Fenômeno acontece nesta quarta-feira. Israel será um dos países onde evento será visto com mais intensidade
Cercado de mistérios, o fenômeno da Lua de Sangue continua intrigando e dividindo opiniões. Prevista para acontecer na noite desta quarta-feira (31), a Superlua Azul de Sangue é objeto de várias teorias, dentre elas a possível relação com passagens descritas na Bíblia Sagrada. Há correntes teológicas que defendem o acontecimento como um sinal de que o fim dos tempos está próximo, outras descartam essa possibilidade. Afinal, por que os cristãos devem prestar atenção nos céus?
Segundo o pastor Mark Blitz, um dos maiores defensores do significado bíblico da Lua de Sangue, o evento coincide com datas importantes no calendário cristão.
– A Superlua Azul de Sangue do dia 31 de janeiro ocorre justamente no 15º dia do mês de Shevat. Esse é o dia do Tu B’Shevat, ou o Ano Novo das Árvores, que marcava a primeira colheita do ano. Isto é importante porque é apenas um de uma série de eclipses. O próximo acontecerá dia 27 de julho, dia que se comemora o Tu B’Av. O outro será em 21 de janeiro de 2019, dia do Tu B’Shevat novamente – defendeu o pastor em uma entrevista à WND.
Blitz relaciona ainda o evento a uma passagem bíblica.
– Isto é fascinante profeticamente porque há uma seção da Bíblia Sagrada em que Zacarias recebe a revelação sobre um cavalo vermelho que tirará a paz da Terra. A Escritura diz que isto acontecerá no mês do Shevat – afirmou Blitz.
Apesar das datas coincidentes e da expectativa de eventos catastróficos, o pastor batista, linguista e hebraísta, Luiz Sayão vê com cautela a possível relação do evento astronômico com o fim dos tempos descritos na Bíblia. Em entrevista ao Pleno.News, ele afirmou que o evento não é um sinal definitivo.
– De fato a Bíblia fala de sinais no céu antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. Mas é preciso tomar cuidado com uma associação direta e imediata com alguns fenômenos que nós temos, como se isso fosse determinante em relação à volta de Jesus ou a um elemento escatológico final e definitivo – ponderou Sayão.
Apesar de não descartar a possibilidade dos eventos lunares serem sinais bíblicos, Sayão chama a atenção para as orientações dadas no Novo Testamento.
– Seria muito importante que prestássemos atenção aos elementos colocados pelo Novo Testamento, pelas próprias palavras de Jesus e dos apóstolos, sobre nossas atitudes em relação aos últimos dias. A ideia é que nós devemos ter um tipo de vida marcada por santidade e por uma preocupação com aquilo que é mais importante no que diz respeito a agradar a Deus – defendeu o estudioso.
Para ele, o bom senso deve guiar as teorias sobre o fenômeno.
– São sinais genéricos e não determinantes em relação ao final dos tempos. Ainda que prestemos atenção a esses e a outros sinais, é preciso muito cautela para não ter uma atitude que vá além de uma atenção criteriosa e marcada pelo bom senso – orientou o pastor.
Na contramão dessa corrente teológica, há quem descarte totalmente a possibilidade. De acordo com o pastor e doutor em teologia Israel Belo, os eventos astronômicos não passam de fenômenos da natureza.
– É uma bobagem, não tem qualquer significado espiritual. Tirar qualquer conclusão dele é pura astrologia, sem relação com a Bíblia – declarou o pastor.
Opiniões e teoria à parte, a Superlua Azul de Sangue é a combinação de três eventos astronômicos de uma só vez: a Superlua, a Lua Azul e a Lua de Sangue. A última vez que os fenômenos coincidiram na mesma noite foi há 150 anos. O Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias (IAC, sigla em espanhol) informou à agência EFE que os melhores lugares para assistir o evento são a América do Norte, o Oriente Médio, a Ásia, a Rússia Oriental, a Austrália e a Nova Zelândia.
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