Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

10 de julho de 2011

Os salvos conhecerão uns aos outros no céu?



Primeiro é importante considerar que a Bíblia NÃO ensina sobre uma existência vazia de conteúdo, própria de almas fantasmagóricas, sem qualquer relação com indivíduos reais e suas lembranças. Ao contrário, ela dá a entender que a identidade de uma pessoa não sofre interrupção ou alterações quando ela segue para a vida eterna, ou seja, a pessoa da terra será a mesma no céu, exceto a natureza pecaminosa e toda e qualquer imperfeição, que lá não terão lugar.

Com isto em mente, vejamos o que outros textos bíblicos nos ensinam a respeito desta questão:

“Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus” (Mt 8.11).

Este texto mostra que participaremos de um banquete de comunhão lá no céu com pessoas conhecidas: Abraão, Isaque e Jacó. Note, então, que as identidades destes patriarcas estão preservadas lá na eternidade e nós os conheceremos como tais.

Outra questão importante deste versículo e outros das Escrituras é sobre a questão da comunhão. A Bíblia ensina que lá no céu haverá comunhão dos salvos, não só com o Senhor, mas também uns com os outros. Mas que comunhão é esta? Uma que se iniciará lá no céu? Não. Trata-se da continuidade da comunhão que nesta vida, neste mundo e presente era, já temos uns com os outros. Claro que esta comunhão será aperfeiçoada lá no céu onde nossas fraquezas e natureza pecaminosa não serão mais nossas características. Note, porém, que se a comunhão será continuada, significa que nos reconheceremos como irmãos e irmãs em Cristo que nesta terra servimos ao nosso Senhor e juntos trabalhamos pelo evangelho.

“Eis que dois varões falavam com ele: Moisés e Elias, os quais apareceram em glória e falavam da sua partida, que ele estava para cumprir em Jerusalém. Pedro e seus companheiros achavam-se premidos de sono; mas, conservando-se acordados, viram a sua glória e os dois varões que com ele estavam” (Lc 9.30-32).

Texto com ensino semelhante ao anterior, pois mostra que Moisés e Elias foram reconhecidos como tais.

“abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27.52-53).

As pessoas que ressuscitaram logo após a ressurreição de Jesus, foram reconhecidas.

“E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos” (Lc 16.9).

Este versículo mostra que as pessoas gratas pela nossa generosidade na terra nos darão boas-vindas no céu. Isto só é possível se elas nos reconhecerem.

“Pois quem é a nossa esperança, ou alegria, ou coroa em que exultamos, na presença de nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não sois vós? Sim, vós sois realmente a nossa glória e a nossa alegria!” (1 Ts 2.19-20).

Veja que conheceremos os frutos do nosso trabalho evangelístico, o que implica em reconhecer as pessoas evangelizadas e que foram salvas.

“No inferno, estando em tormentos, levantou os olhos e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio” (Lc 16.23).

Segundo este texto, o rico reconheceu Abraão e Lázaro.

“Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe. E alguém lhe disse: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar-te. Porém ele respondeu ao que lhe trouxera o aviso: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mt 12.46-50).

“Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será ela esposa? Porque todos a desposaram. Respondeu-lhes Jesus: Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu” (22.28-30).

Quanto às relações familiares da terra, estes textos dão a entender que elas não serão mais necessárias e perderão sentido no céu. Por quê?

Note que a relação familiar é estabelecida na ordem da multiplicação, na criação da mulher e da “união uma só carne”, isto é, o casamento (Gn 1-2). A família tem como função primeira a da multiplicação do gênero humano e as relações estabelecidas são a de pais e filhos e outras mais.

A Bíblia nos ensina também sobre outra família, a família de Deus à qual pertencem os salvos (Ef 3.19). Nesta família, não há cônjuges, pais ou filhos, mas todos são irmãos e irmãs, mesmo para salvos que são, no aspecto carnal, cônjuges, pais e filhos, tios, sobrinhos, etc. Claro que na terra fica mantida a relação familiar de casamento e geração de filhos e parentescos, mas espiritualmente, na igreja, família e familiares salvos são todos irmãos e irmãs.

Como já foi dito acima, no céu, a comunhão com Cristo e com os irmãos e irmãs em Cristo terão continuidade no céu. Nenhuma outra relação será necessária.

“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21.4).

No céu, as relações com os que não estavam em Cristo também perderão sentido, e que não encontrar alguém no céu não será motivo para dor e sofrimento.


Pastor Alexandre
Publicado no site: www.belajerusalem.org.br

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