No final de um ano e no
limiar de um novo ano você certamente também já se admirou
e disse: "O quê? Já chegamos novamente ao fim do ano?"
Quando isso acontece, somos lembrados de como a vida humana é passageira,
como o Salmo 90.9 diz tão bem: "...acabam-se os nossos anos como
um breve pensamento". A nossa vida passa "como um suspiro"
ou "como um sopro". Quanto mais velhos ficamos, mais rápidos
parecem transcorrer os anos, pois cada um deles torna-se uma parcela sempre
menor de nossa vida. E isso volta a nos lembrar que nossa vida é limitada,
que o tempo que passamos sobre a terra tem um fim. Foi isso que levou Moisés
a suplicar ao Senhor: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que
alcancemos coração sábio" (Sl 90.12). Que tipo
de sabedoria Moisés pedia? Penso que foi a sabedoria de viver a vida
de uma maneira que ela tenha valor diante de Deus. Nesse sentido o Senhor Jesus
nos conclama a juntar tesouros nos céus (Mt 6.20) e Paulo nos exorta
a buscar "as coisas lá do alto" (Cl 3.1-2). O que significa
"do alto"? Paulo explica isso de maneira bem compacta nos versículos
12 a 14, mas poderíamos citar ainda muitos outros versículos bíblicos
que dizem a mesma coisa: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos
e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade,
de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos
mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como
o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo
isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição".
Vamos investir nessas coisas
celestiais durante o novo ano, para que nossa vida seja cheia de uma riqueza
que permanece eternamente? Repetidas vezes, como na passagem acima, o amor é
exaltado no Novo Testamento como o alvo mais elevado que existe, e esse é
o amor de qualidade superior, o amor com que Jesus nos amou, dando Sua vida
por nós. Os ataques do inimigo nestes tempos finais se concentram sobre
esse amor supremo. Jesus nos alertou a respeito em Seu sermão profético: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor esfriará de
quase todos" (Mt 24.12).
Que façamos parte
dos que se tornaram sábios pela Palavra de Deus, nos quais o amor não
esfria pela injustiça que está tomando conta do mundo! Vamos nos
animar mutuamente a sermos vigilantes e a orarmos para sermos considerados dignos
de escapar de todas as coisas que têm de suceder e de estar em pé
na presença do Filho do Homem (comp. Lc 21.36)!
(Fredi Winkler - http://www.apaz.com.br)
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