Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

8 de junho de 2020

COMO AS FERIDAS DE JESUS CURAM NOSSAS DOENÇAS?






por: Tim Chester



Jesus curou nossas doenças na cruz? Quando você lê a belíssima canção de Isaías, sobre o servo do Senhor, a resposta parece categórica:

Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si… e pelas suas feridas fomos sarados.

Jesus curou nossas doenças na cruz? Sim. Nossa dor, nosso sofrimento, todas as nossas feridas foram curadas através da cruz.

Entretanto, há um “problema” óbvio com isso – nossas doenças não “foram” ou “são” curadas.

Colin, por exemplo, está reivindicando essa promessa para o câncer. “Pelas feridas de Jesus, estamos curados”, diz ele. “Portanto, Deus irá me curar do câncer; eu só preciso acreditar”. Eu admiro sua confiança. Ou é desespero? Não tenho certeza. Eu sei que eu tenho sido um pastor por muito tempo para compartilhar sua confiança. Vi muitas pessoas que estavam convencidas de que Deus prometeu curá-las apenas para que terminasse em amargo desapontamento. Lutar contra o câncer é muito difícil, um desafio mesclado em uma crise de fé.

Destarte, Jesus curou nossas doenças na cruz? Não. Cristãos e incrédulos continuam sendo acometidos por doenças.

Então, o que devemos fazer com a promessa de que “pelas suas feridas fomos curados”?

DOENÇA E PECADO

Uma opção é espiritualizá-las. Não devemos entender “feridas” literalmente, como algumas pessoas o fazem. A doença é uma imagem do problema real que o pecado é. Pouco antes de Isaías dizer que “pelas suas feridas fomos curados”, ele diz: “Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades” (Isaías 53:5). Esse é o verdadeiro problema. Somos todos pecadores, pessoas que quebraram a santa lei de Deus. Decerto, todos nós merecemos o justo julgamento de Deus. A cruz não é o câncer que corrói os nossos corpos, mas o câncer do pecado que infecta nossas almas.

Há algo nesse argumento. O pecado é o grande problema. Ou melhor, a santidade de Deus é o grande problema. O ministério de Isaías foi adequado por um encontro com o Deus santo. Quando Isaías foi confrontado com o santo Deus diante de quem os serafins escondem seus rostos, e para quem eles cantam: “Santo, santo, santo”, Isaías declara, “Ai de mim! Estou perdido!” Seis vezes em Isaías 5 o profeta declarou “ai” ‘contra pessoas pecadoras. Contudo, ele é forçado a declarar o sétimo “ai” contra si mesmo. A expressão “estou perdido” é, literalmente, “estou destruído, ou “estou me desintegrando”. É como se as próprias moléculas do corpo de Isaías estivessem se dissolvendo e ruindo no chão. O piedoso profeta de Deus, que proclamou as próprias palavras do Senhor, agora confessa: “Eu sou um homem de lábios impuros”. Mesmo os seus melhores atos são impuros quando comparados com a esmagadora santidade de Deus.

A maravilha da cruz é que Jesus purifica pessoas ímpias para que possam entrar na presença do Deus santo. Por isso Jesus foi massacrado em nosso lugar para que pudéssemos ser perdoados. A doença é projetada para nos apontar o pecado, e a cura é uma figura da salvação.

Todavia, a doença não é simplesmente uma imagem do pecado; também é o resultado do pecado. A doença humana não era uma parte inerente do mundo bom que Deus criou. Entrou no mundo como resultado da nossa rebelião contra Deus. Assim, temos boas razões para esperar que a remoção do pecado traga o fim da doença. Jesus curou nossas feridas ao lidar na raiz do problema – o pecado.

Os milagres de cura que Jesus realizou enquanto esteve na terra, com efeito, era um sinal da obra salvadora. Jesus diz a uma mulher com hemorragia: “Filha, a sua fé salvou você” (Lucas 8:48). No versículo 50, Cristo, literalmente, diz a Jairo, cuja filha acabara de morrer por uma doença: “Não tenha medo; apenas creia, e ela será salva”.

Lucas era um médico. E, presumivelmente, tinha um vocabulário rico de termos científicos para as doenças. Porém, ele fala deliberadamente dessas curas como atos de salvação. Ele quer que as vejamos como uma promessa da salvação que Jesus oferece. Quando Jesus voltar, ele fará todas as coisas novas, e “não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).

Afinal, Jesus curou nossas doenças na cruz? Sim. Um dia, todo filho de Deus será curado de toda enfermidade. Mas não ainda. Enquanto isso, não depositamos nossa esperança em nossa capacidade de reivindicar um milagre. Não sabemos quais serão os propósitos de Deus para nossas doenças. No entanto, sabemos que, se confiarmos em Jesus, nossos pecados já estão perdoados, e nossa doença um dia será curada quando recebermos um novo e glorioso corpo de ressurreição.


por: Tim Chester


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