Sob o ponto de vista do entretenimento, Moana é um bom filme. Nada tão emocionante, se comparado a Frozen ou A Bela e a Fera. Mas é um filme com ação, aventura, comédia, músicas que não saem da cabeça e mesmo tendo um enredo previsível, o filme prende a atenção. Também, não podemos nos esquecer que ele é mais uma super produção Disney! Não tinha como ser diferente.
A Disney como todo “sistema vigente”, desistiu de retratar a princesa indefesa que aguarda um príncipe para salvá-la. Moana não é isso. Ela é independente e cheia de opinião. “Uma princesa durona”, definiu Musker, um dos diretores do filme. “Você quase pode tirar o gênero da história e dizer: ‘É um herói masculino’. Acho que isso cria um novo impulso em um território desconhecido” .
Essa pode ser uma tentativa de agradar o movimento feminista que está em alta apregoando o “empoderamento” da mulher. Não vi esse aspecto masculino da personagem. Mas confesso que fiquei preocupada com esta afirmação do diretor que pode estar pensando em trazer para um próximo filme, uma Moana assumindo essa tal “masculinidade”( essa história de terreno desconhecido me causa calafrios…Kk)
Sim, Moana é uma líder forte! E não há mal nenhum nisso. Uma personagem feminina que carrega a responsabilidade de conduzir seu povo. E no filme ela faz isso muito bem, sendo amada e admirada. Até aqui, tudo bem. Porém, sob o ponto de vista cristão, temos alguns problemas…
O aspecto espiritual do filme é muito forte. Moana sofre grande influência da avó paterna, que é uma espécie de feiticeira e profetiza da tribo. A água é um personagem bem ativo que age escolhendo Moana para sua missão e a chamando, mais um aspecto bem místico do filme.
Seu companheiro de aventuras é um semideus egoísta, hedonista, preocupado apenas consigo mesmo. Devo dizer que em alguns aspectos o filme é assustador, principalmente para crianças pequenas. Entre monstros, demônios e referências a reencarnação, Moana luta para conseguir seu objetivo.
Entendendo que os olhos alimentam a alma, eu não levaria meus filhos pequenos para assistir este filme. Lembrando que o cinema é altamente didático, com todo o recurso audiovisual apresentado, ele ensina com força, uma espiritualidade não-cristã.
Há estudos da psicologia que dizem que crianças até cinco anos não deveriam assistir TV, por não saberem distinguir o real do imaginário.
Quando meu filho era bem pequeno, tive problemas com um filme Disney que ele assistia sempre. Ele acordava na madrugada aos berros e só depois de episódios frequentes associamos uma coisa com a outra. Após suspender o tal filme lá em casa e orar sobre este aspecto, ele nunca mais teve ataques de pavor noturno.
É importante nunca negligenciar a espiritualidade das crianças. Os pequenos são sensíveis no sentido de perceberem o mundo espiritual e também são como uma esponja, absorvendo tudo a sua volta. Muito cuidado com o que seu filho assiste na TV ou internet, isso poderá influenciá-lo mais do que você imagina.
Minha conclusão: filhos pequenos, até uns sete anos não deveriam ver este filme. Acima desta idade, se a criança tiver algum interesse, acredito que vale a pena assistir, se você estiver disposto a pontuar e ensinar todo aspecto contrário à Bíblia.
Sou da opinião que explicar é sempre melhor que obrigar. Nossa fé não é burra. O filme pode virar pauta de discussão em casa. Poderá ser produtivo relembrar cenas e procurar a versão bíblica para os fatos. Assim creio que pais e filhos poderiam crescer juntos.
Baixar na internet ou comprar o DVD para assistir inúmeras vezes? (como as crianças gostam de fazer). Nunca!! Volto a dizer, o aspecto espiritual do filme é forte e deixar personagens envolvidos com feitiçaria, falando algumas vezes, dialetos que não conheço, todo o dia na minha casa, seria no mínimo incoerente. Na minha casa só tem espaço para o Pai, o Filho e o Espírito Santo!
Uma curiosidade: vi o filme a noite, voltamos pra casa e ao dormir tive muitos pesadelos. Coisa que não acontecia há muito tempo! Sonhei com feitiçaria grande parte da noite. Acordei exausta! Esta foi uma particularidade minha. Em hipótese alguma é uma regra. Mas acho interessante compartilhar a experiência para mostrar como somos seres tão influenciáveis! Cuide do seu filho! Sei que dá trabalho, mas no final vai valer a pena! Deus abençoe você e a sua casa!
Com amor, Marcele Carvalho.
http://www.projetodevilar.com.br/uma-visao-crista-sobre-novo-filme-da-disney-moana/
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