RECONSTRUINDO O CONTEXTO HISTÓRICO DE JESUS CRISTO
"Os quatro
Evangelhos, todos eles, dão-nos o retrato de uma personalidade muito definida,
obrigando-nos a dizer: 'Esse homem existiu. Isso não pode ser
inventado.'"(H. G. Wells)
Antes de começar a reconstruir o
ambiente histórico e todo o contexto da existência de Jesus através de citações
e descobertas arqueológicas, gostaríamos de enfatizar que este personagem real
não somente se mostra completamente comprovado por todas as formas possíveis de
analises como também é um milagre que assim o seja. Pois é difícil procurar
indícios de alguém que não tinha morada fixa ou deixou laços familiares,
emprego, ou mesmo divulgou suas idéias para uma enorme quantidade de pessoas.
Costumamos ouvir de muitos ateus
e céticos a cobrança de registros históricos sobre Jesus no governo romano ou
por parte de inúmeros historiadores.
No entanto devemos lembrar que
Jesus não se tornou conhecido pelo império romano. Na verdade Jesus não visava
destruir o império ou representou qualquer ameaça a Roma.
Por que os historiadores da época
escreveriam sobre um judeu que pregou apenas para um punhado de pessoas e
iniciou um ministério em uma região tão pequena como a Judéia e Samaria dos
gentios?
O que sabemos é que muitos dos
historiadores da época eram historiadores de reis, de imperadores, de impérios
e não lhes cabia escrever sobre um Judeu de origem humilde que tinha o seu
ministério voltado para os pobres, do qual diziam possuir poderes mágicos
conforme os próprios registros do Talmud da época revelam.
É importante lembrar também que o
ministério curto de Jesus que abrangeu um período de cerca de quatro anos não
foi muito significativo para que todos os historiadores da época o notassem. É
claro que após sua morte os milagres e trabalhos missionários dos apóstolos
tornaram sua mensagem uma mensagem pregada praticamente em todo o mundo antigo.
Por estas e outras razões
certamente algumas referências sobre a pessoa histórica de Jesus Cristo nunca
serão encontradas. Mas o fato de não haverem determinadas evidências não nos
cabe afirmar que tal pessoa nunca existiu.
Porém apesar desta
insignificância política ou desta ideologia praticamente invisível na historia,
mesmo assim possuímos todas as evidências históricas e arqueológicas das quais
necessitamos. E por que não dizer ainda mais do precisamos? Para que Jesus
Cristo seja comprovado como um homem e personagem real!
Os indícios sobre Jesus
O contexto histórico dos
primeiros séculos não só está evidenciado em documentos autênticos como também
é plenamente comprovado através da arqueologia.
Graças a estas qualidades incomparáveis
as quais são atribuídas á historia de Cristo ele não poderia nunca ser
comparado com qualquer outro mito, lenda homem ou personagem.
Enquanto deuses gregos, profetas
de outras religiões, lendas de messias e mitos espirituais contam apenas com
registros baseados em crendices que não contém sequer referências históricas,
descobertas arqueológicas ou testemunhas oculares documentadas, Jesus Cristo
não só tem tudo isso, como também as evidências são tão abundantes que
poderíamos reconstruir seu século perfeitamente.
Existe referencias não somente
sobre Jesus, mas também sobre seus discípulos, seus perseguidores ou qualquer
outro personagem histórico ligado a Ele.
A exemplo disso encontramos
inúmeras outras citações aos discípulos de Jesus feitas por historiadores
renomados e dignos de credito os quais narram a trajetória daqueles que
continuaram a obra e mensagem de Jesus.
Referencia de Flávio
Josefo a Tiago irmão do Senhor Jesus
Temos aqui não apenas outra
referência do século I feita a Jesus, mas a confirmação de que tinha um irmão
chamado Tiago que, obviamente, não era benquisto pelas autoridades judaicas.
Poderia ser o caso de Tiago ter sido martirizado por ser ele o líder da igreja
de Jerusalém, como o NT deixa implícito?
Josefo não apenas falou de Jesus
Cristo, mas também mencionou o profeta João Batista. (Antiguidades,20.9.1;
Antiguidades,8.3)
“Vários julgaram que
aquela derrota do exército de Herodes era um castigo de Deus, por causa de João, cognominado Batista. Era um homem de grande piedade, que
exortava os judeus a abraçar a virtude, a praticar a justiça e a receber o
batismo, depois de se terem tornado agradáveis a Deus, não se contentando em só
não cometer pecados, mas unindo a pureza do corpo à pureza da alma. Assim como
uma grande multidão de povo o seguia para ouvir a sua doutrina, Herodes,
temendo que o poder que ele tinha sobre eles viesse a suscitar alguma rebelião,
porque eles estavam sempre prontos a fazer o que ele lhes ordenasse, julgou dever
prevenir o mal para não ter motivo de se arrepender por ter esperado muito para
remediá-lo. Por esse motivo mandou prendê-lo numa fortaleza de Maquera, de que acabamos
de falar, e os judeus atribuíram essa derrota de seu exército a um castigo de
Deus por um ato tão injusto” (Antiguidades Judaicas. Livro XVIII. Capítulo VII. Parágrafo 781)
Em outros escritos Josefo
menciona também uma gama de personagens da época citados também por outros
historiadores e que também vieram a ser confirmados pela arqueologia:
Personagens da época de Jesus Cristo mencionados por historiadores e
textos antigos também comprovados arqueologicamente
|
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Personagem
|
Citação no NT
|
Fonte(s) não-cristã(s)
|
Agripa I
|
At 12.1-24
|
Fílon, Josefo
|
Agripa II
|
At 25.13-26.32
|
Moedas, Josefo
|
Ananias
|
At 23.2; 24.1
|
Josefo
|
Anás
|
Lc3.2; Jo 18.13,24; At4.6
|
Josefo
|
Aretas
|
2Co 11.32,
|
Josefo
|
Berenice (mulher de Caifás
|
At 25.13
|
Josefo
|
Agripa lI)
|
Várias citações
|
Ossuário, Josefo
|
César Augusto
|
Lc 2.1
|
Josefo e outros
|
Cláudio
|
At 11.28; 18.2
|
Josefo
|
Drusila (esposa de Félix)
|
At 24.24
|
Josefo
|
Erasto
|
At 19.22
|
Inscrição
|
Falso profeta egípcio
|
At 21.38
|
Josefo
|
Félix
|
At 23.24-25.14
|
Tácito, Josefo
|
Filha de Herodias (Salomé)
|
Várias citações
|
Josefo
|
Gálio
|
At 18.12-17
|
Inscrição
|
Gamaliel
|
At 5.34; 22.3
|
Josefo
|
Herodes Antipas
|
Mt 14.1-12; Mc 6.14-29;
Lc 3.1; 23.7-12
|
Josefo
|
Herodes Arquelau
|
Mt 2.22
|
Josefo
|
Herodes Filipe I
|
Mt 14.3; Mc 6.17
|
Josefo
|
Herodes Filipe 11
|
Lc 3.1
|
Josefo
|
Herodes, o Grande
|
Mt 2.1-19; Lc 1.5
|
Táciro, Josefo
|
Herodias
|
Mr 14.3; Mc 6.17
|
Josefo
|
João Batista
|
Várias citações
|
Josefo
|
Judas, o galileu
|
Ar 5.37
|
Josefo
|
Lisânias
|
Lc 3.1
|
Inscrição, Josefo
|
Pilatos
|
Várias citações
|
Inscrição, moedas, Josefo,
Fílon, Tácito
|
Pórcio Festo
|
At 24.27-26.32
|
Josefo
|
Quirino
|
Lc 2.2
|
Josefo
|
Sérgio Paulo
|
At 13.6-12
|
Inscrição
|
Tiago
|
Várias citações
|
Josefo
|
Tibério César
|
Lc 3.1
|
Tácito, Suetônio, Patérculo,
Dio Cássio, Josefo
|
Estas personalidades
historicamente comprovadas não somente são contemporâneos da historia de Jesus
Cristo, como também foram participantes dos acontecimentos envolvendo a pessoa
de Jesus. Logo se quisermos negar a existência de Cristo teríamos que apagar igualmente
a história e participação destes personagens.
Parece-me uma loucura absurda que
os céticos hoje aceitem a existência destes homens, embora tenham tido que
aceitar devido a evidências irrevogáveis e ao mesmo tempo negarem a existência
de Jesus. Como poderiam todos estes homens e mulheres contemporâneos de Cristo
terem existido e Jesus não?
Na realidade os absurdos e razões
mencionados pelos céticos para a não existência de Jesus baseiam-se apenas em
“ACHISMOS” e teorias incapazes de serem sustentadas pela evidência. São como
uma criança batendo o pé e dizendo: “Não aceito! Não aceito! Não aceito!”
Em contrapartida não apresentam
nenhuma prova da não existência de Jesus. Nem sequer uma linha ou escritura
antiga, ou mesmo descoberta arqueológica para fundamentar sua opinião.
A grande verdade é que quando
começamos a vasculhar o contexto histórico e período da manifestação messiânica
de Jesus Cristo, basta apenas uma rápida olhada nos escritos da época para
percebemos que aqueles três primeiros séculos foram indubitavelmente marcados
pela sublime presença de um homem completamente sobrenatural.
Encontramos narrativas de
milagres, manifestações incomuns da natureza e um registro histórico recheado
de inúmeras conversões a uma nova fé completamente diferente de todas as que
anteriormente eram mencionadas.
A crucificação
Texto
Árabe:
“Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de
excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras
nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado
e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram
que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo.
Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas
maravilhosas” (Antiquites,
VIII, III)
Talos um
historiador samaritano que viveu por volta de 52 d.C. Em uma obra perdida,
referente a Julius Africanus em Cronografia, XVIII do terceiro
século) ao mencionar a crucificação de Jesus e tentando dar uma explicação
natural para as trevas que ocorreram nesta época durante este evento faz a
seguinte menção:
"O mundo
inteiro foi atingido por profundas trevas; as pedras foram rasgadas por um
terremoto, muitos lugares na Judéia e outros distritos foram afetados.
Esta escuridão Talos, no
terceiro livro de sua História, descreve como sendo um eclipse do sol sem
nenhuma razão.
Talos
não negou a existência de Jesus Cristo, mas tentou explicar as estranhas circunstâncias
decorrentes desse evento (Cf. Mc. 15:33).
Flegão, outro grego da Cária, escreveu uma cronologia pouco depois de 137 dC em que narra como por volta do quarto ano das Olimpíadas de 202 (ou seja aproximadamente 33dC), houve um grande eclipse solar, e que anoiteceu na sexta hora do dia, de tal forma que até as estrelas apareceram no céu. Houve um grande terremoto na Bitínia, e muitas coisas saíram do lugar em Nicéia – (MAIER, Paul, Pontius Pilate, p.366; IN: STROBEL, Lee, Em defesa de Cristo, Vida, 1998, 111)
O Talmud também menciona a crucificação "Na véspera da Páscoa
eles penduraram Yeshu [...] ia ser apedrejado por prática de magia e por
enganar Israel e fazê-lo se desviar [...] e eles o penduraram na véspera da
Páscoa." (Talmude Babilônico, Sanhedrim 43a)
Em 1968, em Jerusalém, foi
encontrada pela primeira vez a prova de que a crucificação era mesmo um método
de tortura e morte usado na época pelos romanos. Arqueólogos encontraram ossos
perfurados por pregos de metal dentro de uma caverna da cidade sagrada dos
cristãos.
Estes relatos da crucificação
estão de pleno acordo com os evangelhos (cf. Lucas 22,1; João 19,31).
A cada ano novas descobertas
arqueológicas trazem a lume eventos e personagens bíblicos dos quais os ateus e
céticos afirmavam nunca terem existido ou acontecido.
Como sempre no que diz respeito à
Bíblia nunca uma descoberta arqueológica ou linha histórica contradisse as
Escrituras.
Personagens da época de Jesus Cristo
Um episódio igualmente interessante ocorreu em 1962 e serviu para
montar o panorama de Jesus Cristo ao qual estamos mencionando. Arqueólogos
encontraram uma inscrição comprovando Pôncio Pilatos, tido como o homem que
condenou Jesus à morte, como governador da Judéia na época de Cristo. E nela
também consta o nome do imperador Tibério em Cesárea Marítima, na época a
capital da Judéia.
A Inscrição de Pilatos é
constituída de quatro linhas, todas grafadas em latim e começa com um título: “Pôncio Pilatos,
governador da Judeia”, exatamente como está escrito no texto da
Bíblia (Evangelho de Lucas 3:1, sendo que esse foi o primeiro achado
arqueológico que menciona Pilatos e mais uma vez testemunha a precisão dos
escritos bíblicos.
No entanto anteriormente a essa descoberta mencionar Pilatos como
governador da Judéia era motivo de zombarias por parte dos críticos da Bíblia.
Em 1990 foi à vez de Caifás
sacerdote que teria conduzido o julgamento e interrogatório de Jesus. Seus
restos mortais foram encontrados dentro de um ossuário datado do primeiro
século da Era Cristã. A inscrição no ossuário, em aramaico (“primo” do hebraico,
língua do quotidiano na região durante a época de Cristo), diz: “Miriam
[Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth
Imri.” O nome “Caifás” é a pista crucial, afirmam os arqueólogos Boaz Zissu, da
Universidade Bar-Ilan, e Yuval Goren, da Universidade de Tel-Aviv, que
estudaram a peça.
O ossuário continha os esqueletos
de seis pessoas. Um deles, o de um homem de 60 anos, que seria do sacerdote.
Em 08 de maio de 2007 o
arqueólogo israelense Ehud Netzer, da Universidade Hebraica de Jerusalém
revelou o tumulo do rei Herodes encontrado no local conhecido como Herodium,
uma colina no deserto da Judéia, onde o rei construiu seu palácio, próximo a
Jerusalém. Netzer trabalhava no sítio arqueológico do local desde 1970.
Também foram encontrados três
sarcófagos com cerca de dois mil anos contendo o que se acreditam serem os
restos mortais da mulher e da nora de Herodes.
Herodes foi o monarca que mandou
matar todas as crianças de dois anos á baixo com intuito de impedir que o
Messias reinasse em Israel, pois o mesmo queria ser visto como o rei dos
judeus.
Como de costume para qualquer
personagem contemporâneo a Jesus Cristo a existência do governador da Judéia
Herodes chegou a ser duramente criticada. No entanto com a descoberta de seu
palácio, moedas, camarim em um teatro e agora seu túmulo, ao decorrer destas
descobertas as vozes céticas foram lentamente se calando até cessarem por
completas.
Herodes é mais uma peça do
cenário de Cristo que é revelado ao mundo provando a veracidade das Escrituras
Sagradas.
Outra descoberta bastante
significativa é o ossuário de Tiago irmão de Jesus.
Este artefato em especial é hoje
a maior prova tanto da existência de Jesus Cristo como pessoa histórica, pois
faz menção a ele diretamente, como também evidencia o contexto histórico do
messias mencionando Tiago como seu irmão e José como seu pai.
A caixa mortuária pesa 25 quilos Tem
50 centímetros de comprimento por 25 centímetros de altura e trás a seguinte
inscrição em aramaico “Tiago, filho de José, irmão de Jesus.”
A descoberta enfrentava um grande julgamento que já perdurava durante
cinco anos desde 2004. Nesses cinco anos, a ação se estendeu por 116 sessões.
Foram ouvidas 133 testemunhas e produzidas 12 mil páginas de depoimentos.
Durante o processo, peritos da
IAA tentaram desqualificar o ossuário, primeiro ao justificar que a frase
escrita nele em aramaico seria forjada. Depois, mudaram de idéia e se ativeram
apenas ao trecho da relíquia em que estava impresso “irmão de Jesus” – apenas
ele seria falso, afirmaram.
No entanto a paleografia mostrou
que as letras aramaicas eram do primeiro século e que a primeira e a segunda
parte da inscrição teriam a mesma idade e o estudo da pátina indicou que tanto
o caixão quanto a inscrição teriam dois mil anos.
Outra descoberta recente e que
tem causado impacto na arqueologia bíblica é o tumulo do apostolo Felipe que foi
descoberto na cidade de Hierapolis, na Turquia. A estrutura do túmulo e os
dizeres escritos nas paredes provam que ele pertence a São Filipe
Locais bíblicos da época de Jesus
Também na arqueologia encontramos inúmeras provas envolvendo lugares
e artefatos da época de Jesus colocando a pessoa de Cristo em um contexto histórico
real sem erros.
Um exemplo disso são as cidades
de Nazaré e Belém ambas relativamente importantes na historia do Messias e que
muitas vezes foram tidas como não existentes por críticos e jornalistas que
fizeram do fato de não haverem citações a estas cidades em comentários judaicos
ou referencias históricas uma verdadeira zombaria.
Quando, porém em 1962, uma equipe
de arqueólogos israelitas, dirigida pelo prof. Avi Jonah encontrou nas ruínas
de Cesareia Marítima uma placa gravada em hebreu, datando do século III antes
de Cristo com o nome da aldeia de Nazaré. Todas as teorias montadas para provar
que os evangelistas teriam inventado a localidade de Nazaré caíram por terra.
O mesmo ocorreu com Belém que
mesmo perdida na historia é referida em um selo que aparentemente foi colocado
em um carregamento de prata ou produtos agrícolas, entregue por Belém como um
tributo ao rei de Judá, nos arredores de Israel, entre os séculos 8 e 7 antes
de Cristo.
Também não muito diferente é o contexto histórico do Tanque de
Bestesda. Muito se afirmou que era uma grande mentira, que nem mesmo existiam
provas de um anjo agitando as águas quanto menos um grande tanque onde enfermos
vinham para serem curados.
Todavia este lugar tão importante
e que evidencia uma passagem biblica onde Jesus cura um paralitico que estava
enfermo a 38 anos foi encontrado sem sombra de duvidas.
O tanque está localizado no setor noroeste de Jerusalém, com degraus
em espiral que leva até as águas e contem em uma de suas paredes a figura de um
anjo no ato de agitar as águas validando não só a tradição bíblica mas também a
passagem do Evangelho que fala sobre Jesus.
De igual modo outras descobertas
referentes a passagens da vida de Jesus Cristo são encontradas facilmente como
é também o caso do Tanque de Siloé.
O Apóstolo João (10 d.C. – 103
d.C) relata que Jesus curou um cego, ordenando que este fosse ao Tanque de
Siloé tirar o lodo que lhe tinha colocado nos olhos (João 9:7).
Como de costume acadêmicos e
inimigos da Bíblia afirmavam que este tanque não existia era apenas narrado na
Bíblia como conceito religioso para ilustrar uma devida situação.
No entanto em Agosto de 2005, o
tanque foi descoberto. Um grupo de trabalhadores encontrava-se a reparar um
cano de esgoto, na cidade de Jerusalém, quando descobriu um reservatório de
água. Arqueólogos foram chamados ao local e confirmaram que esse reservatório
era o Tanque de Siloé, mencionado no Evangelho de João.
Poderíamos mencionar várias
outras descobertas que indiretamente constroem um panorama sobre os tempos do
Messias Jesus Cristo e que certamente comprovam que a história dele não é uma
mentira como muitos afirmam que ele foi uma pessoa real e comprovada em todos
os contextos necessários. No entanto prosseguiremos abordando uma última
questão sobre Jesus neste artigo.
As desculpas dos céticos e a validade do
contexto histórico
Ainda que preferíssemos discutir
com mais afinco este tema em outras matérias, se faz necessário abordarmos
algumas questões e teorias levantadas por pessoas que decidem descrer de Jesus
pelo simples fato de não aceitarem Jesus de forma alguma. Ou seja, não por uma
ausência de provas, mas por preferirem ficar a margem de qualquer sentimento
religioso a fim de simularem uma falsa liberdade onde não existe conseqüência
para seus atos e pecados.
Mas antes de entrarmos em uma
discussão teológica que não é nosso foco neste artigo, vamos nos ater aos
fatos!
Muitos afirmam que o contexto
histórico dos três primeiros séculos que evidenciam e embasam toda a história
do Messias Jesus de nada importa, pois segundo eles os “padres que
desenvolveram a Bíblia,” colocaram como painel de fundo, fatos reais e locais
existentes na antiga Roma e adjacências, misturando a realidade com a fantasia,
tentando empurrar o todo como verdade.
Bom. Estes argumentos fracos já
foram completamente aniquilados por qualquer julgamento histórico.
O contexto dos três primeiros
séculos do inicio do cristianismo é perfeito de mais em todas as suas
manifestações e preenche completamente qualquer lacuna histórica e
arqueológica. Ou seja. A história de Jesus Cristo como narrada na Bíblia e fora
dela é superior e muito a qualquer registro histórico já conhecido.
Nenhum historiador sério jamais
ousaria criticar tal historia e de qualquer modo ninguém poderia provar do
contrário.
É pertinente mencionar uma
declaração do historiador Michael Grant, ateu e um dos maiores especialistas em
história do Império Romano;
“Se aplicarmos ao Novo Testamento, como
nós devemos, a mesma sorte de critérios que devemos utilizar para outros
escritos da antiguidade contendo material histórico, nós não podemos mais
rejeitar a existência de Jesus sem o fazer o mesmo com um grande número de
personagens pagãos cuja realidade de suas figuras históricas nunca é
questionada. Certamente, existem todas aquelas discrepâncias entre um evangelho
e outro. Mas nós não negamos que um evento aconteceu apenas porque alguns
historiadores pagãos como, por exemplo, Livio e Polibio, o descreveram de
maneiras diferentes. Que houve um rápido crescimento de lendas em volta de
Jesus não pode ser negado, e isso aconteceu muito rápido. No entanto, também
houve um rápido desenvolvimento de lendas em torno de figuras pagãs como
Alexandre o Grande, ainda que ninguém o considere completamente mítico ou
fictício. No fim das contas, os métodos críticos modernos não dão suporte à
teoria do Cristo Mítico. E, de novo, mais uma vez, ela foi "refutada e
rejeitada pelos estudiosos de primeira linha". Nos anos recentes
"nenhum estudioso sério ousou levantar a tese da não historicidade de
Jesus", ou muito pouco o fizeram, e mesmo assim não conseguiram ser
bem-sucedidos frente a forte e abundante evidência contrária" (Michael
Grant).
Conclusão
Como mencionado os métodos
críticos modernos não dão suporte à teoria do Cristo Mítico, logo qualquer
artigo de banca de jornal ou de revistas sensacionalistas ou site cético nos
obrigando a ter o ônix da prova, deve ser completamente ignorado. Os
acontecimentos da vida de Jesus são claros, evidenciados por descobertas e mais
descobertas, preenchem todas as exigências de um julgamento histórico. Possui
testemunhas que deixaram seus registros. Fala de lugares reais, de pessoas
reais e inúmeras outras provas que seria difícil enumerar aqui.
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