Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

12 de novembro de 2012

Teste das três peneiras


Fala-se muito do outro e pouco de si mesmo. A maioria das conversas acaba envolvendo o nome de alguém; é fulano que se separou da esposa, é a mulher que tem um mau gosto para se vestir, é a jovem que gosta de se exibir, é o vizinho antipático ou mesmo o colega de trabalho inconveniente. As desculpas são as mais diversas, o fato é que falando bem ou falando mal sempre estamos reparando na vida do outro. A vida alheia anima as reuniões sociais. No jogo de futebol com os amigos, no salão de cabeleireiro, no churrasco com a família, nos bares, nas festas, nas igrejas, enfim em qualquer reunião social podemos constatar essa afirmação. 
Muitas vezes a história vai sendo divulgada sem que ninguém tenha a preocupação de verificar a sua origem, se os fatos aconteceram realmente como se afirma. Para alguns o mais importante é ser um agente divulgador mesmo que não se tenha certeza dos fatos, a verdade é de pouca importância, às vezes ela é até esquecida outras vezes é totalmente ignorada.
Será que usamos de algum critério antes de divulgar uma notícia sobre alguém? Somos apenas ouvintes ou propagadores de informações que nos foram passadas? A diferença entre o simples comentário sobre uma pessoa e a crítica sobre ela é tênue, por isso é preciso ter um cuidado redobrado. 

Antes de ouvir algo sobre alguém passe primeiro pelo crivo das três peneiras.
Certa vez, Augustus procurou o filósofo Sócrates e disse-lhe:
- Sócrates, preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando Sócrates ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco Augustus. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira, Augustus, é a da VERDADE. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram!
- Então suas palavras já vazaram a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira: a BONDADE. O que vai me contar gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
- Não, Sócrates! Absolutamente, não!
- Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira. Vamos agora para a terceira peneira: a NECESSIDADE.
Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não, Sócrates... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E Sócrates, sorrindo, concluiu:
- Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz!
 É praticamente impossível deixar de comentar algo sobre uma pessoa, então, passemos a comentar apenas coisas que as ajudarão a se tornar pessoas melhores. Que os outros ajam da mesma maneira em relação a nós.

Da próxima vez que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade, Bondade e Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:
Pessoas inteligentes falam sobre idéias,

Pessoas comuns falam sobre coisas,

Pessoas medíocres falam sobre pessoas. (Platão)
Está escrito em Efésios 4.29: “Não saia da vossa boca palavra torpe, e, sim, unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e assim transmita graça aos que ouvem.”

A santificação no falar é uma bênção, pois evita que pequemos contra o Senhor e contra o nosso próximo. Peçamos a Deus toda sabedoria necessária para que possamos abençoar vidas e glorifica-lo por meio do que falamos. Nós todos deveríamos orar como o salmista: “Põe guarda, Senhor, à minha boca. Vigia a porta dos meus lábios”. Sl 141.3 “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” Sl 19.14.


Nenhum comentário:

Postar um comentário