A Religião dos Doze Passos
O Espiritismo dos Alcoólicos Anônimos
A influência do misticismo no Ocidente
provém de mais longe do que muitos suspeitam, sendo anterior ao
movimento das drogas e à invasão dos gurus do Oriente. Napoleão Hill (o
inventor da autoajuda) recebeu a filosofia básica dos movimentos de
sucesso/motivação de entidades espirituais, que enganosamente se
apresentaram como Mestres Ascendentes, conhecidos como “A Venerável
Irmandade da Índia”. Ao mesmo tempo em que Hill introduzia o ocultismo
no mundo dos negócios, Agnes Sanford estava trazendo-o para a igreja. Um
século antes, todavia, o ocultismo já havia estabelecido sua principal
ponta-de-lança no Ocidente através da Maçonaria. Ocasionalmente, nos
anos de 1930 e 40, a invasão do ocultismo foi expandida de maneira
monstruosa através dos Alcoólicos Anônimos (AA).
A influência dos 12 passos do AA tem sido
avassaladora. São tantos os grupos que se formaram, a partir da
filosofia do AA, que dificilmente pode-se chegar a um número exato. Em
seu excelente livro intitulado 12 Steps to Destruction (12
Passos para a Destruição), o qual todo cristão deveria ler, Martin e
Deidre Bobgan apontam: “Milhares de grupos através da América usam os 12
passos de Wilson e a maior parte dos grupos de
recuperação/codependência pratica os 12 princípios, de um modo ou de
outro […] Qualquer programa de tratamento inventado atualmente combina a
filosofia, psicologia e religião dos 12 passos.”
Os novos termos “vício” e “recuperação”
agora estão incluídos em qualquer coisa que alguém possa imaginar.
Existem inclusive bíblias de “recuperação”, como a conhecida “Serenidade Para Todo Dia”.
Os Alcoólicos Anônimos produziram grupos como Crianças Adultas
Alcoólicas, Devedores Anônimos, Emocionais Anônimos, Jogadores Anônimos,
Narcóticos Anônimos, Glutões Anônimos, Viciados-em-Sexo Anônimos,
Viciados-em-Trabalho Anônimos e até Fundamentalistas Anônimos. O Centro Dallas de Vício e Abuso Religioso
vê paralelos entre as famílias que criam cristãos fundamentalistas e
aquelas que produzem alcoólatras e tem como principal alvo a
“recuperação” de tais crentes viciados. Obviamente, os grupos
anticristãos sentem-se à vontade com um “poder superior”, o qual pode
ser qualquer coisa que alguém possa escolher para confiar. Tal prática,
certamente, priva os pecadores e seus familiares de conhecerem o Deus da
Bíblia.
Uma Fachada Perfeita
Os grupos AA (e todos os outros com 12
passos, desenvolvidos a partir dele) abrem a porta para a introdução do
ocultismo, mediante a crença num “deus” genérico.
O passo 2 diz: “Viemos a acreditar que um Poder Superior a nós mesmos poderia devolver-nos à sanidade”.
O passo 3 continua: “Decidimos entregar
nossa vontade e nossa vida aos cuidados de Deus, na forma em que o
[Hindu, Budista, Cristão, Mórmom, Católico, agnóstico, etc.]
concebermos”. Como na Maçonaria, qualquer falso deus serve.
Satanás não é ateu. Ele sabe que Deus
existe e quer ocupar o Seu lugar, sendo louvado pela humanidade. Para
tal fim, ele encoraja a crença num “poder superior”, para desviar o
homem do Deus verdadeiro, voltando-se para ele mesmo. Satanás sabe que
todas as pessoas têm um senso de alienação de Deus e que o Espírito
Santo está cortejando a humanidade para Ele mesmo. Qual maneira poderia
ser melhor para Satanás evitar a reconciliação do homem com o Deus
verdadeiro, através de Jesus Cristo, do que efetuar uma
pseudo-reconciliação com um falso poder superior?
Este foi o caso do próprio Bill Wilson, fundador dos
Alcoólicos Anônimos. Embora Wilson tenha estudado aos pés de Sam
Shoemaker, um pastor episcopal de Boston, e passado um ano sob a tutela
do bispo Fulton J. Sheen (a coisa mais próxima de um televangelista que a
Igreja Católica produziu), ele nunca recebeu o Senhor Jesus Cristo com
seu Salvador.
Na revista Christianity Today(a revista evangélica mais conceituada do mundo),
Tim Stafford colunista escreveu: “Os 12 passos são cristãos”.
Entretanto, nenhum dos 12 passos faz qualquer menção a Jesus Cristo,
muito menos ao evangelho. Como, então, poderiam eles ser cristãos? O
próprio Stafford admite que Wilson “nunca prometeu lealdade a Cristo,
nunca foi batizado e nunca foi membro de uma igreja, juntando-se a ela…” A
igreja cristã, contudo, juntou-se ao AA.
A adoção de qualquer forma dos 12 passos
dentro da igreja implica que Deus, a Bíblia e Jesus Cristo não oferecem
solução (ou, no mínimo, uma solução adequada) para os pecados de
embriaguez, ou qualquer outro “vício”, e que o AA tem preenchido,
finalmente, esta lacuna deixada pela igreja, pela Bíblia e por Jesus
Cristo. Em seus exaustivos estudos sobre os grupos de
ajuda aos “viciados” e seus familiares, para sua tese de doutorado
(PhD), G.A. Pritchard concluiu:
Um dos primeiros membros da equipe [da igreja The Willow Creek Community Church of South Barrington [tida
nos Estados Unidos como a “igreja padrão” para o século XXI] com quem
falei, ele, orgulhosamente, dirigiu-se a mim e me disse que mais de 500
pessoas reuniam-se na igreja toda semana em vários grupos de auto-ajuda,
tais como Emocionais Anônimos, Jogadores Anônimos, Narcóticos Anônimos,
Glutões Anônimos, Viciados-em-Sexo Anônimos, Viciados-em-Trabalho
Anônimos, etc. Nas minhas investigações, descobri que tais programas não
eram realmente da própria igreja. Embora muitos membros dela estivessem
envolvidos e participando ativamente dos programas, os encontros
estavam sendo dirigidos sob a égide e o absoluto controle dos princípios
éticos, passos e política de organizações de fora da igreja. Um dos
requerimentos indispensáveis de todas essas organizações é que as
pessoas não poderiam evangelizar ou ensinar aos freqüentadores sobre o
Deus pregado naquela igreja.
Uma trágica indulgência Ecumênica
Uma publicação oficial dos AA diz:
“os Alcoólicos Anônimos não requerem
que você creia em qualquer coisa […] O AA trilha inúmeros caminhos em
sua busca por fé. Se você não acredita no caminho que sugerirmos, você
ficará à vontade para descobrir outro caminho qualquer que sirva e
convenha a você […] Você pode, se desejar, fazer do próprio AA o seu
‘PODER SUPERIOR’”.
Não poderia ficar mais claro que qualquer falso deus se encaixa neste discurso. Foi o psicólogo William James em seu livro The Varieties of Religious Experience
(A Variedade das Experiências Religiosas) que encorajou Wilson na
crença de que qualquer deus poderia funcionar em seu programa. Esta foi
também a fonte da qual Wilson retirou a justificativa para uma ecumênica
e mística experiência religiosa, a qual os alcoólatras devem procurar
em busca da libertação das suas aflições:
[William] James deu a Bill [Wilson], de
um modo aceitável a este, o material necessário para entender o que lhe
acontecera. Wilson, o alcoólatra, agora tem a sua experiência espiritual
ratificada por um professor de Harvard, chamado por alguns de O Pai da Psicologia Americana!
Mantendo a mesma posição tolerante de Christianity Today, de
aceitação dos erros da Psicologia, através do falso evangelho do
catolicismo romano, mediante o ecumenismo, Stafford escreve: “Cristãos
podem usar o AA ou qualquer outro grupo de 12 passos […] não há perigo
em obter ajuda onde ela está disponível”. Da Yoga? Da Meditação
Transcendental? Por que não da Ciência Cristã? Por que voltar-se para
qualquer programa de 12 passos, a menos que Cristo e Sua Palavra não
sejam suficientes?
A questão não é se um alcoólatra recebeu
ajuda. Existem testemunhos fantásticos de mudança de vidas mediante
quaisquer processos, desde hipnose e psicoterapia até alegadas abduções
por UFO’s (OVNI’s Objetos – Voadores Não Identificados). A
trágica verdade, todavia, é que a ajuda temporal através de um “poder
superior” dos AA desvia os necessitados para longe de Jesus Cristo e de
Sua salvação eterna. Além do mais, o AA provê uma pequeníssima ajuda
real, mesmo na luta contra o alcoolismo. Grupos de cristão bíblicos, que
confiam apenas em Jesus Cristo têm resultados extraordinariamente mais
favoráveis. Por outro lado, Stafford diz ainda, engodando as pessoas:
“Os 12 passos são um pacote de práticas cristãs, mas sem o menor
compromisso em usá-las”.
Os Alcoólicos Anônimos e o ocultismo
Desviando-se do Deus verdadeiro, e
voltando-se para os falsos deuses de qualquer espécie, o AA abre a porta
às manifestações ocultistas, ao engano e à escravidão. Tal é o legado
dos AA. Bill Wilson e seu amigo íntimo, Bob Smith, estavam ambos
extremamente envolvidos com o ocultismo, mesmo antes de conceberem o AA
e, ainda mais, depois que o AA estava plenamente estabelecido. A
biografia oficial de Wilson revela, sem qualquer reserva ou
constrangimento que, por anos a fio, após a fundação do AA, eram feitas
sessões [espíritas] na casa de Wilson, além de outras atividades
psíquicas, incluindo a consulta de Ouija board (mesa branca de consulta com letras, símbolos e números). A biografia declara:
Há referências de sessões e outros
eventos psíquicos nas cartas que Wilson escreveu a Lois [esposa dele],
durante aquele primeiro verão em Akron, com os Smiths [Bob e Anne], em
1935. [Veja essas citações da biografia pessoal do fundador]:
“Wilson deitava-se no sofá. Ele “obtinha”
tais ensinamentos [do mundo espiritual] toda semana. A cada vez, certas
pessoas [demônios personificando seres humanos mortos] poderiam “entrar
e trazer longos ensinamentos, palavra por palavra…”
[Em 1938] quando Wilson começou a
escrever [o manual do AA], ele clamou por direção […] As palavras
começaram a pulular com velocidade espantosa. Ele completou o primeiro
rascunho em meia hora […]
Numerando os novos passos, eles chegaram a
12, um número simbólico; ele pensou nos 12 apóstolos e, pouco tempo
depois, estava convicto de que a Sociedade deveria ter 12 passos.
Foi através de mediunidade que Wilson
recebeu o manual dos Alcoólicos Anônimos, notadamente de ensinamentos do
mundo demoníaco. Não é surpresa, portanto, que o efeito do AA sobre
muitos dos seus membros tem sido levá-los ao envolvimento com o
ocultismo. Wilson também envolveu-se com o uso de LSD, na esperança de
alcançar um elevado estado místico, com o objetivo de provar a
sobrevivência do espírito após a morte. Em 1958, Wilson escreveu a Sam
Shoemaker:
“Através do AA, nós recebemos um tremendo
volume de fenômenos psíquicos, muitos deles espontâneos. Alcoólatras
após alcoólatras têm me contado sobre tais experiências […] que cobrem
uma gama enorme de tudo que vemos nos livros.”
Além da minha experiência mística original, eu mesmo tenho vivido incontáveis fenômenos psíquicos.”
Uma tolerância intolerante
Agora, chegamos ao ponto em que igrejas
evangélicas estão promovendo, patrocinando, apoiando e recomendando a
seus membros e pessoas de fora, programas para vencer o pecado em suas
vidas, usando técnicas e um poder superior que substitui (ou, minimiza,
suplementa) Deus e o poder do Espírito Santo! Stafford recomenda todos
os grupos de 12 passos porque eles são “tolerantes”. Deveríamos nós
recomendar tolerância sobre a identidade de Deus e a diferença entre a
Sua Verdade e a mentira de Satanás? Sobre a alegada “tolerância”,
considerando as regras dos variados grupos de 12 passos implantados por
grupos externos na The Willow Creek Community Church of South Barrington, considere o seguinte:
Um código oficial de instrução dos AA explica:
Os passos sugerem uma crença num Poder
maior do que nós mesmos, “Deus, como O entendemos”. O programa não
procura, nem muito menos tenta, nos dizer o que nosso Poder Superior
deveria ser.
Ele pode ser qualquer coisa que nós
escolhermos como, por exemplo, o amor humano, a força para o bem, o
próprio grupo em si mesmo, a natureza, o universo, ou o Deus (Deidade)
tradicional.
O código nos instrui: “Nós nunca discutimos religião”.
Como, portanto, podemos ser tolerantes na promoção, divulgação e apoio de poderes superiores, que tomam o lugar de Deus? Dando suporte à tolerância, Stafford diz: “Cristãos [em qualquer grupo de 12 passos] podem expressar suas convicções.” Quais convicções? A de que Jesus Cristo é O Poder Superior? Isto não é bíblico, nem permitido pelas regras dos grupos externos às igrejas, mas que funcionam dentro delas, os quais desfrutam de total autonomia, ficando os membros das igrejas de mãos atadas, totalmente impossibilitados de pregar o evangelho em tais encontros.
Como, portanto, podemos ser tolerantes na promoção, divulgação e apoio de poderes superiores, que tomam o lugar de Deus? Dando suporte à tolerância, Stafford diz: “Cristãos [em qualquer grupo de 12 passos] podem expressar suas convicções.” Quais convicções? A de que Jesus Cristo é O Poder Superior? Isto não é bíblico, nem permitido pelas regras dos grupos externos às igrejas, mas que funcionam dentro delas, os quais desfrutam de total autonomia, ficando os membros das igrejas de mãos atadas, totalmente impossibilitados de pregar o evangelho em tais encontros.
O conceito do AA de um poder superior é
pagão. Definitivamente, é um insulto a Jesus Cristo associá-lo a tal
poder, seja qual for. Cristo não é um poder, mas uma Pessoa. Stafford
assevera que os cristãos não podem dizer qualquer coisa que possa “minar
as propostas pluralísticas dos grupos de 12 passos, sugerindo que os
outros pontos de vista sobre Deus sejam errados”. Portanto, a tal
alegada “tolerância” tem seus limites e é um fato de real INTOLERÂNCIA
AO EVANGELHO!
Em sua tese de doutorado sobre os variados grupos de 12 passos implantados na The Willow Creek Community Church of South Barrington, Pritchard escreve:
Mesmo cristãos da própria igreja não podem falar sobre a verdade cristã em tais encontros na Willow Creek Church.
Embora nos programas profiram-se palavras, orações e ensinamentos a um
“Poder Superior”, estes funcionam como ateísmo prático, ensinando
variadas categorias contemporâneas e seculares de visões
psico-sociológicas. Mesmo essa tamanha ausência de conteúdo teológico
não impede a igreja de promover e divulgar tais programas, que funcionam
durante a semana.
O fato da Willow Creek Church patrocinar e divulgar esses programas ilustra o vazio da prioridade da igreja em pregar a verdade cristã.
Fonte: Tradução e adaptação por Mário Sérgio do capítulo 15 do livro Occult Invasion (Invasão do Oculto) de Dave Hunt – solascriptura-tt.org/
https://discernimentocristao.wordpress.com/2009/08/02/o-espiritismo-dos-alcoolicos-anonimos/
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