Por Walter Passos
Dezenas
de irmãs e irmãos enviam e-mails relatando experiências de
discriminação racial e com preocupações sobre a maldição de Cam que
ainda é ensinada em suas igrejas. Uma irmã do sul do país escreveu:
"(...) QUERIA SABER PORQUE O POVO NEGRO SOFRE TANTO, QUESTIONEI A UM PASTOR QUE ME DISSE QUE O NEGRO ERA UM POVO AMALDIÇOADO POR DEUS, ATRAVÉS DA MARCA DE CAIM OU CANNÃ FILHO DE NOÉ, ME REVOLTEI E PROCUREI EXPLICAÇÕES, ALGUNS PASTORES DE SITES EVANGÉLICOS JÁ ME RESPONDERAM AO CONTRÁRIO QUE O POVO NEGRO É UM POVO ABENÇOADO POR DEUS (...)”
Também
pessoas não vinculadas a grupos religiosos escrevem pedindo informações
sobre tal tema, dessa forma resolvi escrever sobre este assunto que
ainda prejudica espiritualmente e serve de mistificação racial na
sociedade.
A pretensa maldição de Cam trouxe lucros tanto para a
igreja católica como para a protestante, grande exemplo é a ordem dos
jesuítas que enriqueceu com os “amaldiçoados”, e dentro do
protestantismo serviu para manutenção da escravidão. Hoje, é usada ainda
para preterir os descendentes de africanos do
bem-comum, e por incrível que pareça tem recebido outras designações que afetam diretamente o povo preto no mundo.
Escrevemos
sobre as conseqüências dessa ideologia, cujo ataque atual se destinou
dentro do continente africano, especificamente no Congo, afetando
crianças, confira no nosso blogger:
Clique Aqui - BATALHA ESPIRITUAL – AS CRIANÇAS BRUXOS DO CONGO
A
maldição de Cam é usada diretamente para alimentar a intolerância
religiosa e como base de ataques as religiões de matriz africana e
motivos dentro do cristianismo para introjetar o desamor e a baixa
estima aos pretos nas igrejas evangélicas.
A
maldição é usada especialmente em dois momentos no livro de Gênesis, os
quais usam para referir erradamente à cor preta, primeiramente para os
descendentes de Caim:
“O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.” (Gênesis 4:15)
E em relação à Canaã, o filho de Cam:
“E começou Noé a cultivar a terra e plantou uma vinha.Bebeu do vinho, e embriagou-se; e achava-se nu dentro da sua tenda.E Cão, pai de Canaã, viu a nudez de seu pai, e o contou a seus dois irmãos que estavam fora.Então tomaram Sem e Jafé uma capa, e puseram-na sobre os seus ombros, e andando virados para trás, cobriram a nudez de seu pai, tendo os rostos virados, de maneira que não viram a nudez de seu pai.Despertado que foi Noé do seu vinho, soube o que seu filho mais moço lhe fizera; e disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos será de seus irmãos.Disse mais: Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.Alargue Deus a Jafé, e habite Jafé nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo.” (Gênesis 9:20-27)
Esses
textos, especialmente o segundo, serviram para corroborar a escravidão
de africanos, numa mutilação e deturpação dos escritos bíblicos. Tenho
afirmado constantemente que os atores e atrizes do Primeiro Testamento e
também os espaços geográficos dos eventos citados ocorreram em terras
afro-asiáticas, sendo impossível a presença de civilizações brancas
participantes de tais fatos. Dessa maneira, o assevero que
historicamente e arqueologicamente a marca de cor preta como maldição é
deveras impossível, sendo mais uma mentira dos caucasianos. E continuo
desafiando teólogos e historiadores que me comprovem se houve a presença
de populações européias no cenário inicial dos fatos escritos no livro
de Gênesis.
Há questionamentos sobre a nudez de Noé e da sua
embriaguez, alguns estudiosos afirmam que houve um ato de
homossexualidade entre ele e seu filho Cam. “Viu a nudez de seu pai”
alguns interpretam como sendo de ordem homossexual, segundo
Jean-Philippe Omotunde, estes fatos são duvidosos:
"Presta bem
atenção pois é longe de ser uma brincadeira. Alguns dizem "ele viu seu
pai nu", tem que entender que ele cometeu um ato de homosexualidade com
ele, de onde a maldição de Cam (ver alguém nu é igual a uma sodomia na
cultura judia, eis o porque desta menção no "Middrash"). Autros dizem
que Cam copulou com animais na arca e é por esta razão que ele ficou
preto e maldito. É dito também que Deus, tendo dito que amaldiçoaria
mais seus filhos, só lhe restavam os netos para amaldiçoar. Para a
Biblia de Chouraqui, Cam viu o sexo do seu pai e "o Deus dos abençoados
Israel abominava a falta de pudor acima de tudo". Robert Graves e
Raphaël Pataï (ref. "Les mythes hébreux (= Os mitos hebreus)", Fayard,
1987, P. 129-134) acrescentam que de fato Canaã emasculou seu avô com
uma corda debaixo da tenda e Cam vendo isto riu. Mas eles lembram que
também existe uma versão que diz que é o Cam mesmo que procedeu a esta
emasculação. O dicionario enciclopedico do judaismo revela que Cam teria
estuprado sua mãe e concebido assim Canaã. Isto não é tudo. Para o
Rabino Rachi, é o Canaã que viu primeiro seu pai nu (ref. "Le
commentaire de Rachi sur le pentateuque (= O comentario de Rachi sobre o
"pentateuque")", livro de Keren Hasefer). Está vendo, nadamos em um mar
de baixarias."
Há
muitas versões dos textos de Gênesis e com certeza já comprovada
manipulações de traduções. Onde estão os textos originais? Quem
manipulou e modificou os textos copiados? Quais foram e são os
interesses de exegeses forçadas e hermenêuticas anti-preto? Nós sabemos
que as primeiras civilizações apare
ceram
no continente africano e nós os pretos e pretas somos a essência
divina, os seres originais criados a imagem e semelhança de Deus que
planejou e executou a criação da humanidade de cor de ébano para surgir
na África, o qual é comprovada por todos e todas pesquisadoras e
cientistas, entendemos que a falsa maldição se torna inveja e ódio ao
povo preto. A maldição de Cam é uma mentira inventada pelo eurocentrismo
para roubar as riquezas do continente abençoado e tentar destruir os
seres originais.
Uma pergunta paira no ar: Noé teve 03 filhos de
colorações epiteliais diferentes? Mas, Noé, foi um homem preto. Como se
explicar esse fato? A tal maldição foi parar em Canaã, o seu neto,
porque os hebreus iriam invadir aquele território. Afirmar que os
semitas não eram pretos ofende a minha inteligência. E sobre Jafé? Era
um homem branco? Os historiadores não podem caminhar por essas
designações; a primeira civilização caucasiana conhecida foi a helênica
que surgiu entre 1800.Ac a 2000 A.C. As localizações dos descendentes de
Jafé que embranqueceram posteriormente é correta nas regiões do
Cáucaso, sendo conhecidos no Primeiro Testamento como pagãos.
Tenho
afirmado categoricamente que os antigos hebreus foram pretos, nesse
sentido não há maldição racial, historicamente, essa afirmação é uma
falácia. Confira o artigo do blogger do CNNC:
Clique Aqui - OS HEBREUS PRETOS
A IGREJA CATÓLICA E A MALDIÇÃO DE CAM
A
igreja Católica Apostólica Romana vai corroborar a maldição de Cam em
acordos políticos, bulas papais, práticas escravocratas como o tráfico,
catequese, na beatificação de pessoas que tiveram visões imbuídas de
racismo.
O site sobre a Doutrina Católica explica a concepção assumida pela igreja na época da escravidão do povo africano.
Missionário
capuchinho queima casa de ídolos na África Centro-Ocidental, década de
1740. Fonte: Paola Collo and Silvia Benso (eds.), Sogno: Bamba, Pemba,
Ovando e altre contrade dei regni di Congo, Angola e adjacenti (Milan:
published privately by Franco Maria Ricci, 1986), p. 163.
"A
alma do negro africano regenerada pelo batismo não estava mais cativa,
ela se libertava do poder do diabo que governa as religiões em África, o
escravo no Brasil devia preservar essa liberdade da alma, para não cair
sob o domínio dos poderes malignos do seu continente de origem.
O
que se deu na verdade, segundo o entendimento da época, foi o predomínio
da idéia de que era preferível a esses grupos humanos viveram como
escravos numa cultura cristã, a viverem na barbárie do estado tribal,
praticando o animismo, a idolatria e o politeísmo, com a observância de
práticas de sacrifícios humanos, com guerras tribais sangrentas e ,
principalmente , com a escravidão vigorando entre os próprios nativos da
África e também pelas mãos dos comerciantes muçulmanos !
É uma
ilusão pensar que os povos da África gozavam de um estado de liberdade e
de bem-estar em suas regiões de origem ou que eram governados de forma
justa e que viviam sob princípios humanitários e éticos naturais,
reverenciando um conjunto de crenças que portassem valores éticos
próximos aos do cristianismo".
O
papa Nicolau V, no dia 8 de janeiro de 1455, promulgou a Bula Romanus
Pontifex, que, entre outras aberrações, afirma que: “Nós (...)
concedemos livre e ampla licença ao rei Afonso para invadir, perseguir,
capturar, derrotar e submeter todos os sarracenos e quaisquer pagãos e
outros inimigos de Cristo onde quer que estejam seus reinos (...) e
propriedade, e reduzi-los à escravidão perpétua e tomar para si seus
sucessores seus reinos (...) e propriedades”.
Na apresentação do combonianos, o padre Isaías Rocha incorre na i
déia de maldição:
"A Missão
A
missão de Comboni foi teologal, onde o primado da fé teve vantagem.
Dela disse a missionária que ele mais estimava, Teresa Grigolini:
«exteriormente não parecia homem de recolhimento, mas ao olhar para ele
ficava-me a sensação de que estava sempre na presença de Deus». Homem do
deserto, contemplativo do Coração do Bom Pastor, não falhava na oração e
dela sentia o impulso para «abraçar os cem milhões de africanos ainda
considerados sob a maldição de Cam."
Pe. Isaías Rocha Pereira, MCCJ
PADRE VIEIRA
O Padre Antônio Vieira em seus Sermões (XI e XXVII), afirma que :
-"A
África é o inferno de onde Deus se digna retirar os condenados para,
pelo purgatório da escravidão nas Américas, finalmente alcançarem o
paraíso".
"É melhor ser escravo no Brasil e salvar sua alma do que viver livre na África e perdê-la? "
Pe. Antonio Vieira .
O RACISMO DE ANNE CATHERINE EMMERICH
A
religiosa agostiniana, Anne Catherine Emmerich estigmática e extática
nasceu em 8 de setembro de 1774 em Flamsche, perto de Coesfeld na
Diocese de Munster, em Westphalia,
Alemanha, e morreu em 9 de fevereiro de 1824 em Dulmen. Suas visões
estão descritas nos livros “A Dolorosa Paixão de Nosso Senhor Jesus
Cristo de acordo com as Meditações de Anne Catherine Emmerich”, “A Vida
da Santíssima Virgem Maria” e “A Vida de Nosso Senhor”.
As visões de
Anne são contestadas de veracidade por alguns católicos e combatidas por
causa do racismo contra pretos e também pelo anti-semitismo. No que
tange a população preta ela diz em suas visões que o povo preto tem a
marca da maldição oriunda de Caim e somos um povo degradado, almadiçoado
e nas suas visões também vê o diabo de cor preta e odioso. Visões estas
que ela diz ter recebido do próprio Senhor Jesus Cristo e os católicos a
beatificaram. O Filme “A Paixão de Cristo de Mel Gibson”, foi inspirado
nas visões dessa beata e muitos evangélicos pretos assistiram e ficaram
felizes, alguns passaram mal e teve até mortes por emoção. Um filme
baseado em visões de uma pessoa que não respeitou a população preta no
planeta. Leia sobre as visões de Anne em inglês:
“O
filme de Gibson na verdade não passa de uma interpretação
cinematográfica católica das últimas horas de Cristo o qual os
Evangelhos nunca relataram. A conhecida e venerada Anne, a freira que é
considerada visionária, profetiza e que esteve com o místico sinal do
estigma
nas mãos foi a principal fonte de Mel Gibson em sua inspiração para
relatar o filme, ele próprio confirma tal fato em vários setores da
comunicação. No entanto, ele diz que: "O Espírito Santo estava
trabalhando através de mim neste filme." Mas em outro lugar diz: "Ela me
passou dados que eu nunca teria pensado." (The New Yorker, 09/15/03).
Em suas visões ela viu os protestantes sofrendo mais que os católicos no
purgatório porque ninguém oferece missas ou rezas para eles. Nos
últimos 12 anos da vida de Anne é alegado que ela se alimentou somente
da hóstia... O livro de Anne em que relata a vida de Cristo em imagens e
situações, apontando o papel de Maria como co-redentora junto com
Cristo, é evidenciado no filme de Gibson. Gibson foi também influenciado
por Mary de Agreda (1602-1665), uma freira católica e mística
visionária. Ela foi sempre tomada em transes, o que a levou a ensinar
pessoas em línguas estranhas. Em seu livro Mistica Cidade de Deus,
Agreda oferece muitos detalhes sobre Maria e a paixão de Cristo que não
estão na Bíblia... “
A invenção da maldição de Cam tem sido contestada até no blogger dos ateus e os mesmos acusam Deus por culpa dos racistas:
"É
bom lembrar que a maldição de Canaã também foi utilizada para
justificar a escravidão. Muitos líderes religiosos, como os clérigos
Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, em seus comentários
bíblicos asseveram:
“Maldito seja Canaã, (Gênesis 9:25)
esta maldição se tem cumprido na (…) escravização dos africanos, os
descendentes de Cão.” — Comentário, Crítico e Explicativo, de Toda a
Bíblia.
Afirmava-se que não só a escravização dos negros cumpria tal
maldição bíblica, mas que sua cor preta também. Assim, muitos brancos
foram levados a presumir que os negros são inferiores, e que Deus propôs
que fossem servos dos brancos. Até mesmo há uns cem anos atrás a Igreja
Católica detinha o conceito de que os negros foram amaldiçoados por
Deus. Maxwell explica que este conceito “aparentemente sobreviveu até
1873, quando o Papa Pio IX associou uma indulgência à oração em favor
dos “desgraçados etíopes da África Central, para que o Deus
Todo-poderoso remova inteiramente a maldição de Cam de seus corações””.
Todavia,
a mais de 1.500 anos antes de Cristo, os rabinos judeus já ensinavam
uma estória sobre a origem da pele negra. Afirma a Encyclopædia Judaica
que “Cus (nome estranho), o descendente de Cam, tem pele negra como
castigo por Cam ter tido relações sexuais na arca”. “Estórias” similares
foram propagadas nos tempos modernos. Os defensores da escravidão, tais
como John Fletcher, de Luisiana - EUA, por exemplo, ensinavam que o
pecado que motivou a maldição de Noé fora o casamento inter-racial.
Afirmava que Caim fora assolado com a pele negra por matar seu irmão,
Abel, e que Cam pecara por se casar com alguém da raça de Caim. É digno
de nota também que Nathan Lord, presidente da Faculdade Dartmouth no
último século, atribuiu também a maldição de Noé sobre Canaã
parcialmente ao “casamento misto proibido de Cam com a raça previamente
iníqua e amaldiçoada de Caim”. Hoje em dia ainda há igrejas que defendem
estas interpretações, embora não defendam mais a escravidão.
Bem, é
isso aí. De um simples porre, como muitos por aí tomam todos os dias,
surgiu uma contenda eterna entre dois povos e se justificou séculos de
submissão de uma etnia. Coisas da fé. Coisas de Deus".
Autor: Abmael Ribeiro
http://ateusdobrasil.com.br/artigos/comportamentos/bebedeira_noe.php
http://ateusdobrasil.com.br/artigos/comportamentos/bebedeira_noe.php
A MALDIÇÃO DE CAM NO PROTESTANTISMO
A Historiadora Elizete da Silva em - Visões Protestantes Sobre a Escravidão - escreveu:
“O
fundamentalismo das denominações protestantes dos EUA se transformou em
terreno fértil para justificativas da escravidão, que buscavam
embasamento doutrinário para apaziguar a consciência dos escravocratas
do sul. Citando a história de Noé, identificavam a maldição de Cam, por
ter surpreendido o patriarca nu e embriagado, como a maldição dos
negros. “Os Teólogos racistas acrescentaram que os negros descendem de
Cam e, portanto estão condenados à servidão e à escravidão permanentes.
Juan Bautista Casas, sacerdote espanhol alegava em 1869 que a raça negra
sofre da maldição narrada no Pentateuco e que a sua inferioridade se
perpetuava através de séculos.” http://www.pucsp.br/rever/rv1_2003/t_silva.htm
As
Igrejas Protestantes através da história foram às grandes defensoras da
idéia da maldição de Cam, e ainda hoje, a continuidade desses ensinos
se adaptou e tornaram pontos doutrinários, assunto sobre as maldições
foram trabalhados no nosso blogger:
Clique Aqui - ESCRAVIDÃO E RACISMO TEOLÓGICO
Clique Aqui - OS MÓRMONS E OS NEGROS
Hernani Francisco da Silva escreveu:
“Não
foram só os Anglicanos coniventes com a escravidão negra no Brasil.
Outras igrejas históricas também participaram dela. Os primeiros colonos
batistas eram favoráveis e foram proprietários de escravos. Em Santa
Bárbara D’Oeste, primeiro núcleo batista, o trabalho escravo existiu
como mão-de-obra usada na agricultura e em tarefas domésticas. Os
colonos batistas eram senhores de escravos, a exemplo da Senhora Ellis,
dona de um sítio e que providenciara hospedagem nos primeiros meses ao
casal de missionários W. Bagby, fundador da Primeira Igreja Batista do
Brasil. Os metodistas, defensores dos direitos humanos e da abolição do
escravismo na Inglaterra e nos EUA, ao chegarem no Brasil acomodaram-se
ao ambiente escravista e quase nada fizeram com repercussão pública, em
favor dos escravos. Conforme um estudo sobre o metodismo brasileiro
durante o período que antecedeu, ou mesmo depois da "libertação dos
escravos," a Igreja Metodista jamais chegou a defender oficialmente sua
posição em relação à escravidão no Brasil. Os primeiros Presbiterianos,
também sulistas, conservaram-se por muito tempo fiéis à lembrança de sua
causa nacional, um destes missionários presbiteriano sulista se havia
conservado tão firme em suas convicções que, quando em 1886 o
presbiteriano Eduardo Carlos Pereira publicou uma brochura em favor da
abolição da escravatura, ele escreveu um verdadeiro tratado
anti-abolicionista. Dos luteranos sabemos que os primeiros escravos
negros da Colônia Alemã Protestante de Três Forquilhas entraram por
volta de 1846, por iniciativa do pastor Carlos Leopoldo Voges. Outros
colonos protestantes copiaram seu exemplo (Mittmann, Hoffmann, König,
Grassmann, Kellermann, Jacoby, Schmitt e outros).”
CONCLUSÃO
A
ingenuidade, a colonização mental e espiritual, os livros didáticos, o
desconhecimento do afrocentrismo, os seminários e teologias mal
formuladas aliadas aos interesses econômicos, sociais e políticos fazem
com que a população preta acredite em pastores e padres mal informados
ou mal intencionados. Torna- se- á necessário desmitificar essas
mentiras que pairam nas mentes da população preta. O nosso povo nunca
foi amaldiçoado. Basta de mentiras! Foi todo um processo planejado nas
catedrais, nos concílios, no desejo de poder das igrejas católicas e
protestantes e suas alianças com potências caucasianas, nas invasões
através do mercantilismo, da escravidão, do colonialismo, do
neocolonialismo, no capitalismo para roubar o continente africano e
escravizar os seus filhos e filhas, atualmente tentando mantê-los
desinformados e alheios da real liberdade com estigmas de amaldiçoados.
A
população preta civilizou o planeta, criou todas as ciências e grandes
religiões, por isso o ódio e a inveja dos africanos e seus descendentes,
tentam fazer da criação de Deus, uma caricatura pela mentira. Temos que
reagir, não se pode aceitar a distorção histórica e bíblica, é
necessário perfazer os ensinamentos maldosos e distorcidos.
O texto
que pode ser pesquisado pelo amado leitor e a amada leitora sobre os
primeiros habitantes do planeta, está no nosso blogger:
Clique Aqui - EVA PRETA
O
povo preto é abençoado e nele não paira nenhuma maldição. Quando Javé
terminou a sua obra na África e fez o homem da lama preta disse:
Gênesis 1:27 - “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”Gênesis 1:31 - “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”
Muito
bom ter criado a humanidade preta, assim foi à palavra de Javé. Muito
bom a humanidade surgir no continente abençoado. Muito bom sermos o povo
original, feito a semelhança e imagem de Deus.
http://cnncba.blogspot.com.br/2008/03/maldio-de-cam-mentiras-para-escravizar.html
Walter Passos. Teólogo, Historiador, Pan-africanista, Afrocentrista e Presidente CNNC – Conselho Nacional de Negras e Negros Cristãos. Pseudônimo: Kefing Foluke. E-mail: kefingfoluke@hotmail.com
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