Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

22 de dezembro de 2014

O local do nascimento de Jesus através dos tempos


 Dr. Roger Liebi


Há aproximadamente dois mil anos, Jesus nasceu em Belém. Por que justamente ali?
Jesus nasceu em Belém não apenas porque o profeta Miquéias profetizou que assim seria, mas porque Belém significa “Casa do Pão”. Em certa ocasião, Jesus disse: “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede” (Jo 6.35).

Vamos fazer uma viagem imaginária até Belém. O que aconteceu ali no passado? Como está Belém hoje?

Diante da Igreja da Natividade, em Belém.

Belém no século XX
Belém há 55 anos: Israel encontrava-se em plena Guerra da Independência. Era a guerra pela sobrevivência do recém-proclamado Estado judeu. Belém foi ocupada pelo exército jordaniano com o apoio do Iraque, da Síria, do Líbano, do Egito, da Arábia Saudita e do Iêmen.

Belém no século XXI
Belém hoje: Através dos Acordos de Oslo, Belém se encontra sob domínio palestino – exatamente como a Jordânia queria. Assim, Belém faz parte do grupo de cidades da Terra Prometida de onde diariamente partem ameaças terroristas contra Israel.

Belém há três mil anos
Quando nos damos conta de que em árabe a palavra “palestinos” é a mesma que “filisteus”, ou seja, “filastini”, somos lembrados de algo que aconteceu ali há três mil anos: Belém estava ocupada pelos filisteus. O judeu Davi quase se consumia de saudades do lugar onde passara sua infância (2 Sm 23.13-17).
Davi cresceu em Belém. No deserto, ele cuidava dos animais de seu pai defendendo-os de ursos e leões. Davi tinha um dom especial para a música e a poesia hebraica. Através de revelações proféticas, ele sabia que um dia o Messias, o Salvador prometido, viria de sua descendência. Cerca de 1004 anos antes de Cristo, esse pastor de Belém conquistou a cidade de Jerusalém e elevou-a à condição de capital de seu reino. Por essa razão, há algum tempo, Jerusalém celebrou um jubileu muito especial: 3000 anos como capital judaica.

Belém no início da era cristã
No Talmude, a mais importante obra teológica para os judeus, está escrito: “Depois dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias o Espírito Santo afastou-se de Israel”.

Belém há 2000 anos: uma pequena e idílica cidadezinha situada na orla do deserto da Judéia, distante apenas doze quilômetros da esplendorosa capital Jerusalém. Por sua posição geográfica, Belém era muito apropriada para a criação de ovelhas. O deserto da Judéia é um deserto cheio de vida. Durante nove meses do ano ele fornece alimentação para ovelhas e cabras. No inverno, na época das chuvas, o deserto floresce e os montes se cobrem com um tapete verde. Os arredores de Belém são muito férteis, adequados ao plantio de cereais. Daí provém, provavelmente, o significativo nome de Belém, “Casa do Pão”.

Uma singular história de amor
No final do segundo século antes de Cristo desenrolou-se em Belém a história de amor entre Rute e Boaz, relatada no livro de Rute. Ele era israelita, ela moabita – o que hoje equivaleria a ele ser israelense e ela jordaniana. Será que esse não foi um romance meio complicado? Não, o relacionamento era bom, até muito bom, por uma razão bem definida: Rute, por profunda convicção pessoal, afastou-se da religião de seus antepassados e buscou refúgio sob as asas do Deus de Israel, o Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Ao se voltar para Deus, ela estava automaticamente aceitando as promessas que o Eterno fizera ao Seu povo Israel. Seu casamento foi abençoado com descendentes, e um de seus netos alcançaria um significado especial na história da humanidade: foi Davi, o maior rei de Israel, que conduziu o povo ao seu apogeu político. O sábio rei Salomão pôde, então, construir seu reino de paz sobre as surpreendentes vitórias militares de seu pai Davi.

Belém na profecia
No oitavo século a.C., Belém ficou no foco das profecias bíblicas. Miquéias, o morastita, anunciou que o Salvador prometido viria da dinastia de Davi e nasceria em Belém: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).

Deus cumpre as profecias apesar da confusão política
Os acordos de Oslo colocaram Belém sob o domínio palestino.

Os profetas de Israel anunciaram antecipadamente centenas de detalhes sobre o Messias. O último profeta do Antigo Testamento foi Malaquias, por volta do ano 400 antes de Cristo. Quando Belém se encontrava debaixo do domínio persa, esse profeta falou mais uma vez do Esperado. Depois dele não houve mais profetas que tenham deixado profecias escritas para o povo de. No Talmude, a mais importante obra teológica para os judeus, está escrito: “Depois dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias o Espírito Santo afastou-se de Israel”. Em 300 a.C., Belém caiu sob domínio grego. No ano 63 a.C. os romanos invadiram a Judéia. Em 40 a.C. o Senado romano nomeou um “jordaniano”, o edomita Herodes, para ser “rei dos judeus”, que governava também sobre Belém. (A pátria dos edomitas encontrava-se originalmente na Jordânia). Mas a espera pelo “Vindouro”, como o Messias é chamado muitas vezes pelo povo de Israel, não terminou. Ao contrário. Ela ficava cada vez mais ansiosa – até que, numa certa noite, mensageiros celestiais proclamaram nos campos de Belém as grandiosas palavras: “Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lc 2.10-11). Grande alegria porque na “Casa do Pão” finalmente entrava Aquele que tinha autoridade para dizer de si mesmo: “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.48). Grande alegria mesmo que a pequena cidade judaica continuasse sofrendo debaixo do domínio estrangeiro! Aprendemos daí que o fato único de Deus tornar-se homem é tão grandioso que deixa de lado todos as outras ocorrências, todas as coisas, inclusive os problemas e as preocupações. A alegria espiritual não deve depender das circunstâncias, não deve basear-se em situações, resolvidas ou não, sejam elas políticas ou de natureza pessoal. A vinda de Jesus a este mundo traz consigo uma profunda alegria para todos aqueles que reconhecem que Ele é realmente o Cristo, o Filho de Deus. Sua vinda é a garantia de que Deus também vai cumprir todas as promessas que ainda faltam e de que o plano divino vai se realizar com toda a certeza.


FONTE:
(Dr. Roger Liebi - http://www.beth-shalom.com.br)

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