Na postagem anterior, discorri sobre o estado intermediário e fui “bombardeado” pelos adventistas do sétimo dia. No afã de provar que a alma dos mortos dorme junto com o corpo, um leitor atrelou alguns ensinamentos de Jesus ao “paganismo grego” e questionou: “Se a alma do salvo vai para o Paraíso, por que haverá ressurreição?”
Os adventistas são estudiosos da Bíblia, mas confundem o Sheol/Hades com a sepultura, e a morte física com a inconsciência da alma. Para eles, esta dorme no túmulo com os restos mortais, ficando completamente inativa e inconsciente. Eles ignoram que o verbo “dormir” alude, figuradamente, à morte física e nada tem a ver com sono da alma! “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52).
Almas não ressuscitam, pois nunca morrem! Por isso, o Senhor disse, em João 11.26: “todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (Jo 11.26). Mas os adventistas, a fim de defenderem o indefensável sono da alma, chegam ao ponto de afirmar que Moisés ressuscitou para participar da Transfiguração! Ora, então é Moisés, e não Jesus, “as primícias dos que dormem”? Teria Paulo se equivocado em 1 Coríntios 15.20?
Como Lucas 16.19-31 refuta eficazmente a doutrina do sono da alma, pontificando que a parte espiritual do ser humano fica consciente após a morte, os adventistas tentam, a todo custo, provar que essa passagem neotestamentária é ficcional e parabólica. E eles têm um “trunfo” na mão: o erro dos editores da versão Almeira Revista e Corrigida (ARC), que introduziram, equivocadamente, o título “A parábola do rico e Lázaro” sobre o texto mencionado.
Em momento algum Jesus sugeriu que a história de rico e Lázaro deveria ser entendida como uma ficção. Os editores da ARC erraram mesmo ao chamá-la de parábola. Prova disso é que, em outras versões consagradas da Bíblia, o termo “parábola” não aparece em epígrafe: “The rich man and Lazarus” (King James Version, Trinitarian Bible Society); “The Rich Man and Lazarus” (New International Version, International Bible Society); “El rico y Lázaro” (Antigua Versión de Casiodoro de Reina [1569], revisada por Cipriano de Valera [1602], Sociedades Bíblicas Unidas); “O rico e o mendigo” (Almeida Revista e Atualizada, SBB); e “O rico e Lázaro” (Novo Testamento Interlinear Grego-Português, SBB).
Os adventistas alegam, equivocadamente, que a narrativa de Jesus em Lucas 16.19-31 é idêntica às parábolas. Mas o exegeta Antonio Gilberto da Silva, que é tradutor da Bíblia, afirmou o seguinte: “É oportuno dizer aqui que essa passagem não é uma parábola. O título posto informando que é parábola vem dos editores da Bíblia, mas não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não aparecem nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, como está empregado no versículo 19, denota por sua vez um fato real” (O Calendário da Profecia, CPAD, p.30).
Por que o Senhor Jesus só citou o nome de um dos personagens? Se a narrativa alude a um fato real, Ele podia ter citado o nome do rico também. Quanto a isso, Myer Pearlman escreveu: “É uma atitude deliberada, para mostrar que a ordem espiritual das coisas é contrária à mundana. No mundo, os nomes dos ricos são conhecidos, ao passo que os dos pobres ou são desconhecidos ou considerados indignos de serem mencionados” (Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito, CPAD, p.100).
Os adventistas não desistem. E questionam: “Se Lucas 16.19-31 apresenta uma história real, então o Inferno e o Céu são tão próximos a ponto de as pessoas salvas e perdidas manterem contato entre si, na eternidade?” Em primeiro lugar, se a narrativa em apreço fosse uma parábola, o que mudaria? Absolutamente, nada! Afinal, mesmo nas parábolas Jesus nunca disse qualquer coisa contrária à verdade. Nesse caso, se o que Ele afirmou na suposta parábola é verdadeiro — e é claro que é —, então a alma fica plenamente consciente depois da morte!
Outrossim, o Senhor Jesus se referiu ao Hades como um lugar só, com dois compartimentos, separados por um abismo, sendo possível justos e injustos se avistarem. Depois da sua vitória na cruz, evidentemente, tudo mudou, visto que se cumpriu o que Ele prometera em Mateus 16.18: “as portas do inferno [hades] não prevalecerão contra ela [a Igreja]”. Como esta passagem indica futuridade, desde então as portas do Hades passaram a não prevalecer contra os salvos em Cristo. Glória a Deus!
Além de se oporem aos ensinamentos de Jesus sobre a consciência da alma, os adventistas apegam-se a textos isolados, fora do contexto, como Eclesiastes 3.19,20 e 9.5,6. Não consideram, por exemplo, que o livro de Eclesiastes apresenta o registro do homem natural: “debaixo do sol” ou “debaixo do céu” (1.3,9,13,14; 2.3,11,17-20,22; 3.1; 4.1,3,7,15; 5.13,18; 6.12; 8.9,15,17; 9.3,6,9,11,13; 10.5).
Em Eclesiastes, a morte é descrita apenas em termos físicos. As frases “os mortos não sabem coisa nenhuma” e “a sua memória ficou entregue ao esquecimento” aludem à lembrança dos vivos com relação aos que já morreram. Isso não quer dizer que as pessoas, ao morrerem, fiquem inconscientes.
Para os adventistas, o salvo só irá para o Céu após a ressurreição do corpo. Entretanto, na morte, a alma se separa do corpo (1 Rs 17.22; Jó 27.8; Gn 35.18; Lc 8.55; At 7.59) e fica sob o controle de Deus (Ec 12.7b; Sl 146.4). A Palavra do Senhor é clara e mostra que, depois da morte, o corpo fica inerte, sem vida, porque a parte espiritual se separa dele: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta” (Tg 2.26).
Em Atos 20.10, para dizer que Êutico estava vivo, o apóstolo Paulo afirmou: “a sua alma nele está”. Por quê? Porque, na morte, a parte física do homem volta para o pó, haja vista ter sido feita do pó (Gn 3.19; Ec 12.7a), enquanto a parte espiritual (espírito + alma) volta para Deus, ficando sob o seu controle (Mt 10.28). Lembra-se do que o Senhor Jesus prometeu ao infrator crucificado? Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).
Ciro Sanches Zibordi
Os adventistas são estudiosos da Bíblia, mas confundem o Sheol/Hades com a sepultura, e a morte física com a inconsciência da alma. Para eles, esta dorme no túmulo com os restos mortais, ficando completamente inativa e inconsciente. Eles ignoram que o verbo “dormir” alude, figuradamente, à morte física e nada tem a ver com sono da alma! “E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados” (Mt 27.52).
Almas não ressuscitam, pois nunca morrem! Por isso, o Senhor disse, em João 11.26: “todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (Jo 11.26). Mas os adventistas, a fim de defenderem o indefensável sono da alma, chegam ao ponto de afirmar que Moisés ressuscitou para participar da Transfiguração! Ora, então é Moisés, e não Jesus, “as primícias dos que dormem”? Teria Paulo se equivocado em 1 Coríntios 15.20?
Como Lucas 16.19-31 refuta eficazmente a doutrina do sono da alma, pontificando que a parte espiritual do ser humano fica consciente após a morte, os adventistas tentam, a todo custo, provar que essa passagem neotestamentária é ficcional e parabólica. E eles têm um “trunfo” na mão: o erro dos editores da versão Almeira Revista e Corrigida (ARC), que introduziram, equivocadamente, o título “A parábola do rico e Lázaro” sobre o texto mencionado.
Em momento algum Jesus sugeriu que a história de rico e Lázaro deveria ser entendida como uma ficção. Os editores da ARC erraram mesmo ao chamá-la de parábola. Prova disso é que, em outras versões consagradas da Bíblia, o termo “parábola” não aparece em epígrafe: “The rich man and Lazarus” (King James Version, Trinitarian Bible Society); “The Rich Man and Lazarus” (New International Version, International Bible Society); “El rico y Lázaro” (Antigua Versión de Casiodoro de Reina [1569], revisada por Cipriano de Valera [1602], Sociedades Bíblicas Unidas); “O rico e o mendigo” (Almeida Revista e Atualizada, SBB); e “O rico e Lázaro” (Novo Testamento Interlinear Grego-Português, SBB).
Os adventistas alegam, equivocadamente, que a narrativa de Jesus em Lucas 16.19-31 é idêntica às parábolas. Mas o exegeta Antonio Gilberto da Silva, que é tradutor da Bíblia, afirmou o seguinte: “É oportuno dizer aqui que essa passagem não é uma parábola. O título posto informando que é parábola vem dos editores da Bíblia, mas não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não aparecem nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, como está empregado no versículo 19, denota por sua vez um fato real” (O Calendário da Profecia, CPAD, p.30).
Por que o Senhor Jesus só citou o nome de um dos personagens? Se a narrativa alude a um fato real, Ele podia ter citado o nome do rico também. Quanto a isso, Myer Pearlman escreveu: “É uma atitude deliberada, para mostrar que a ordem espiritual das coisas é contrária à mundana. No mundo, os nomes dos ricos são conhecidos, ao passo que os dos pobres ou são desconhecidos ou considerados indignos de serem mencionados” (Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito, CPAD, p.100).
Os adventistas não desistem. E questionam: “Se Lucas 16.19-31 apresenta uma história real, então o Inferno e o Céu são tão próximos a ponto de as pessoas salvas e perdidas manterem contato entre si, na eternidade?” Em primeiro lugar, se a narrativa em apreço fosse uma parábola, o que mudaria? Absolutamente, nada! Afinal, mesmo nas parábolas Jesus nunca disse qualquer coisa contrária à verdade. Nesse caso, se o que Ele afirmou na suposta parábola é verdadeiro — e é claro que é —, então a alma fica plenamente consciente depois da morte!
Outrossim, o Senhor Jesus se referiu ao Hades como um lugar só, com dois compartimentos, separados por um abismo, sendo possível justos e injustos se avistarem. Depois da sua vitória na cruz, evidentemente, tudo mudou, visto que se cumpriu o que Ele prometera em Mateus 16.18: “as portas do inferno [hades] não prevalecerão contra ela [a Igreja]”. Como esta passagem indica futuridade, desde então as portas do Hades passaram a não prevalecer contra os salvos em Cristo. Glória a Deus!
Além de se oporem aos ensinamentos de Jesus sobre a consciência da alma, os adventistas apegam-se a textos isolados, fora do contexto, como Eclesiastes 3.19,20 e 9.5,6. Não consideram, por exemplo, que o livro de Eclesiastes apresenta o registro do homem natural: “debaixo do sol” ou “debaixo do céu” (1.3,9,13,14; 2.3,11,17-20,22; 3.1; 4.1,3,7,15; 5.13,18; 6.12; 8.9,15,17; 9.3,6,9,11,13; 10.5).
Em Eclesiastes, a morte é descrita apenas em termos físicos. As frases “os mortos não sabem coisa nenhuma” e “a sua memória ficou entregue ao esquecimento” aludem à lembrança dos vivos com relação aos que já morreram. Isso não quer dizer que as pessoas, ao morrerem, fiquem inconscientes.
Para os adventistas, o salvo só irá para o Céu após a ressurreição do corpo. Entretanto, na morte, a alma se separa do corpo (1 Rs 17.22; Jó 27.8; Gn 35.18; Lc 8.55; At 7.59) e fica sob o controle de Deus (Ec 12.7b; Sl 146.4). A Palavra do Senhor é clara e mostra que, depois da morte, o corpo fica inerte, sem vida, porque a parte espiritual se separa dele: “Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem as obras é morta” (Tg 2.26).
Em Atos 20.10, para dizer que Êutico estava vivo, o apóstolo Paulo afirmou: “a sua alma nele está”. Por quê? Porque, na morte, a parte física do homem volta para o pó, haja vista ter sido feita do pó (Gn 3.19; Ec 12.7a), enquanto a parte espiritual (espírito + alma) volta para Deus, ficando sob o seu controle (Mt 10.28). Lembra-se do que o Senhor Jesus prometeu ao infrator crucificado? Ele não lhe disse: “Hoje, estarás na sepultura”, mas asseverou: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc 23.43).
Ciro Sanches Zibordi
Nenhum comentário:
Postar um comentário