O vídeo abaixo (que parece ser um comercial) dá uma resumida no que diz o texto:
Será que essa história é verdadeira ou falsa?
Encontramos versões dessa história datadas de 2004, porém há variações desse mesmo texto mais antigas, como essa postada em 1999 no Google Groups (dá pra ler em inglês aqui).
Outro detalhe que não podemos deixar passar é o seguinte: Não existe nenhuma prova de que Einstein tenha realmente dito isso. O autor não dá nenhuma dica de onde foi tirado tal texto ou sequer deixou algum indício que prove que o aluno tenha dito essas coisas para seu professor.
Em algumas versões, o autor da corrente afirma que o fato teria acontecido durante um encontro de alunos universitários. Outras versões contam que o garoto era aluno de uma escola primária.
De qualquer maneira, é muito difícil acreditar que um aluno tenha “enfrentado” seu professor naquela época…
Einstein era religioso?
Albert Einstein, eleito em 2009 como o físico mais memorável de todos os tempos, nunca se declarou religioso e tampouco era ateu. Em inúmeros documentos a seu respeito, o físico alemão radicado nos Estados Unidos se definia como agnóstico. Como ele mesmo dizia em suas notas autobiográficas, perdeu a fé na religião aos 12 anos. Porém ele nunca perdeu o seu sentimento religioso sobre a aparente ordem do universo. “A coisa mais incompreensível sobre o Universo é sua compreensibilidade”, disse Albert Einstein.
Em uma carta escrita por ele em 1954, ao filósofo Eric Gutkind, Einstein descreve a Bíblia como “muito infantil” e zomba da ideia de que os judeus poderiam ser o “povo escolhido”.
Em um dos trechos da carta, o físico explica ao amigo:
“Foi, é claro, uma mentira o que você leu sobre minhas convicções religiosas, uma mentira que está sendo sistematicamente repetida. Eu não acredito em um Deus pessoal e nunca neguei isso[...]. Se há algo em mim que pode ser chamado de religioso então é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo tanto quanto a nossa ciência pode revelar”.
A carta foi vendida por U$ 404,000 em um leilão realizado em Londres em 2008.
Teodiceia
O texto, em suas inúmeras versões, usa como tema central a teodiceia, ramo da filosofia tenta demonstrar racionalmente a existência e os atributos de Deus usando apenas a razão e sem o auxílio de nenhum registro sagrado.
A teoria, proposta pelo filósofo Alemão Gottfried Leibniz em 1710, tenta resolver algumas questões como: Se Deus é onipresente e oniciente e nada acontece sem a sua permissão, como é que Ele permite o mal.
Afinal de contas, o que é o mal?
Definir o “mal” é algo complicado (talvez seja até mais complicado do que definir “Deus”). O que pode ser “mal” para um indivíduo pode ser considerado normal para outro. O mesmo pode ser dito daquilo que é julgado como errado em algumas culturas pode ser aturado ou até mesmo incentivado em outros povos.
No texto fictício, o aluno fala que o contrário de “mal” é “Deus”. No caso, “Deus” entrou como sinônimo de “bom”. O antônimo de “mal” é “bem”. O antônimo de “mau” é “bom”. Apenas um erro de gramática que queríamos ressaltar.
Conclusão
História falsa! Einstein nunca teve esse diálogo com seu professor e nunca “provou” que Deus existe.
http://www.e-farsas.com/einstein-provou-para-seu-professor-que-deus-existe.html
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