Os anjos são seres espirituais ( Hb 1:14 ), sem um corpo físico composto de matéria à base de carbono. Apesar do poder que possuem e da possibilidade de assumir a forma humana, não podem transmutar os seus corpos celestiais em corpos de composto orgânico. O próprio Senhor Jesus, apesar do poder que lhe é inerente, para alcança um corpo semelhante a dos homens, foi gerado no ventre de Maria para ser introduzido neste mundo.
Há várias teorias acerca da origem dos gigantes que apareceram sobre a face da terra antes do dilúvio ( Gn 6:1 -4), e dentre elas destaca-se o posicionamento de que os ‘filhos de Deus’ (anjos caídos - demônios), coabitaram com as ‘filhas dos homens’ (mulheres) dando origem aos Nefilins, os valentes que houve na antiguidade (os homens de fama).
Por que os demônios coabitariam com as filhas dos homens?
A bíblia não apresenta uma resposta, visto que a pergunta acima é descabida! Como? A pergunta correta é: É factível um anjo (caído ou não) coabitar, gerar filhos, ter desejo sexual, etc?
Para motivar a primeira pergunta, muitos ajuízam de si mesmos que os demônios coabitaram com as mulheres porque são perversos, amorais e imperfeitos, ou que os demônios, provavelmente, estavam intentando atrapalhar a linhagem consangüínea de Cristo.
Ao que tudo indica, tal posicionamento deriva de uma má interpretação do verso 2 e 4 do capítulo 6 do livro de Gênesis, influenciado por escritos apócrifos, como é o caso do livro de Enoque, e algumas lendas judaicas, porém, diante de especulações teóricas, o que importa é a bíblia. O que a bíblia diz? É factível um anjo coabitar e ter filhos?
A bíblia nos apresenta um norte a seguir em busca de uma resposta segura.
Alguns judeus pertencentes a certa seita judaica que não acreditavam: a) na ressurreição dos mortos; b) na existência dos anjos, e; c) na existência de espíritos, querendo surpreender Jesus em alguma contradição envolvendo a lei de Moisés, lembraram o seguinte: “Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão” ( Lc 20:28 ; At 23:8 ).
Com base na lei mosaica os saduceus propuseram uma estória acerca de uma mulher que, após o marido falecer sem deixar descendência, acabou sendo legada a outros seis irmãos segundo o que determinava a lei de Moisés, sendo que todos os irmãos que coabitaram com a desafortunada morreram sem conseguir prover descendência ao primeiro irmão.
Da estória propuseram a seguinte pergunta: “Portanto, na ressurreição, de qual dos sete será a mulher, visto que todos a possuíram?” ( Mt 22:28 ).
Após alertar os saduceus que erravam por não conhecer as escrituras ( Mt 22:29 ), Jesus faz uma afirmação:“Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento...” ( Lc 20:34 ). É patente que casar e se dar em casamento é algo próprio ao mundo dos homens, e não ao ‘mundo’ dos seres espirituais, dos anjos, quer caídos ou não.
Ou melhor, o casamento ou o dar-se em casamento é apresentado em conexão à capacidade de procriação, que é próprio aos homens, pois para este mister foram abençoados “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra...” ( Gn 1:28 ).
Porém, com relação ao mundo vindouro, Jesus é claro: “Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento...” ( Lc 20:35 ). Casar é facultado e procriar é capacidades inerentes a este mundo, atributo que será tirado dos homens que alcançarem a ressurreição dentre os mortos.
Ora, o que se depreende da exposição de Cristo é que a capacidade de procriação do homem tem relação direta com a morte “... nem hão de casar, nem ser dados em casamento; Porque já não podem mais morrer” ( Lc 20:35 ). Quando o homem deixar de ser sujeito a morte não mais há de casar e nem de ser dado em casamento, isto porque serão iguais aos anjos.
Como a capacidade de procriação foi dada em decorrência de o homem ser sujeito a morte, segue-se que aos anjos não foi dado tal capacidade, visto que os anjos não são sujeitos à morte. Observe que Jesus, ao ser introduzido neste mundo foi feito menor que os anjos em decorrência da paixão da morte, o que deixa evidente que os anjos não tem risco quanto a perca das funções vitais ( Hb 2:9 ).
Como os dons de Deus são irrevogáveis "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" ( Rm 11:29 ), a capacidade que possuíam os anjos antes da queda não foi tirada, e eles, por si só jamais adquiririam a capacidade de procriação. Procriar é capacidade humana, o que é impossível aos anjos apesar do poder que possuem.
Vemos que os anjos foram chamados a existência por ordem divina, como se lê: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos (...) Louvem o nome do SENHOR, pois mandou, e logo foram criados” ( Sl 148:2 e 5), e todos foram criados em um mesmo evento. Diferente dos homens, os anjos não foram criados macho e fêmea, condição essencial para que se possa ser dado em casamento, o que leva a procriação ( Gn 1:27 ).
Os anjos são seres espirituais ( Hb 1:14 ), sem um corpo físico composto de matéria à base de carbono. Apesar do poder que possuem e da possibilidade de assumir a forma humana, não podem transmutar os seus corpos celestiais em corpos de composto orgânico. O próprio Senhor Jesus, apesar do poder que lhe é inerente, para alcança um corpo semelhante a dos homens, foi gerado no ventre de Maria para ser introduzido neste mundo.
Fica claro que a união conjugal foi instituída por Deus em decorrência da necessidade de o homem procriar, o que é imprescindível para a manutenção da espécie. Ou seja, tal necessidade não recai sobre os anjos, visto que a morte não os alcança a semelhança dos homens.
O que pensar acerca do exposto no livro do Gênesis, no capítulo 6?
“E ACONTECEU que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas” ( Gn 6:1 ) – Observe que os homens (homem e mulher) começaram a multiplicar-se. O fato de o escritor ter especificado que os homens começaram a multiplicar demonstra que, culturalmente o homem desempenhava o papel de perpetuação da descendência.
Como é cediço, caso o homem morresse sem descendência masculina ( Gn 19:32 ) a mulher seria legada ao irmão do falecido para que lhe provesse descendência (ex.: Lei do levirato), o que não era próprio a mulher. Isto demonstra que, o foco da abordagem textual é o homem (macho), indivíduo que estabelece e perpetua a linhagem, como se verifica nas genealogias bíblica ( Gn 5:1 -32 ; Dt 25:5 ). A mulher não é apresentada nas genealogias como a perpetuadora da linhagem.
Observe que nas genealogias aparece somente o nome dos filhos homens, e este é o foco do texto, por estar tratando de linhagem ( Gn 5:1 -32). Nas genealogias aparece o nome do filho, porém, o nome das mulheres era dispensável, sendo indicado que foi gerado filhos e filhas ( Gn 5:4 ).
Com a multiplicação dos homens (entende-se homens como perpetuador de linhagem) nasceram filhas. Estes homens referem-se aqueles que não criam em Deus ( Gn 7:1 ). Havia também homens que criam em Deus e eram nomeados filhos de Deus, porém, estes não eram zelosos quanto à linhagem, visto que não cuidavam da sua linhagem como ocorreu com Noé ( Gn 6:9 ). Diferente dos outros filhos de Deus, Noé foi o único que preservou a sua linhagem perfeita ( Gn 6:9 ).
Observe que quando a linhagem perfeita estava perto da extinção, Deus mandou o dilúvio e preservou Noé. Após o dilúvio, os homens novamente se multiplicaram, e quando a linhagem perfeita estava novamente em risco, Deus ordena a Abrão que saísse do meio da sua parentela, pois através dele seria feito uma grande nação, onde a linguagem seria preservada ( Gn 12:1 ). Percebe-se que a família de Abrão se perpetuava entre os seus, com o fito de preservar a linhagem perfeita, cuidado que se observa quando se providenciou uma esposa para Isaque ( Gn 24:3 -4).
Quando se estabeleceu a união dos ‘filhos de Deus’ com as filhas dos homens que se multiplicaram, surgiram os homens valentes da antiguidade, descendentes desta nova linhagem espúria.
O erro se instala na interpretação destes versos quando o leitor deixa de considerar que os livros da bíblia originalmente não possuíam divisões em capítulos e versículos. Interpretar o capítulo 6 sem se ater ao capítulo 5, que apresenta a linhagem de Noé em contraste com a linhagem dos demais homens, levará o interprete a inúmeros equívocos.
“Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram” ( Gn 6:2 ) – As filhas dos homens que se multiplicaram eram formosas, o que despertou o interesse dos filhos de Deus. A quais filhos de Deus refere-se a passagem bíblica? Aos anjos?
Ora, os anjos são nomeados filhos de Deus assim como o é os filhos dos homens em outras passagens bíblicas, porém, isto não implica que, neste texto especifico, a nomenclatura aponte para os anjos, quiçá os decaídos.
Quem seriam os filhos de Deus? No texto em comento, verifica tratar-se da linhagem escolhida que haveria de trazer o Messias ao mundo dos homens. Observe que, após apresentar a linhagem escolhida no capítulo 5, no capítulo é apresentado a problemática envolvendo os filhos de Deus com as filhas dos homens que se multiplicaram.
Observe que em Israel era vetado aos filhos de Jacó casarem com mulheres estrangeiras, o que foi a bandeira da reforma nacional estabelecida por Neemias e Esdras ( Ed 10:10 ; Ne 13:26 ). A lei vetava expressamente o casamento com estrangeiras "E tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses" ( Ex 34:16 ).
Neste sentido a geração de Noé era perfeita, pois ele andava com Deus e mantinha sua geração sem contaminação, pois sendo um dos filhos de Deus não escolhera dentre as filhas dos homens mulheres para si“Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus” ( Gn 6:9 ).
O que se observa dos versos iniciais de Genesis 6, que neles está inserido o motivo pelo qual Noé não foi subvertido pelas águas do dilúvio. Multiplicaram-se os homens sobre a face da terra, e a descendência dos homens justos estava em risco devido a muitos terem escolhido mulheres segundo o seu coração, e não segundo os preceitos daqueles que temiam a Deus.
Com isto, a longevidade dos homens foi reduzida, pois deste modo, a possibilidade de os filhos de Deus tomarem mulheres dentre as filhas dos homens diminuiria.
Mas, durante a narração histórica, o escritor situou no tempo quando se deu tal evento: a existência de gigantes na terra é o marco da narrativa ( Gn 6:4 ). Ou seja, o texto não aponta que a origem dos gigantes decorra da união de anjos decaídos com os homens, antes demonstra a que época se refere os eventos descritos. Ou seja, havia gigantes na terra quando Deus reduziu a longevidade dos homens.
Quando os homens da linhagem justa proveram descendência através da filhas dos homens ( Gn 6:4 ), nasceram homens que se tornaram os valentes e homens de fama, mas os gigantes também habitavam a terra na mesma época.
Foi neste cenário que aparece a figura de Noé, homem justo e de linhagem perfeita.
Daí, resta a pergunta: Se os demônios produziam Nefilins, por que não os produzem até os nossos dias? Lembrando que os dons de Deus são irrevogáveis, é um contra senso alegar que Deus deu um ponto final nas relações que os demônios tiveram com os seres humanos.Relacionar o exposto por Judas como sendo este ponto final que Deus deu aos demônios é espúrio “E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia” ( Jd 1:6 ).
Faz-se necessário esclarecer que, apesar do poder que os anjos possuem, nenhum anjo possui o pode criativo de dar vida, ou de trazer a existência outro semelhante a eles. Procriar é uma capacidade dada aos homens proveniente da vontade de Deus, pois ao abençoá-los, o homem gera semelhantes em decorrência do poder que Deus lhes concedeu.
Por fim, tal capacidade só foi dada aos homens porque, diferente dos anjos que foram criados através de um ato criativo único e não estão sujeitos à morte, se faz necessário perpetuar a espécie. Ou seja, não é factível a um anjo, ou a um demônio coabitar, gerar filhos, ter desejo sexual, etc., pois estas questões não são pertinentes aos seres que possuem corpo espiritual ( 1Co 15:44 ), e os que possuem corpos espirituais não casam e nem são dados em casamento ( Lc 20:35 ).
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OUTRAS TEORIAS:
Nefilins, Anakins - Gigantes do Mundo Antediluviano I
Aqui vai mais um post sobre um polêmico tema existente nas passagens de Gênesis, no mundo antes do dilúvio. Para algumas informações existem algumas referências bíblicas, outras não.
Os Nephilins – Três Teorias
(*This entry is part 1 of 3 in the series Zeitgeist)
“Quando os homens começaram a se multiplicar na terra e lhes nasceram filhas, os seres divinos viram quão belas eram as filhas dos homens e tomaram esposas dentre aquelas que os agradavam. Foi então, e também depois, que os Nephilim apareceram sobre a terra – quando os seres divinos coabitaram com as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Eles foram os heróis de antigamente, os homens de renome.” (Gêneses 6.2-4 – de uma tradução Judaica da Torah)
Ponha o nome Nephilim no título de um livro e, quer seja ficção ou não-ficção, a probabilidade é que ele irá parar no topo da lista de bestsellers, especialmente se você insinuar sexo aberrante, pirâmides, OVNIs e o fim do mundo. Mas quem realmente eram os Nephilim, e por que todos são fascinados por eles?
Naqueles Dias
Nephilim do hebraico נפיל n ̂ephiyl ou נפל n ̂ephil ou (plural) נפלים e procedente da raiz נפל naphal, que significa cair, deitar, ser lançado ao chão, falhar. Então Nephilim significa “caídos”, por vezes é traduzida como “gigante” porque a palavra Grega para Nephilim é “gigantes”. Quem eles eram depende em grande parte de como se interpreta a passagem acima.
Existem três escolas de pensamento a respeito:
1) A frase “filhos de Deus” se refere a realeza, explicando que os reis eram freqüentemente considerados como deuses por seus súditos. De acordo com esta visão, esses reis saíram por seus reinos catando todas as mulheres belas e as colocavam em haréns para o seu próprio prazer pessoal. De acordo com esta abordagem os “filhos de Deus” eram os nobres, aristocratas e reis.
Estes nobres eram déspotas ambiciosos que cobiçavam poder e riquezas, e desejaram tornar-se “homens de renome” ou seja, célebres. Seu pecado não foi o “casamento misto entre dois grupos , ou entre dois mundos (anjos e homens), ou entre duas comunidades religiosas (descendentes de Sete e de Caim), ou de duas classes sociais (plebe e realeza) – mas esse pecado foi a poligamia. Era o mesmo tipo de pecado que Lameque, o descendente de Caim, praticava, o pecado da poligamia, particularmente expresso na forma de um harém, instituição característica das cortes dos déspotas do Antigo Oriente Médio. Neste tipo de transgressão, os “filhos de Deus” com freqüência violavam a responsabilidade sagrada de suas funções como guardiães das ordenanças gerais de Deus para a conduta humana.
Isso não oferece explicação para o tipo de semente que tal comportamento poderia ter produzido, preferindo, ao contrário, desconectar o nascimento de gigantes da prática de coletar haréns de belas mulheres. Uma pequena minoria de estudiosos Judeus defendeu esse ponto de vista em algum tempo, mas a maioria o rejeitou.
2) Os “filhos de Deus” se refere à linhagem de Sete, o terceiro filho de Adão e Eva que permaneceu fiel a Deus, enquanto “filhas dos homens” se refere a mulheres descendentes do primeiro filho, Caim, a linhagem rebelde. Esta interpretação apareceu por volta de 400 AD e foi o primeiro desafio à visão de “anjos” que a maioria tanto de Judeus quanto de Cristãos defendiam antes daquele tempo. Atualmente alguns estudiosos proeminentes ainda ensinam esta visão.
Não há consenso claro sobre como surgiu essa visão, mas o Século V parece ser o ponto de acordo quanto ao tempo. Alguns dizem que foi porque a Igreja estava se afastando da crença no sobrenatural em 400 AD, enquanto outros dizem que a adoração dos anjos estava se tornando mais popular naquele tempo. Ambos os pontos de vista concluem que a visão de “anjos” se tornara um embaraço na Igreja, então uma interpretação alternativa foi procurada: os “Nefilins” são os homens ímpios e violentos que foram gerados pela união entre os Cainitas com os Piedosos Setitas.
Agostinho de Hipona (354-430 DC) teria decidido essa questão e encerrado a discussão dos anjos caídos entendendo que Gênesis 6 tratava-se da união da linhagem “piedosa” de Sete com a vil linhagem de Caim, dada a força da igreja em suprimir o que lhe interessava na época, a teoria da linhagem piedosa de Sete acabou prevalecendo.
O principal suporte para esta interpretação é o contexto dos capítulos 4 e 5. O capítulo quatro descreve a ímpia geração de Caim, enquanto que o capítulo cinco nos mostra a piedosa linhagem de Sete. Em Israel, a separação era uma parte essencial da responsabilidade religiosa daqueles que verdadeiramente adoravam a Deus. O que teve lugar no capítulo seis foi uma transgressão dessa separação que ameaçou a descendência piedosa através da qual nasceria o Messias. Essa transgressão foi a causa do dilúvio que viria a seguir. Ele destruiu o mundo impiedoso e preservou o justo Noé e sua família, através dos quais a promessa de Gênesis 3:15 seria cumprida.
Embora esta interpretação tenha as características recomendáveis à explicação da passagem sem criar qualquer problema teológico, o que ela oferece em termos de ortodoxia (posição doutrinária), o faz às custas de uma prática exegética (interpretação, explicação) aceitável.
Primeiro e mais importante, esta interpretação não fornece definições que surjam da passagem ou mesmo que se adaptem bem ao texto. Em lugar algum os descendentes de Sete são chamados de “filhos de Deus”.
O contraste entre a piedosa linhagem de Sete e a ímpia linhagem de Caim pode estar sendo superenfatizado. Não temos como afirmar com absoluta certeza que toda a linhagem de Sete foi piedosa. Enquanto todos os descendentes da linhagem de Caim parecem ser todos ímpios, apenas alguns Setitas são chamados de piedosos. O que Moisés indica no capítulo cinco é que Deus preservou um remanescente justo através do qual Suas promessas a Adão e Eva seriam cumpridas. Têm-se a distinta impressão de que poucos foram piedosos nestes dias (6:5-7, 12). Parece que apenas Noé e sua família poderiam ser chamados justos na época do dilúvio.
Outro problema é que “as filhas dos homens” dificilmente poderiam ser restritas apenas às filhas dos Cainitas. No verso um Moisés escreveu “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas” (Gn. 6:1). É difícil concluir que estes “homens” não sejam os homens em geral ou a raça humana. Segue-se que a referência às suas “filhas” seria igualmente geral. Concluir que as “filhas dos homens” no verso dois é algo diferente, um grupo mais restrito, é ignorar o contexto da passagem. Por estas e outras razões, conclui-se que esta opinião não pode ser aceitável, exegeticamente falando.
Então há o fato de que a frase exata traduzida como “filhos de Deus” somente aparece 5 vezes no Antigo Testamento: Gêneses 6.2 e 6.4, a passagem inicial e Jó 1.6, 2.1 e 38.7. Todas as referências de Jó claramente descrevem anjos. (Uma variação da frase em Daniel 3.25 também descreve uma criatura parecida com anjo, que alguns identificam como o Senhor Jesus em uma aparição do Antigo Testamento.)
Alguns tem dúvida também porque seriam chamados em filhos de Deus em Gênesis 6, uma vez que eram anjos decaídos, isso explica-se pelo simples fato de o termo ser usado para as criaturas que foram criados diretamente por Deus, e não deixaram de ser criados por Deus depois de decaídos, igualmente o Adão decaído não deixou de ser filho de Deus e Lucas, 3:38 confirma esse entendimento.
Leia: “ 23: E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli, … 37 E Lameque de Metusalém, e Metusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã, 38 E Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão (filho) de Deus.”
O único homem do antigotestamento chamado de ‘filho de Deus’ foi Adão (Lucas, 3:38), porque fora criado à imagem e semelhança de Deus, enquanto os descendentes de Adão foram todos criados à semelhança do próprio Adão decaído e não de Deus: “E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.” (Gen 5:3).
Como eram chamados os homens que temiam ao Senhor?
“Louvai ao SENHOR. Louvai o nome do SENHOR; louvai-o, servos do SENHOR. Salmos 135:1“
“Toda a ferramenta preparada contra ti não prosperará, e toda a língua que se levantar contra ti em juízo tu a condenarás; esta é a herança dos servos do SENHOR, e a sua justiça que de mim procede, diz o SENHOR. Isaias 54:17“
Podemos concluir que todas as criaturas criadas diretamente por Deus são considerados seus filhos e os homens considerados servos de Deus no Antigo Testamento, enquanto no Novo Testamento são considerados filhos de Deus aqueles que são nascidos de novo em Cristo Jesus.
Nota: Todas as passagens o termo “filhos de Deus” está em um contexto de anjos e não de humanos. No hebraico antigo quando se pronunciasse o termo “Bene Elohim” (בן bem - אלהים ’elohiym) certamente não seria entendido outra coisa senão ‘anjos’ ou “feitos por Deus”, seria a melhor leitura. E “filhas dos homens” em hebraico בת bath - אדם ’adamaw-dawm’ traduzido como “filha do homem Adão” e ainda a palavra adam significa “vermelho” uma alusão ao barro do qual o homem Adão foi criado, então uma tradução melhor e compreensível seria – ”feitas (as filhas) pelo homem”
3) E isso traz à terceira interpretação, ao qual o relato Bíblico deve ser tomado literalmente e não alegoricamente. A frase “filhos de Deus” se refere a anjos, ainda que desobedientes, chamados de seres divinos (na traduçao Hebraica acima) que tomaram a forma humana e entraram em união sexual com mulheres humanas. Seus descendentes foram os Nephilim, ou caídos, seres enormes e poderosos que devem na verdade ter dominado o mundo antediluviano.
Os estudiosos que rejeitam esta opinião prontamente reconhecem o fato de que o termo preciso é claramente definido na Escritura. A razão para rejeitar a interpretação dos anjos caídos é que tal opinião é tida como uma afronta à razão e às Escrituras. Alegam que a principal passagem problemática é aquela encontrada no Evangelho de Mateus, onde Jesus disse: “Errais, não conhecendo as Escrituras nem o poder de Deus. Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu.” (Mt. 22:29-30).
A alegação é que Jesus disse que os anjos não têm sexo, mas, isto é mesmo verdade? Jesus comparou os homens no céu aos anjos no céu. Não é dito nem que homens nem que os anjos sejam sem sexo no céu, mas que no céu não haverá casamento.
Quando encontramos anjos descritos no livro de Gênesis, fica claro que eles podem assumir a forma humana. O escritor de Hebreus menciona que os anjos podem ser hospedados sem o conhecimento do homem (Hb. 13:2). Certamente os anjos devem ser bem convincentes como homens. Os homens homossexuais de Sodoma eram muito capazes para julgar a sexualidade. Eles foram atraídos pela “masculinidade” dos anjos que vieram destruir a cidade (Gn. 19:1 e especialmente o verso 5).
No Novo Testamento, duas passagens parecem se referir a este incidente em Gênesis 6, e dão base à opinião dos anjos:
“Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno os entregou a abismos de trevas, reservando-os para o juízo.” (II Pe. 2:4)
“E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do Grande Dia.” (Jd. 6)
Os Nefilins são claramente mencionados como resultado dessa união entre os anjos caídos e as mulheres. Enquanto estudos da palavra produzem numerosas sugestões para o significado deste termo, a sua definição bíblica vem de apenas um outro único momento nas Escrituras, Números 13:33:
“Também vimos ali gigantes (Nefilins) (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos.”
Então os Nefilins seriam uma raça de super-humanos que são o produto desta invasão angelical da terra.
Esta opinião não apenas se adapta ao uso bíblico da expressão “filhos de Deus”, como também é a mais adequada ao contexto da passagem. Os efeitos da queda foram vistos na ímpia descendência de Caim (capítulo 4). Ainda que Caim e seus descendentes estivessem “no bolso de Satanás”, Satanás conhecia as palavras de Deus em Gn. 3:15, de que através da descendência da mulher Deus iria trazer o Messias que o destruiria. Não sabemos se toda a linhagem de Sete foi temente a Deus. De fato, até podemos supor o contrário. Somente Noé e sua família pareciam justos à época do dilúvio.
“De acordo com a tradição judaica, além de serem muito grandes e fortes, os Nephilim tinha enorme capacidade psíquica. Eles realizavam experiências fora do corpo, levitação, controle da mente, viajem no tempo, leitura da mente e visão remota. Eles tinham o poder de pronunciar e remover maldições e doenças e tinham formas de conhecer e predizer o futuro. Tendo se alinhado com Satanás, a fonte de seus poderes, eles controlaram e escravizaram a humanidade e perverteram a criação de Deus quase além da possibilidade de redenção.
Eles também eram extremamente inteligentes. Sabiam tudo sobre ciência, arquitetura e engenharia. Alguns acreditam que eles combinaram esses atributos com seus poderes de levitação para construir a Grande Pirâmide e outros grandes monumentos em todo o mundo ante-diluviano. Eles sacrificavam seres humanos por todo o planeta em templos e pirâmides que construíram na América Central e do Sul, no Oriente Longinqüo, nas Ilhas Britânicas, no Egito e em outros lugares. Eles bebiam sangue e assassinavam bebês, e quase que certamente estavam mexendo com o código genético humano e animal para perverter a criação e tornar a nossa redenção impossível. Eles eram os heróis de antigamente, os poderosos homens de renome, memorializados em todas as mitologias e a principal razão porque Deus teve que destruir o mundo e todos os seus habitantes no Dilúvio.
O fato de que a Bíblia descreve Noé como sendo perfeito em suas gerações e de que sua família foi a única a ser salva indica que a linhagem de sangue de Noé não havia sido contaminada geneticamente e era possivelmente a única descendência humana pura restante da qual um Redentor poderia vir (Gên 6.9). Se é assim, isso explica porque toda a população do mundo teve que ser destruída, senão a linhagem de Noé eventualmente seria contaminada também.” (*)
(*) Nota: os relatos acima citados provavelmente foram inspirados pelo livro apócrifo de Enoque.
E Também Depois
No tempo de Abraão havia uma grande população de Nephilim no mundo novamente, a maioria localizada no Oriente Médio desde a ponta sul do Mar Morto até a Síria ao norte. Como os Nephilim originais pereceram todos no grande Dilúvio, Satanás aparentemente começou um novo programa de procriação ajustado específicamente para impedir os Israelitas de ocupar a Terra Prometida. Veja estas referências.
Em Gêneses 14.5-6 uma colisão de 5 reis da região da margem sul do Mar Morto derrotou três grupos de guerreiros conhecidos como os refains, os zuzins, também conhecidos como zanzumins, e os emins. Os refains eram descendentes de Rapha, que significa gigante em Hebraico. O nomem zuzim significa criaturas errantes e emim significa os terríveis.
Em Deuteronômio 1.26-28 e 2.10-11 encontramos referências aos anaquins (gigantes de pescoço longo) e emins novamente, ambos identificados com descendentes de Rapha, o gigante.
Em Deuteronômio 3.11 é feita referência a Ogue, o Rei de Basã, um descendente de Rapha cuja cama media 4 metros de comprimento e 2,5 metros de largura.
Em Números 13.33 o relato dos espias incluía a visão de Nephilim, dizendo que os descendentes deAnaque vêm dos Nephilim. O medo dos Nephilim foi o que fez 10 dos 12 espias darem um relatório negativo, persuadindo os Israelitas a não entrarem na Terra Prometida. Tudo isso aconteceu no tempo de Moisés.
Em Josué 14.15 no fim da conquista da terra, Calebe recebe Hebrom, antes conhecida como Quiriate-Arba porque foi fundada por Arba, chamado de o maior dos anaquins.
E, é claro, em 1 Samuel 17 e 2 Samuel 21.15-22 há a derrota de Golias e seus quatro irmãos, todos descendentes de Rapha, no tempo do Rei Davi.
Uma História Paralela
Em nossa atenção à conquista por Israel da Terra Prometida, é fácil ignorar o fato de que Deus também deu aos descendentes de Esaú e Ló (Moabe e Amom) conceções de terras. As deles ficavam no lado oriental Vale do Rio Jordão, na atual Jordânia. Assim como com Israel, seu alvo era livrar as terras que lhes foram dadas dos Nephilim que habitavam lá. Em adição, Ele fez os Caftorins (Filisteus) eliminar o ramo chamado de Avins (corruptores) em Gaza (Deut. 2.2-23).
Dessa forma o Senhor julgou os Nephilim uma segunda vez, capacitando sobrenaturalmente Seu povo para derrotar as mais fortes e temíveis forças de Satanás, e admoestando-os a matar todo homem, mulher e criança, de forma a não deixar vivos remanescentes dessas abominações para repovoar o mundo uma terceira vez. Levou até o tempo do Rei Davi para tudo isso ser alcançado.
Por milhares de anos os Nephilim sobreviveram somente na mitologia, às vezes conhecidos como semi-deuses ou Titãs. Hércules é um exemplo de ser mitológico cujo pai era um deus e cuja mãe era humana. A propósito, a palavra titã vem de Shaitan, um derivado Babilônico da palavra Hebraica Satan.
O Fim dos Tempos
“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem” (Mateus 24.37). Como eram os dias de Noé? De acordo com 2 Pedro 2.4 esses foram os dias em que os anjos caíram e foram julgados. Judas 6 também descreve anjos que saíram de sua habitação natural (o céu) e foram acorrentados em trevas. Esses versos se referem aos anjos que foram os pais dos Nephilim.
Parece que isso acontecerá novamente, logo antes da 2ª Vinda, como Jesus disse. É aí que os cultos de OVNIs e outros lançam suas conjecturas. Eles falam de avistamentos de OVNIs (há um a cada 10 minutos em alguma parte do mundo) como sinais apontando para o retorno dos Nephilim. Uma pessoa de cada 5 declara ter visto um OVNI e uma em cada 100 declara ter tido algum tipo de encontro alienígena, de observação a inspeção e a abdução. O denominador comum em abduções confirmadas parece ser um incomum interesse no sistema reprodutivo humano. Estarão os assim chamados extraterrestres usando humanos para criar uma raça híbrida, meio humana e meio “alien”? Resultará isso em um retorno dos Nephilim, uma raça super poderosa de seres criados para ajudar as forças de Satanás a tomar o Planeta Terra novamente? (**opinião do autor do post, não há bases bíblicas para tal afirmação - o que melhor se encaixa é Lucas 21:11 ARF: "E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.").
Ferro e Barro
“A Bíblia não prediz isso claramente, apesar de alguns lerem isso em passagens do Apocalipse onde João parece estar descrevendo seres de outro mundo. Mas há uma pequena pista na tradução Versão King James do Livro de Daniel. Ela está no capítulo 2, a descrição de Daniel da estátua polimetálica que o Rei Nabucodonozor havia visto em um sonho. Daniel interpretou a estátua do sonho como uma representação de reinos mundiais futuros entre então (600 AC) e o Milênio. A cabeça de ouro era Babilônia, então no poder. O peito e os braços de prata simbolizavam o reino que se seguiria a Babilônia (Pérsia), o abdomem e as coxas de bronze eram o reino seguinte (Grécia) e as pernas de ferro um depois desse (Roma). Na base, estavam pés de ferro misturado com barro, o que muitos vêem como o Império Romano revivido no final dos tempos.
Quem são eles, os que se misturam com a semente dos homens?
E é aqui que fica interessante. A tradução de King James do verso 43 diz,
“E onde viste ferro misturado com barro de lodo, eles se misturarão com a semente dos homens: mas não se prenderão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro“ (Daniel 2.43).
Parece que eles não são humanos ou a passagem não faria sentido. Estarão não-humanos criando uma raça híbrida para algum propósito ainda desconhecido? Estarão eles habitando silenciosamente entre nós agora mesmo, como alguns defendem? Será o Anticristo o exemplo definitivo dos Nephilim, ou terá ele forças Nephilim ao seu comando durante a Grande Tribulação? Somente o tempo dirá.” (conjecturas do escritor Jack Kelley).
Mas uma coisa nós podemos saber com certeza agora mesmo. Havia um 5º reino no sonho de Nabucodonozor Ele era simbolizado por uma pedra cortada não por mãos humanas e caiu sobre a estátua e a reduziu a um pó tão fino que o vento eliminou todo e qualquer traço dele (Dan 2.34-35 e 44-45).
Este é o Reino do nosso Senhor Jesus, e quando vier Ele destruirá todo o remanescente dos reinos anteriores da humanidade. Seu Reino jamais será derrotado nem dado a outro, pois Ele reinará para sempre e sempre, e nós estaremos lá com Ele.Maranatha!
Fontes:
www.olharprofetico.com.br
www.wikipedia.org
Dicionário Bíblico Strong
www.bible.org/series/genesis- paraíso – patriarcas
www.estudosgospel.com.br/…/anjos-caidos-gigantes-e-os-filhos-de-deus.html
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Extraído de: http://geracaomaranata.com.br/2010/09/os-nephilim/********************************
Nefilins, Anakins - Gigantes do Mundo Antediluviano II
Nefilim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nefilim, do hebraico נְפִלנ ְפִיל nefilím, que significa desertores, caídos, derrubados, Tiranos, mas tal termo é uma variação do termo נָפַל. Deriva da forma causativa do verbo nafál ou nefal (derrubar; cortar). Traz uma idéia de dividido, falho, queda, perdido, mentiroso, desertor. Literalmente os que fazem os outros cair ou mentir.
No Dicionário de Strong são chamados de tiranos. Em Aramaico Nephila designa a constelação de Orion, que entre os hebreus era o anjo Shemhazai (Semyaza, Samyaza, Semyaze), conforme relatado no Livro de Enoque.
Na Bíblia esta palavra refere-se aos filhos de Elohim, os valentes e heróis da antigüidade como relata o Livro do Gênesis 6:4.
“ | Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Elohimentraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama. | ” |
Lembrando que a palavra Elohim em hebraico está no plural e significa Os Elevados trazendo a referência lógica e clara de onde surgiram os Nefilins. Elohim é o primeiro povo na terra, ouOs Filhos de Deus segundo a bíblia, Nefilins portanto é o grupo de Elohim que se rebelaram adquirindo o epíteto que literalmente significaOs Elevados Desertores.
Os gigantes são o resultado de uma união entre duas espécies, seres que foram alterados geneticamente devido a compatibilidade entre as mulheres humanas e os Nefelins. Na bíblia podemos identificar alguns dos descendentes dos Nefelins na terra por eles também serem antigos governates. como aponta o livro de Números 13:33
“ | Também vimos ali os Nefilins, isto é, os filhos de Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos. | ” |
No livro de Números temos referência a genealogia dos Nefelins entre os homens e também o local onde habitavam. Números 13:22
“ | E subindo para o Negebe, vieram até Hebrom, onde estavam Aimã, Sesai e Talmai, filhos de Anaque.(Ora, Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã no Egito.) | ” |
Já no livro de Deuteronômio podemos conhecer um pouco das características físicas dos Nefelins. Deuteronômio 9:2
“ | Um povo grande e alto, filhos dos anaquins, que tu conhecestes, e dos quais tens ouvido dizer: Quem poderá resistir aos filhos de Anaque? | ” |
Neste versículo há uma segunda referência aos filhos de Deus, onde são chamados de Anaquins. A Palavra Anaquin tem origem no idioma sumério(Escrita Cuneiforme) da palavra Suméria Anunnaki que significa Aqueles que do céu desceram à Terra, o que corrobora o versículo bíblico com as narrativas Sumérias e Mesopotamica.
Ainda no livro de Deuteronômio podemos identificar outras referências aos Nefelins como apresenta o capítulo 2 versículos 10 e 11. Deuteronômio 2:10,11
“ | Antes haviam habitado nela os Emins, povo grande e numeroso, e alto como osAnaquins;Eles também são considerados Refains como os anaquins; mas os moabitas lhes chamam Emins. | ” |
Depois de compreendermos estes versículos fica mais esclarecedor a batalha citada no livro do Gênesis: Gênesis 14:5
“ | Por isso, ao décimo quarto ano veio Quedorlaomer, e os reis que estavam com ele,e feriram aos Refains em Asterote-Carnaim, aos Zuzins em Hão, aos Emins em Savé-Quiriataim | ” |
Mesmo não tendo nenhuma outra referência na bíblia sobre os Zuzins podemos logicamente concluir que os Zuzins também eram descendentes dos Nefelins na Terra. No livro de Deuteronômio podemos compreender que alguns povos apenas davam outros nomes aos filhos de Deus ou Nefelins e seus descendentes.
Deuteronômio 2:20
“ | Também essa é considerada terra de Refains; Outrora habitavam nela Refains, mas os Amonitas lhes chamam Zanzumins | ” |
Deuteronômio 3:13
“ | e dei à meia tribo de Manassés o resto de Gileade, como também todo o Basã, o reino de Ogue, isto é, toda a região de Argobe com todo o Basã. O mesmo se chamava a terra dos Refains | ” |
Flávio Josefo faz uma distinção entre os gigantes e o fruto das relações entre os "Filhos de Deus" e as "filhas dos homens", quando afirma em sua obra: "... e os grandes da terra, que se haviam casado com as filhas dos descendentes de Caim, produziram uma raça indolente que, pela confiança que depositavam na própria força, se vangloriava de calcar aos pés a justica e imitava os gigantes de que falam os gregos." (Antiguidades Judaicas). Aparece pela primeira vez em Génesis 6 traduzido como Gigantes, na maioria das versões bíblicas.
Foi traduzido para o grego como grigori e para o latim como Gigantes como se pode verificar naVulgata.
Na tradução Almeida (ALA),"filhos de Deus" se refere aos descendentes de Sete, nessa mesma tradução o hebraico nefilím é vertido por "gigantes". Os Nefilins são descritos como "os poderosos [em hebr.hag gibborím] da Antiguidade" e os "homens de fama [ou "heróis", MC]".
Diz a narrativa ma bílbia que Deus teria decretado um dilúvio, atualmente é conhecido pela ciência moderna que o nosso planeta passa por um processo cataclísmico e cíclico e após a ocorrência do mesmo toda a sociedade humana foi destruída. O relato termina com dilúvio bíblico eliminando a raça humana juntamente com os Nefilins, os filhos dos filhos de Deus. Por fim, recomeça uma nova humanidade e os genitores dos Nefilins são eliminados omo afirma o livro de Josué Josué 15:14
“ | E Calebe expulsou dali os três filhos de Anaque: Sesai, Aimã e Talmai, filhos deAnaque. | ” |
São identificados ao longo da Bíblia "anjos caídos", "espíritos impuros" ou "demônios", os quais fazem menção aos Nefelins (segundo o Livro de Enoch: Vigilantes), sendo tais os anjos que copularam com as filhas dos homens e engendraram esta raça híbrida dos gigantes.
Origens do conceito -Similariedades com os sumérios
Muitos estudiosos afirmam que os Anunnaki são a própria espécie dos Nephilins como o escritorZecharia Sitchin. De acordo com Sitchin, os Nefilim são os habitantes de Nibiru/Marduk o desconhecido 9º planeta do nosso sistema solar. Os sumérios tinham grandes conhecimentos de astronomia para sua época e retrataram a passagem deste corpo celeste como mostra o cilíndro VA-243.
Conceito cristão bíblico-judaico
Os téologos e estudiosos da Bíblia até hoje divergem sobre a natureza dos Nephilim e dos "Filhos de Deus", mencionados em Gn 6. Há duas possíveis interpretações:
- G. H. Pember argumenta em favor da teoria que diz que os "Filhos de Deus" de Gn 6 são na verdade anjos que vieram a Terra para terem intercurso com mulheres, tiveram filhos, sendo por isso punidos e lançados no inferno, segundo a Segunda Epístola de Pedro 2:4 (é interessante notar que no original a palavra não é "inferno", e sim "tártaro" o que pode implicar um lugar diferente), e seus filhos se tornaram pessoas híbridas, metade humano, metade angélico (ver As Eras Mais Primitivas da Terra). Essa teoria é defendida por teólogos como John Fleming (1), S. R. Maitland (2), Caio Fábio (idéia advogada no seu livro de ficção Nephilim), Charles Ryrie, em sua Bíblia de estudo e pela maioria dos primeiros cristãos. Esteve em voga na Idade Média É também o ponto de vista de Fílon de Alexandriae dos apócrifos de Enoque e do Testamento dos Doze Patriarcas.
- Teoria de que não eram anjos, mas sim descendentes de Sete, que ainda seguiam a Deus. As "filhas dos homens" eram filhas de Caim, afastadas de Deus, e seus filhos foram heróis posteriormente, mas a Bíblia considera-os caídos, porque se afastaram de Deus. Argumenta-se que os anjos não podem procriar e que "filhos de Deus" referia-se aos seguidores de Deus. Essa teoria foi propagada por Agostinho, C. I. Scofield, Gordon Lindsay, entre outros, sendo a mais aceita. (ver uma defesa desta teoria[1]).
Há outras teorias como a de pano de fundo evolucionista que diz que os "filhos de Deus" eram descendentes de Adão e as "filhas dos homens" de uma raça inferior, como, por exemplo, a Neandertal. Atualmente pesquisas científicas comprovaram que aproximadamente 4% de nosso DNA é de origem Neandertal. Alguns veem ai a comprovaçao desta linha teórica.
Ainda outras teorias apresentam essa Mistura de [Filhos de Deus] com os [Filhos dos Homens] como uma hipotética experiência genética que os [Anjos] teriam feito nos seres humanos da época, na tentativa de evoluí-los.
Os Nephilim na ficção
No RPG brasileiro Rebelião: Ascensão e Queda (Editora Daemon, 2007), os Nefilim são seres híbridos nascidos da união de humanos e anjos caídos, que se libertaram do Inferno após 1908. As nove hierarquias de anjos são identificadas pelo tipo de asa que ostentam. O RPG foi criado pelo Universo Germinante, www.universogerminante.net
No RPG Diablo II, desenvolvido pela bem conhecida empresa Blizzard North (que eventualmente se dissolveu), os Nefilim (Nephalem) seriam os primeiros humanos no Santuário (Sanctuary), resultado das relações proibidas entre anjos e demónios, com potencial para serem maiores que os seus criadores. Os descendentes dos Nefilim seriam os barbaros, necros,assassinos,feiticeiros,druidas,etc. Para evitar que os Nephilim ganhassem cada vez mais poder e se revoltassem, foi implementada a Worldstone, com o objectivo de enfraquecer os Nefilim a cada nova geração.
Caio Fábio, aborda o assunto em seu romance Nephilim.
Gostei do seu trabalho sobre nefilins. Eu postei um video do Pr. Caio Fábio "Eram os astronautas anjos?". Gostaria que assistisse assim que puder (se é que já não o fez).
ResponderExcluirUm abraço, Josenildo.