Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

2 de abril de 2012

Construindo juntos a caminho da Cruz

Marcos 8. 31-38

Entramos na semana da Páscoa, a qual nos remete ao sacrifício de Jesus que aconteceu na cruz. A caminhada de Jesus à cruz foi muito dolorosa, contudo nos abriu o caminho da salvação e com ele maravilhosas vitórias. Precisamos nos identificar com a obra que Cristo realizou na cruz para que a salvação seja uma realidade em nossa vida. A Escritura nos mostra, de maneira muito clara, o que Jesus realizou por meio da Sua morte e, igualmente, nos ensina que precisamos, também, estar com a nossa cruz. Jesus falou da Sua cruz e da Sua morte, e também da nossa cruz e da nossa morte. Juntos, a caminho da cruz, veremos a construção de coisas extraordinárias nas várias áreas da nossa vida.

I – A proposta da cruz.

a) Para Jesus, a cruz propunha um sofrimento injusto, imerecido, atroz e desumano. Cristo nunca errara, jamais causara mal algum, em nenhum momento teve sequer uma palavra ou gesto digno de condenação. A cruz de Jesus não era necessária para Ele, mas era necessária para a nossa salvação. A cruz trazia humilhação e sofrimento, mas também a promessa da glória da ressurreição.

b) Para nós, a cruz propõe renúncia diária (Lc 9. 23) e a mortificação das obras da carne (Gl 2. 20; 5. 19 – 21). Nós somos pecadores e merecedores de castigo. Temos muito que mudar, pois há muitas coisas em nossa vida que ofendem o caráter justo do nosso Deus. Para nós, a cruz de cada dia é justa e necessária. Mas, para que essa crucificação aconteça em nossa vida, precisamos nos identificar com a obra que Jesus realizou na cruz do Calvário para a nossa salvação.

c) A salvação nos é concedida pela obra que Jesus realizou na cruz. Para nos mantermos no caminho da salvação, precisamos ser constrangidos pelo amor divino e pela graça maravilhosa; e, no poder do Espírito Santo, nos negamos a nós mesmos e tomamos a nossa cruz diariamente.

II – As oposições à cruz.

a) Quando Jesus falou de sua morte e posterior ressurreição, Pedro O repreendeu (v. 32); então Jesus voltou-se para Pedro e o repreendeu dizendo: “Para trás de mim, Satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens.” (v. 33). O termo grego (σατανας Satanás) é tanto uma referência ao Diabo como à palavra “adversário”. Há a interpretação que diz que Jesus estava repreendendo o Diabo, o qual estaria falando através de Pedro, mas também pode-se interpretar que Jesus estava mostrando que Pedro se colocara como adversário da obra d’Ele na cruz. Seja qual for a interpretação, a grande verdade é que a crucificação sofre oposições, tanto espirituais como humanas.

b) Quando nos propormos a nos negar a nós mesmos e a tomarmos a cruz de cada dia, iremos enfrentar oposições da nossa própria carne, da sociedade, do sistema mundano e também do Diabo. Cruz exige sacrifício.

c) Jesus venceu as oposições e realizou a Sua obra na cruz para que fôssemos salvos. Nós, igualmente, precisamos vencer todas as oposições que querem nos tirar do caminho da renúncia e da cruz da cada dia.

III – A cruz e a vitória.

a) “[...] depois ressuscitasse.” (v. 31). Jesus foi à cruz e realizou a obra necessária, pois visualizava o que viria depois da cruz. Hebreus 12. 2 diz que Jesus, pela alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, desprezou a vergonha e assentou-se à direita do trono de Deus. Paulo, em Filipenses 2, diz que devemos ter a mesma atitude que houve em Cristo Jesus que se humilhou, foi obediente até a morte na cruz, e por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe deu o nome que está acima de todo o nome. A vitória de Jesus viria na ressurreição, em ter a alegria de nos salvar e em receber um nome acima de todo o nome. Tudo o que Jesus fez visou o nosso benefício.

b) Jesus nos ensinou que, ao nos negarmos a nós mesmos e tomarmos a nossa cruz, perdemos algumas coisas por amor a Ele e ao evangelho, mas o resultado final serão ganhos que se estenderão pela eternidade. Jesus disse: “[...] que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (v. 37).

c) A vitória está na cruz, no morrer, no perder para então vencer e ganhar.


Conclusão 

Juntos, ouçamos a proposta da cruz e a aceitemos, vençamos todas as oposições espirituais e humanas e desfrutemos de toda a vitória que a cruz nos traz.


Pastor Silas Zdrojewski

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