Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
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10 de agosto de 2019

A BÍBLIA DE KOLBRIN




Nos últimos cinquenta a setenta anos, a Cristandade viu a arqueologia e a história desencavarem de passados distantes numerosas Bíblias apócrifas. Embora tenham sido ignoradas pelo Vaticano, representante da Igreja Cristã Católica Apostólica Romana [Ocidental], essas Bíblias excomungadas contêm informações que preenchem numerosas lacunas notáveis nas Escrituras canônicas tradicionais.
 
Eventos como a infância e a vida de Maria de Nazaré, de José, infância de Jesus e outras passagem completamente ausentes do quatro evangelhos sinóticos e demais textos do Novo Testamento [Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos Apóstolos e Apocalipse].  
 
Entre as Bíblias e/ou evangelhos desprezados pelos doutores das Igrejas Cristãs são famosos os Manuscritos do Mar Morto, encontrados em Israel; Os Livros de Nag Hamadi, Egito; o Kebra Nagast, preservado em copta, na Etiópia, a pouco conhecida Bee Bible, da China [acolhida por cristãos ortodoxos orientais].  
 
Os Ensinamentos e Escritos do Iluminado Buddha Issa [Writings and Teatchings of the Buddha Issa], do Tibete e, finalmente, o mais desconhecido destes textos marginais, o Kolbrin Bible da Bretanha [Livro de Kolbrin], também chamado Bronze Book, Bronze Bible, a Bíblia de Bronze da Bretanha, Coelbook, Coelbren, cuja antiguidade é estimada em 3 mil e 600 anos, segundo informação contida em edição publicada na década de 1990.  
 
O Kolbrin Biblos é uma coleção de textos que foram resgatados de um incêndio na Abadia de Glastonbury, em 1184 d.C.. Diz a lenda que o incêndio foi criminoso e visava justamente destruir livros considerados heréticos, entre eles, mais este apócrifo, o Kolbrin.  
 
Em uma época na qual a benção dos Papas legitimava o poder político, os soberanos e candidatos a soberanos tinham obter e preservar a sanção divina ao seu direito ao trono. E ainda, naquele tempo era fato histórico, de conhecimento corrente, que os 1.920 acres [cerca 7,7 km²] do território de Glastonbury era considerado, tradicionalmente, a terra da família de Jesus! ─ terra sagrada, um reino independente, que não pagava impostos a coroas e representava uma ilha de mistério e religiosidade extremamente embaraçosa para as autoridades político-religiosas. Uma história que não estava na Bíblia católica. O livro escapou do fogo porque muitos dos manuscritos estavam grafados em finas lâminas de metal, de bronze [por isso, Bíblia de Bronze]  
 
The Culdian Trust ─ Desde o incêndio da Abadia, essas escrituras Kolbrin foram escondidas e passaram a ser protegidas por uma sociedade secreta por mais de 800 anos, até os dias de hoje. Segundo a lenda, o incêndio foi criminoso.  
 
A Sociedade é conhecida como The Culdian Trust ou os Culdianos. Sobre essa sociedade sabe-se muito pouco: apenas que no começo do século XIV [anos 1300] existia na Escócia uma comunidade liderada por certo John Culdy. Seus seguidores foram chamados culdianos [culdians].  
 
Os Culdianos eram os herdeiros de uma sociedade mais antiga e misteriosa, a Sociedade de Kailedy [ou Koferils] e guardavam a tradição de serem os guardiões de algo a quê se referiam como O Tesouro da Bretanha. 
 
Os Culdians  
 
A palavra Culdian, deriva de Culdee que, por sua vez, tem origem no termo Kailedy, usado para designar os primeiros Cristãos chegados à Bretanha, em 37 d.C., conduzidos por José de Arimatéia.  
 
Kailedy significaria "estrangeiros sábios" [wise strangers]. Outra etimologia sugere que Culdee, em sua origem, é uma palavra um celta traduzida na expressão Servos de Deus. 
 
Histórico  
 
Ninguém sabe quem escreveu os textos. São vários autores e diferentes épocas. Os textos abordam desde a Criação do Mundo até os primeiros registros do Cristianismo e sua doutrina. Porém, o aspecto mais curioso desta Bíblia de Bronze é a revelação da presença de judeus nas Ilhas Britânicas em uma época muito recuada até um período mais recente: desde o Êxodo, passando pelos tempo dos profetas [hebreus] e chegando à diáspora dos Cristãos perseguidos dos primeiros anos d.C; um registro que não aparece nos estudos mais gerais e conhecidos da História do Mundo. Uma das crônicas do Kolbrin relata a migração de judeus para a Escócia; outro trecho, fala da Irlanda.  
 
Escócia  
 
A terceira parte do Koldrin Bible relata o Êxodo, a saída do Egito depois de 400 anos de escravidão, a época de Moisés. Naquele tempo, contemporânea de Moisés, viveu a princesa Scota, filha de Ramsés II. Ela teria sido uma das muitas princesas que cuidaram de Moisés na infância. Casando-se com um nobre hebreu, Scota mudou-se com marido. Deixando o Oriente Médio, o casal foi viver na Bretanha, na região hoje conhecida como Escócia, ou seja, o nome do país seria derivado do nome da princesa egípcia. 
 
Irlanda 
 
O profeta Jeremias teria escapado da escravidão na Babilônia, nos anos 600 a.C., dirigindo-se para o norte Africano, a Etiópia. Dali seguiu caminho até alcançar a Bretanha onde, hoje, encontra-se seu túmulo, na Irlanda.  
 
Em sua fuga, levou consigo a filha do rei Zedekiah [618-587 a.C.], da Casa do rei Davi, o místico ancestral de Jesus. Nesse contexto, ocorreu que Ana, aquela que foi avó de Jesus, nasceu na Bretanha. Eis a razão porque os sobreviventes do cristianismo nascente, especialmente aqueles mais próximos e familiares de Jesus, depois da crucificação, sendo postos fora da lei, migraram para a França e para Glastonbury, Inglaterra.  
 
Eles tinham família e aliados na Europa ocidental. Essas pessoas conheciam e compreendiam os ensinamentos contidos na Escritura Kolbrin muitos antes da versão corrente da Bíblia ter sido compilada ─ em 325 d.C., por iniciativa do imperador Constantino durante o Concílio de Nicéia. 
 
As Dez Tribos Perdidas  
 
Glen Kimball, acadêmico de Comunicação, pesquisador de textos antigos, acredita que palavra BRIT de Britain, Bretanha [de Grã-Bretanha: Inglaterra, Escócia e País de Gales] e, ainda, Bretanha, na França, [às margens do canal da Mancha, terra dos bretões], esta palavra não é de origem inglesa; é hebraica significando Aliança.  
 
Os ingleses consideravam a si mesmos como o Povo da Aliança, evocando uma ancestralidade judaica situada na época da submissão do povo hebreu ao império Assírio na estabelecido Mesopotâmia no século VIII a.C..  
 
A mesma etimologia propõe que o termo saxon [saxão] significa filhos de Jacó [Jacob] e diz a lenda que a Dez Tribos Perdidas de Israel são os antepassados dos povos anglo-saxões. 
 
José de Arimatéia & Glastonbury ─ O Evangelho de Kailedy, assim como outras fontes apócrifas que tratam da biografia de Jesus e dos primeiros tempos do Cristianismo depois da crucificação, relata a trajetória de personagens que, nos evangelhos canônicos, são citados apenas de passagem, sem maiores esclarecimentos. Uma dessas figuras é José de Arimatéia: o homem que reclamou o corpo e Cristo junto às autoridades romanas; aquele que providenciou o "sepulcro novo".  
 
No Kailedy, assim como em outros evangelhos marginais, José de Arimatéia não é apenas um simpatizante da nova doutrina, ele é parente de Jesus. Tio de Maria, ele teria fundado a primeira comunidade cristã na Bretanha, precisamente em Glastonbury onde foi construída a primeira igreja do mundo, em 63 d.C.. Escreve James D. Tabor em A Dinastia de Jesus: 
 
Há lendas de que Jesus foi à Índia quando criança para estudar com mestres hindus... Talvez as histórias mais fantásticas sejam as de Jesus viajando quando menino para a Grã-Bretanha com José de Arimatéia. Segundo estas lendas, José, tido como tio de Maria, era um mercador de estanho e fazia viagens de negócios regularmente para a Cornualha. A cidade de Glastonbury, no sudoeste da Inglaterra, na antiga ilha de Avalon... até hoje comemora essa tradição. [TABOR, 2006 ─ p 102].  
 
Depois da morte de Jesus, José de Arimatéia não somente cuidou das formalidades funerárias do Messias mas, também, segundo os apócrifos, migrou para a França em comitiva que incluiu Maria Madalena e o apóstolo Thiago. Mais tarde, José de Arimatéia se estabeleceu na Inglaterra. 
 
Origem da Bíblia de Bronze  
 
A origem do Kolbrin Book pode ser definida em uma palavra: desconhecida. Tudo o que se sabe sobre essa origem são especulações. Todavia, o conteúdo do livro parece ser uma coletânea de outros textos apócrifos judaico-cristãos: Antigo Testamento, Evangelhos e uma curiosa literatura própria do cristianismo primitivo em seus primórdios, na França e nas ilhas Britânicas.  
 
Essa literatura local é especialmente relacionada com a mística da região de Glastonbury e do registro de passagem e presença, de judeus, na Antiguidade; dos primeiros apóstolos Cristãos, em um período pré-romanização ─ entre povos ditos bárbaros: celtas, francos, bretões, anglo-saxões.
 
Desconhecida por centenas de anos, essa Bíblia da Bretanha surgiu do nada nos primeiros anos da década de 1990. Em 1992, depois que um dos últimos Curdians [guardiões do Kolbrin] enviou cópias do livro para duas editoras: a norte-americana YWB - Yow World Books e outra neo-zelandeza.  
 
Em 1995, a primeira edição foi publicada. Na Nova Zelândia, os Novos Curdians* encarregaram-se da edição. Correm rumores, ainda, que outros exemplares antigos do Bronze Bible existem no Líbano, Inglaterra e Vaticano.  
 
O Livro  
 
A Bíblia de Bronze é composta do Kolbrin [Coelbren] propriamente dito e de outra coleção de textos reunidos no chamado Coelbook. São onze livros ou capítulos divididos em duas partes: os primeiros seis livros são os textos egípcios, que teriam sido escritos por sábios judeus-egípcios no período do Êxodo. O cinco livros restantes são textos Celtas ou Evangelho de Kailedy [The gospel of Kailedy], este sim, Kolbrin que, portanto, é uma espécie de Evangelho Bretão.  
 
São os 11 livros:
  • Criação
  • Coleções [Gleanings] 
  • Rolos 
  • Filhos do Fogo 
  • Manuscritos 
  • Moral e Preceitos 
  • Origens 
  • Ramo [Genealogias] 
  • Lucius 
  • Sabedoria 
  • Livro da Bretanha 
Coelbren ─ Coilbook

Considerando como grega a raiz da palavra, que seria, então koîlos, relacionada a caverna, resulta Coelbook = Livro da Caverna. Mas não se pode descartar as grafias Coel e Coil, de etimologia latina, que remete a Cull, coll ─ de colligere ─ significando reunir, juntar coisas escolhidas e, ainda Coil, rolo, cilindro. Coelbook seria então, coletânea de livros no antigo formato: em suporte de rolos. De todo modo a denominação Kolbrin seria derivada de Ceolbren. 

Uma terceira explicação: Colbrin ou Kolbrin seria uma palavra do antigo Nagef, idioma falado no Oriente Média na época do Rei Artur [lendário monarca inglês cuja vida é situada no século VI, anos 500 d.C., KIMBAL] 

O Kolbrin é o único documento judaico-cristão que narra a História da Criação do Homem em sua totalidade, incluindo os seres [inteligentes, antropomorfos] que estavam neste mundo antes do advento de Adão e Eva [como símbolos da Humanidade atual]. Nele, cosmogênese, geo-gênese e antropogênese são conciliados com o atual entendimento científico de evolução humana com o criacionismo associado ao design [engenharia-arquitetura] inteligente.

Os princípios matemáticos encontrados no Kolbrin refletem o antigo interesse do Druidas, pelas estrelas, pela própria matemática e suas conexões com catástrofes globais. Astrofisicamente profético, o Kolbrin fala do retorno de um astro ali denominado Destroyer, corpo celeste trevoso que, no passado, causou um desastre, uma grande convulsão planetária, geológica. Foi previsto que Destroyer voltaria, cumprindo o destino de sua trajetória, de sua órbita cósmica.

O termo Anjos Caídos, no Gênesis do Kolbrin, não se refere a seres espirituais; antes, fala de homens que desposaram mulheres da linhagem de Adão e Eva e procriaram com elas [dando origem a uma raça híbrida].

Esses homens-anjos pré-adâmicos vieram de uma sociedade avançada em termos de ciência e religião. Eram os sobreviventes de uma Humanidade anterior, que escaparam, refugiando-se em cavernas, de um cataclismo global. Chamam a si mesmos de Filhos de Deus. Na lógica mística ou esotérica, a Queda dos Anjos foi causada pelos graves erros cometidos por aquela raça de homens-divinos.


Trechos do Kolbrin

Os estudiosos de documentos históricos têm todos os motivos para desconfiar da antiguidade e originalidade do Kolbrin. Mais especificamente, o Livro é suspeito, principalmente, porque nenhum original manuscrito, nenhum fragmento das folhas de bronze foi exibido até hoje. O texto apareceu, supostamente, em 1992 e as únicas e poucas informações disponíveis parecem ter saído da redação do editor norte-americano.

Ali, o Kolbrin é datado em 3 mil e seiscentos anos, considerando a idade dos capítulos mais antigos, correspondentes ─ na proposta ─ ao Antigo Testamento judaico-cristão. Inusitado no livro, enquanto considerado como escritura sagrada judaica-cristã, são as referências clara: 1. à intervenção de agentes extraterrestres no processo de criação da espécie humana; 2. ao advento de um Apocalipse, um catástrofe planetária resultante de um evento cósmico. A seguir, alguns trechos traduzidos do Kolbrin, do livro da Criação ou Gênese:

Do Livro da Criação ─ Trechos

3. Antes do Princípio somente existia uma única consciência, esse Eterno Um cuja natureza não pode ser explicada em palavras. Era o Espírito do Um Solitário, o Auto-Gerado, que não ser subtraído; que não pode ser dividido, o Desconhecido, o Um Incognoscível, pensado em si mesmo no profundo silêncio fértil [gestando].

4. O Grande ser que permanece [que é] não-Nomeado é o começo e o fim, além do tempo, além do alcance dos mortais e nós, em nossa simplicidade, chamamos a Ele, Deus.

5. Ele, que precede o Todo existente em sua estranha morada de Luz incriada, que permanece sempre, inextinguível; Aquele cuja visão nenhum olhar é capaz de suportar...

8. Ele não pode tolerar o repouso eterno e o potencial não-manifestado é frustração. De dentro da solidão atemporal, surgiu a consciência divina da solidão e com isso emergiu o Desejo de criar...

9. Da mente-Deus um pensamento foi projetado [o Verbo]. Isso gerou a Força que produziu Luz e isso formou uma substância semelhante a uma névoa de poeira invisível. A substância dividiu-se em duas formas de energia e através vazio da Matriz Geradora Universal [no útero universal, as duas forças girando em redemoinhos] emitiram centelhas que vieram a ser a infinita variedade de mentes-Espíritos, cada um regente de seus próprios poderes criativos.

10. A palavra ativante foi proferida. Seus ecos ainda vibram e houve um movimento agitado-agitante que causou instabilidade. Um comando foi emitido e este veio a ser a Lei Eterna [Suprema]. Desde então a atividade foi controlada em um ritmo harmonioso e, assim, a inércia inicial foi superada. A Lei dividiu o caos materializando o Caos de Deus; e assim foram estabelecidos os limites das Esferas Eternas.

11. E o Tempo não mais dormia no âmago de Deus porque agora havia mudança onde antes Tudo tinha sido imutável; e mudança é Tempo. E ainda, agora, no útero de Deus havia calor, excitação, substância e Vida ; e contendo Tudo estava a Palavra; e a Palavra é a Lei.

12. ...O Universo veio a ser como uma condensação do pensamento de Deus enquanto o próprio Deus se ocultava no Ser de sua Criação. Desde estão Deus é O Oculto... E a Criação não explica a Si mesma... Seus segredos têm de permanecer segredos; mistério...

15. O Poder foi adiante e produziu o Sol de face luminosa e o Sol brilhava radiante sobre sua irmã, a Terra; e a Terra estava sob a proteção de seu irmão... E se juntaram as águas sobre a Terra e a o solo apareceu. Mas as águas ainda rolavam sobre a Terra, instáveis; o chão era lama; úmido, escorregadio. E mais uma vez o sol brilhou gentilmente sobre sua irmã e o solo emerso de seu corpo tornou-se firme. E o sol deu a ela vestes de lã e véus do mais fino linho...

16. E da Grande Geratriz [do Grande Útero] tinha [também] saído o Espírito da Vida; e o Espírito da Vida lançou-se no Espaço exuberante e desenfreado. E Ele lançou seu olhar sobre Terra e viu que era bela e sentiu desejo e precipitou-se dos Céus para possuí-la. Ele não chegou gentilmente, como um amante; mas tempestuosamente, como um Destruidor. Sua respiração era um uivo soprando entre os vales; um uivo enfurecido entre as montanhas. Porém, o Espírito da Vida não conseguiu encontrar a morada do Espírito da Terra porque Ela tinha se fechado em si mesma, como uma mulher se retrai diante da força. Não admitia ser ultrajada em submissão. Embora já desejasse o Espírito da Vida... era honrada.

17. O Sol, vendo a perplexidade Dela, lutou com o Espírito da Vida e submeteu-o. Estando [O Espírito da Vida] subjugado e tendo cessado a luta, o Sol entregou-o [o Espírito da Vida] a sua irmã [Terra]. E o Espírito da Vida purificado, apaziguado, em silêncio, desceu sobre as águas da Terra e a Terra foi tocada, e reagiu, e se emocionou. Ovos de lama de Vida potencial formaram-se nos pântanos, nos lugares onde as águas se encontravam a terra.

18. Do pó da terra se fez o homem e a água escura engendrou a mulher; eles se uniram e multiplicaram-se. Os dois unidos produziram o terceiro. A Terra não era mais virgem e o Espírito da Vida, envelhecido, retirou-se. E a Terra vestiu-se com o manto da matrona, da Mãe, da Senhora, o manto do Verde das ervas que cobriam seu corpo.

19. Nas águas desenvolveram-se peixes e outras criaturas, criaturas que se moviam sobre si mesmas e criavam redemoinhos; eram as serpentes, os répteis rastejantes e as bestas de terrível aspecto que existiram no passado. Criaturas enormes e dragões de aparência repugnante cujos ossos gigantescos ainda podem ser encontrados.

20. Então, da potência geratriz da Terra surgiram todas as bestas dos campos e das florestas. E todas as criaturas da Criação tinham sangue em seus corpos; e isso estava terminado. Bestas erravam na terra seca e as criaturas aquáticas nadavam nos mares. Havia pássaros nos céus e vermes nas entranhas do solo.

21. Havia grandes massas de terra, altas montanhas, vastos desertos, abundantes cursos d'água, verdejantes campos férteis. A Terra pulsava com a Energia da Vida.

22. Metais e gemas preciosas ocultavam-se nas rochas. Ouro e prata brotavam do chão. Havia cobre e madeira nobre; havia junco nos pântanos e pedras que serviam a todos os propósitos.

23. Todas as coisas estavam prontas, tudo estava preparado. A Terra esperava o advento do Homem.



CRT:1:3-4-5-8-9-10-11-12-15-16-17-18-19-21-22-23 ─ Trad. L. Cabus In MANNING, Janice. The Kolbrin Bible. Your Own World, Inc.: 2005 ─ In Google Books

Fontes:

─ In [http://www.bibliotecapleyades.net/hercolobus/kolbrin00.htm#INTRODUCTION]
CULDIAN TRUST [http://www.culdiantrust.org/]
KIMBAL, Glenn. The coldrin Bible. In UFO-Digest, 2006. [http://www.ufodigest.com/kolbrin.html]
KOLBRIN BIBLE [http://www.theorderoftime.com/game/wiki/index.php/Main/KolbrinBible]
MANNING, Janice. The Kolbrin Bible. Your Own World, Inc.: 2005 ─ In Google Books
TABOR, James D. A Dinastia de Jesus. [Trad. Ganesha Consultoria]. Rio de Janeiro: Ediouro, 2006.


The Kolbrin Bible pesquisa, traduções, adaptação e texto: Lygia Cabus

http://www.sofadasala.com/pesquisa/thekolbrin01.htm




26 de julho de 2018

Por que o Livro de Enoque não está na Bíblia?


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O Livro de Enoque possui uma citação nas escrituras no livro de Judas, referente a Enoque 1:9.

E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Judas 1:14,15

Se Judas mencionou o Livro de Enoque, porque este livro não faz parte da Bíblia? 

Influência

Primeiro Enoque está sozinho entre os apocalipses judeus por comprimento, diversidade e riqueza.

1Nenhum outro trabalho antigo não canônico influenciou tanto o mundo judeu do primeiro século quanto o de Enoque.

2Com seu interesse no sofrimento, no mal, nos demônios e no Juízo Final, Enoque ajuda a preencher a lacuna na vida e no pensamento entre Malaquias e Mateus.

Além disso, Enoque fornece ao mundo moderno insights sobre um período tumultuado na história judaica. 

Classificação

Embora muitos livros possam ser classificados facilmente até a data e a origem exatas, Enoque surge como um trabalho composto em cinco seções da mão de pelo menos cinco autores. As seções são:

– O Livro dos Vigilantes (1-36),
– * As similitudes de Enoque (33-71),
– O Livro das Luminárias Celestes (72-82),
– O livro das visões dos sonhos (83-90),
– e a epístola de Enoque (91-105)
com os capítulos 106-108 formando um epílogo.

Vários autores, por si só, tornam a tarefa de identificação muito mais difícil. Entretanto, mesmo com inúmeros autores, o livro de Enoque ainda mostra uma unidade interna maciça com seus temas de julgamento vindouro, dualismo e salvação. 

Ocasião

Embora alguns possam argumentar, 3 todas as seções de 1 Enoque parecem vir de tempos de dificuldades e perseguições. 4

Primeiro Enoque 9:10 e 12:7 indicam que os autores conheciam o problema e a perseguição. Alguns dos prováveis ​​momentos de dificuldade incluem as Guerras de Diadochi de Alexandre (Observadores) e a revolta dos Macabeus (Sonho Visões).

Além disso, a Epístola de Enoque com suas advertências aos “filhos de Enoque” parece ser uma polêmica contra os judeus apóstatas. No entanto, outros sugerem que “Enoque” escreveu em resposta ao sofrimento em geral. 5

Enoque agora se destaca como uma coleção de tentativas de resolver os enigmas da natureza e das escrituras vistas no sofrimento e no caos.

Todos os autores parecem vir de um grupo que analisou os problemas teológicos, tentando relacionar as Escrituras com os dilemas existenciais da vida. 6

Enoque, como outras obras apocalípticas, encoraja seus leitores a perseverar na vida presente, prometendo-lhes que Deus julgará os iníquos e abençoará os justos – lembrando-lhes como o sofrimento deles não durará para sempre.

Assim como 2 Pedro 3:2-10, Enoque adverte seus leitores que o próximo julgamento dos ímpios é tão certo quanto o julgamento anterior do Dilúvio.

Assim como Deus salvou Noé e sua família, Ele também preservará os fiéis no julgamento final. 

Fatores na consideração da canonicidade de 1 Enoque

A Igreja primitiva não colocou livros no cânon a esmo. Eles examinaram cada livro e o colocaram com base em alguns fatores. 7

– Os livros do Novo Testamento tinham que vir do círculo apostólico do primeiro século – ou um apóstolo, companheiro de um apóstolo, ou indivíduo qualificado (como um irmão de Jesus).
– Eles não podiam conter ensinamentos que contradiz a doutrina ortodoxa.
– A pessoa nomeada como autor deve ser o autor. 8
– O livro deve demonstrar inspiração do Espírito Santo. Com certeza o mais difícil de determinar, a inspiração continua sendo o fator final.

Felizmente, a comunidade de fé percebeu falhas de Enoque em vários pontos ao longo desses testes.

Obviamente, nenhum apóstolo ou companheiro escreveu Enoque, de modo que não poderia ser colocado no Novo Testamento.

Enquanto o gênero do livro antigo quase exigia escrever sob um autor desconhecido, esse fato serviu como outro problema para a Igreja primitiva.

Contudo, mesmo se tudo isso pudesse ser superado, Enoque ainda contradizia a doutrina aceita.

Enoque contém numerosas diferenças doutrinárias com o cânon. Quase no início do livro, Enoque coloca a culpa pelo dilúvio de Gênesis e pela introdução do mal no mundo a um grupo, a quem ele chama de “Vigilantes” em vez de humanos, como fazem Gênesis 1 e 6 (1 Enoque 7-8). 9

Infelizmente, as aberrações doutrinárias de Enoque não terminam aí.

Mais importante ainda, as visões de Enoque sobre a salvação mantiveram-na fora do cânon.

A salvação vem para aqueles que leem o livro e prestam atenção aos segredos celestiais e não a outros. 10

Enoque apresenta um Deus tão distante que Ele requer que os anjos não caídos o informem sobre os eventos na terra.

Como seria de se esperar com tal Deus, o livro diz muito pouco sobre o tema central das Escrituras – como o Deus santo pode transformar seres humanos pecadores em seres justos. 11

De fato, Enoque apresenta a salvação de maneira semelhante aos gnósticos dos séculos posteriores.

Por outro lado, as obras canônicas do Novo Testamento ensinam sobre o poder transformador de Deus e seu desejo de salvar os pecadores arrependidos.

A falta de inspiração determinou a exclusão de Enoque do cânon da igreja. Embora nenhum fator possa ser dito para demonstrar inspiração, qualquer um dos vários fatores pode demonstrar a falta de inspiração. 

Uma das poucas exceções

Para uma das poucas exceções, veja 1 Enoque 90:35-38 (do Livro das Visões dos Sonhos) onde aqueles judeus (ovelhas cegas) e gentios (animais selvagens) que veem o Messias (um touro branco) se transformam em Sua imagem.

As imagens neste “Apocalipse Animal” marcam uma das mais belas descrições da obra transformadora do Messias na literatura judaica não canônica. 


Trabalhos citados

1 JC Greenfield e ME Stone, “Os Livros e as Tradições de Enoch”, Numen 26 (Fasc. 1), 89-103.

2 Margaret Barker, Profeta Perdido (Nashville, Tennessee: Abingdon Press, 1988), p. 105. No entanto, Barker apresenta Enoch como tendo tal influência que quase todas as passagens do Novo Testamento mostram traços da teologia de Enoque. Compare com a visão de DS Russell, Divine Divulgação (Minneapolis: Fortress Press, 1992), xiv.

3 Burkitt, ( Apocalypses judaico e cristão ), 33 diz que os autores tiveram muito tempo para contemplar a vida e não se preocupar com a perseguição.

4 HH Rowley, A Relevância de Apocalíptico (New York: Association Press, 1964), 96.

5 JC Thom, “Aspectos da Forma Significado e Função do Livro dos Observadores” em Neotestamentica 17 (1983), 47.

6 Leonhard Rost, Judaísmo Fora do Cânon Hebraico: Uma Introdução aos Documentos (Nashville, Tennessee: Parthenon Press, 1971), p. 140; Julio Trebolle Barrera, A Bíblia judaica e a Bíblia cristã (Grand Rapids, Michigan: Eerdman’s, 1998), 195.

7 James A. Sanders, Canon e Comunidade (Filadélfia, Pensilvânia: Fortress Press, 1984), 28.

8 Critérios extraídos de RT Beckwith, “O Cânon das Escrituras” em Novo Dicionário de Teologia Bíblica , 30 e Bruce, O Cânon das Escrituras , 261.

9 Contudo, contraste 1 Enoque 32: 3-6 onde Enoque vê a Árvore do Conhecimento no Jardim do Éden, e embora ele a veja como desejável, seu anjo guia lhe diz que a mesma árvore resultou em Adão e Eva sendo expulsos do Jardim. Talvez o autor seja mais ortodoxo do que alguns acreditam.

11 PGR de Villiers, “Revelando os Segredos” em Neotestamentica 17 (1983), 55 e 59.


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18 de julho de 2017

Por que os apócrifos não foram incluídos na Bíblia?





A bíblia utilizada por nós, protestantes, possui 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento; todos esses livros são divinamente inspirados por Deus. Porém, durante a história do povo de Deus houve várias tentativas de incluir outros livros no Cânon Sagrado, os Apócrifos.

Apócrifo significa algo oculto, algo que não está em devida clareza; os livros apócrifos não foram incluídos justamente por não apresentar a iluminação divina acerca dos mesmos. Esses livros possuem divergências e discordâncias, ensinam doutrinas errôneas contrárias às Escrituras, e principalmente: não possuem o caráter divino. Podem ser lidos como materiais históricos, seus textos possuem uma lógica, contudo não possuem a autoridade para integrar o Cânon Sagrado.

No livro utilizado como base para este artigo,‘’ Evidência que exige um veredito: evidências históricas da fé cristã’’, o autor explica perguntas que eram feitas em alguns concílios a fim de constatar se o livro pertencia ao Cânon ou não:

a) Revela Autoridade? – Ou seja, veio da parte de Deus? b) É profético? – Foi escrito por um homem de Deus? c) É autêntico? – Qual a validade? d) É dinâmico? – Veio acompanhado do poder divino de transformação de vidas? e) Foi aceito, guardado, lido e usado? – Foi recebido pelo povo de Deus?

Eis acima o problema dos apócrifos, alguns podem até possuir uma intencionalidade filosófica ou reflexiva, mas não atendem às perguntas acima. Mesmo que um texto seja bem elaborado, não ter sido escrito por um homem de Deus, não apresentar transformação de vidas e não ser divinamente inspirado já são motivos suficientes para a não-inclusão no Cânon. Receber uma mensagem além da que foi pregada é anátema (Gálatas 1:8).

No Novo Testamento, além dessas perguntas, para atestar que um livro deveria ser incluído no Cânon, deveria ser observado se o livro foi escrito por um apóstolo ou por alguém que teve um contato direto com o mesmo. Isso ocorreu porque foi por meio do Espírito Santo que os apóstolos conduziram o povo acerca da Verdade (João 16:13). Tudo o que precisava ser escrito já foi. Podemos escrever livros, ensaios, comentários, artigos, etc., entretanto, esses textos não terão a Autoridade que a bíblia tem.

Cânon significa ‘’cana’’, ‘’junco’’. O junco era usado como instrumento de medidas, com ele era possível medir algo. No que tange à aplicação nas Escrituras, o cânon significa o padrão de Deus. Ou seja, é o livro padrão, que contém a mensagem padrão de Deus. Somos nós que devemos nos sujeitar a esse padrão, e não esse padrão a nós.

Para a Igreja Apostólica Romana, a bíblia possui mais do que 66 livros. Eles incluíram o que conhecemos por apócrifos. Você perceberá que na bíblia de um protestante o livro de Daniel vai até o capítulo 12, já na do católico vai até o 14. Além dos capítulos de acréscimos, outros livros foram adicionados. Tudo o que foi incluído resulta de uma tentativa de adicionar à mensagem bíblica livros que complementassem a Palavra de Deus, e também pelo fato da Igreja Católica considerar que a mesma está acima das Escrituras por causa da sua tradição interpretativa, interpretação essa que gera abertura para idolatria, tratar um ser humano como divindade, abordar que a salvação é pelas obras, e que a pedra angular sob qual a igreja foi fundada seria Pedro e não Jesus, dentre outros assuntos.
‘’ Deve-se ter mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de Escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio.’’ (Livro Evidência que exigem Veredito)
Lembremos do que foi dito em Apocalipse (22: 18-19) acerca de qualquer tentativa de retirar ou acrescentar algo ao livro da Revelação, que menciona que Deus lhes dará flagelos e tirará sua parte na árvore da vida. Embora isso tenha sido sobre o último livro da bíblia, isso nos adverte sobre qualquer tentativa de alterar as Escrituras Sagradas.
‘’Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.’’ (2 Timóteo 3:16-17)


Fonte: http://reformai.com/por-que-os-apocrifos/

26 de março de 2017

O que são os livros apócrifos e quais são eles? Devemos lê-los?


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Caro leitor, realmente esse tema dos livros chamados apócrifos causa muita confusão na mente das pessoas, pois são livros considerados não inspirados por Deus. Para esclarecer um pouco essa questão, farei um estudo completo abaixo sobre esse tema, baseado em suas perguntas:
 
O que são os livros apócrifos?

(1) A palavra apócrifo, de origem grega, significa “coisas ocultas” e aponta para escritos sem autenticidade. É uma referência aos livros que são apontados como não inspirados, ou seja, livros que não devem ser estudados como se tivessem sido inspirados por Deus. Aqui nós temos uma diferença bem grande entre o que evangélicos e católicos pensam quanto a esses livros.

Os apócrifos na visão dos católicos

(2) Para os católicos, aqueles livros que não eram aceitos como inspirados pelos judeus da palestina, ou seja, que não fazem parte da Bíblia judaica, eles os consideram como uma espécie de segunda leva de livros inspirados por Deus. Por isso, os chamam de deuterocanônicos (pertencentes ao segundo cânon). Esses livros são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico ou Sirácida, Baruque, Epístola de Jeremias, Primeiro e Segundo Macabeus e os acréscimos a Ester (Ester Grego) e a Daniel (A Oração de Azarias, A Canção dos Três Jovens e as histórias de Suzana e de Bel e do Dragão). Assim, para os católicos, esses livros acima, mesmo não constando na Bíblia judaica, são inspirados e os outros que existem (veja no ponto 4) são os que eles chamam de apócrifos (sem autenticidade).

Os apócrifos na visão dos evangélicos

(3) Já para os evangélicos todos esses livros adicionais que os católicos chamam de deuterocanônicos são considerados como apócrifos e ainda todos os outros que também os católicos consideram apócrifos (veja no ponto 4). Os evangélicos consideram que se os judeus, que receberam as primeiras revelações de Deus, consideram esses livros como não inspirados e não os incluíram na Bíblia judaica, essa decisão merece ser considerada, pois foi fruto de centenas de anos de estudo e considerações sobre o texto sagrado de um povo que foi guardião das revelações de Deus durante séculos.

Quantos livros apócrifos existem?

(4) Para se ter uma ideia, a quantidade de livros apócrifos é quase infinita. Abaixo citarei alguns dos mais famosos, porém, temos centenas de apócrifos conhecidos: O pastor de Hermas, Epístola de Barnabé, o Apocalipse de Pedro, Didaque, 1 Clemente, Laodicenses, Apocalipse das Semanas de Enoch, Proto Evangelho Segundo Tiago, Atos de João, A infância de Cristo Segundo Pedro, A Infância de Cristo Segundo Tomé, José o Carpinteiro, A Sophia de Jesus Cristo, Epístola a Diogneto, Cartas do Senhor, Ciclo de Pilatos, Declaração de José de Arimateia, Agrapha extra-evangelho, Evangelho Segundo Bartolomeu, O Evangelho de Felipe, O evangelho de Judas, O evangelho de Maria Madalena, O evangelho de Nicodemus, Descida de Cristo ao inferno, O evangelho segundo Pedro, Evangelho segundo Tomé, o Dídimo, O hino da Pérola, Manuscritos de Qumran (Mar Morto), O primeiro livro de Adão e Eva, Livro de Melquisedeque, Oração de Manassés, Salmo 151, Salmos de Salomão, etc. E nessa lista, segundo a visão evangélica, ainda se incluem todos os livros que os católicos incluíram em sua Bíblia (veja no ponto 2) e que nós consideramos como não inspirados.

Por que evangélicos não aceitam os apócrifos

(5) Um fato interessante sobre os apócrifos é que grande parte deles era escrito por autores que não revelavam seus nomes, antes, usavam nomes de personagens famosos dos livros que já eram considerados verdadeiros para dar “poder” aos seus escritos e chamar a atenção. Mas a natureza de seus conteúdos, a forma de escrita e outros detalhes adicionais, davam total possibilidade dos estudiosos escribas identificarem esses fatos e os rejeitarem como verdadeiros. Os evangélicos seguem o cânon judaico que não só rejeita os livros que a Bíblia católica tem a mais, mas também todos os outros que foram escritos tanto antes quanto depois de Cristo e que, claramente, contém erros grosseiros.

(6) Para não alongar muito o estudo, vou deixar apenas como exemplo algumas heresias de um dos apócrifos mais famosos, 2 Macabeus:
a) A oração pelos mortos: “Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até à morte, então esse é um pensamento santo e piedoso. Por isso, mandou oferecer um sacrifício pelo pecado dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado” (2 Macabeus 12:44-46).
b) Culto e missa pelos mortos (2 Macabeus 12:43)
c) O próprio autor não se julga inspirado (2 Macabeus 15:38-40; 2:25-27)
(6) E por fim, posso dizer que os apócrifos podem sim ser estudados com o fim de sabermos de fatos históricos de suas épocas, bem como de informações importantes que aconteceram. Eles estão recheados de história. Porém, devem ser lidos sempre com a ideia clara de que aquilo que mencionam não é considerado de fato inspirado por Deus e, por isso, eles não gozam do mesmo peso dos livros considerados canônicos (inspirados pelo Senhor).


https://www.esbocandoideias.com/2017/03/livros-apocrifos.html#sthash.3Umg6Fu4.dpuf


O que são os livros apócrifos e quais são eles? Devemos lê-los?

Postado por Presbítero André Sanchez, em #VocêPergunta | Imprimir Imprimir
Antes de você ler o estudo, responda a uma pergunta rápida: Você quer estudar a Bíblia com o presbítero André Sanchez de Gênesis a Apocalipse, aí no conforto do seu lar, em vídeo-aulas, de seu computador, tablet ou celular? Clique aqui e saiba comoVocê Pergunta: Gostaria de saber um pouco mais sobre os livros apócrifos. Por que alguns livros da Bíblia são aceitos e outros não. Quem é que determina que um livro é inspirado e outro não? E quais seriam os livros apócrifos que temos hoje em dia? Devemos ler esses livros ou eles têm muitas heresias que podem atrapalhar a nossa fé?
Caro leitor, realmente esse tema dos livros chamados apócrifos causa muita confusão na mente das pessoas, pois são livros considerados não inspirados por Deus. Para esclarecer um pouco essa questão, farei um estudo completo abaixo sobre esse tema, baseado em suas perguntas:
O que são os livros apócrifos e quais são eles? Devemos lê-los?

O que são os livros apócrifos?

(1) A palavra apócrifo, de origem grega, significa “coisas ocultas” e aponta para escritos sem autenticidade. É uma referência aos livros que são apontados como não inspirados, ou seja, livros que não devem ser estudados como se tivessem sido inspirados por Deus. Aqui nós temos uma diferença bem grande entre o que evangélicos e católicos pensam quanto a esses livros.

Os apócrifos na visão dos católicos

(2) Para os católicos, aqueles livros que não eram aceitos como inspirados pelos judeus da palestina, ou seja, que não fazem parte da Bíblia judaica, eles os consideram como uma espécie de segunda leva de livros inspirados por Deus. Por isso, os chamam de deuterocanônicos (pertencentes ao segundo cânon). Esses livros são: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico ou Sirácida, Baruque, Epístola de Jeremias, Primeiro e Segundo Macabeus e os acréscimos a Ester (Ester Grego) e a Daniel (A Oração de Azarias, A Canção dos Três Jovens e as histórias de Suzana e de Bel e do Dragão). Assim, para os católicos, esses livros acima, mesmo não constando na Bíblia judaica, são inspirados e os outros que existem (veja no ponto 4) são os que eles chamam de apócrifos (sem autenticidade).

Os apócrifos na visão dos evangélicos

(3) Já para os evangélicos todos esses livros adicionais que os católicos chamam de deuterocanônicos são considerados como apócrifos e ainda todos os outros que também os católicos consideram apócrifos (veja no ponto 4). Os evangélicos consideram que se os judeus, que receberam as primeiras revelações de Deus, consideram esses livros como não inspirados e não os incluíram na Bíblia judaica, essa decisão merece ser considerada, pois foi fruto de centenas de anos de estudo e considerações sobre o texto sagrado de um povo que foi guardião das revelações de Deus durante séculos.

Quantos livros apócrifos existem?

(4) Para se ter uma ideia, a quantidade de livros apócrifos é quase infinita. Abaixo citarei alguns dos mais famosos, porém, temos centenas de apócrifos conhecidos: O pastor de Hermas, Epístola de Barnabé, o Apocalipse de Pedro, Didaque, 1 Clemente, Laodicenses, Apocalipse das Semanas de Enoch, Proto Evangelho Segundo Tiago, Atos de João, A infância de Cristo Segundo Pedro, A Infância de Cristo Segundo Tomé, José o Carpinteiro, A Sophia de Jesus Cristo, Epístola a Diogneto, Cartas do Senhor, Ciclo de Pilatos, Declaração de José de Arimateia, Agrapha extra-evangelho, Evangelho Segundo Bartolomeu, O Evangelho de Felipe, O evangelho de Judas, O evangelho de Maria Madalena, O evangelho de Nicodemus, Descida de Cristo ao inferno, O evangelho segundo Pedro, Evangelho segundo Tomé, o Dídimo, O hino da Pérola, Manuscritos de Qumran (Mar Morto), O primeiro livro de Adão e Eva, Livro de Melquisedeque, Oração de Manassés, Salmo 151, Salmos de Salomão, etc. E nessa lista, segundo a visão evangélica, ainda se incluem todos os livros que os católicos incluíram em sua Bíblia (veja no ponto 2) e que nós consideramos como não inspirados.

Por que evangélicos não aceitam os apócrifos

(5) Um fato interessante sobre os apócrifos é que grande parte deles era escrito por autores que não revelavam seus nomes, antes, usavam nomes de personagens famosos dos livros que já eram considerados verdadeiros para dar “poder” aos seus escritos e chamar a atenção. Mas a natureza de seus conteúdos, a forma de escrita e outros detalhes adicionais, davam total possibilidade dos estudiosos escribas identificarem esses fatos e os rejeitarem como verdadeiros. Os evangélicos seguem o cânon judaico que não só rejeita os livros que a Bíblia católica tem a mais, mas também todos os outros que foram escritos tanto antes quanto depois de Cristo e que, claramente, contém erros grosseiros.
(6) Para não alongar muito o estudo, vou deixar apenas como exemplo algumas heresias de um dos apócrifos mais famosos, 2 Macabeus:
a) A oração pelos mortos: “Se não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na batalha, seria coisa inútil e tola rezar pelos mortos. Mas, considerando que existe uma bela recompensa guardada para aqueles que são fiéis até à morte, então esse é um pensamento santo e piedoso. Por isso, mandou oferecer um sacrifício pelo pecado dos que tinham morrido, para que fossem libertados do pecado” (2 Macabeus 12:44-46).
b) Culto e missa pelos mortos (2 Macabeus 12:43)
c) O próprio autor não se julga inspirado (2 Macabeus 15:38-40; 2:25-27)
(6) E por fim, posso dizer que os apócrifos podem sim ser estudados com o fim de sabermos de fatos históricos de suas épocas, bem como de informações importantes que aconteceram. Eles estão recheados de história. Porém, devem ser lidos sempre com a ideia clara de que aquilo que mencionam não é considerado de fato inspirado por Deus e, por isso, eles não gozam do mesmo peso dos livros considerados canônicos (inspirados pelo Senhor).
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