Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
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18 de maio de 2020

Quanto tempo dura a eternidade?


Eternidade - Verbo da Vida

 
Por Roger Liebi


A Bíblia não deixa nenhuma dúvida de que existem dimensões de tempo que não têm fim, que são eternas. Isso vale tanto para a vida eterna como para o sofrimento eterno.
 
A palavra aion, que aparece com frequência no texto original grego do Novo Testamento, significa “era”, mas também “eternidade”. Essa palavra não tem um sentido exclusivo. O mesmo vale para o vocábulo hebraico ólam, no Antigo Testamento. Dependendo do contexto em que se encontra, ele pode ser traduzido por “eternidade”, por “era” ou até por “tempo de vida”. Todavia, se ólam é aplicado em relação a Deus, imediatamente fica claro que ólam significa “eternidade no sentido absoluto”. Em Gênesis 21.33, Javé (o “que existe eternamente”, o “imutável”) é chamado de Elólam. Isso significa claramente “Deus da eternidade” (“Deus Eterno”).

Todo idioma tem possibilidades de expressar tudo o que se deseja. Assim, em cada idioma, caso seja necessário, é possível adicionar a clareza na expressão. Se quisermos falar claramente de eternidade em seu sentido absoluto, no idioma hebraico, então podemos utilizar a formação le-ólmei ólamin (“nas eras das eras”). Essa expressão significa claramente “para todo o sempre”.

No Novo Testamento essa formação tipicamente hebraica foi adotada no grego, assim como tantas outras formas de expressão hebraicas: eis aionas ton aionon (“nas eras das eras”). No Novo Testamento essa expressão é claramente empregada várias vezes para indicar a eterna existência de Deus (Apocalipse 4.9-10; 10.6; 11.15). A mesma expressão verbal é aplicada reiteradamente em relação à perdição daqueles que rejeitam o evangelho (Apocalipse 14.11; 19.3; 20.10).

Além disso, há um adjetivo no Novo Testamento que, na literatura do século I d.C. (bíblica e secular), significa claramente “eterno” no sentido absoluto. Trata-se da palavra aionios, que aparece quase 70 vezes. Em 2Coríntios 4.18 essa palavra aparece em contraste com “temporal” (proskairos). Na ciência linguística isso é conhecido como oposição semântica.

Se não soubéssemos o significado de aionios, então precisaríamos perguntar: qual é o contrário de “temporal”? Algo bem simples: infinito, eterno! Em Mateus 25.41 e em Judas 1.7 o “fogo” do juízo é descrito com aionios.

Em Mateus 25.46 encontra-se mais um caso de oposição no contexto de aionios: no mesmo versículo, o castigo dos perdidos e a vida dos redimidos são chamados de aionios. “E estes irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.”

Se não houvesse castigo eterno, também não haveria vida eterna!


Roger Liebi é formado em música (Conservatório e Faculdade de Música em Zurique – Violino e Piano), línguas do mundo da Bíblia (grego, hebraico clássico e moderno, aramaico, acádio) e em teologia (bacharelado, mestrado e doutorado). Completou o doutorado junto ao Whitefield Theological Seminary, na Flórida (EUA), onde apresentou uma dissertação na área de estudos judaicos e arqueologia sobre “O Segundo Templo em Jerusalém”. Entre 2004 e 2011 foi docente universitário para a área de arqueologia de Israel e do Oriente Médio. Atua como professor de ensino bíblico e como palestrante em diversos países. Participou em três projetos de tradução da Bíblia. Seu envolvimento com as Escrituras Sagradas e áreas científicas gerou uma série de publicações.

https://www.chamada.com.br/mensagens/quanto_tempo_dura_a_eternidade.html?


20 de março de 2020

A autoria do livro de Gênesis





Embora o Novo Testamento fale do Pentateuco em geral como “Moisés” ou “livro” ou “lei” de Moisés, em parte alguma indica especificamente o livro de Gênesis com esses termos. Por seu turno, o Pentateuco fala da decisiva participação de Moisés em sua produção, desde os seus primeiros registros da maldição lançada sobre Amaleque (Êx 17:14) e do livro da aliança do Sinai (Êx 24:3-7), até à escrita e preservação de sua final exposição da lei (Dt 31:24-26). Sob Deus, o cerne e a substância dos livros de Êxodo e Deuteronômio são obra dele, bem como, sob Deus, os acontecimentos relatados constituem a história da sua vida. Contudo, Moisés é sempre “ele”, nunca “eu”, nesses acontecimentos. Até mesmo o “registro dos itinerários” de Nm 33 está na terceira pessoa (isto é, foi escrito com base no registro feito por ele, não apenas inserido), e quando deveras fala na primeira pessoa, como em Deuteronômio, uma introdução e uma conclusão estruturam suas palavras e dão ao relato final o cunho de história, e não autobiografia.

Nada aí corresponde às memórias de Neemias, desacompanhadas de introdução, nem às “passagens-nós” de Atos. Ao atribuir o Pentateuco como um todo a Moisés, o Novo Testamento parece sugerir que em Gênesis há uma relação de semelhança entre o conteúdo substancial e a forma externa final, como sugere que há nos demais livros. Isto é, que o material é de Moisés, seja quem for o seu biógrafo e editor. Parece artificial, por exemplo, excluir Gênesis da expressão de nosso Senhor: “Moisés… escreveu a meu respeito” (Jo 5:46) e da exposição que fez no caminho de Emaús: “começando por Moisés” (Lc 24:27; cf. 44). Essa distinção jamais ocorreria a nenhum dos leitores originais dos evangelhos. Este modo de considerar a relação entre Moisés e os livros que trazem seu nome parece concordar com algumas das pequenas pistas superficiais existentes em Gênesis.

É preciso salientar, porém, que não são concludentes. Por um lado, por exemplo, 47:11 emprega os termos “terra de Ramessés” para indicar o território israelita, expressão que podia ter vindo de modo particularmente fácil a Moisés, se é que foi contemporâneo de Ramessés II. Por outro lado, 36:31, passagem que fala dos reis que reinavam em Edom “antes que houvesse rei sobre… Israel”, segundo qualquer forma normal de entendimento, atribui-se a si própria como sua data o tempo de Saul ou uma época posterior a ele. Contudo, esta lista de reis tanto podia ser um adendo para dar atualidade a um livro antigo, como podia indicar a data da sua composição. Não há meio seguro de determinar isso. Outras frases de menor importância com possíveis dados sobre datas são 12:6 (cf. 13:7 “Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra”, e 14:14 “até Dã” (cf. Jz 18:29).

A primeira não é decisiva, visto que “nesse tempo” pode significar “nesse tempo, como agora” (cf. Js 14:11), ao passo que a outra, como 36:31, citada acima, podia indicar ou o período do autor ou de algum escriba que substituiu um nome arcaico por outro de uso corrente. Portanto, a evidência bíblica, no livro e fora dele, deixa aberta a questão se a inclusão de Gênesis entre os escritos de Moisés significa simplesmente que ele constitui o fundamento do Pentateuco ou que Moisés o escreveu pessoalmente. Mas talvez se possa acrescentar a esta altura que o livro mostra uma amplitude de concepção e um conjunto de erudição, maestria e discernimento psicológico e espiritual, que o tornam proeminente, por consenso comum, mesmo no Velho Testamento. 
 

GÊNESIS Introdução e Comentário

REV. DEREK KIDNER, M. A.

SÉRIE CULTURA BÍBLICA

pags 15-16
 
https://www.universalidadedabiblia.com.br/data-e-autoria-do-livro-de-genesis/?
 
 

15 de março de 2020

COMEÇOS - GÊNESIS 2



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Mais uma vez, as histórias da criação nos mostram muitas coisas profundas sobre o desígnio de Deus e Sua intenção para nossas vidas; apenas olhando atentamente as palavras Hebraicas que descrevem a criação do homem e da mulher, podemos ser enormemente enriquecidos — e, portanto, não queremos perder essas riquezas —. Esses primeiros capítulos são realmente sem fundo e, é claro, não poderemos discutir tudo aqui, mas há alguns detalhes fascinantes que tenho para compartilhar com vocês.

Entre a Escritura e a etimologia  
 
As primeiras palavras de Adám, pronunciadas logo após sua esposa ter sido criada, não só dão a ela um nome, mas também explicam a conexão entre seus nomes: «Esta será chamada Mulher (ishá) porque do Homem (ish) ela foi tirada». Essas palavras em Hebraico —ish e ishá— parecem tão relacionadas, como se a própria palavra ishá indicasse suas origens no interior do ish —como se ambas viessem da mesma raiz—. E durante séculos, os comentaristas Judeus não duvidaram dessa conexão: parecia tão óbvia e tão convincente. Maimonides, em seu Guia para os Perplexos, escreve: «A união dos dois é comprovada pelo fato de que ambos têm o mesmo nome, pois ela é chamada de ishá (mulher), porque ela foi tirada do ish (homem)».[1] Segundo Rashi, é precisamente a partir deste versículo — dessa clara conexão entre o ish e o ishá— que aprendemos que o mundo foi criado em Hebraico.

Hoje, no entanto, a opinião dos estudiosos é totalmente diferente. Quase todos os linguistas modernos dizem que as palavras «homem», אִישׁ (ish) e «mulher», אִשָּׁה (ishá) não são, de fato, etimologicamente relacionadas. Ish vem da raiz אוש, conotando «força», enquanto a palavra ishá vem da raiz אנש, significa «fraco»ou «frágil». Embora achemos isso difícil de acreditar, pois elas soam quase idênticas, a etimologia moderna afirma ser uma conexão de raiz falsa.  
 
Conexão de raiz falsa? E, no entanto, nas Escrituras, Adám nunca é chamado de ish até que ishá tenha sido separada dele: já sabemos que a palavra adám é um termo neutro que significa «humano» — e no texto Hebraico original, todas as referências a adám são de fato neutras até que Deus faça uma mulher separada de um homem —. Somente nesse ponto Adám é chamado ish, «um homem» — como se um homem e uma mulher não pudessem ser definidos sem o outro —. Este é um excelente exemplo do que pode acontecer em Hebraico, onde os significados das palavras podem ou não se sobrepor à etimologia. Embora geralmente devêssemos ter cuidado com as similaridades «óbvias» no Hebraico, às vezes as conexões de raiz etimologicamente falsas podem realmente expressar a lógica bíblica essencial.

Adám e adamá  
 
Outra conexão incrível que encontramos neste capítulo é a conexão entre Adám e adamá — o chão, a terra, o solo —. Comentamos anteriormente sobre isso quando falamos sobre o nome de Adám embora essa conexão se perca completamente na tradução, em Hebraico ela somente se destaca, ouvimos claramente a palabra adamá na palabra adám. Vocês devem se lembrar de diferentes explicações que compartilhei com vocês na época —e em particular um belo comentário midrashic —: o homem (Adám) e a terra ou o solo (adamá) compartilham o nome porque ambos foram criados em um status básico que requer cultivo para atingir seu maior potencial — produzir frutos —. Essa explicação faz ainda mais sentido no segundo relato: enquanto no primeiro relato a conexão entre essas duas palavras é simplesmente fonética, o segundo capítulo torna essa conexão semântica. Vamos seguir o segundo relato, e veremos que aqui, de fato, ele se torna absolutamente visível, quase tangível.

O jardim do Éden é plantado em Gênesis 2:8; aqui, neste relato, é apenas mais tarde que ouvimos sobre a criação de plantas e animais. Existem apenas duas criações que este capítulo descreve antes de o jardim ser mencionado pela primeira vez: adamá e adám. Aqui vemos claramente que, como a terra precisa do homem para cuidar dela —não havia plantas crescendo na terra porque «não havia homem (adám) para cultivar a terra (adamá)»[2] assim um homem precisa de Deus para se tornar uma alma vivente: «E o Senhor Deus formou o homem (adám) do pó da terra (adamá) e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem se tornou uma alma vivente».[3]


E assim, se já tivemos alguma dúvida sobre essa conexão, não a temos mais: os dois versículos — Gênesis 2:5 e Gênesis 2:7 — colocam as duas palavras na mesma frase. No Capítulo 3, essa conexão será ainda mais evidente — mas discutiremos isso em um futuro artigo —.

Trabalhar significa adorar  
 
Há mais um detalhe fascinante neste capítulo: nos contaram que Adám foi colocado no jardim do Éden para «trabalhar» עֲבֹדָה (avodá) e «guardar» שָׁמְרָה (shomrá). A palavra avodá aqui é muito interessante. Embora existam várias palavras diferentes em Hebraico que comunicam a ideia de adoração, avodá é um dos termos mais importantes usados ​​no Hebraico bíblico (e até hoje) para o serviço e adoração a Deus — e aqui denota cultivar o solo —. Por mais difícil que seja imaginar hoje, parece que para Adám, trabalhar e adorar a Deus significava a mesma coisa. Mais uma vez, isso é completamente perdido em qualquer tradução: trabalhar e adorar são palavras completamente diferentes em Português — e em qualquer outro idioma, suponho —. Mas, originalmente, não era assim — e vocês podem imaginar o quão profundo era esse plano original de Deus? — Claro, não é apenas a palavra que difere da nossa percepção hoje — foi uma existência completamente diferente, uma dimensão completamente diferente da nossa união com Deus —. Nosso amor por Ele, nossa conexão com Ele, nossa permanência nEle, todos são feitos para ser — e de fato foram antigamente — tão fortes, que à medida que vivemos nossa vida e fazemos o que somos projetados para fazer, adoramos a Deus simplesmente fazendo isso.



[1] Maimonides, Guide for the Perplexed, book 2 section 24.

[2] Gênesis 2:5.

[3] Gênesis 2:7.
 
 
https://blog.israelbiblicalstudies.com/pt-br/jewish-studies/comienzos-9-genesis-2/?
 
 

25 de janeiro de 2020

Por que Deus matou os primogênitos do Egito



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A situação que aconteceu no Egito naquela noite, a milhares de anos atrás, gera realmente muitas dúvidas na mente das pessoas até os dias de hoje, e ainda é muito discutida.

Afinal de contas, se Deus é amor, por que Ele matou os primogênitos do Egito em Êxodo 12:29-30? Ele não poderia ter resolvido isto de outra forma?

Muitas pessoas tem suas mentes travadas nessa passagem, muitos que se chamam ateus ficam brigando nela, e em outras semelhantes, arrumando pretextos e mais pretextos para ridicularizar a pessoa de Deus e alimentar sua incredulidade.

A verdade é que esta não é uma questão tão fácil de se explicar ou compreender, mas se quisermos tentar entender o motivo da morte dos primogênitos do Egito, precisaremos analisar todo o contexto em volta da situação.

Neste estudo bíblico pretendo explanar um pouco sobre isso, porém certamente haverá muito mais que se discutir dentro deste assunto, sinta-se à vontade para compartilhar seus conhecimentos com outros leitores nos comentários no final do estudo.

Eu já vi não poucas pessoas julgando a Deus por ser mau ao matar os primogênitos do Egito, mas todos tinham em vista uma imagem incompleta da situação.

É mais fácil atirar diretamente a culpa em outra pessoa, com a intenção de justificar-se e achar que tem razão, do que examinar a si mesmo para admitir seus erros e reconhecer suas próprias culpas (Gn 3: 11,12).

Tenho certeza que você também já presenciou uma situação em que uma pessoa, mesmo estando errada, arruma uma culpa pra jogar no outro, só pra transferir a culpa de seu erro para alguém.

Pois é, é exatamente assim que muitos incrédulos estão agindo hoje com relação a Deus.

A fim de justificarem-se e “desviar a atenção” de seus erros, jogam a culpa de tudo que é ruim em Deus e pronto, tá tudo certo…

É exatamente isto que está acontecendo quando certas pessoas olham para a matança dos primogênitos do Egito.

Mas o que acontecerá se examinarmos o contexto por trás dessa situação? Vamos em frente?!

Primeiro precisamos nos lembrar do que o Faraó fez com os hebreus no Egito, e praticamente sem uma causa justificável, pois baseava-se em algo cujo acontecimento era incerto.

Em Êxodo 1: 8-14 vemos um cenário em que o Faraó começa a escravizar os hebreus em sua terra, pois eles estavam aumentando muito em número de pessoas, e o rei do Egito temia que numa possível guerra estes se levantassem contra ele.

Como todos sabemos, o Faraó fez os israelitas servirem com duro rigor, e tornou a vida deles amarga com muito serviço pesado na construção de cidades para si (Êx 1:14).

Não teria ele outras alternativas de resolver o problema?!

Logo a princípio vemos a tirania do tal Faraó mostrando seu poderio.

Este homem certamente era obcecado pelo poder e não queria sair perdendo para ninguém.
Você vê nos telejornais hoje em dia a ditadura de homens que governam seus países com potência máxima, abusando de sua autoridade?

Pois pense neste Faraó como um dos tais, que subjugava os hebreus à dura servidão e serviço forçado.

Todavia, mesmo com o rigoroso sistema de escravidão sem causa aplicado sobre os hebreus (simplesmente por eles estarem crescendo em número de pessoas), o Faraó, ainda não contente pelo contínuo crescimento dos hebreus, ordena a duas parteiras hebreias que matem os meninos recém nascidos, mas que conservassem as meninas com vida.
Como você deve saber, as parteiras não seguiram a ordem do Faraó, pois temiam a Deus (Êx 1:15-17).

Eu imagino que, para as parteiras hebreias, matar os meninos seria o mesmo que uma mãe fazer o ultrassom hoje em dia, e assim ao descobrir que o sexo da criança era masculino, realizasse um aborto.

Enchendo-se de ira ao ver que as parteiras não seguiram às suas ordens, o Faraó não quer ver sua ditadura em risco, sua monarquia deve ser mantida a qualquer custo, ele precisa ser mais forte que seus inimigos, então dá a ordem:

Faraó ordenou a todo o seu povo, dizendo: Todo filho que é nascido deveis lançar ao rio, e toda filha preservareis com vida. (Êxodo 1:22 KJF)

Comece então a imaginar as cenas de desespero das famílias hebreias tendo seus filhos roubados de si e sendo atirados no rio Nilo… e tudo isto estava acontecendo ainda debaixo da dura escravidão com que trabalhavam para o Faraó.

Quando o povo de Deus finalmente clama a Ele por libertação, então Deus decide agir para socorrer os hebreus e punir os egípcios, pois Deus é amor, mas é justiça também!

Deus não permite que a maldade fique impune, ainda que ela dure por certo tempo, o SENHOR não permitirá que ela dure para sempre, pois tudo aquilo que o homem plantar, isso ele também colherá (prestou atenção nessa frase? Gl 6:7).
Quem planta maldade, colherá maldade, e este foi o caso de Faraó do Egito!

“Quem semeia a maldade colhe a desgraça…” (Provérbios 22:8 NTLH)
Muitos críticos de plantão pegam a Bíblia nesta passagem, e começam criticar a Deus dizendo que Ele foi muito mau em ter matado todos os primogênitos do Egito, e ter enviado as 10 pragas para destruir o país; mas por que não questionam as atitudes cruéis do Faraó antes disso? Por que não falam sobre os bebês hebreus jogados no Rio Nilo?

Os que assim imaginam precisam parar pra pensar nisso também, e analisar um contexto completo dessa situação, e não julgar baseado em uma imagem incompleta do que realmente aconteceu (o que os incrédulos geralmente fazem, e ainda orgulham-se de sua “inteligência”).

A pergunta certa a se fazer não é “se Deus é amor, por que ele mandou matar os primogênitos do Egito?”, mas sim, “por que o Faraó teve que fazer dos hebreus escravos sem causa, e ainda matar seus filhos?”

Está óbvio que era a obsessão pelo poder.

De quem foi realmente a culpa pela morte dos primogênitos do Egito?

É óbvio que essa discussão não termina por aqui, existem muitas outras coisas envolvidas em torno de todos estes acontecimentos, como a idolatria dos egípcios, a soberania de Deus, etc. Mas neste estudo aqui não me prenderei nestes dois itens.

Os cidadãos egípcios não tinham controle sobre as atitudes de seu rei, pois por causa do endurecimento do coração de Faraó para libertar os hebreus é que Deus prosseguiu com as pragas.


Questões como esta abordada neste estudo são realmente complexas de se entender.

Se você estuda a Palavra e ainda está à procura de respostas para questões como essas, então precisa usar ferramentas de estudo bíblico que te ajudarão a compreender melhor a Palavra.

O Manual Bíblico, escrito pelo presbítero André Sanchez, traz uma análise bíblica completa de cerca de 250 questões difíceis de responder.

É uma ferramenta indispensável para pastores, presbíteros, professores da EBD, evangelistas, e todos os obreiros(as) comprometidos com o estudo e ensino da Palavra de Deus.

“Mas a Bíblia diz que foi Deus quem endureceu o coração de Faraó, por isso não deixou o povo ir.
Deus não teria feito isso só na intenção de matar os primogênitos do Egito?”

Lembre-se do princípio da semeadura e que Deus não deixa a maldade impune!

E neste caso o Faraó (ou os faraós e os egípcios) precisava pagar pelos seus atos de crueldade, tanto dos muitos anos de escravidão injusta, como da matança dos bebês recém nascidos que foram atirados ao Rio Nilo.

Como eu já disse antes, Deus é amor, mas é justiça também! (Gn 18:25; Sl 7:11, 75:7 ; Jr 11:20;

“Então por que Deus não matou diretamente o Faraó e deixou o povo em paz, em vez de matar todos os primogênitos do Egito?”

Esta é mais uma pergunta feita cometendo-se um erro grotesco. Se não observarmos o contexto de toda situação, tiraremos muitas conclusões erradas e precipitadas.
Não é porque a Bíblia fala de um contexto em poucos versículos que ele durou só um ou dois dias, pense nisso!

Nós estamos lendo em poucos segundos, mas a situação durou muito mais tempo que isso, e existem várias outras coisas em volta daquela cena, basta examinarmos com atenção e calma.

Respondamos a seguinte questão: Por acaso o Faraó ia SOZINHO monitorar os milhares de hebreus que eram escravizados nas obras de suas cidades?

Ele sozinho jogou centenas ou milhares de bebês hebreus no Rio Nilo? Óbvio que não! Releia Êxodo 1:22.

Ele certamente tinha muitos egípcios ao seu serviço, e por estes estarem ao seu serviço concordavam com seu sistema de escravidão, afinal de contas todo o Egito era beneficiado com a mão de obra escrava dos hebreus;

além disso, todos estes feitores egípcios tinham família, que também em sua maioria desfrutavam do serviço escravo.

E pelo fato do Egito ter uma mão de obra escrava com a construção de cidades de tesouros, é de se imaginar que seu comércio estava em alta, e toda a população egípcia desfrutava da escravidão dos hebreus no Egito (Êx 1:11).
Entretanto, mesmo nesta situação, todos os egípcios viram as pragas acontecerem e destruírem seu país; todos eles constataram que seus deuses nada podiam contra o Deus de Israel.

Os hebreus, entretanto, não foram atingidos pelas dez pragas, logo todos os egípcios tiveram a oportunidade de mudarem seus conceitos, suas crenças e se livrarem dos males que sobrevinham ao Egito, voltando-se para o Deus vivo!

O Eu Sou estava demonstrando que os egípcios não poderiam mais confiar em seus deuses, suas culturas, seu rei…

Através de cada praga Deus humilha uma divindade egípcia, e na última, a morte dos primogênitos do Egito, humilhou o próprio Faraó, que com toda prepotência considerava-se um deus.

Sua idolatria não poderia salvá-los, eles deveriam voltar-se para o Único e Verdadeiro Deus, que quer o bem de todos, mas ao mesmo tempo não pode deixar a maldade impune, nem a injustiça sem seu devido castigo.

“Texto sem contexto é pretexto para criação de heresias e seitas!”
Como podemos notar claramente, a análise do contexto em volta dos acontecimentos na Bíblia Sagrada enriquece muito nosso conhecimento, e nos traz respostas que antes não conseguíamos notar com clareza.

Os acontecimentos em volta da Bíblia Sagrada envolvem muitos outros contextos que não estão escritos nas Escrituras Sagradas, mas devido ao empenho e dedicação de servos de Deus em reunir certas informações e ensiná-las, temos muito conteúdo ao nosso alcance para enriquecer o estudo bíblico.

Se você gosta de aprender cada vez mais a Palavra e a ensina ou prega também, estude-a com mais profundidade, aprendendo o contexto de capítulo por capítulo da Bíblia Sagrada.

O estudo sobre a décima praga do Egito ainda tem mais conteúdo a se analisar, mas por hora, cuidado para não se achar contendendo com Deus questões que poderiam ser evitadas.

Como vemos neste estudo sobre a morte dos primogênitos do Egito, se nós agirmos com calma e analisarmos um pouco do contexto, entenderemos melhor o motivo de muitas atitudes de Deus que para os incrédulos parecem cruéis e controversas.

Cabe a cada um a escolha de questionar a Deus e revoltar-se contra Ele (geralmente vejo as pessoas fazerem isso quando fazem um julgamento incompleto de certa situação), ou submeter-se a Ele, entendendo sua verdadeira natureza de misericórdia, bondade e JUSTIÇA, e então segui-lo.

“Mas, ó homem, quem és tu, para que contestes a Deus? Dirá a coisa formada ao que a formou: Porque tu me fizeste assim?” (Romanos 9:20 KJF)

Se você está lendo este estudo sobre a décima praga do Egito e está do lado dos que questionam a Deus e não o seguem, fazendo-se como um “rival” dele, não se preocupe, eu não sou seu inimigo, a escolha é sua e o problema é seu…

Se você insiste em revoltar-se contra Deus, faça como quiser.

Eu prefiro procurar submeter-me ao Espírito de Deus e buscar entendimento, do que simplesmente revoltar-se com julgamentos e contestações incompletas e imperfeitas.

Nós não temos condições de sermos juízes! Você acha que tem?

Deus é soberano e não trabalha somente com poder, mas também com justiça e sabedoria, a qual é incompreensível para os “sábios e entendidos” deste mundo.

“Ai daquele que contende com seu Criador!
Deixe o caco contender com os cacos da terra.
Dirá o barro para aquele que o modela: O que fazes tu? Ou tua obra: Ele não tem mãos?” (Isaías 45:9 KJF)
 

https://bibliaseensina.com.br/por-que-deus-matou-primogenitos-do-egito/


20 de janeiro de 2020

COMO É O CÉU? O QUE É O CÉU SEGUNDO A BÍBLIA?






⍣ O Céu é a morada de Deus. Isso significa que o Céu na presente Era é o lugar onde a presença de Deus habita de forma especial e de onde Ele governa todas as coisas. Mas por causa das tantas passagens bíblicas que falam sobre o Céu é comum que as pessoas tenham curiosidade acerca de como é o Céu.
 
O CÉU É A HABITAÇÃO DE DEUS
 
⍣ O próprio Jesus declara a verdade de que o Céu é onde Deus habita. Ele ensina os seus seguidores a orar a Deus da seguinte forma: “Pai nosso que está no Céu” (Mateus 6:9). Mas dizer que o Céu é a habitação de Deus não significa que Ele somente está presente nele.
 
⍣ A Bíblia muito claramente afirma que Deus é onipresente. Ele não está sujeito aos limites de espaço e tempo; por isso ele está presente em toda parte em todo tempo. Aqui podemos citar a palavra de Deus através do profeta Isaías: “O céu é o meu trono, e a terra, o estrado dos meus pés” (Isaías 66:1). Portanto, nesse sentido devemos entender que o universo inteiro é o lugar da morada de Deus.
 
⍣ Todavia, há outro sentido em que devemos reconhecer o Céu como “a casa do Pai” (João 14). Wayne Gruden explica essa ideia dizendo que é no Céu que é sentida a manifestação mais plena e esplêndida da presença de Deus. Ali Sua glória é manifestada de forma indescritível, e admirada pelos redimidos que já partiram desta terra e pelos santos anjos que proclamam incansavelmente a santidade e a majestade de Deus.
 
O CÉU É UM LUGAR
 
⍣ Atualmente parece que as pessoas estão cada vez mais receosas em afirmar que o Céu é um lugar. Isso porque a existência do Céu não pode ser provada através de ensaios científicos ou medida através de experiências físicas. As informações sobre o Céu estão testemunhadas exclusivamente nas Escrituras; e sua existência como um lugar real só pode ser aceita pela fé.
 
⍣ Então para aqueles que creem na autoridade e inspiração da Bíblia, não há qualquer dúvida de que o Céu é um lugar real. Antes da crucificação Jesus avisou aos Seus discípulos que Ele estava indo para a casa do Pai (João 14:2,3). A sequência da narrativa bíblica informa muito claramente que pouco depois de sua ressurreição, Jesus ascendeu ao Céu com um corpo ressurreto (Atos 1:9-11).
 
⍣ No testemunho de Estêvão antes de morrer apedrejado pela causa do Evangelho de Cristo, ele declarou que estava vendo o céu aberto e o Filho do Homem de pé à direita de Deus (Atos 7:55,56). O apóstolo Pedro também ensina que Jesus subiu ao Céu e agora está à direita de Deus (1 Pedro 3:22).
 
⍣ Então se o Céu é um lugar, onde Ele está? Definitivamente não sabemos. Tudo o que podemos dizer é que o Céu existe. Porém, na presente Era ele está oculto da contemplação dos olhos humanos. Então ele não pode ser localizado nas dimensões do nosso universo. Mas como foi dito, Deus abriu os olhos de Estêvão para contemplá-lo de forma extraordinária; e sabemos que um dia todos os santos terão esse mesmo privilégio.
 
COMO É O CÉU?
 
⍣ Uma das perguntas bíblicas mais difíceis de serem respondidas é aquela que procura saber como é o Céu. No momento nossa capacidade intelectual é muito limitada para se quer esboçar algo nesse sentido. O apóstolo Paulo foi alguém que teve o privilégio de visitar o Céu. Ele escreve que foi levado ao terceiro céu, mas não teve permissão de contar o que ele presenciou ali. Ele se limita a dizer que ouviu palavras inefáveis que ao homem não é permitido pronunciar.
 
⍣ O apóstolo João foi outro que contemplou o Céu e registrou tudo no livro do Apocalipse usando predominantemente a linguagem simbólica, já que nossa linguagem limitada é incapaz de descrevê-lo. Mas apesar de a Bíblia não fornecer detalhes específicos de como é o Céu, ela deixa claro que o Céu é maravilhoso porque nele se manifesta a glória de Deus de uma forma inimaginável.
 
⍣ A Bíblia também informa que se atualmente o Céu é a morada de Deus juntamente com os anjos e os santos que já morreram, no estado eterno ele será parte integrante da habitação definitiva de Deus com Seu povo. Por isso a Bíblia chama o universo renovado e completamente purificado dos efeitos do pecado de “novo céu e nova terra” (Apocalipse 21:1).
 
 
Daniel Conegero

Paul Washer Frases

3 de janeiro de 2020

O PROPÓSITO DE DEUS E A VONTADE DO INCRÉDULO


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Efésios 1
3- Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos ABENÇOOU com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo;
4- Como também nos ELEGEU nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos SANTOS e IRREPREENSÍVEIS diante dele em amor;
5- E nos PREDESTINOU para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, SEGUNDO o BENEPLÁCITO de SUA VONTADE
6- PARA O LOUVOR DA GLÓRIA DE SUA GRAÇA, PELA QUAL NOS FEZ AGRADÁVEIS A SI NO AMADO
7- EM QUEM TEMOS A REDENÇÃO PELO SEU SANGUE, A REMISSÃO DAS OFENSAS, SEGUNDO AS RIQUEZAS DA SUA GRAÇA!

“Se Deus já escolheu quem será os seus, segundo o beneplácito da sua vontade, logo, farei agora o que os prazeres da MINHA vontade anseiam. Ora se for pra ser, será!” (pois quem pode contra a vontade de Deus?...)
 
-Palavras de alguém que leu uma passagem bíblica sem ser honesto com o que o autor do texto queria dizer.

Quando olhamos atentamente para um texto como este de Efésios 1, sendo totalmente vulnerável diante do que está escrito a ponto de deixar com que Ele diga...
 
É impossível pensar que a obra da salvação seja algo sinérgico ou cooperativo, sendo que a ênfase vem sempre do próprio doador, do que abençoa, elege, santifica, predestina, sem um agente externo, sem um conselho que não seja a sua própria vontade que é perfeita e boa!
 
Mas então, diante desta evidência, sabendo nós que a vontade Dele prevalecerá no fim, aplicamos como resposta nossa própria vontade, agora no presente? Como se o Deus da Bíblia fosse um deus criado pelo homem pra que este venha suprir suas necessidades prazerosas?
 
Como se o único Deus criador fosse ídolos segundo os corações dos homens? 
 
Que tolice! São estes os que o Senhor menciona no salmo 81: 12, proclamando que foram entregues aos seus próprios desejos e passaram a andar em seus conselhos, sem o sustento que os fartariam. O povo do qual Deus tinha prometido uma terra boa e que pela FÉ no que estava por vir eles caminhavam olhando o horizonte, mesmo que não pudessem ver o que estava além dele (embora muitos deles fossem cegos da incredulidade).
 
Porém, quero agora voltar para a ênfase do assunto, não só deste, mas de toda a escritura: O beneplácito da sua vontade! 
 
Ela é boa, perfeita e agradável. E Ele chama segundo o seu propósito que é de salvar os seus.

29 Porque os que dantes CONHECEU (no greg - ginoskein, que significa tornar-se íntimo)também os PREDESTINOU PARA serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
30 E aos que PREDESTINOU a estes também CHAMOU; e aos que chamou a estes também JUSTIFICOU; e aos que justificou a estes também GLORIFICOU. - Romanos 8.
É citado termos como: CONHECEU, PREDESTINOU, CHAMOU, JUSTIFICOU, GLORIFICOU...
 
Estes verbos estão sendo ditos como algo que foi determinado no passado e que há de acontecer no futuro, em harmonia com o seu propósito. O processo de um conjunto das bênçãos celestiais.
 
Essa é a vontade de Deus pai para com os seus. E bem sabemos que NENHUM de seus planos serão frustrados. 
 
Então, “viva de acordo com os seus prazeres, satisfaça seu querer, que seja feita tua vontade”. Mas, permita que eu lhe diga algo: Este não é o propósito de Deus para com aqueles que ele salvou e vai salvar. Logo, VOCÊ NÃO FAZ PARTE DESTE PLANO PERFEITO, QUE TEM COMEÇO, MEIO, FIM E QUE NOS IMPULSIONA A PERSEVERAR. 
 
VOCÊ FAZ PARTE DE OUTRO GRUPO DE PESSOAS, AQUELES QUE OUVIRAM DESTA PROMESSA MARAVILHOSA E A RECUSARAM.
 
De uma forma ou de outra, o plano perfeito de Deus será cumprido em sua plenitude e restará somente a sua glória, para todo o sempre, como sempre foi, Amém!
 

~ ieterson Soares.
 https://www.facebook.com/naohaheresias/?

16 de novembro de 2019

O que a Bíblia quer dizer com ligar e desligar?







O conceito de "ligar e desligar" é ensinado na Bíblia em Mateus 16:19 e 18:18: "E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus." Nesse versículo, Jesus está falando diretamente ao Apóstolo Pedro e indiretamente aos outros Apóstolos. As palavras de Jesus significam que Pedro teria o direito de entrar no reino e teria autoridade geral aqui simbolizada pela posse de chaves. O pregar do Evangelho seria a forma de abrir o reino do céu a todos os crentes e fechar o reino para os descrentes. O livro de Atos nos mostra como esse processo funciona. Através do seu sermão no dia de Pentecostes (Atos 2:14-40), Pedro abriu a porta do reino pela primeira vez. As expressões "ligar" e "desligar" eram comuns à fraseologia judaica e significam declarar proibido ou declarar permitido.

Era para Pedro e os outros discípulos continuarem o trabalho de Cristo na terra em pregar o Evangelho e declarar a vontade de Deus aos homens. Eles possuíam a mesma autoridade que Cristo. Em Mateus 18, também há uma referência firme a ligar e desligar no contexto de disciplina na igreja. Os Apóstolos não estão usurpando da autoridade de Cristo sobre os crentes e seu destino eterno, mas eles exercitam autoridade para disciplinar e, se necessário, excomungar membros desobedientes da igreja.

Cristo no céu ratifica o que é feito em Seu nome e em obediência à Sua Palavra aqui na terra. Tanto em Mateus 16:19 como em 18:18, a sintaxe do texto grego deixa bem claro o seu sentido. O que você ligar na terra já vai ter sido ligado no céu. O que você desliga na terra já vai ter sido desligado no céu. Em outras palavras, Jesus no céu libera a autoridade de Sua Palavra à medida que é proclamada na terra para a realização do seu propósito.
https://www.gotquestions.org/Portugues/ligar-desligar.html
 
 
 

10 de novembro de 2019

UM POUQUINHO DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA



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Por onde começar? Ernest Lucas em seu livro "Gênesis Hoje" explica que para a maioria, o ponto de partida é uma Bíblia traduzida para a língua dos leitores. Isso não é um fato trivial. A Bíblia foi escrita em grego e hebraico, com alguns capítulos em aramaico. Quando a lemos em português, dependemos de certa forma, da interpretação que os tradutores fizeram do original. Não podemos esquecer que toda tradução não irá traduzir apenas as palavras, mas também o sentido. Muitas são as vezes que a tradução literal - "ao pé da letra" - quase não faz sentido porque ignora as peculiaridades GRAMATICAIS e IDIOMÁTICAS das línguas envolvidas.
 
Podemos tomar como exemplo Levítico 26,26: A tradução literal é uma boa expressão "idiomática hebraica", mas não faz nenhum sentido para nós: << Quando eu vos quebrar um cajado de pão >>!
 
 O significado original é: "Quando eu vos tirar o sustento do pão". Outro exemplo é 'Efésios 4,26' onde o apóstolo Paulo cita uma frase do AT e a complementa com uma expressão idiomática hebraica: "IRAI-VOS MAS NÃO PEQUEIS [ do salmo 4,5] NÃO SE PONHA O SOL SOBRE A VOSSA IRA, NEM DEIS LUGAR AO DIABO."
 
Sobre este complemento muitos pregadores e escritores explicam da seguinte forma: "Não pode deixar o dia acabar sem reconciliar com um irmão com o qual tenha discutido com aspereza". Porém Paulo está dizendo que: "Não deixe que haja um obscurecimento da razão, e nem deixe apagar em vós a luz do Espírito Santo" , cuja explicação significativa está em Miqueias 3:5-7. [Assim diz Iahweh aos profetas que seduzem meu povo: "aqueles que, se têm algo para morder em seus dentes, proclamam PAZ. Mas, a quem não lhes põe nada na boca, eles declaram guerra! Por isso a noite será para vós sem visão, e as trevas para vós sem oráculo (revelação). PÔR-SE-Á O SOL PARA OS PROFETAS E O DIA OBSCURECER-SE-Á PARA ELES ].
 
Portanto, um bom tradutor não pode deixar de fazer algumas interpretações, mas precisa tentar reduzi-las ao mínimo. Precisamos também tomar muito cuidado com as PARÁFRASES que são traduções mais livres contendo uma boa dose de interpretação pessoal do tradutor. Estas PARÁFRASES podem ser agradáveis aos olhos (leitura) e ouvidos (pregação), mas não devem ser usadas como base para um estudo bíblico sério.
 

Goiânia, 09/11/2014.
Fabio Silveira de Faria
 https://www.facebook.com/fabio.biblioteca/?_
 
 

30 de outubro de 2019

DUAS FORMAS DE OLHAR PARA A BÍBLIA



 
Matt Chandler

Há duas formas de olhar para a Bíblia. Uma das formas que eu ouço falar mais nas igrejas, é que a Bíblia é um guia para a vida. Eu entendo o que se tenta ensinar com isso. Se você precisa saber para onde ir, o que fazer, como lidar com alguma situação, você vai até o guia, descobre onde está, e qual o caminho a seguir. Eu entendo o que está sendo ensinado, mas eu acho que há alguns problemas nisso. Principalmente porque a Bíblia, no fim das contas, não é sobre você, não é sobre mim, mas sobre o que Deus fez, em Jesus Cristo, para reconciliar o universo consigo, e reconciliar a humanidade consigo. Ao olhar para a Escritura daquela forma, eu acredito que você se dispõe a sofrimento e desespero. Deixe-me dar um exemplo do que estou falando.

Se você pegar uma história simples, como Davi e Golias, o que as pessoas vão fazer, as que vêem a Bíblia como um guia para a vida, as que pensam que as Escrituras falam deles, vão pegar a história de Davi e Golias e se colocarão no papel de Davi. E farão de Golias qualquer oposição que estiverem enfrentando: dívidas, dificuldades no casamento, coisas do tipo. O que eles fazem é: "Eu sou Davi e esse problema é Golias... Preciso pegar minhas 5 pedrinhas e descobrir como derrubar esse gigante... Pelo poder de Deus, vou derrotar esse gigante". Eu digo que essa visão da Escritura pode te levar ao desespero e até escravidão, porque o que acontece quando sua pedra erra o alvo? O que acontece quando você lança as 5 pedras e as 5 erram o alvo? O que acontece quando, com todo seu esforço, toda sua força, todo seu poder, você não mata o gigante? Vem a culpa, a vergonha, o remorso, frustração... "Talvez isso não funcione... Onde está Deus?... Como ele pode me trair assim?".

A história de Davi e Golias é uma figura de Colossenses chamada de "sombras do que haveria de vir, em Cristo". Assim, Cristo é a realidade, e a história de Davi e Golias, uma sombra. Sim, Davi e Golias foi um fato real e histórico, mas com isso Deus estava comunicando a nós e a Israel que um salvador viria e aniquilaria o gigante do pecado e da morte de uma vez por todas. Assim, quando lemos a história de Davi e Golias, vemos que, no fim das contas, você não é Davi. Jesus Cristo é Davi. E Golias é o pecado e a morte. Eu e você somos Israel, tremendo de medo sem saber o que fazer, com medo de lutar. E Jesus vem e conquista nossa vitória. Então, o que acontece quando lemos a história de Davi e Golias e não nos enxergamos vencendo o gigante, mas que Deus nos deu provisão, em Cristo, e Cristo, sim, vence o gigante, nossos corações ficam livres para adorar e engrandecer Jesus, pois não depende de nós a vitória sobre o gigante, mas temos um campeão que vence o gigante por nós. A ideia de trazer luz a tantas dessas histórias é mostrar como, no fim das contas, elas nos levam a adorar cada vez mais o que Deus fez por nós em Jesus Cristo e o que Cristo alcançou por nós no Evangelho.

Matt Chandler é o principal pastor de ensino da Village Church, uma igreja Batista do Sul em Flower Mound, Texas, e Presidente da Rede de Atos 29.