“ Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”. I Pedro 5.7
Instalou-se neste século uma epidemia
em que o vírus da insatisfação tem infectado muitas pessoas: crentes,
ortodoxos, livres pensadores, evangélicos, católicos, espíritas, enfim,
como o vírus ataca o ser humano, seja qual a sua ideologia ou fé, todas
as pessoas de forma geral podem ser infectadas.
O vírus da insatisfação tem sido a
pior praga deste século, pois, tem gerado um câncer social chamado
consumismo. Todos estão em busca do ideal perfeito. O marido ideal, o
pastor ideal, o padre ideal, o namorado ideal, o celular ideal, o
computador ideal porque a mídia que transmite a propaganda procura
agradar o cliente sempre apresentando o melhor do melhor em forma
sensacionalista. Se você adquirir as multi-coisas apresentadas, diz a
mídia: é o ideal.
Na verdade, cria-se uma falsa
expectativa diante de um mundo que, a cada dia que se passa, está cada
vez mais focalizando o “ter” pelo ser.
Nesse “ideal” propagado Não há
autêntica modéstia: "não sei". Todos professam conhecimento sobre tudo,
opinam sobre qualquer coisa, exercem uma rede de certezas que me deixa
entontecido. Parece que virou crime dizer "não sei". Se o cara fala isso
no emprego, logo será encaminhado ao departamento de pessoal e fichado
no arquivo morto. Se ele diz para a esposa ou namorada, sugere que andou
aprontando. Basta chegar em casa tarde da noite e a mínima indefinição
transforma-se em suspeita de infidelidade. A regra é falar sem parar,
mesmo quando o assunto não começou. Diálogos epilépticos, pulando
freneticamente de temas, sem fim possível. Ou é uma época prodigiosa de
gênios ou a maioria das pessoas está mentindo.
Houve um tempo em que se queria ser
Napoleão no hospício e Pelé, Martha Rocha, Einstein e Fellini na vida.
Hoje, o desejo secreto de cada um é ser Google.
As conversas giram em torno de
referências e não de conteúdos. Encontra-se a informação, mas não se
desenvolve o raciocínio para chegar até ela. O que seria isso? Com
certeza o vírus da insatisfação está se alastrando pelo mundo todo.
A virtualidade da Internet, além de
ser uma fonte de informações, é uma máquina de mentiras, pois, o
internauta insatisfeito procura adequar-se à sua necessidade maior e
projeta-se como uma bala de um revólver no espaço virtual, teclando,
adicionando, colando, copiando, baixando, deletando, descartando com uma
facilidade de quem quer, quem não quer e, às vezes, adicionando o que
não deve e interagindo com quem não “existe”.
Atrás da máquina virtual, senta-se o
maior articulador do universo. Acha-se dono do mundo e isso está
aumentando, virando um frenesi na cabeça de alguns desavisados e
psicologicamente carentes.
O pior, a família está sentindo o
efeito disso. Laços afetivos estão sendo afetados, pois, o sentido
família está virando Fam.“ILHA”, porque há o isolamento dentro de casa. A
telinha do computador e da televisão, DVDs e outros afins têm se
entreposto com os membros da casa, distanciando-os do diálogo, do
confronto das ideias. O QUE FAZER? Parece que não há solução. Como
evitar o contágio do vírus? Há como ficar imune? Existe alguma vacina?
Vivemos em um tempo onde a sociedade
está doente. Homens e mulheres são levados a um comportamento de possuir
coisas sem nenhuma necessidade delas. Utilizam-se da forma do consumo
como uma opção de lazer.
Há uma verdadeira adoração pelo obter
sem necessidade e os Shopping Centers se transformaram em verdadeiros
templos de adoração de supérfluos, criando a ditadura do desejo.
O consumismo criou um novo tipo de
sociabilidade, mas destrutiva, tanto para o ambiente, quanto para o
cidadão. É a manifestação de uma sociedade que confunde desejos com
necessidades.
O que está acontecendo neste século? A
insatisfação manipula a volição de possuir mil coisas sem
necessariamente ser de utilidade emergente; podem ser criadas leis em
mim que determinarão um resultado de transformar meros desejos em
necessidades.
O pior, isso gera a eterna
insatisfação, pois o querer para ser feliz se tornou uma meta; é como
tocar a própria sombra, como tentar segurar o vento ou embrulhar a água.
Apercebe-se, mas está fora do controle palpável tangível. Só há uma
maneira de se tornar imune contra essa peste que afeta a humanidade,
esse vírus que é transmitido de forma virtual e que sai da telinha do
computador e afeta a mente das pessoas.
Há uma solução para isso. Faça uma
viagem para dentro de você mesmo e faça as pazes com Deus, foi Ele quem o
fez e conhece como ninguém quem você é. Ele o ama do jeito que está.
Sua história precisa ser contada de forma suscinta a Ele e, apesar de o
Senhor saber tudo sobre sua vida, compartilhe com Ele seus medos, seus
anelos mais profundos e sua ansiedade. Disse o apóstolo aos que es
encontram ansiosos e insatisfeitos: “Lançando sobre ele toda a vossa
ansiedade, pois tem cuidado de vós” (I Pe 5.7). Como fazer isso? Ore...
Ore... Após isso, procure alguém de sua confiança ao qual possa
compartilhar sua vida. E porque não sua esposa, seu pai, seu irmão, ou
um amigo? Para sermos entendidos, precisamos de alguém com quem possamos
tirar as máscaras, onde haja uma “nudez” total de nossos sentimentos,
de quem somos e do que queremos. Nesse sentido, penso que, quando
Salomão escreveu “Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro”
referia-se a compartilhar nossa história com outro; isso nos ajuda a
lembrar quem somos, de onde viemos e que o mais importante em nossa vida
é o “ser” do que o “ter”. Compartilhar nossa história nos faz relembrar
que somos únicos. Ao agir dessa forma, você estará aplicando a vacina
contra o vírus da insatisfação. Para ser feliz, você não tem que ir
atrás de mil coisas, mas, basta ser você e descobrir que a felicidade
não é uma busca de um tesouro escondido, mas se encontra dentro de você,
pela satisfação de ser você, ser único no planeta com sonhos e
peculiaridades especiais. Você é único, compartilhe com alguém sua
riqueza interior. Mas atenção, lembre-se, o vírus da insatisfação quase
sempre vem através da virtualidade. A Internet é apenas uma rede de
informação. Não existe vida genuína nesse mundo e a insatisfação é
anti-vida. Essa minha mensagem é apenas uma informação, mas para
praticar isso é preciso que aprendamos a orar, pois assim construiremos
amizade com Deus e com um amigo. Lembre-se, a verdadeira amizade vai
sendo construída no diálogo, nos toques e no contato físico dia-a-dia.
Pense nisso.
Autor: Pedro Almeida
http://www.minacq.com.br/site/mensagens/o-virus-da-insatisfacao.html
Nossa esse post tá excelente. Nunca tinha lido algo tão explicadinho que me desse a compreender bem tudo isso! Muito bom irmã esse post. Parabenizo ao autor dele. Realmente estamos vivendo o grande período da insatisfação, e que insatisfação. Não mais nos satisfaz ou até mesmo nada mais agrada por um tempo longo. As pessoas logo abusam tudo e aquilo que hoje é uma novidade amanhã torna-se sem sentido. É! realmente nós sabemos que isso tudo é porque vivemos em busca da perfeição; O que não se encontra neste mundo, mais no vindouro. Mais graças a Deus que a igreja do Senhor tem sido realista e muitos são os que mesmo em meio a tanta insatisfação ainda tem o prazer de espera pela pelo nosso grande e infinito amigo, que é o Senhor Jesus.
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