Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

3 de março de 2015

Necessitados – Uma cosmovisão Cristã



Prefácio

O sofrimento chegou a este mundo através da desobediência de Adão e Eva para com Deus e a resultante Queda do homem, e a natureza do seu estado original de perfeição tal como foram criados por Deus. Como consequência o homem está em desarmonia com seu criador, consigo mesmo, com outros homens e com a natureza. Desde então, a terra esteve atormentada por violência, enfermidade, desastres, morte e do sofrimento que todo isto traz.

Muitos sofrem como resultado das suas próprias decisões pecaminosas e por sua desobediência e rejeição a Deus e a Seus mandamentos. Suas decisões pecaminosas têm efeitos dolorosos e de amplo alcance sobre a totalidade das suas vidas. Abusam de seus corpos e mentes com drogas, álcool, imoralidade sexual, ou descuidam das práticas da boa saúde e sofrem, assim, tanto física como emocionalmente. Do mesmo modo, o sofrimento pode vir de relações quebradas, ambientes cheios de tensão, batalhas internas que não foram apropriadamente tratadas, ou também de ataques demoníacos. Muitos que estão na prisão colhem as consequências da sua conduta criminal, enquanto que outros são cativos de destrutivos adicionais que brotam de suas decisões. A pobreza pode, também, resultar da rebelião contra a autoridade, da preguiça, da falta de disciplina, do autocontrole e da ignorância.

Mas outros sofrem sem contribuir diretamente para as causas de seu sofrimento. São vítimas de forças externas como os defeitos de nascimento, acidentes, enfermidades, ou catástrofes repentinas (inundações, terremotos, incêndios, secas, etc.). Alguns sofrem pela morte de um membro da família ou de um ente amado. Outros são vítimas da violência humana seja nas suas formas institucionais de tirania governamental, guerra, e depreciação cultural; ou em suas formas individuais como o crime, a violência domestica e pessoal, ou pelos “pecados dos pais”.

As agências governamentais chegaram a assumir cada vez mais a responsabilidade que uma vez se encontrava nas mãos dos indivíduos, organizações privadas e igrejas para tratar com quem sofre. A filosofia política prevalecente nos leva a crer que aqueles que sofrem são responsabilidade do governo.

O governo civil tem alguma responsabilidade judicial e legal como disse o Dr. John Perkins: “É tolice esperar que nosso governo tome a dianteira provendo serviços sociais, criativos, construtivos e de cuidado.” A história dos pobres mostra que o governo é ineficiente, perpetuando os males que buscam resolver.

Em contrapartida, a Bíblia atribui a responsabilidade primária de ajudar aquele que sofre aos cristãos quanto indivíduos e à Igreja. Temos um mandamento da parte de nosso Senhor, e Sua promessa de canalizar Seus grandes recursos de amor, sabedoria e energia através de nós para realizar nossa tarefa. Esta não é uma opção, mas uma obrigação. Não podemos dar o nosso papel como as mãos, coração e pés de Jesus ao governo ou a qualquer outro.

“E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”(Tiago 2:15-16)

Os motivos impulsionadores e as metas primárias por trás de toda ação de caridade devem ser obedecer e glorificar a Deus, trazer os pecadores a um conhecimento salvador de Cristo, e apresentar a todo o crente como uma pessoa madura em Cristo. O Corpo de Cristo deve ser reconhecido como um povo que escuta os clamores daqueles que estão em necessidade e que vem a procura de sua ajuda. Portanto, não devem existir divisões entre o evangelismo e o ministério em prol das pessoas que sofrem. Deve haver um testemunho de obras de compaixão, se existir um verdadeiro testemunho da mensagem de Jesus Cristo. Pois Jesus disse a que veio: "O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor." (Lucas 4:18-19) Como Seu povo devemos fazer o mesmo, fazendo uso de Seu poder e de Sua Palavra.

Nossa meta é ajudar aos necessitados para que cheguem a ser capazes de ajudarem a outros, não edificar nosso próprio ego, fazendo-nos de nós mesmos indispensáveis. Nossa tarefa é humilde e obediente, ajudar a outros a alcançar seu potencial de ajudar aos necessitados. Não devemos buscar soluções de curto prazo que perpetuam a dependência e trazem dano a dignidade daqueles a quem “ajudamos”. Segundo Perkins, para corrigir a injustiça econômica, devemos buscar desenvolvimento, capacitar as pessoas para que cheguem a ser autossuficientes através do poder do evangelho. As vítimas da fome e da guerra dependem de nossos esforços de ajuda humanitária, e não nos atrevemos a descuidar de suas necessidades. Mas a necessidade maior é a do desenvolvimento para romper o ciclo da pobreza, de modo que os receptores de hoje sejam os doadores de amanhã.

Esta estratégia deve estender-se a muitas áreas do necessitado, a Bíblia diz que é mais bem aventurado dar do que receber, portanto necessitamos motivar e equipar a outros para que deem e para que eles também possam colher a benção de Deus.

Ainda que cada Cristão tenha responsabilidade pessoal pelos que estão sofrendo, a ação individual não é suficiente. A igreja deve ser um refúgio, um ministério de compaixão e uma voz pela justiça. Além de organizar esforços conjuntos para ajudar a quem sofre, a igreja deve estar de acordo com a ordem bíblica das estruturas sociais, econômicas, legais, educacionais, médicas e governamentais. Fazer isto não somente eliminaria muito sofrimento, mas também aumentaria a justiça e a compaixão, incrementando a efetividade da mensagem da salvação. Isto requer que os Cristãos em todas as esferas da vida cooperem em e através de suas igrejas locais, e que as igrejas locais também trabalhem juntas.

Jesus disse que a Lei podia ser resumida nos mandamentos de amar a Deus e amar ao próximo. Não devemos fechar nossos corações a alguém em necessidade quando temos meios para ajudar. Não podemos esperar eliminar todo o sofrimento no mundo, ou também na vida de uma pessoa; tentá-lo produzirá somente frustração e desesperação. O mundo ainda está caído e a opção pelo pecado sempre está presente. Mas somos chamados a realizar atos de amor significativos e sacrificiais em compaixão e obediência a Deus. “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. “(1 João 3:16-18)

Com estes pensamentos em mente apresentamos as seguintes afirmações e negações com a esperança de que ajudem a conduzir ao Corpo de Cristo a uma ação mais efetiva na ajuda aos necessitados.


AS CAUSAS DO SOFRIMENTO

1. Afirmamos que a causa fundamental do sofrimento é a caída do homem registrada em Gênesis 3.
Negamos que Deus ou a natureza fossem a causa fundamental do sofrimento no mundo, e que o homem e a natureza se encontrem em seu estado normal.

2. Afirmamos que as causas do sofrimento e a carência – o pecado e a separação de Deus, as obras do Adversário, a eleição pessoal e ancestral, a opressão individual e coletiva – sempre deverão ser abordadas.
Negamos que qualquer auxílio ao necessitado efetue uma mudança positiva e de longa duração se somente são aliviados ou eliminados os sintomas.

3. Afirmamos que existem pessoas feridas e sofridas que são vítimas inocentes de causas naturais ou humanas neste mundo caído.
Negamos que todo o sofrimento resulta do pecado e da decisão pessoal.

4. Afirmamos que a Bíblia estabelece e apresenta o padrão para a estrutura familiar; que o colapso desta estrutura definida é causa de muita dor; e que tal colapso resulta do distanciamento e abandono dos padrões Bíblicos estabelecidos por Deus.
Negamos que o colapso da família seja causado por falta de emprego, falta de educação ou racismo.

5. Afirmamos que algumas pessoas sofrem como resultado direto da decisão pessoal, colhendo as consequências de suas próprias ações.
Negamos que todos aqueles que sofrem de hábitos destrutivos, pobreza, homossexualidade ou enfermidade sejam simplesmente vítimas da mudança, sociedade, opressão ou herança.

6. Afirmamos que todos os não Cristãos sofrem espiritualmente, no âmbito emocional e fisicamente pois não conhecem ou não obedecem a Deus; que necessitam aceitar a Jesus Cristo como Salvador e Senhor para desfrutar do fruto do Espírito aqui e agora para escapar do sofrimento eterno, e que os Cristãos devem ministrar o evangelho da salvação.
Negamos que algum não Cristão não está sofrendo e que não se encontre em necessidade de salvação.

A NECESSIDADE DE UMA RESPOSTA BÍBLICA

7. Afirmamos que há muitas pessoas que estão sofrendo no mundo e que não podemos, diante de Deus, permanecer isolados deles.
Negamos que o sofrimento seja algo que não exista ou não seja importante só porque não o vemos, e que não sejamos afetados pelo sofrimento de outros.

8. Afirmamos que Deus espera que todos os Cristãos respondam com amor e compaixão a aqueles que estão sofrendo, seja como vítimas inocentes ou como resultado das decisões pessoais.
Negamos que a compaixão mostrada aos necessitados seja uma opção, e que a necessidade de confrontar o pecado na vida de alguém nos livre da necessidade de amar e ajudar-lhes.

9. Afirmamos que cobrir as necessidades daqueles que sofrem é parte integrante da comissão de Cristo de pregar o evangelho e de fazer discípulos em todas as nações.
Negamos que o evangelho pode ser pregado com indiferença frente às necessidades temporais.

10. Afirmamos que a participação direta nas vidas e comunidades daqueles que sofrem é algo essencial para a ajuda efetiva.
Negamos que o ministério centrado em Cristo aos que sofrem seja possível sem o contato pessoal íntimo com aqueles que sofrem e o conhecimento em primeira mão de seu ambiente.

11. Afirmamos que a ajuda para o que sofre deve afirmar o valor e dignidade de cada pessoa; que deve abordar a totalidade da pessoa no corpo, alma e espírito no contexto de um entorno social e natural, que devemos, com todo respeito, ajudar a desenvolver habilidades e destrezas, ensinando ao que sofre a ajudar os outros.
Negamos que qualquer ajuda dada ao que sofre efetue uma mudança positiva em longo prazo se esta desvaloriza ao individuo, se deixa de envolver a totalidade da pessoa no processo de ajuda, ou se incrementa a dependência não bíblica em outras pessoas ou instituições.

12. Afirmamos que somente os programas que operam sobre a base dos princípios bíblicos são capazes de abordar a causa raiz do sofrimento e envolver a totalidade da pessoa no processo de ajuda, efetuando deste modo uma mudança positiva e duradoura, e que a Igreja, por tanto, está projetada e equipada de maneira única para ser a instituição mais efetiva para ajudar aos que sofrem.
Negamos que algum programa não Cristão ou secular possa abordar adequadamente a raiz do problema do sofrimento, envolver a totalidade da pessoa temporal e espiritual e, portanto, que tais programas podem levar a execução de uma mudança positiva e duradoura do sofrimento.

13. Afirmamos que os Cristãos, as igrejas e as organizações Cristãs, devem – quando podem fazê-lo sem comprometer os princípios Bíblicos – trabalhar com as agencias governamentais existentes, e influenciá-las, com os negócios e as instituições locais de alcance para ajudar aos que sofrem, e que isto deve ser a responsabilidade de todos os cidadãos, especialmente dos Cristãos, como participantes no governo.
Negamos que seja incorreto que os Cristãos cooperem com os bons programas governamentais e seculares que ajudem aqueles que estão em necessidade, e que seja inapropriado fazê-lo como um testemunho Cristão de amor e interesse, e como uma oportunidade para compartilhar o evangelho.

14. Afirmamos que os Cristãos e a Igreja devem buscar, de maneira humilde, diligente e contínua, a sabedoria de Deus por meio do Espírito Santo e das Sagradas Escrituras, com o propósito de entender como ajudar melhor aos que sofrem.
Negamos que os Cristãos ou a Igreja pode ministrar efetivamente sem a orientação e direção de Deus.

AJUDANDO AOS POBRES

15. Afirmamos que o papel cada vez maior do governo civil para ajudar aos que sofrem tem sido extremamente ineficaz, que muitas agências, instituições e programas governamentais são extremamente desperdiçadores, desviam fundos econômicos aos burocratas e as funções burocráticas ao invés de dirigi-los aos necessitados; e que as crescentes demandas de recursos por impostos para o serviço humano roubam ao setor privado a oportunidade de prestar assistência diretamente e estender, desta maneira, um interesse pessoal, amor e testemunho Cristão.
Negamos que a responsabilidade principal de ajudar aos que sofrem se encontre no governo civil; que os programas governamentais sejam efetivos para produzir benefícios duradouros; que os programas governamentais tenham provado ser efetivos no manejo e administração dos custos; que a maior parte desse dinheiro tenha sido realmente dirigida aos necessitados; e que os programas governamentais fomentem um testemunho pessoal de amor e ajuda espiritual.

16. Afirmamos que a assistência social tem recompensado e encorajado a imoralidade; que tem contribuído significativamente à destruição da família Afro-americana nos Estados Unidos; e que paralisa os supostos beneficiários ao causar um ciclo de dependência.
Negamos que o subsídio por desemprego seja um meio efetivo para combater a pobreza seja para o presente ou a longo prazo.

17. Afirmamos que existem aqueles que sofrem por uma pobreza deliberada; que necessitam ser desafiados, educacional, espiritual e culturalmente a serem mais responsáveis e trabalhadores para que seus filhos e netos não repitam seu descuidado estilo de vida; e que ainda a Igreja não deve aprovar ou consentir a preguiça deve prover uma ajuda substancial para as vítimas da indolência de outros, tais como os filhos ou esposas daqueles chefes de família caracterizados pela ociosidade.
Negamos que qualquer um, mas especialmente aqueles que sofrem de pobreza deliberada, devem ser supridos tomando pela força o dinheiro de outros.

AJUDANDO AOS PRISIONEIROS

18. Afirmamos que o alcoolismo e as drogas resultam das decisões e escolhas pessoais.
Negamos que o alcoolismo e as drogas resultam unicamente da herança ou de fundo cultural.

19. Afirmamos que a restituição, as multas e a pena capital são mais efetivas que o encarceramento para o estabelecimento da justiça e da prevenção do crime.
Negamos que Deus tenha tido o propósito de que as sociedades usassem o encarceramento como um castigo de longo prazo e de uso frequente.

20. Afirmamos que os prisioneiros sofrem de descuido, instalações inadequadas e carecem de um tratamento compassivo, humano e corretivo, e que os Cristãos devem estabelecer ajudas que impulsem a mudança de vida para os encarcerados.
Negamos que os encarcerados tenham que ser desatendidos ou desvalorizados, e que não tenham potencial para uma mudança drástica – especialmente se são regenerados em Cristo.

21. Afirmamos que as estruturas judiciais e legais devem prover os meios para uma sentença justa e equitativa fazendo com que o castigo seja proporcional ao crime, e que as estruturas atuais são, em muitos casos, ou demasiadamente brandas, demasiadamente rigorosas, ou totalmente ineficientes em dar uma ajuda legítima e corretiva aos ofensores e em proteger a comunidade da reincidência criminal.
Negamos que o custo do sistema penal está produzindo resultados satisfatórios.

AJUDANDO AOS DESCAPACITADOS

22. Afirmamos que todas as pessoas devem honrar e respeitar as pessoas idosas; que devemos dar a oportunidade para que contribuam significativamente na família, na igreja e sociedade; e que devemos recorrer à riqueza de sua experiência, dons e habilidades.
Negamos que alguém deva ignorar ou não respeitar as pessoas idosas, e que devem ser tratadas como obstáculos a realização pessoal, familiar ou social.

23. Afirmamos que aqueles descapacitados físicos e mentais são criados por Deus com a mesma dignidade e valor dados a todos os seres humanos, e que devem ser integrados na vida cotidiana da família, igreja e sociedade como membros que contribuem, com considerações apropriadas para auxiliarem em suas necessidades únicas.
Negamos que os impedimentos físicos e mentais sejam necessariamente castigos de Deus; que a pessoa com impedimentos tenha menos dignidade ou valor que os outros ou que não faça contribuições vitais; e que as deficiências na criança ainda não nascida não justifica que os matem no ventre.

24. Afirmamos que Deus cura sobrenaturalmente; que Ele da ao homem a habilidade de combater a enfermidade e aliviar o sofrimento físico através da ciência e da prática média; que Ele tem proporcionado o conhecimento para prevenir algumas enfermidades por meio da nutrição adequada e a boa condição física; e que a nutrição apropriada e a boa condição física e mental são essenciais para a boa saúde.
Negamos que Deus cure sobrenaturalmente sempre ou nunca, e que o uso da medicina, tecnologia médica ou cirurgia seja incompatível com a fé em Deus.

25. Afirmamos que quem sofre mental e fisicamente necessita de amizade pessoal, conselho espiritual e espeito, o mesmo que uma adequada ajuda profissional, e que a confusão e a tensão emocional e psicológica também poder ser causadas pela influência demoníaca.
Negamos que os Cristãos devam evitar a quem está necessitado mental e fisicamente.

AJUDANDO AOS OPRIMIDOS

RESPONDENDO A OPRESSÃO DOMÉSTICA

26. Afirmamos que a violência doméstica, seja física, sexual ou emocional, seja matrimonial ou incestuosa, é uma abominação e deve ser uma ofensa criminal, e que deve ser trata pelas igrejas, comunidades e autoridades civis.
Negamos que a violência doméstica pode ser confundida com os métodos bíblicos de disciplina aplicados de maneiras apropriadas por parte dos membros responsáveis da família; que a violência doméstica pode ser justificada por alguma razão; que as autoridades locais do governo não tenham o direito de intervir apropriadamente na violência doméstica; e que as igrejas não tenham a obrigação de aconselhar e ensinar contra tais práticas pecaminosas.

27. Afirmamos que dentro da estrutura familiar (especialmente a família americana negra) o homem abdicou de seu papel como cabeça espiritual e natural do lar, e que a desorientação da família é responsabilidade última do homem.Negamos que o homem seja inadequado para cumprir o papel de provedor espiritual e físico da sua família, e que não tenha esperança – como sugere uma estatística popular – para a família negra.

28. Afirmamos que as vítimas do aborto e infanticídio são seres humanos que foram submetidos a uma dor espantosa.
Negamos que as vítimas infantis do aborto e do infanticídio não sejam humanas ou que sejam incapazes de sentir dor.

29. Afirmamos que as mulheres que praticam um aborto são em muitos casos exploradas pela má informação, a influência coerciva, temor, falta de opções, e que deste modo são danificadas emocional e fisicamente, abusadas e exploradas, e frequentemente sofrem de prolongadas feridas psicológicas e emocionais.
Negamos que todas as mulheres que praticam o aborto sejam informadas adequadamente da verdadeira natureza dos seus bebes ainda não nascidos, os perigos para sua própria saúde física e emocional, e das consequências de tirar a vida inocente de seus bebes não nascidos.

30. Afirmamos que o aborto, como meio de controle de natalidade, tem efeitos devastadores sobre nossa nação e no mundo, e que fomenta a libertinagem que pode causar epidemias de enfermidades sexuais, desvalorizar a santidade do matrimonio e a família, e – o pior de tudo – destruir o respeito pela vida humana.
Negamos que o uso do aborto como meio de controle de natalidade tenha beneficiado nossa nação.

31. Afirmamos que os filhos são a herança do Senhor, que os pais são responsáveis por eles; e que a obrigação principal dos filhos é a obediência a seus pais.
Negamos que o governo tenha a responsabilidade principal de cuidar das crianças; que o curso de vida de qualquer jovem faça com que seja inerentemente rebelde, imoral ou violento; e que sejam corretas as atividades sexuais pré-nupciais, a experiência com drogas, e outras pressões sociais fortes e ímpias de seus colegas – as quais conduzem ao sofrimento.

32. Afirmamos que somente a fé em Jesus cristo pode salvar redimir e restaurar a família.
Negamos que algum programa de assistência governamental pode salvar a família.

RESPONDENDO A OPRESSÃO CRIMINAL

33. Afirmamos que as vítimas de crimes devem ser protegidas e compensadas de suas perdas por parte dos ofensores sempre que seja possível, e que os ofensores devem ser punidos rapidamente e devem receber o castigo apropriado.
Negamos que as vítimas estão sendo adequadamente protegidas ou compensadas por parte de seus ofensores.

34.Afirmamos que a pornografia como uma praga demoníaca, prejudica a todos direta ou indiretamente, causando abuso mental e físico, violência e decadência mais longe do que se pode descrever, e destruindo aos ofensores e vítimas de todas as idades.
Negamos que a pornografia tenha algum valor artístico ou redentor, que seja neutra, ou que garante a proteção sob a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos; que seja digna de ser preservada; e que seja seguro para seus produtores, consumidores e para toda a comunidade em que exista.

RESPONDENDO A OPRESSÃO RACIAL

35. Afirmamos que toda a humanidade é criada a imagem de Deus e deve ser como tal;
que deus cumprirá Seus propósitos através de pessoas de diferentes raças e culturas; que o favoritismo e o prejuízo racial são pecaminosos e odiosos para Deus, causando um grande sofrimento e privações humanas, e que a Igreja tem a responsabilidade especial de ensinar e apoiar o princípio da imparcialidade e de tomar a iniciativa para eliminar o favoritismo racial, incluindo as leis e tradições existentes.
Negamos que a Bíblia aprove alguma forma de prejuízo racial ou ensine que alguma raça fosse ou é tem menor dignidade que alguma outra raça.

36. Afirmamos que se deve admitir abertamente o prejuízo racial e renunciá-lo, e que o arrependimento e a restituição vicária devem levar ser realizadas por todos os Cristãos pelos pecados atuais e pelos de seus antepassados.
Negamos que o prejuízo racial vá desaparecer de maneira voluntária, e que se possa ser tratado a portas fechadas.

37. Afirmamos que o prejuízo racial existe nos sistemas de emprego, habitação, práticas financeiras e de crédito, governo, educação e negócios.
Negamos que a Igreja tenha feito um esforço unificado, consistente e efetivo para auxiliar aqueles que sofrem preconceitos, e que a maioria dos lideres da sociedade tenham iniciado esforços significativos para aliviar as iniquidades sociais.

38. Afirmamos que em Cristo há unicamente uma Igreja e que Deus deseja que os Cristãos levem o evangelho a povos de diferentes raças, culturas e heranças, unindo-os em Cristo.
Negamos que exista justificação ou desculpa alguma para a existência do racismo no Corpo de Cristo.

39. Afirmamos que os Cristãos negros, como os brancos, têm a responsabilidade de reconciliar a divisão entre negros e brancos e entre as famílias Cristãs negras e as nações, e que Jesus Cristo pode preencher as lacunas entre as raças no Corpo de Cristo.
Negamos que a Igreja branca tenha a responsabilidade total de preencher as lacunas raciais.

40. Afirmamos que os líderes Cristãos dos meios massivos de comunicação devem arrepender-se políticas racistas, e fazer restituição por elas, e devem fazer um esforço sério para alcançar as comunidades das minorias e buscar ministros e líderes das minorias para despertar a suas comunidades com o Evangelho.
Negamos que se tenha realizado a restituição, particularmente na forma de provisão de taxas reduzidas, tempo, desenvolvimento de programas, equipe de televisão e empregos em todos os meios de comunicação, e que as minorias sejam incapazes de produzir uma programação de qualidade e de escrever materiais que despertem suas comunidades a um avivamento substancial.

41. Afirmamos que os atuais líderes das comunidades minoritárias que colocam a politica em primeiro lugar não cumprem com sua principal responsabilidade espiritual de conduzir a suas comunidades a um conhecimento salvador de Jesus Cristo e de discipular a suas comunidades sob Seu Senhorio.
Negamos que a ação social somente possa trazer justiça e paz as minorias e as relações raciais.

RESPONDENDO A OPRESSÃO SEXISTA

42. Afirmamos que ambos os sexos foram criados a imagem de Deus como únicos e diferentes, mas com o mesmo valor, dignidade e significado na sociedade, e que seus papéis e limites diferem para que possam se satisfazerem e complementar-se um ao outro na família, igreja e sociedade.
Negamos que o homem e a mulher tenham sido criados ao mesmo tempo e da mesma maneira; que tenham os mesmos papeis ou limites; e que as mulheres possam ser consideradas como inferiores intelectual, física ou espiritualmente, ou que pode ser negado um igual respeito e oportunidades nas atividades educativas, econômicas, sociais ou pessoais.


RESPONDENDO A OPRESSÃO POLÍTICA E ECONÔMICA

43. Afirmamos que os sistemas governamentais e políticos tais como o totalitarismo que impõe valores ateus e antibíblicos e nega a liberdade religiosa (ex. comunismo, fascismo, socialismo, Nazismo e a Teologia da Libertação) são sempre opressivos e devem ser enfrentados de maneira vigorosa, especialmente em sua expansão arbitrária e agressiva e seu controle das pessoas, tanto individual como coletivamente.
Negamos que os governos ou ensinos ateístas sejam neutros moral ou religiosamente; que podem ser aprovados, ignorados ou aceitados; e que tais sistemas podem sobreviver sem violência e a opressão massiva dos povos e nações.

44. Afirmamos que a Bíblia respalda uma política justa de imigração combinada com o respeito e a proteção dos direitos e propriedades dos residentes. Negamos que exista uma razão Bíblica ou econômica para proibir ou limitar severamente a imigração, e que as leis de imigração devem sempre abusar ou maltratar os estrangeiros.

45. Afirmamos que as ações afirmativas criam dependência, prejudicam a iniciativa, a diligência e a responsabilidade, e, por fim, trazem prejuízo ao sentido de valor daqueles que se “beneficiam” da mesma.Negamos que as ações afirmativas devem ser utilizadas como muletas; que sejam um fim em si mesmas; e que devam ser sempre usadas em detrimento da conformidade com o principio Bíblico da imparcialidade.
Um Chamado a ação na ajuda ao Necessitado


AÇÕES GERAIS

Devido às convicções anteriores, chamamos a todos os homens e mulheres que professam a Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal a unir-se a nós em:

1. Examinar com seriedade as afirmações e negações a luz da Palavra de Deus para ver se são certas, e informando-nos diretamente daqueles pontos nos quais creiam que temos nos apartados das Escrituras ou da lógica.

2. Reexaminar nossas próprias teorias e práticas a respeito a ajuda dos necessitados e pedir a Deus que nos mostre onde estamos falhando.

3. Arrepender-nos de todos os pecados conhecidos, confessando e abandonando-os, pedindo perdão tanto a Des como a todos aqueles a quem tenhamos ofendido, e logo fazer toda a restituição possível;

4. Orar pedido a Deus que encha a todo seu povo com o poder de capacitar do Espírito Santo para que possamos trazer nossas vidas pessoais e nossas teorias e práticas de ajuda ao necessitado a uma conformidade mais próxima a Sua vontade revelada sobre uma base permanente e consistente;

5. Buscar orientação de nossos irmãos e das autoridades da igreja local, a respeito de como podemos respaldar-nos mutuamente e influenciarmos uns aos outros para fazer que nossas práticas de ajuda aos necessitados glorifiquem a Deus.

Havendo tratado com nossos próprios pecados e fracassos pessoais, e havendo colocado a nos mesmos como responsáveis ante a Bíblia e ante aos irmãos, agora nos comprometemos a:·
Influenciar a qualquer Cristão conhecido ou associações Cristãs com as quais trabalhamos a que considerem seriamente nossas afirmações e negações com o objetivo de levar em consideração suas respostas;
Influenciar aqueles no campo da ajuda aos necessitados e que concordem com nossas afirmações e negações para que possam implementar estas propostas em seu trabalho;
Reconhecer que nenhum programa que tenhamos inventado substituirá a redenção e a regeneração que somente Deus pode dar, e que até que os sofridos se submetam ao senhorio de Cristo estaremos tratando problemas superficiais;
Reconhecer que neste mundo caído a verdadeira fonte de cura e consolo para aqueles que sofrem é o Grande Médico, Jesus cristo, quem deve ter plena liberdade de trabalhar na vida das pessoas;
Mobilizar e estabelecer redes com nossos recursos Cristãos e trabalhar em conjunto com as outras esferas profissionais tanto dentro como fora da Coligação para o Avivamento (COR), para ver que as condutas do Corpo de Cristo e de nossa nação mudaram para poder se aproximar mais e mais da visão da realidade e moralidade que nos são apresentadas nas Sagradas Escrituras.


ESPECIFICAÇÕES

Para estes fins, nos comprometemos com as seguintes metas:

1. Tratar com a pessoa completa em nossos esforços para ajudar aos necessitados, trazendo para perto deles um entendimento da realidade de Deus;

2. Esforçarmos por devolver ao indivíduo, a família, as associações privadas e a Igreja muita da responsabilidade pelos necessitados que agora exerce o governo civil, por meio do voto, escrevendo a aqueles que estão revestidos de autoridade e simplesmente fazer o que é necessário em vez de esperar que alguém mais o faça;

3. Fazer toda ajuda de auxílio, tão direta como possível, impedindo desse modo a absorção e desperdício de recursos no plano administrativo e assim, como embaixadores de cristo, exemplificar a ajuda apropriada para os necessitados;

4. Buscar maneiras de fazer que a ajuda que oferecemos resulte em um benefício de longa duração, ou seja, capacitando aqueles necessitados e sofridos a começarem a ajudar a outros a medida que aprendam a satisfazer suas próprias necessidades em obediência a Deus, fazendo o possível, deste modo que nossa ajuda edifique e sustente a dignidade dos receptores;

5. Trabalhar pela salvação dos necessitados sabendo que somente isto provê uma solução eterna de seus problemas e a benção eterna nesta vida e na vindoura;

6. Coloquemo-nos a vanguarda, como Corpo de Cristo, abandonando todos os preconceitos contra as pessoas:
6.1. Promovendo a discussão aberta e honesta através de todas as barreiras artificiais;
6.2. Resolvendo conflitos de raças e diferenças culturais;
6.3. Vendo as pessoas descapacitadas como valiosas e capazes de contribuir significativamente a vida da família, igreja e comunidade;
6.4. Examinando-nos atentamente a nós mesmos em oração e meditação da Palavra de Deus, para ver nossos preconceitos, e pedir a Deus e a nossos companheiros crentes que nos corrijam;
6.5. Não dando ao mundo motivos para ser acusados de desvalorizar a qualquer ser humano com base na falsa norma do preconceito;
6.6. Desenraizando o prejuízo racial no Corpo de Cristo por meio do arrependimento, amor e disciplina;
7. Clamar por justiça para aqueles a quem o mundo deixou de ouvir: as minorias, os idosos, as crianças nascidas e não nascidas, e todos aqueles que não têm o poder político suficiente para serem escutados em um mundo ímpio, devem ver que suas vozes são escutadas pela da Igreja de Jesus Cristo;

8. Examinar os equívocos passados e fazer a restituição sempre que possível;

9. Influenciar a sociedade para que respeite e defenda o conceito de restituição para aqueles que sofrem como vítimas do crime;

10. Examinar como usamos nosso dinheiro, tempo e energia, e determinando estar ativos na ajuda aos necessitados segundo o Espírito Santo nos dirija através dos vários ministérios Cristãos;

11. Educar as congregações ao respeito e ajudar-lhes a participarem nas oportunidades para ajudar aos necessitados;

12. Ajudar as igrejas a estabelecer sistemas internos para prover aos pobres que se encontrem nelas;

13. Opormos ao estabelecimento de falsidades relacionadas com os “direitos humanos” tais como os “direitos dos homossexuais”;

14. Enfocar nossa própria atenção e energias, e a de outros, nos assuntos reais sobre direitos humanos tais como os direitos dos não nascidos, os descapacitados, e os idosos;

15. Treinar ou ajudar a treinar pastores e trabalhadores sociais Cristãos e a profissionais da atenção à saúde a identificar, unir e expulsar os demônios daquelas pessoas endemoniadas;

16. Resgatar as pessoas da dependência química;

17. Encorajar e ajudar as igrejas suburbanas e de classe média a estabelecer vínculos ativos e próximos com as igrejas pobres das zonas urbanas para dirigirem seus recursos monetários, de amor, gente, conexões e habilidades para ajudar a essas igrejas irmãs.


Autores:
http://www.churchcouncil.org/Reformation_net/COR_Docs/SpanishTranslations/Christian_Worldvie

Via:
http://movimentoreforma.com/artigos-sobre-os-necessitados-uma-cosmovisao-crista/

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