2011.

Mais ou menos em 2011 uma galera ficou de bode do governo, que parecia privilegiar determinados grupos, e começaram uma série de protestos.
Se a Síria fosse a cidade de São Paulo, diríamos que quem começou a protestar foi o pessoal de Santana (zona norte) e o pessoal de Interlagos (zona sul).
O governo por sua vez, que seria o eixo Perdizes-Jardins-Itaim, começou a repreender com força os protestos dos rebeldes da ZN e ZS.
"Com força" leia-se começou a matar nego na rua!!!
Meter bala na turma mesmo.

Essa atitude do governo gerou muita revolta e esses grupos de rebeldes anti-governo começaram a crescer.
Cresceram tanto que começaram a se dividir e brigar entre si.
Pra fazer um paralelo com Brasil, seria o equivalente ao Vem pra Rua e o MBL começarem a descer a porrada um no outro.
Isso enfraqueceu o movimento rebelde porque ninguém (nenhum país) daria a apoio a pequenos grupos.
E pau começou a comer solto lá.

Em um determinado momento, a Rússia (que tem interesses econômicos na Síria) começou a apoiar o governo do Assad.
Aí os EUA pensaram "Bom, se a Rússia tá desse lado, por eliminação, estou do lado oposto" e começou a apoiar os grupos mais moderados de rebeldes....
E os EUA começaram a fornecer secretamente armas e treinamento pra esses rebeldes moderados.

A Turquia, vizinha da Síria e que também não curte o Assad, mandou um #tamojunto pros EUA e também começou a ajudar os rebeldes.
E a coisa começou a ficar bem feia.
Mas bem feia mesmo.

Aiiiiiii bicho...aconteceu uma coisa com a qual ninguém contava: CHEGOU O PESSOAL DA ZL!!!

Linha vermelha lotou geral com a turma de Itaquera.
O problema é que a ZL da Síria não são os simpáticos corinthianos daqui de São Paulo.
A ZL da Síria foi dominada pelo Estado Islâmico (ISIS) que começou a marchar em direção ao Itaim (Damasco) fazendo um arrastão.
Por onde passaram deixaram um rastro de destruição e morte que não preciso citar aqui.

O pessoal do Estado Islâmico é contra o governo e também contra os rebeldes e aproveitou essa confusão toda pra passar o trator em geral no país.

Como se não bastasse, apareceu uma galera independente no norte, tipo em Guarulhos, que apóia o governo mas que tá na deles....tipo "deixa a gente aqui que tamo de boa, mas se pisarem no nosso calo a gente vai pro pau".

Por fim, PRA COROAR O BALACOBACO, a Síria é dividida em etnias e alguns países começaram a APOIAR LADOS ESPECÍFICOS DE ETNIAS ESPECÍFICAS.
Como se alguém decidisse apoiar não o Vem pra Rua, mas APENAS os "palmeirenses do VPR". Enquanto isso outro país resolveu patrocinar APENAS os São Paulinos do PSOL...
E aí conflito cresceu mais ainda.

"E como tá a coisa hoje???"
Tá todo mundo brigando com todo mundo E NINGUÉM TÁ ENTENDENDO MAIS NADA.
Esse "mosaico de guerra" gera uma situação muito difícil porque ninguém sabe nem como intervir.

"Ahhhhhh e o que é a tal de Aleppo que o pessoal fala por aí????"
Aleppo é a maior cidade da Síria e é também o olho do furacão dessa guerra.
A cidade é um dos centros do conflito e está dominada por rebeldes e cercada por forças do governo.
É como se tivesse um monte de gente ilhada dentro do Campo de Marte, sofrendo com os abusos da milícias do lado de dentro e com os bombardeios do governo do lado de fora.

"E o que mais precisamos saber???"
Bom, primeiro que já morreram mais de meio milhão de pessoas nessa brincadeira.
E outros 6 milhões estão refugiados ou procurando um lugar seguro para continuarem a viver suas vidas.

"E o que podemos fazer pra ajudar???"
ALÉM DE REZAR, podemos doar dinheiro para organismos de ajuda internacional que estão dando apoio a feridos e refugiados.
Mas cima de tudo, precisamos fazer pressão para que os governos internacionais se posicionem.
Não sei se tem solução.
Mas acho que pelo menos poderíamos tentar.

A gente vai no cinema chorar com o filme da Lista de Schindler e parece que não está vendo o holocausto ao vivo e transmitido pelo Twitter que estamos presenciando em 2016.

Meu post não é preciso e nem tem essa pretensão. A idéia aqui é ajudar as pessoas a entenderem a dimensão e a gravidade desse problema que, sim, É NOSSO TAMBÉM.
 
 
FONTE:
https://www.facebook.com/lilianluccas/posts/10154869470999886
 
 

31 de janeiro de 2015

As origens e a brutalidade do grupo terrorista Estado Islâmico


 
 
Facção fundamentalista que emergiu na Síria e estendeu braços até o Iraque apavorou o mundo com execução de jornalista americano em frente às câmeras
 

Terror com apelo internacional não é novidade em décadas de atentados cruentos, como o perpetrado contra a equipe israelense na Olimpíada de Munique em 1972, o 11 de Setembro no coração da América, em 2001, ou os que puseram abaixo a embaixada de Israel em Buenos Aires e a Associação Mutual Israelita Argentina, em 1992 e 1994. Isso só para citar casos na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina.

Um grupo fundamentalista islâmico, porém, eleva o alerta soado pelo Ocidente: o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). Desde que passou a governar um “califado”, desprezando fronteiras em nacos do Iraque e da Síria, o grupo se autodenomina como o Estado Islâmico (EI).

A cena simbólica que estarreceu o mundo foi a da execução do jornalista americano James Foley. O vídeo correu o mundo. Vestindo um macacão laranja, Foley é decapitado lentamente. A figura do algoz chocou em especial o governo da Grã-Bretanha, também pelo áudio. Ele falava inglês com sotaque britânico.

Autoridades ocidentais manifestam a preocupação com algo nunca antes visto, pela brutalidade com que o EI trata “infiéis” (quem não segue o islamismo sunita e se recusa à conversão é executado), pelas pretensões de estabelecer o califado ignorando as fronteiras estabelecidas cem anos atrás – após a I Guerra Mundial – e pelos tentáculos de recrutamento em países como Grã-Bretanha, Espanha, Itália e EUA.

A ousadia se dá, ainda, na forma como o grupo se financia e administra as regiões das quais toma conta. Até o papa Francisco estaria na mira do EI, conforme publicou jornal italiano Il Tempo, por ser o representante máximo do cristianismo.

– Os EUA tradicionalmente têm preocupação com o petróleo na região e, em especial, com o terrorismo. Além da violência, o EI ignora fronteiras nacionais posteriores à I Guerra Mundial e quer estabelecer um califado, que é a volta à Idade Média, com um governo terrorista. Isso assusta e faz o governo americano voltar suas atenções para o Oriente Médio – diz Christian Lohbauer, cientista político e especialista em História do Grupo de Análise da Conjuntura Internacional, da Universidade de São Paulo (USP).

Bandeira negra, misericórdia zero

O “modus operandi” é outro aspecto que causa impressão. Quando conquista uma região, o EI pendura sua bandeira preta no prédio mais alto e, imediatamente, parte para a busca de adesões, enfatizando a prestação de serviços sociais em regiões carentes, devastadas pela guerra.

Os combatentes distribuem pen drives com cânticos jihadistas e vídeos nos quais mostram operações militares do grupo, além de folhetos orientando a excomungar outras vertentes do islamismo que não a sunita e repudiando a cultura ocidental e o conceito de democracia.

Aos poucos, com esses instrumentos, impõem o exercício da Sharia – a legislação islâmica. Grupos como os da etnia yazidi foram obrigados a fugir aos magotes. No caso deles, não há sequer a possibilidade de conversão para ter a vida poupada. O EI os vê como adoradores do demônio. Quando caem nas mãos dos insurgentes, sofrem sevícias e execuções sumárias.




ONU apela por justiça
O Estado Islâmico teria entre 12 mil e 20 mil militantes. Integra a corrente sunita, vertente majoritária do islamismo (mais de 80%). A Organização das Nações Unidas (ONU) não esconde a preocupação, e os EUA tendem até a se aliar a adversários para combater um “mal maior”. Seria o caso do ditador sírio Brashar al-Assad, um alauíta (vertente do xiismo), adversário ferrenho do EI.

Em comunicado, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, diz: “O EI e os grupos armados associados cometem a cada dia graves e horríveis violações dos direitos humanos. Atacam sistematicamente homens, mulheres e crianças em razão de sua origem étnica ou religiosa e realizam uma limpeza étnica e religiosa sem piedade nas regiões que controlam”. Depois, na mesma nota, faz um “apelo à comunidade internacional” para “que os autores desses crimes odiosos não fiquem impunes”.

No livro O Retorno dos Jihadis: o Estado Islâmico e o novo Levante Sunita (The Jihadis Return: ISIS and the New Sunni Uprising, inédito em português), Patrick Cockburn, correspondente do  jornal britânico The Independent no Oriente Médio, critica os EUA por apoiar o Iraque, mas manter a atuação contrária ao ditador sírio: “A política dos EUA, da Europa Ocidental e do Golfo Pérsico é derrubar o presidente Bashar al-Assad, que vem a ser a política do EI e de outros jihadis na Síria. Se Assad cair, o EI será o beneficiário. (...) Há uma falsa ideia em Washington de que existe uma oposição moderada síria sendo ajudada pelos EUA, pelo Catar, pela Turquia e pelos sauditas (...). Logo o califado pode se estender da fronteira iraniana até o Mediterrâneo, e a única força que pode possivelmente impedir que isso aconteça é o exército sírio”. Cockburn vai além na crítica aos EUA, dizendo que a “guerra ao terror” falhou porque “não mirou no jihadismo como um todo e na Arábia Saudita e no Paquistão (aliados americanos na região).

Resposta a rebeldes divide líderes mundiais

As imagens que rodaram o mundo mostrando cenas como as de execuções em massa com presos perfilados de cuecas ou a do jornalista tendo o pescoço serrado por um terrorista estão mexendo com a comunidade internacional. A Casa Branca disse na última sexta-feira que ainda não tem planos para aumentar o nível de alerta por terrorismo nos Estados Unidos, apesar da decisão da Grã-Bretanha de aumentar o seu a “severo”.

– Não antecipo neste momento que exista um plano para mudar este nível – disse o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest, segundo a agência de notícias France Presse (AFP) ao ser perguntado se Washington planejava emitir um alerta similar para os americanos sobre a ameaça de eventuais operações do
Estado Islâmico.

Nos EUA, os alertas contra ameaças terroristas são emitidos caso a caso pelo Departamento de Segurança Interna, e não há alertas em vigor. Funcionários de alto escalão da segurança nacional dos Estados Unidos estão em contato direto com seus colegas britânicos, cotidianamente, sobre o tema.

Já os países do Golfo, potenciais sócios de Washington contra o EI, mantiveram nesta semana negociações, inclusive com o Irã, embora os especialistas duvidem da formação rápida de uma potente coalizão para lutar contra os jihadistas.

Os especialistas consideram que as grandes divergências e rivalidades entre alguns Estados do Golfo os impedirão de atuar lado a lado. Na falta de uma estratégia, o presidente americano, Barack Obama, rejeitou na quinta-feira bombardeios no médio prazo na Síria e sublinhou a necessidade de se apoiar em “sócios regionais fortes”. O secretário de Estado americano, John Kerry, deve viajar em breve ao Oriente Médio.

No centro das reuniões no Golfo, encontra-se o ministro saudita das Relações Exteriores, o príncipe Saud al-Faysal, que desde domingo passado se reuniu com vários países vizinhos e inclusive com o Irã.

Após um encontro sobre a Síria, em um comunicado conjunto Egito, Emirados Árabes Unidos (EAU), Catar e Jordânia mostraram sua vontade de agir seriamente contra o avanço do extremismo. O príncipe Faysal recebeu dois dias depois o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdolahian, no primeiro encontro a este nível desde a eleição do presidente iraniano, Hassan Rohani, há mais de um ano.

A Arábia Saudita sunita e o Irã xiita mantêm habitualmente relações tensas. O encontro abordou os “desafios que a região enfrenta, como o extremismo”, segundo um diplomata iraniano. Enquanto a comunidade internacional aborda a situação no Iraque e na Síria, o Catar mantém uma crise diplomática há seis meses com Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Em março, os três
países chamaram para consultas seus embaixadores em Doha, ao acusar o Catar de se envolver em seus assuntos e de desestabilizar a região devido ao seu apoio ao movimento islâmico e à Irmandade Muçulmana.


Frente teerã-Ryhad deve ser pontual
Frederic Wehrey, especialista sobre o Golfo no instituto Carnegie Endowment for International Peace, mostrou-se, em entrevista para a AFP, prudente sobre a formação de uma frente árabe comum e de uma coalizão militar contra o EI, já que os países têm problemas para cooperar militarmente entre eles devido à desconfiança mútua.

Wehrey também não considera que a “hostilidade mútua de Ryadh e Teerã em relação ao EI evolua até uma cooperação realmente positiva”, já que existem outros assuntos estratégicos que separam os dois países.

– Não são apenas as divisões sunitas versus xiitas e persas versus árabes, mas também Síria, Líbano, Bahrein, o programa nuclear (iraniano) e, em especial, a presença americana na região que Riad quer e Teerã rejeita – analisa.

Mais de 3 milhões de sírios fugiram do país em razão da guerra civil e das atrocidades do EI. “A crise síria se tornou a maior emergência humanitária do nosso tempo. Contudo, o mundo não consegue responder às necessidades dos refugiados e dos países de acolhimento”, lamenta, em comunicado, o Acnur, braço da ONU para refugiados. A ONU estima que 191 mil pessoas morreram no país desde março de 2011.



Extraído do site:
http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014/08/as-origens-e-a-brutalidade-do-grupo-terrorista-estado-islamico-4587195.html

30 de janeiro de 2015

Estado Islâmico - O que é e o que quer


Silhueta típica de um representante de grupos radicais islâmicos 
 
ESTADO ISLÂMICO

O Estado Islâmico proclamou seu califado em junho de 2014 e, desde então, vem promovendo uma série de atrocidades contra a população da região onde atua.

Grupo ganhou destaque no noticiário internacional após executar dois jornalistas americanos

Os nomes Estado Islâmico (EI) e Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) começaram a aparecer com frequência no noticiário em junho/2014, após o grupo iniciar uma ofensiva no Iraque e tomar cidades importantes do norte do país. Porém, o EI ganhou destaque e passou a ser considerado uma das maiores ameaças da atualidade depois de divulgar dois vídeos com a execução de jornalistas americanos.

Entenda o que é este grupo e quais são os seus objetivos

O que é o Estado Islâmico?
É um grupo extremista islâmico sunita que conquistou territórios na Síria e no Iraque, onde estabeleceu um Califado Islâmico. Paulo Visentini, professor de Relações Internacionais da UFRGS, explica que o grupo, apesar de ser considerado terrorista, age mais como um exército que combate abertamente do que como um grupo terrorista que comete atentados.
"Considerado pelos Estados Unidos "um dos grupos terroristas mais perigosos do mundo" e "uma ameaça para toda a região", o EIIL, planeja criar um Estado islâmico."

O que é um Califado Islâmico?
O Califado é um modelo político criado no século 7, após a morte do profeta Maomé. Neste modelo, o califa é o sucessor do profeta, o chefe da nação e tem o poder de aplicar a sharia (a lei islâmica).

Como o grupo surgiu?
O Estado Islâmico tem origem na Al-Qaeda do Iraque (AQI). O grupo ficou enfraquecido e sem recursos depois que os Estados Unidos derrubaram o ditador Saddam Hussein e declararam seu partido ilegal em 2003, marginalizando os sunitas como um todo. Em 2011, a AQI recebeu apoio financeiro para entrar na guerra civil síria ao lado dos rebeldes – apoiados pelo Ocidente. No mesmo ano, os EUA retiraram suas tropas do Iraque, abrindo espaço para a criação grupo, que adotou o nome Estado Islâmico do Iraque e Levante em 2013.

Al-Qaeda – organização terrorista fundada por Osama Bin Laden e responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 –

O Estado Islâmico – que já foi chamado de Estado Islâmico no Iraque e na Síria (ISIS, em inglês) – originou-se como um braço da Al-Qaeda que atuava na região do Levante, na fronteira entre os dois países citados, mas logo se tornou independente da organização de Bin Laden e passou a atuar seguindo suas próprias regras. Os membros mais antigos da Al-Qaeda já declararam que o EI possui uma postura amplamente mais radical que a rede responsável pelos ataques do 11 de setembro.

Qual o objetivo do EI?
O grupo quer construir um estado islâmico sunita sob um regime radical. Em um primeiro momento, o foco é controlar territórios na Síria e no Iraque, mas líderes do EI já assinalaram a possibilidade de avançar para outros países como Jordânia e Arábia Saudita no futuro.

Qual a diferença do EI para outros grupos extremistas?
O Estado Islâmico chama atenção por dois principais motivos: seu poder financeiro e sua crueldade. O grupo já comanda um grande território e tem ricas fontes de recursos, como petróleo. Em relação à violência, Visentini explica que é uma maneira de mostrar força e desestimular respostas ao seu avanço, além de conquistar novos adeptos. O grupo é conhecido por executar as pessoas que se recusam a se converter ao islamismo sunita e divulga imagens de suas crueldades, que incluem decapitação e crucificação.

Como é financiado?
Ainda antes de se chamar Estado Islâmico do Iraque do Levante, o grupo recebeu apoio financeiro para entrar na guerra civil síria contra Bashar Al-assad (presidente da Síria, desde 2012). Atualmente, o grupo controla um grande território entre o Iraque e a Síria e se tornou autossuficiente.
As principais fontes dos recursos do EI são a cobrança de impostos nas áreas que domina, o roubo de bancos quando toma uma cidade (o grupo roubou US$ 429 milhões do banco central da cidade de Mossul), contrabando de petróleo e a cobrança de resgates por cidadãos de outros países.
Atualmente, o grupo recebe pouco financiamento externo. Segundo Romain Caillet, especialista em movimentos islâmicos, o financiamento externo, incluindo valores recebido de algumas famílias do Golfo, representa apenas 5% dos seus recursos.

Quantas pessoas fazem parte?
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) avalia que há mais de 50 mil de combatentes do grupo na Síria. No Iraque, segundo Ahmad al-Sharifi, professor de Ciência Política na Universidade de Bagdá, o EI possui entre 8 mil e 10 mil combatentes.

Quais territórios o EI controla?
O Estado Islâmico está presente em cerca de 25% da Síria (45 mil km²) e em aproximadamente 40% do Iraque (170 mil km²), um total de 215 mil km², o que equivale ao Reino Unido (237 mil km²), de acordo com Fabrice Balanche, geógrafo especialista da Síria. No entanto, como pode ser visto no mapa abaixo, o grupo controla apenas uma pequena parte desses territórios.
 
 
Quem são seus principais inimigos?
Segundo Visentini, os inimigos do grupo são os estados seculares da região e quem os apoia. Em primeiro lugar, o governo da Síria, que é secular, e do Iraque, que é xiita. Os Estados Unidos se tornaram um alvo do grupo pois combatem o EI com ataques aéreos desde o começo de agosto. Em 4 de setembro, o grupo ameaçou destronar o presidente russo Vladimir Putin por apoiar o regime sírio.
Entre as principais características do EI estão as variadas atrocidades que vem cometendo, sobretudo nas cidades que estão sob seu domínio, onde se encontram xiitas, cristãos e curdos – seus principais alvos. A mutilação genital – extirpação do clitóris – feminina, o estupro de crianças e mulheres, a decapitação, a crucificação – sobretudo de cristãos – e o fuzilamento em massa estão entre as atrocidades cometidas diariamente pelos membros do Estado Islâmico.


Saiba mais sobre o conflito:

Árabes: São o maior grupo étnico do Oriente Médio, com cerca de 350 milhões de pessoas. Originário da Península Arábica, formada por regiões desérticas, se espalhou a partir do século 7, com uma grande corrente migratória impulsionada pela expansão do islamismo. O maior fator de unidade entre os árabes não é a religião, mas sim o idioma. São maioria no Egito, na Jordânia, na Síria, no Líbano, no Iraque, nos países da península Arábica e na Palestina.

Curdos: Grupo étnico nativo da região que abrange áreas do Irã, Iraque, da Síria, Turquia, Armênia e Azerbaijão, chamada Curdistão, com 500 mil quilômetros quadrados. Falam o idioma curdo e são mais de 26 milhões de pessoas, representando o maior grupo étnico sem Estado do mundo. No Iraque, representam 15% da população e, embora lutem por um Estado independente próprio, são importantes para a luta do país contra o EI na fronteira do Norte.

Yazidis: Minoria que faz parte da etnia curda, mas se diferem da maioria por sua religião, que mistura várias tradições e era praticada pela maioria dos curdos até a expansão do islamismo, durante a Idade Média. Os yazidis acreditam em reencarnação e não seguem nenhum livro sagrado. Creem que Deus colocou a Terra sob a proteção de sete divindades (anjos), sendo o principal deles Malek Taus, o Anjo-Pavão, conhecido, no Alcorão, como Satanás. Por isso, são chamados de "adoradores do diabo" pelos muçulmanos e foram perseguidos por séculos. Nos últimos dias, o EI expulsou milhares de yazidis de seu reduto, a cidade de Sinjan, no Norte do Iraque. Parte deles está recebendo treinamento bélico no Curdistão. Além do EI, sua população também luta contra a sede, a fome e o calor.

Sharia: Direito Islâmico. Em várias sociedades islâmicas não há separação entre religião e legislação, dessa forma, as leis são baseadas nas escrituras sagradas e nas interpretações dos líderes religiosos.

Jihadistas: Em árabe, jihad significa empenho, esforço. No islamismo, é entendida como luta consigo mesmo em busca da fé perfeita e o esforço para levar a religião islâmica a outras pessoas. De acordo com o Alcorão, livro sagrado do Islã, baseado na vida do profeta Maomé, quem participa da jihad alcançará a felicidade no paraíso. É usada pelos extremistas para justificar ações terroristas contra populações consideradas "infiéis" por não seguirem os mesmos princípios religiosos. No Ocidente, a jihad é comumente chamada de "guerra santa" e, por esse motivo, os militantes do EI são chamados de jihadistas. Na Idade Média, quem liderava a jihad era o califa, representado hoje por Abu Bakr Al Bagdadi.
Trecho do Al Corão em inglês referente à guerra santa dos muçulmanos, ou Jihad.

No dia 29 de junho de 2014, Abu Bark Al-Baghdadi, líder do grupo terrorista sunita Estado Islâmico, foi proclamado califa da região dominada pelo referido grupo.


Fonte: BrasilEscola.com
Jornal Zero Hora-Porto Alegre - *Zero Hora com Agências
mundoeducação.com/historiageral/estadoislamico

VIA:
http://aquieuaprendi.blogspot.com.br/2014/10/estado-islamico-o-que-e-e-o-que-quer.html