Julio
Severo
Embora
fossem majoritariamente evangélicos em sua origem, os EUA não privilegiam
hoje o evangelicalismo e o governo americano claramente o desfavorece. Nas
leis de liberdade religiosa dos EUA, todas as religiões são iguais. Assim, o
evangelicalismo que fundou os EUA está oficialmente no mesmo nível do
islamismo, do hinduísmo, do catolicismo, da bruxaria, etc.
De acordo
com esse sistema americano de igualdade, oficialmente Jesus Cristo está no
mesmo nível de Maomé, Belzebu e Satanás. Aliás, nas escolas americanas você
pode rezar a Satanás e recitar o Corão islâmico, mas você não pode orar a
Jesus Cristo nem recitar a Bíblia.
De acordo
com esse sistema, o governo americano não pode honrar sua fundação evangélica
acima do islamismo, hinduísmo, catolicismo, bruxaria, etc. Se o governo
americano quiser parceria religiosa, não pode dar preferência ao
evangelicalismo. É obrigado a dar parceria igual ao islamismo, hinduísmo,
catolicismo, bruxaria, etc.
Na
Rússia, que é o maior país cristão ortodoxo do mundo, não existe essa
igualdade. A Igreja Cristã Ortodoxa é reconhecida pelo governo russo como a
maior religião cristã da Rússia. Católicos e evangélicos, que são dois por
cento da população russa, são cidadãos religiosos de segunda classe. Os
ortodoxos têm lá suas razões para fazer isso com os católicos, considerando
que o Vaticano sempre hostilizou a Igreja Ortodoxa, vendo-a como rival de sua
supremacia.
Os
ortodoxos parecem guardar mágoas contra os católicos por causa de uma invasão
de cruzados católicos em Constantinopla, que era a capital da Igreja
Ortodoxa. Constantinopla foi saqueada, estuprada e vitimada por causa desse
ódio antigo. Embora seu foco tivesse sido em grande parte nos muçulmanos, as
Cruzadas católicas vitimaram também multidões de inocentes judeus e cristãos
ortodoxos. Mas os evangélicos nunca agiram assim com os cristãos ortodoxos.
Daí, os ortodoxos não deveriam colocar os evangélicos na Rússia como cidadãos
religiosos de segunda categoria.
O Brasil
imita os EUA em liberdade religiosa. Nas recentes Olímpiadas no Brasil, o
jogador Neymar, que é um evangélico nominal, foi criticado pelo Comitê
Olímpico por usar uma faixa escrita “100% JESUS.” Mas o mesmo Comitê Olímpico
não criticou o encerramento oficial das Olímpiadas, o qual mostrou
mães-de-santo e uma glorificação descarada das religiões afro-brasileiras.
Muitos
cristãos protestaram que isso foi discriminação. Mas o que eles queriam? Eles
queriam que o mesmo respeito e consideração dados aos demônios fossem
igualmente dados a Jesus? Eles queriam que Jesus fosse igualado aos demônios?
Na
democracia de igualdade, Jesus não é melhor do que um orixá ou Satanás. No
Jornalismo da TV Cultura em 20 de agosto de 2015, o historiador Leandro
Karnal disse: “Se é proibido debochar ou insultar religiões, uma questão que
está sendo discutida no Rio de Janeiro, vamos lembrar que satanismo também é
religião e quando um pastor começar a mandar sair o demônio de alguém, a
gente pode multá-lo porque ele está insultando a fé do satanista, já que o
demônio também gera uma religião. Quem quiser atacar o demônio, chicotear o
demônio também tem de ser multado porque está insultando a fé em Satanás.”
Você pode assistir aos comentários dele aqui: https://youtu.be/wzpqu8ZMKag
Muitos
podem achar que a luta pela igualdade legal é útil, mas está trazendo mais
direitos para Satanás e seus demônios e não glorifica Jesus, e glorificar
Jesus é a missão mais importante do cristão. A missão do cristão não é lutar
para que Jesus tenha, na democracia, o mesmo valor de Satanás e seus demônios.
Quer as
leis reconheçam isso ou não, Jesus está acima dos orixás e de Satanás, que
são criaturas caídas condenadas ao inferno. Jesus não é criatura. Ele é o
Criador e Senhor. É blasfêmia concordar com leis que igualam criaturas caídas
com o Senhor que cria, salva e transforma.
Não gosto
do sistema americano atual que nivela Jesus com Belzebu. Se ressuscitasse
hoje, George Washington, o primeiro presidente dos EUA, lutaria contra esse
sistema, pois ele era favorável à prática, comum no início dos EUA, de que
todo político, para ser empossado, deveria declarar juramento, com a mão na
Bíblia, de que cria na Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
E não
gosto do sistema russo que coloca a Igreja Ortodoxa como uma igreja cristã
acima das igrejas evangélicas. Mas o sistema atual dos EUA parece muito pior.
Contudo,
se os EUA acham o sistema da Rússia pior, por que não criticam também Israel?
Assim como na Rússia, os evangélicos em Israel não são mais que 2 por cento.
O Centro de Pesquisa Pew nos EUA identificou Israel como um dos países que
coloca restrições elevadas nas religiões. O Pew disse:
Em seu
livro “Perseguidos: A Agressão aos Cristãos” (Thomas Nelson, 2013), Paul
Marshall diz:
Em
comparação com os países islâmicos, Israel oferece muito mais liberdade aos
cristãos. Mas em comparação com os EUA, Israel lhes oferece muito menos
liberdade. Aliás, se nos EUA os judeus fossem tratados como os cristãos são
tratados em Israel, haveria queixas de “antissemitismo.”
A mesma
realidade se aplica à Rússia. Em comparação com os países islâmicos, a Rússia
oferece muito mais liberdade aos cristãos. Mas assim como Israel protege e
privilegia sua religião principal, a Rússia faz a mesma coisa pela Igreja
Ortodoxa Russa.
Portanto,
a histeria da mídia americana contra a Rússia é sem base. Quando a Rússia
estabelece alguma restrição para atividades religiosas não registradas, a
mídia americana grita “censura” e “volta da União Soviética.” Mas essa mesma
mídia não grita nada sobre as restrições israelenses às atividades de
evangelismo cristão em Israel. Aliás, fica em silêncio.
A mídia
americana, que faz muito estardalhaço com a Rússia, não faz o mesmo
estardalhaço com a Arábia Saudita, que mata cristãos e proíbe a Bíblia e
cultos. A única diferença parece ser que a Rússia é inimiga política dos EUA
e a Arábia Saudita é oficialmente “amiga.” Exatamente como Israel, a Rússia
não assassina cristãos e não proíbe a Bíblia e reuniões de adoração
registradas.
Evidentemente,
todos esses países precisam de uma mudança poderosa.
Israel
precisa de um avivamento, para viver as maravilhas do Messias Jesus Cristo.
A Rússia
precisa de um avivamento, parar entender que melhor que a Igreja Ortodoxa
Russa é viver para Jesus Cristo.
Os EUA e
o Brasil precisam de um avivamento, para pararem de igualar Jesus e Satanás e
colocá-los no mesmo nível em suas leis de liberdade religiosa.
O autor
do livro “The Pink Swastika” (A Suástica Rosa) Scott Lively, que conhece
muito bem os desafios de liberdade religiosa nos EUA e Rússia,
ofereceu seu comentário para meu blog:
Versão
em inglês deste artigo:
Fonte:
www.juliosevero.com
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Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)
17 de outubro de 2016
Liberdade cristã nos EUA, Rússia, Israel e Brasil
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