Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

4 de janeiro de 2015

A Bíblia Vulgata

A Bíblia Vulgata

Por Ricardo Moreira Braz do Nascimento 

A Bíblia Vulgata foi o primeiro livro impresso da história, trabalho realizado na Prensa de Gutenberg por volta 1456. Foi também o primeiro exemplar que reuniu todos os manuscritos em um único livro, e até hoje é uma referencia para as traduções atuais e o cristianismo ocidental.

Como isto é do conhecimento de poucos, decidi falar um pouco sobre ela. No curso de teologia a matéria que mais me chamou a atenção foi a Eclesiologia, que basicamente é uma ciência que estuda as diversas denominações de forma inter-denominacional, ou seja, sem foco denominacional, sem ponto de vista. A grosso modo posso dizer que ela avalia sem julgar as diversas religiões.

Isto me chama a atenção, não que eu não tenha ponto de vista ou simplesmente penso que “todos os caminhos levam a Deus” pelo contrário, acredito como está escrito que: “...há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo...” (I Timóteo 02:05). No entanto acredito que a igreja deve respeito a muitas pessoas, e muitas vezes no negamos em dever este respeito.

A Bíblia não existiu sempre como existe hoje, para que tenham todos uma ideia, o manuscrito original mais antigo que possuímos hoje data de 850 D.C., então o que temos hoje são cópias de cópias que foram sendo copiadas uma a uma ao longo das eras. E como o tempo de vida útil dos pergaminhos era muito pequeno a forma de não perder o que estava escrito era reescrever várias e várias vezes.

Como existiam várias traduções e textos espalhados por muitos lugares, era difícil saber qual era fidedigno ao original, ou mesmo qual pergaminho era sagrado. Com isto no ano de 382 D.C. o Bispo de Roma 'Dâmasio I' elegeu Jeronimo de Strídon para fazer uma tradução o mais fiel possível dos manuscritos que existia. Sua missão consistia em criar uma versão única dos textos sagrados e usá-la então como referencia. Uma Bíblia usada para ser a padrão.

Jeronimo estudou hebraico e dedicou 20 anos da sua vida para a tradução dos textos sagrados da língua original para o latim, examinando cuidadosamente todos os manuscritos que conseguiu localizar juntamente com os mais conceituados rabinos judeus. O trabalho de Jeronimo não foi imediatamente aceito, mas se tornou o texto oficial do cristianismo no ocidente e até hoje aceita como referência.

O nome “Vulgata” se da pela expressão: “versio vulgata”, ou seja, "versão dos vulgares," o mesmo que dizer: “escrito na língua de pessoas comuns” (vulgus). Já que era parte do propósito de Jeronimo não somente reunir os textos bíblicos, mas também criar uma versão que pudesse ser mais facilmente compreendida pela maioria da população. Portanto foi escrita em um latim cotidiano, já que os textos existentes antes dela não eram tão claros e de fácil compreensão. O objetivo foi alcançado e a Bíblia Vulgata alcançou das regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.

Por isto falei no começo do texto que devemos respeito a muitos. Este trabalho que acabamos de conhecer aconteceu por comando da Igreja Católica, que reuniu e preservou por séculos a tradução da Bíblia. Por mais que não concordemos com toda a doutrina católica, não podemos negar que este trabalho é muito útil para toda igreja que confessa o nome de Jesus Cristo como salvador para nossas almas.
 
Fontes:
Sociedade Bíblica do Brasil
Wikipédia
 
http://comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos/a-biblia-vulgata.html
 
 

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