O
fato de novo testamento citar várias vezes outros livros do antigo
testamento grego não prova de forma alguma que os livros deutorocanônicos, que ele contém sejam inspirados. Não é sequer um fato
comprovado que a septuaginta do século 1° contivesse apócrifos.Os
incluídos datam do século 4°. Mesmo que esses escritos estivessem na
septuaginta nos tempos apostólicos,Jesus e os apóstolos jamais os teria
citado apesar de supostamente estarem incluídos na mesma versão do
antigo testamento geralmente citada. Até as notas da(New América
bible(nab)admitem de forma reveladora que os apócrifos são livros
religiosos usados por Judeus e católicos que não foram incluídos na
coleção de escritos inspirados. Pelo contrário, foram introduzidos bem
mais tarde na coleção da biblía. Os católicos os chamam livros"deuterocanônicos", segundo canon.
Em resumo, a igreja cristã, incluindo Anglicanos, Luteranos e Reformados, rejeitou os livros deuterocanônicos como parte do canon. Eles fazem isso porque lhes falta o fator determinante primário da canocidade: os livros apócrifos não têm evidência de que foram escritos por profetas escolhidos por Deus. Outra evidência é encontrada no fato de que os livros apócrifos jamais foram citados como autoridade nas Escrituras do novo testamento, nem fizeram parte do cânon judaico, e a igreja primitiva nunca os aceitou como inspirados.(notas enc.apologética,Normam G.pp.54).
Biblia Católica ou Protestante?
Livros Apócrifos
"Por
que razão a Bíblia católica tem 73 livros, quando a protestante tem
apenas 66? Qual delas é a certa?" O Novo Testamento, tanto nas bíblias
católicas como nas protestantes, não apresenta qualquer diferença
quanto à quantidade de livros. Todavia, o mesmo não ocorre com o Velho
Testamento, pelas razões seguintes:
1) Segundo o concilio de Rabinos de Jâmnia, realizado entre 90 e 100 d.C, o V. T. constitui-se apenas de 39 livros constantes das bíblias evangélicas, mas a Igreja Católica Romana, no Concilio de Trento (1546) resolveu afirmar solenemente a canonicidade dos apócrifos (livros completos e aditamentos),b) Em virtude de ter aceito muitas inovações doutrinárias, o catolicismo romano foi obrigado afastar-se da Bíblia. O rompimento não foi imediato, mas gradativo: Jerônimo e Crisóstomo insistiram na leitura da Bíblia. Agostinho considerava as traduções dela um meio abençoado de pregar a Palavra de Deus entre as nações. Gregório I recomendou a sua leitura. As restrições começaram com Hildebrando, que proibiu aos boêmios a leitura da Bíblia. Inocêncio III, em 1215, impediu o povo de ler a Palavra de Deus em sua língua materna, mas somente em latim, língua conhecida apenas por alguns eruditos. Clemente XI condenou a leitura da Bíblia pelos leigos, etc.
2) O Concilio Tridetino foi um dos pontos salientes da Contra-Reforma Católica. Com o progresso do protestantismo, a Bíblia foi colocada nas mãos do povo. que percebia claramente, na sua leitura, o quanto o romanismo afastara-se da sã doutrina apostólica. O clero romano pressionado e desafiado a sustentar na Palavra de Deus suas doutrinas foi forçado a aceitar uma autoridade religiosa - a tradição - e canonizar os apócrifos, nos quais muitos dos falsos dogmas poderiam ser sustentados,
3) A própria canonização constitui a maior prova de que tais livros, até o Concilio de Trento (1546) não eram considerados, mesmo pelos católicos, como escritos sob inspiração divina. Os motivos da rejeição de tais livros por parte dos rabinos judeus, são: porque tinham sido escritos depois de Esdras e Neemias (Eclesiástico e I Macabeus). quando se cria que a inspiração havia cessado; porque foram escritos em grego ou. pelo menos, por se desconhecer seu possível original hebraico (Sabedoria e 2 Macabeus); porque seu texto hebraico (ou aramaico) estava perdido na ocasião do Concilio (Judite, Tobias, Baruc).
4) Em conclusão, a Bíblia certa é aquela traduzida por entidades fiéis ao texto sagrado, descomprometidas com o falso ecumenismo ou seitas heréticas; é aquela que não apresenta livros e aditamentos espúrios, e nem mesmo anotações capciosas tendentes a desviar o leitor da sã doutrina da Palavra de Deus. Contudo, muitos católicos sinceros, ao examinarem humildemente o texto sagrado de suas próprias Bíblias, encontraram nele a orientação segura para o único caminho de salvação, Jesus Cristo, e hoje servem ao Mestre nas diversas denominações evangélicas.(notas,a biblia responde,edições cpad,1985).
1. A palavra Apócrifo, do grego apokrypha, escondido, nome
usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos
secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3)
documentos não canônicos.
2. Os livros apócrifos do Antigo Testamento (A.T.)
Estes
não faziam parte do Cânon hebraico, mas todos eram mais ou menos
aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros
lugares; e alguns são citados no Talmude. Esses livros, a exceção de 2
Esdras, Eclesiástico, Judite, Tobias, e 1 dos Macabeus, foram
primeiramente escritos em grego, mas o seu conteúdo varia em diferentes
coleções.
Eis os livros apócrifos pela sua ordem usual:
I (ou III) de Esdras: é simplesmente a forma grega de Ezra, e o livro
narra o declínio e a queda do reino de Judá desde o reinado de Josias
até à destruição de Jerusalém; o cativeiro de Babilônia, a volta dos
exilado, e a parte que Esdras tomou na reorganização da política
judaica. Em certos respeitos, amplia a narração bíblica, porém estas
adições são de autoridade duvidosa. O historiador Josefo é o continuador
de Esdras. Ignora-se o tempo em que foi escrito e quem foi o meu autor.
II (ou IV) de Esdras: Este
livro tem estilo inteiramente diferente de 1º de Esdras. Não é
propriamente uma história, mas sim um tratado religioso, muito no estilo
dos profetas hebreus. O assunto central, compreendido nos caps. 3-14,
tem como objetivo registrar as sete revelações de Esdras em Babilônia,
algumas das quais tomaram a forma de visões: a mulher que chorava, 9.38,
até 10.56; a águia e o leão, 11.1 até 12.39; o homem que se ergueu do
mar, 13.1-56. O autor destes capítulos é desconhecido, mas evidentemente
era judeu pelo afeto que mostra a seu povo. (A palavra Jesus, que se
encontra no cap. 7.28, não está nas versões orientais.)
A visão da águia, que é expressamente baseada na profecia de Daniel (2º
Esdras 12.11), parece referir ao Império Romano, e a data de 88 A.D.
até 117 A.D. é geralmente aceita. Data posterior ao ano 200 contraria as citações do v. 35cap. 5 em grego por Clemente de Alexandria com o Prefácio: “Assim diz o profeta Esdras.” Os primeiros dois
e os últimos dois capítulos de 2º Esdras, 1 e 2, 15 e 16 são aumentos;
não se encontram nas versões orientais, nem na maior parte dos
manuscritos latinos. Pertencem a uma data posterior à tradução dos
Setenta que já estava em circulação, porquanto os profetas menores já
aparecem na ordem em que foram postos na versão grega, 2º Esdras, 1.39,
40. Os dois primeiros capítulos contêm abundantes reminiscências do Novo
Testamento e justificam a rejeição de Israel e sua substituição pelos
Gentios, 2º Esdras, 1.24,25,35-40; 2.10,11,34), e, portanto, foram
escritos por um cristão, e, sem dúvida, por um judeu cristão.
Tobias: Este
livro contém a narração da vida de certo Tobias de Neftali, homem
piedoso, que tinha um filho de igual nome, O pai havia perdido a vista. O
filho, tendo de ir a Rages na Média, para cobrar uma dívida,
foi levado por um anjo a Ecbatana, onde fez um casamento romântico com
uma viúva que, tendo-se casado sete vezes, ainda se conservava virgem.
Os sete maridos haviam sido mortos por Asmodeu, o mau espírito nos dias
de seu casamento. Tobias, porém, foi animado pelo anjo a tornar-se o
oitavo marido da virgem-viúva, escapando à morte, com a queima de fígado
de peixe, cuja fumaça afugentou o mau espírito. Voltando, curou a
cegueira de seu pai esfregando-lhe os escurecidos olhos com o fel do
peixe que já se tinha mostrado tão prodigioso. O livro de Tobias é
manifestamente um conto moral e não uma história real. A data mais
provável de sua publicação é 350 ou 250 a 200 A.C.
Judite: E
a narrativa, com pretensões a história, do modo por que uma viúva
judia, de temperamento masculino, se recomendou às boas graças de
Holofernes, comandante-chefe do exército assírio, que sitiava Betúlia.
Aproveitando-se de sua intimidade na tenda de Holofernes, tomou da
espada e cortou-lhe a cabeça enquanto ele dormia. A narrativa está cheia
de incorreções, de anacronismos e de absurdos geográficos. É mesmo para
se duvidar que exista alguma cousa de verdade; talvez que o seu autor
se tenha inspirado nas histórias de Jael e de Sisera, Jz 4.17-22. A
primeira referência a este livro, encontra-se em uma epístola de
Clemente de Roma, no fim do primeiro século. Porém o livro de Judite
data de 175 a 100 A. C., isto é, 400 ou 600 anos depois
dos fatos que pretende narrar. Dizer que naquele tempo Nabucodonosor
reinava em Nínive em vez de Babilônia não parecia ser grande erro, se
não fosse cometido por um contemporâneo do grande rei.
Ester: Acréscimo
de capítulos que não se acham nem no hebreu, nem no caldaíco. O livro
canônico de Ester termina com o décimo capítulo. A produção apócrifa
acrescenta dez versículos a este capitulo e mais seis capítulos, 11-16.
Na tradução dos Setenta, esta matéria suplementar é distribuída em sete
porções pelo texto e não interrompe a história. Amplifica partes da
narrativa da Escritura, sem fornecer novo fato de valor, e em alguns
lugares contradiz a história como se contém no texto hebreu. A opinião
geral é que o livro foi obra de um judeu egípcio que a escreveu no tempo
de Ptolomeu. Filometer, 181-145 A.C.
Sabedoria de Salomão: Este
livro é um tratado de Ética recomendando a sabedoria e a retidão, e
condenando a Iniqüidade e a idolatria. As passagens salientam o pecado e
a loucura da adoração das imagens, lembram as passagens que sobre o
mesmo assunto se encontram nos Salmos e em Isaías (compare: Sabedoria
13.11-19, com Salmos 95; 135.15-18 e Isaias 40.19-25; 44.9-20). É digno
de nota que o autor deste livro, referindo-se a incidentes históricos
para ilustrar a sua doutrina, limita-se aos fatos recordados no
Pentateuco. Ele escreve em nome de Salomão; diz que foi escolhido por
Deus para rei do seu povo, e foi por ele dirigido a construir um templo e
um altar, sendo o templo feito conforme o modelo do
tabernáculo. Era homem genial e piedoso, caracterizando-se pela sua
crença na imortalidade. Viveu entre 150 e 50 ou 120 e 80, A.C. Nunca foi
formalmente citado, nem mesmo a ele se referem os escritores do Novo
Testamento, porém, tanto a linguagem, como as correntes de pensamento do
seu livro , encontram paralelos no Novo Testamento (Sab. 5.18-20; Ef
6.14-17; Sab. 7.26, com Hb 1.2-6 e Sab. 14.13-31 com Rm 1.19-32).
Eclesiástico: também denominado Sabedoria de Jesus, filho de Siraque.
É obra comparativamente grande, contendo 51 capítulos. No capítulo
primeiro, 1-21, louva-se grandemente o sumo sacerdote Simão, filho de
Onias, provavelmente o mesmo Simão que viveu entre 370 - 300, A.C. O
livro deveria ter sido escrito entre 290 ou 280 A.C., em língua
hebraica. O seu autor, Jesus, filho de Siraque de Jerusalém, Eclus 1.27,
era avô, ou, tomando a palavra em sentido mais lato, antecessor remoto
do tradutor. A tradução foi feita no Egito no ano 38, quando Evergeto
era rei. Há dois reis com este nome, Ptolonmeu III, entre 247 a 222
A.C., e Ptolomeu Fiscom, 169 a 165 e 146 a 117 A.C. O grande assunto da
obra e a sabedoria. É valioso tratado de Ética. Há lugares que fazem
lembrar os livros de Provérbios, Eclesiastes e porções do livro de Jó,
das escrituras canônicas, e do livro apócrifo, Sabedoria de Salomão. Nas
citações deste livro, usa-se a abreviatura Eclus, para não confundir
com Ec abreviatura de Eclesiastes.
Baruque: Baruque
era amigo do Jeremias. Os primeiros cinco capítulos do seu livro
pertencem à sua autoria, enquanto que o sexto é intitulado “Epístola de
Jeremias.” Depois da introdução, descrevendo a origem da obra, Baruque
1.1,14, abre-se o livro com três divisões, a saber:
1) Confissão dos pecado. de Israel e orações, pedindo perdão a Deus, Baruque 1.15, até 3.8. Esta parte revela ter sido escrita em hebraico, como bem o indica a introdução, cap. 1:14. Foi escrita 300 anos A.C.
2) Exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, 3.9 até 4.4.
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas seções parece que foram escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta. Há dúvidas, quanto à semelhança entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança dá a entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito depois do ano 70, A.D., ou então, que ambos os escritos são moldados pela versão dos Setenta. A epístola de Jeremias exorta ou judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 100 anos A.C.
1) Confissão dos pecado. de Israel e orações, pedindo perdão a Deus, Baruque 1.15, até 3.8. Esta parte revela ter sido escrita em hebraico, como bem o indica a introdução, cap. 1:14. Foi escrita 300 anos A.C.
2) Exortação a Israel para voltar à fonte da Sabedoria, 3.9 até 4.4.
3) Animação e promessa de livramento, 4.5 até 5.9. Estas duas seções parece que foram escritas em grego, pela sua semelhança com a linguagem dos Setenta. Há dúvidas, quanto à semelhança entre o cap. 5 e o Salmo de Salomão, 9. Esta semelhança dá a entender que o cap. 5 foi baseado no salmo, e portanto, escrito depois do ano 70, A.D., ou então, que ambos os escritos são moldados pela versão dos Setenta. A epístola de Jeremias exorta ou judeus no exílio a evitarem a idolatria de Babilônia. Foi escrita 100 anos A.C.
Adição à História de Daniel:
O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada a ser Intercalada no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.
A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor mostra como o profeta, habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta mostra o modo por que os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam as viandas oferecidas ao ídolo; e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
O cântico dos três mancebos (jovens): Esta produção foi destinada a ser Intercalada no livro canônico de Daniel, entre caps. 3.23,24. É desconhecido o seu autor e ignorada a data de sua composição. Compare os versículo, 35-68 com o Salmo 148.
A história de Suzana: É também um acréscimo ao livro de Daniel, em que o seu autor mostra como o profeta, habilmente descobriu uma falsa acusação contra Suzana, mulher piedosa e casta. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome de seu autor.
Bel e o dragão: Outra história introduzida no livro canônico de Daniel. O profeta mostra o modo por que os sacerdotes de Bel e suas famílias comiam as viandas oferecidas ao ídolo; e mata o dragão. Por este motivo, o profeta é lançado pela segunda vez na caverna dos leões. Ignora-se a data em que foi escrita e o nome do autor.
Oração de Manassés, rei de Judá quando esteve cativo em Babilônia. Compare, 2º Cr 33.12,13. Autor desconhecido. Data provável, 100 anos A. C.
Primeiro Livro dos Macabeus: E um tratado histórico de grande valor, em que se relatam 05 acontecimentos
políticos e os atos de heroísmo da família levítica dos Macabeus
durante a guerra da lndependência judaica, dois séculos A.C. O autor é
desconhecido, mas evidentemente é judeu da Palestina. Há duas opiniões
quanto à data em que foi escrito; uma dá 120 a 106 A.C., outra, com
melhores fundamentos, entre 105 e 64 A.C. Foi traduzido do hebraico para
o grego.
Segundo Livro dos Macabeus: É
inquestionavelmente um epítome da grande obra de Jasom de Cirene; trata
principalmente da história Judaica desde o reinado de Seleuco IV, até à
morte de Nicanor, 175 e 161 A.C. É obra menos importante que o primeiro
livro. O assunto é tratado com bastante fantasia em prejuízo de seu
crédito, todavia, contém grande soma de verdade. O livro foi escrito
depois do ano 125 A.C. e antes a tomada de Jerusalém, no ano 70 A.D.
Terceiro Livro dos Macabeus: Refere-se
a acontecimentos anteriores à guerra da independência. O ponto central
do livro e pretensão de Ptolomeu Filopater IV, que em 217 A.C. tentou
penetrar nos Santo dos Santos, e a subseqüente perseguição contra os
judeus de Alexandria. Foi escrito pouco antes, ou pouco depois da era
cristã, data de 39, ou 40 A.D.
Quarto Livro dos Macabeus: É
um tratado de moral advogando o império da vontade sobre as paixões e
ilustrando a doutrina com exemplos tirados da história dos macabeus. Foi
escrito depois do 2º Macabeus e antes da destruição de Jerusalém.
É,
talvez, do 1º século d.C. ainda que os livros apócrifos estejam
compreendidos na versão dos Setenta, nenhuma citação certa se faz deles
no Novo Testamento. É verdade que os Pais muitas vezes os citaram
isoladamente, como se fossem Escritura Sagrada, mas, na argumentação,
eles distinguiam os apócrifos dos livros canônicos. S. Jerônimo, em
particular, no fim do 4º século, fez entre estes livros uma claríssima
distinção. Para defender-se de ter limitado a sua tradução latina aos
livros do Cânon hebraico, ele disse: “Qualquer livro além destes deve
ser contado entre os apócrifos. Sto. Agostinho, porém (354-430 à.C.),
que não sabia hebraico, juntava os apócrifos com os canônicos como para
os diferençar dos livros heréticos. Infelizmente, prevaleceram as idéias
deste escritor, e ficaram os livros apócrifos na edição oficial (a
Vulgata) da Igreja de Roma. O Concilio de Trento, 1546, aceitou “todos
os livros... com igual sentimento e reverência”, e anatematizou os que
não os consideravam de igual modo. A Igreja Anglicana, pelo tempo da
Reforma, nos seus trinta e nove artigos (1563 e 1571), seguiu
precisamente a maneira de ver de S. Jerônimo, não julgando os apócrifos
como livros das Santas Escrituras, mas aconselhando a sua leitura “para
exemplo de vida e instrução de costumes”.
3. Livros Pseudo-epígrafos
Nenhum
artigo sobre os livros apócrifos pode omitir estes inteiramente, porque
de ano para ano está sendo mais compreendida a sua importância.
Chamam-se Pseudo-epígrafos, porque se apresentam como escritos pelos
santos do Antigo Testamento. Eles são amplamente apocalípticos; e
representam esperanças e expectativas que não produziram boa influência
no primitivo Cristianismo. Entre eles podem mencionar-se:
Livro de Enoque (etiópico), que é citado em Judas 14. Atribuem-se várias datas, pelos últimos dois séculos antes da era cristã.
Os Segredos de Enoque (eslavo), livro escrito por um judeu helenista, ortodoxo, na primeira metade do primeiro século d.C.
O Livro dos Jubileus (dos israelitas), ou o Pequeno Gênesis,
tratando de particularidades do Gênesis duma forma imaginária e
legendária, escrito por um fariseu entre os anos de 135 e 105 a.C.
Os Testamentos dos Doze Patriarcas: é
este livro um alto modelo de ensino moral. Pensa-se que o original
hebraico foi composto nos anos 109 a 107 a.C., e a tradução grega, em
que a obra chegou até nós, foi feita antes de 50 d.C.
Os Oráculos Sibilinos, Livros
III-V, descrições poéticas das condições passadas e futuras dos judeus;
a parte mais antiga é colocada cerca do ano 140 a.C., sendo a porção
mais moderna do ano 80 da nossa era, pouco mais ou menos.
Os Salmos de Salomão, entre 70 e 40 a.C.
As Odes de Salomão, cerca do ano 100 da nossa era, são, provavelmente, escritos cristãos.
O Apocalipse Siríaco de Baruque (2º Baruque), 60 a 100 a.C.
O Apocalipse grego de Baruque (3º Baruque), do 2º século, a.C.
A Assunção de Moisés, 7 a 30 d.C.
A Ascensão de Isaias, do primeiro ou do segundo século d.C.
4. Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.)
Sob
este nome são algumas vezes reunidos vários escritos cristãos de
primitiva data, que pretendem dar novas informações acerca de Jesus
Cristo e Seus Apóstolos, ou novas instruções sobre a natureza do
Cristianismo em nome dos primeiros cristãos. Entre os Evangelhos
Apócrifos podem mencionar-se:
O Evangelho segundo os Hebreus (há fragmentos do segundo século);
O Evangelho segundo S. Tiaqo, tratando do nascimento de Maria e de Jesus (segundo século);
Os Atos de Pilatos.(Segundo século).
Os Atos de Paulo e Tecla (segundo século).
Os Atos de Pedro (terceiro século).
Epístola de Barnabé (fim do primeiro século).
Apocalipses, o de Pedro (segundo século).
Ainda
que casualmente algum livro não canônico se ache apenso a manuscritos
do N.T., esse fato é, contudo, tão raro que podemos dizer que, na
realidade, nunca se tratou seriamente de incluir qualquer deles no
Cânon.
Dicionário Bíblico Universal
FONTE:
http://avivamentonosul21.comunidades.net/os-livros-apocrifos
Nenhum comentário:
Postar um comentário