Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

3 de junho de 2013

Verdadeiras e Falsas Conversões


Por Ray Comfort
Tradução: Fernando Guarany Jr.

“É por esta razão que temos tantos convertidos ‘cogumelo’: [porque] seus pedregosos solos não são arados [antes do plantio]; Eles não têm a convicção da Lei; são pessoas cujo solo [do coração] é pedregoso.”  GEORGE WHITEFIELD

Comentário de Kirk Cameron: Achava que “desviar-se” era uma ocorrência comum e normal no Cristianismo até entender a realidade das falsas conversões e sua prevalência nas igrejas de hoje. Está lição verdadeiramente lhe abrirá os olhos.
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Perguntas e Objeções

“Já fui um cristão evangélico. Agora acredito que isso tudo é uma droga!”

Quando alguém declara que um dia foi Cristão, mas que caiu em si, está dizendo que certa vez conheceu o Senhor (veja João 17:3). Pergunte-lhe: “Você conheceu o Senhor?” Se ele responder que sim, gentilmente diga: “Então, você admite que Ele é real e que está em rebelião à Sua vontade.” Se ele responder: “Achava que tinha conhecido!”, isso lhe dá licença para dizer: “Se você realmente não tem certeza, então é porque provavelmente não O conheceu.” Se ele não conheceu o Senhor, portanto nunca foi Cristão (1 Joao 5:11-13, 20). Explique-lhe que a Biblia fala de falsa conversão, na qual pessoas cujo solo [do coração] é duro recebem a Palavra com júbilo e alegria, mas, quando vem o tempo de tribulação, tentação e perseguição, abandonam a fé. Se o indivíduo estiver aberto à razão, conduza-o pelos Dez Mandamentos até a mensagem da cruz e a necessidade de arrependimento e fé no Salvador.
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Talvez um dos conceitos mais negligenciados no Corpo de Cristo contemporâneo é o da verdadeira ou falsa conversões. O porquê de tal negligência é um mistério, pois o Novo Testamento este cheio de ensinamentos sobre o assunto e dá muitos exemplos de falsos profetas, falsos mestres, falsos apóstolos e falsos irmãos.
         Uma compreensão clara do assunto nos assegurará de não sermos culpados de pregar um evangelho que colhe falsos convertidos.
         Quando Jesus deu a Parábola do Semeador a seus discípulos, parece que lhes faltava entendimento se seu significado: “Jesus lhes disse: ‘Vocês não compreendem esta parábola? Como então compreenderão todas as outras parábolas?’” (Marco 4:13). Em outras palavras, a Parábola do Semeador é a chave que abre [as portas dos] mistérios de todas as outras parábolas. Se há uma mensagem nesta parábola, é o fato de que quando o Evangelho é pregado, existem falsas e verdadeiras conversões.
         Uma vez que esta premissa é estabelecida, a luz da percepção começa brilhar sobre as outras parábolas de Jesus sobre o reino de Deus. Se entendermos o princípio de que o verdadeiro e do falso andam lado a lado, então os outros ensinamentos parabólicos fazem sentido: o Trigo e o Joio (verdadeiro e falso), os Bons Peixes e os Maus Peixes (verdadeiro e falso), as Virgens Sábias e as Tolas (verdadeiro e falso), e as Ovelhas e as Cabras (verdadeiro e falso).
         Após ensinar sobre o Trigo e o Joio, Jesus deu a Parábola da Rede de Pesca:
Igualmente, o reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanhou toda espécie de peixes. E, quando cheia, puxaram-na para a praia; e, sentando-se, puseram os bons em cestos; os ruins, porém, lançaram fora. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes. Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Entendemos.  (Mateus 13:47-51).
         Note que os bons peixes e os ruins estavam juntos na rede. As pessoas do mundo não são pegas na rede do reino dos céus; elas continuam no mundo. Os “peixes” que são pegos são aqueles que respondem ao Evangelho – a “rede” evangelística. Eles permanecem juntos até o Dia do Julgamento.
         Os falsos convertidos não possuem uma genuína contrição por terem pecado. Eles fazem uma profissão de fé, mas são deficientes em arrependimento bíblico – “Professam que conhecem a Deus; mas em obras O negam, sendo são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra.” (Tito 1:16). Um verdadeiro convertido, entretanto, tem o conhecimento do pecado e tristeza para com Deus, arrepende-se verdadeiramente e produz “coisas que acompanham a salvação” (Hebreus 6:9). Isto é evidente pelos Frutos do Espírito, frutos da justiça, etc.
         Judas era um falso convertido. Parece que ele foi um exemplo de pessoa cujo solo [do coração] era espinhoso: “mas os cuidados do mundo, a sedução das riquezas e a cobiça de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e ela fica infrutífera.” (Marcos 4:19). Alguns destes professos Cristãos permanecem dentro da igreja, e são os que geralmente trazem descrédito ao nome de Jesus Cristo.
         Apesar dos falsos convertidos não se arrependerem de seus pecados, eles tem certa medida de espiritualidade. Judas, por exemplo, tinha. Ele conseguiu convencer alguns dos discípulos de que verdadeiramente se importava com os pobres. Ele parecia tão confiável que foi escolhido para tomar conta das finanças. Quando Jesus disse: “Um de vocês me trairá”, os discípulos não apontaram o dedo para o fiel tesoureiro, mas, ao contrário, suspeitaram de si mesmos, dizendo: “Sou eu, Senhor?” Então, não é de trazer surpresa que poucos no Corpo de Cristo suspeitem de que estamos cercados de pessoas da categoria de Judas. Entretanto, os alarmes deveriam soar quando a igreja, que deveria ter uma influência massiva na sociedade, infelizmente não a tem no frigir dos ovos. Mesmo com nossos 142 milhões de crentes professos, não conseguimos nem mesmo proibir o assassinato de crianças nos úteros de suas mães.
         Como escreveu William Iverson na revista Christianity Today: “Um quilo de carne certamente seria afetado por duzentas e cinqüenta gramas de sal. Se este é o verdadeiro Cristianismo, o ‘sal da terra’, onde está o efeito do qual falou Jesus?”
         Deus sabe distinguir perfeitamente o verdadeiro do falso, e certamente irá separá-los no Dia do Julgamento. 
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Perguntas
  1. O que Jesus disse aos discípulos quando O questionaram a respeito da Parábola do Semeador?
  2. Cite algumas das parábolas que Jesus usou para falar de falsas e verdadeiras conversões.
  3. Quando os falsos convertidos serão desmascarados?
  4. Que danos pode causar o Cristão que não compreende que de fato existem falsas conversões?
  5. Como podemos nos assegurar de que não seremos responsáveis por trazer falsos convertidos para dentro da igreja?
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Penas para Flechas
A Bíblia nos conta em Lucas 22:47 que Judas levou uma “multidão” a Jesus. Seu motivo, entretanto, não era levá-las ao Salvador para salvação. O evangelismo moderno também tem levado “multidões” a Jesus. Seu motivo pode ser diferente do de Judas, mas o resultado final é o mesmo. Da mesma maneira que as multidões de Judas abandonaram o Filho de Deus, as estatísticas mostram que até 90% (noventa por cento) daqueles que chegam a Cristo pelos métodos do evangelismo moderno abandonam a fé. Seu último fim é pior do que o primeiro. Crucificam abertamente o Filho de Deus, só que de uma maneira diferente.
Em seu zelo sem conhecimento, aqueles que preferem a facilidade do evangelismo moderno ao Evangelismo Bíblico traem a causa do Evangelho com um beijo. O que pode parecer amor pelo bem-estar dos pecadores é na verdade eternamente prejudicial a eles.
Da mesma forma que Pedro (Lucas 22:51), nosso zelo sem conhecimento está na verdade cortando as orelhas dos pecadores. Aqueles que erroneamente chamamos de “desviados” não darão ouvidos ao nosso raciocínio. Até onde eles sabem, já tentaram uma vez e não funcionou. Que vitória para o príncipe das trevas e que inenarrável tragédia para a igreja!
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Versículo para Memorização
“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus.”  Mateus 10:32, 33


Últimas Palavras

William McKinley (1841-1901), vigésimo-quinto Presidente dos Estados Unidos, foi assassinado seis meses após sua diplomação. Alvejado por um anarquista em uma exposição em Buffalo, Nova Iorque, ele agonizou por oito dias. Suas palavras de despedida foram:
 “Mais perto, meu Deus de Ti, é o caminho do Senhor. Adeus a todos!”

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Tradução: Fernando Guarany Jr.

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