A Bíblia
ensina que a astrologia é não somente uma atividade inútil
(sem valor), mas algo tão mau que sua simples presença indica
que o juízo de Deus já ocorreu (Atos 7.42-43). Tanto como filosofia
ou como prática, a astrologia rejeita a verdade relativa ao Deus vivo,
e em seu lugar conduz as pessoas a objetos mortos, como os astros e planetas.
Assim como a Bíblia ridiculariza os ídolos, também o faz
com os astrólogos e suas práticas (Isaías 47.13).
Entretanto,
isto não tem evitado que a maioria dos astrólogos declare que
a Bíblia apóia favoravelmente a astrologia. Jeff Mayo, fundador
da Escola Mayo de Astrologia, declara que "a Bíblia está
cheia de referências astrológicas". Joseph Goodavage, autor
de Astrology: The Space Age Science (Astrologia: A Ciência da Era Espacial)
e Write Your Own Horoscope (Escreva Seu Próprio Horóscopo),
declara que "a Bíblia está cheia da" filosofia da astrologia.[1]
Os astrólogos
"justificam" tais afirmações da mesma maneira que muitas
seitas citam a Bíblia como evidência de seus próprios ensinamentos
falsos e anti-bíblicos. Eles distorcem as Escrituras até ensinarem
algo contrário à Bíblia.[2] Qualquer passagem bíblica
que refute tais ensinos é simplesmente ignorada, mal interpretada, ou
eliminada. Pode-se provar que todo texto bíblico citado pelos astrólogos
para provar que a Bíblia apóia a astrologia foi mal interpretado
ou mal aplicado.[3] Assim como a água e o óleo não se misturam,
a Bíblia e a astrologia são totalmente incompatíveis. Alguns
não-cristãos também admitem que existe "um abismo
ideológico permanente entre ambas as crenças".[4]
Historicamente
o cristianismo tem-se oposto à astrologia por três razões
bíblicas. Primeiro, a Bíblia explicitamente rejeita a astrologia
como uma prática inútil (sem valor). Uma prova disso está
em Isaías 47.13-14, onde Deus afirma: "Ja estás cansada
com a multidão das tuas consultas! Levantem-se pois, agora os que dissecam
os céus e fitam os astros, os que em cada lua nova te predizem o que
há de vir sobre ti. Eis que serão como restolho, o fogo os queimará;
não poderão livrar-se do poder das chamas; nenhuma brasa restará
para se aquentarem, nem fogo para que diante dele se assentem." Aqui
vemos que, em primeiro lugar, Deus condena o conselho dos astrólogos
babilônicos. Em segundo lugar, Deus disse que suas predições
baseadas no movimento dos astros não os salvariam do juízo divino
que se aproximava. Finalmente, Deus disse que o conselho dos astrólogos
não era inútil somente para os outros, mas que nem os salvaria
a eles mesmos (Deuteronômio 4.19; 17.1-5; 18.9-11; 2 Reis 17.16; 23.5;
Jeremias 8.2; 19.13; Ezequiel 8.16; Amós 5.26-27).
A segunda razão
bíblica pela qual o cristianismo tem-se oposto à astrologia é
porque Deus proíbe as práticas ocultas. Basicamente, a astrologia
é uma adivinhação. Esta é definida pelo Webster’s
New Collegiate Dictionary (1961) como "o ato ou prática de prever
ou predizer atos futuros ou descobrir conhecimento oculto". No Webster’s
New World Dictionary (1962), a astrologia é definida como "a
arte ou prática de tentar predizer o futuro ou o conhecimento por meios
ocultos". Por ser uma arte ocultista, Deus condena a adivinhação
como mal e como uma abominação para Ele, dizendo que ela leva
ao contato com maus espíritos chamados de demônios. (Deuteronômio
18.9-13; 1 Coríntios 10.20).
Finalmente,
a Bíblia repudia a astrologia por levar as pessoas à terrível
transferência de sua lealdade ao infinito Deus do Universo para as coisas
que Ele criou. É como dar todo o crédito, honra e glória
às magníficas obras de arte, esquecendo completamente o grande
artista que as produziu. Nenhum astrólogo, vivo ou morto, daria às
pinturas de Rembrandt ou Picasso o mérito que corresponde aos autores,
mas eles o fazem rotineiramente com Deus. Entretanto, Deus é infinitamente
mais digno de honra que os homens, pois é Ele quem fez "os céus
e a terra" e em Suas mãos está a vida de todos os homens
(Gênesis 1.1; Daniel 5.22-23).
O
que têm provado os testes de validade dos signos zodiacais (por exemplo,
se você é de Peixes, Áries ou Leão)?
A astrologia
diz que o signo zodiacal de uma pessoa tem grande importância para determinar
a totalidade de seu caráter. A análise de um pesquisador do conteúdo
da literatura astrológica revela 2.375 adjetivos específicos para
os doze signos zodiacais. Cada signo foi descrito por uns 200 adjetivos (por
exemplo, "Leão" é forte, dominante, rude – um líder
nato; "Touro" é indeciso, tímido, inseguro – não
é líder). Nesse teste, mil pessoas foram examinadas segundo 33
variáveis, incluindo o atrativo físico, a capacidade de liderança,
os traços de personalidade, as crenças sociais e religiosas, etc.
A conclusão foi que este teste falhou em provar qualquer predição
astrológica: "Todos os nossos resultados podem ser atribuídos
ao acaso."[5]
Foi feito outro
teste para descobrir se os planetas influem na compatibilidade do matrimônio,
ou seja, se existe uma indicação significativa do número
de casais que continuaram casados porque seus signos demonstraram ser "compatíveis"?
E os que tinham um signo "incompatível" se divorciaram? O estudo
foi feito com 2.978 casais que se casaram e 478 casais que se divorciaram em
1967 e 1968. Este teste demonstrou que os signos astrológicos não
alteravam significativamente o resultado em qualquer desses grupos. Os nascidos
sob signos "compatíveis" casaram e se divorciaram com a mesma
freqüência do que os nascidos sob signos "incompatíveis".[6]
Os astrólogos
alegam que os cientistas e os políticos são favorecidos por um
ou outro signo zodiacal. Ou seja, que há uma suposta conexão entre
o signo de uma pessoa e suas possibilidades de êxito numa determinada
profissão. Ao investigar esse tema, John McGervy comparou a data de nascimento
de 16.634 cientistas e 6.475 políticos e não encontrou correlação
que substanciasse as afirmações dos astrólogos. Não
pode haver dúvida de que a distribuição de signos nestas
duas atividades foi tão aleatória quanto entre o público
em geral.[7]
Concluindo,
a evidência científica atual mostra que não é válida
a afirmação dos astrólogos de que seu signo influi em sua
vida.
Conclusão
Enquanto a
"luz dos astros" tem trazido dúvida e divisão entre
os próprios astrólogos, e incerteza e frustração
para o povo que anda sem direção, JESUS, o Criador de todos os
astros celestes e de todo o Universo, apresenta-se como a verdadeira Luz do
Mundo e declara que aqueles que O seguirem não mais andarão em
trevas; mas terão a luz da vida (João 8.12).
Aos que estão
buscando direção para suas vidas, Jesus convida: "Vinde
a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei...
e achareis descanso para a vossa alma" (Mateus 11.28-30).
Na Bíblia,
a Palavra de Deus, encontramos revelações claras de que nossas
vidas estão nas mãos de Deus. Davi revela-nos no Salmo 139 que
Deus tudo conhece e que não podemos fugir da presença dEle em
hipótese alguma. Daniel, o profeta, declara ao rei Belsazar: "...Deus,
em cuja mão está a tua vida, e todos os teus caminhos..."
(Daniel 5.23).
Nossas vidas
e nossos caminhos estão nas mãos de Deus! Que consolo e descanso
é sabermos que nossas vidas estão nas mãos desse Deus amoroso!
Para os babilônios, todavia, que se deixavam guiar pelos astros, não
foi assim, conforme lemos em Isaías 47.13-15.
Diante de nós
está a escolha a ser feita: saber o que dizem os astros a meu respeito,
ou saber qual a vontade de Deus para a minha vida. Convém recordarmos
as palavras do apóstolo Paulo na sua Carta aos Romanos: "E não
vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação
da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus" (capítulo 12.2).
(John
Ankerberg e John
Weldon)
Notas:
- Joseph F. Goodavage, Astrology: The Space Age Science (Nova Iorque: Signet, 1967), p. XI.
- Para ilustrações veja James Sire, Scripture Twisting (Downers Grove, IL: InterVarsity, 1982).
- James Bjornstad e Shildes Johnson, Stars Signs and Salvation in the Age of Aquarius (Minneapolis, MN: Bethany, 1971), pp. 36-90.
- Gallant, op. cit., p. 111.
- Ralph Bastedo, "An Empirical Test of Popular Astrology", The Skeptical Inquirer, Vol 3, nº 1, p. 34.
- Kurtz e Fraknoi, "Tests of Astrology Do Not Support Its Claims", The Skeptical Inquirer, Vol. 9, nº 3, p. 211.
- John McGervey, "A Statistical Test of Sun-sign Astrology", The Zetetic, Vol. 1, nº 2, p. 53.
Extraído do livro Os Fatos Sobre a Astrologia
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