Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

5 de setembro de 2011

A INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA

 
Textos: Atos 15.15-16; Efésios 4.11-16; 2 Pedro 1.16-21; 2 Pedro 3.14-18

Qualquer documento escrito, para poder ser compreendido, precisa ser interpretado. Com a Bíblia não é diferente, sobretudo, “A Bíblia é o seu próprio intérprete”. Esse princípio signifca que a Bíblia deve ser interpretada pela própria Bíblia. O que é obscuro em uma parte da Bíblia pode ser esclarecido em outra parte. Interpretar a Bíblia a pela Bíblia significa que não devemos colocar uma passagem contra outra. Cada texto deve ser entendido não somente à luz do seu contexto imediato, mas também à luz do contexto da Bíblia como um todo.
Além disso, entendido adequadamente, o único método legítimo e válido de interpretação da Bíblia é o da interpretação literal. Existe, contudo, muita confusão a respeito desse idéia de interpretação. Interpretação literal, estritamente falando, significa que devemos interpretar a Bíblia assim como está escrito. Um substantivo é interpretado como substantivo e um verbo, como um verbo. Quer dizer que todas as formas usadas na redação da Bíblia devem ser interpretadas de acordo com as regras normais que regem tais formas. Poesia deve ser tratada como poesia. Relatos históricos devem ser tratados como História. Parábolas como parábolas, hipérboles como hipérboles, e assim por diante.
Nesse aspecto, a Bíblia deve ser interpretada de acordo com as regras que governam a interpretação de qualquer outro livro. Em algumas de suas características, a Bíblia é diferente de qualquer outro livro. Em algumas de suas características, a Bíblia é diferente de qualquer outro livro que já foi escrito. Em termos de interpretação, entretanto, deve ser tratada como qualquer outro livro.
A Bíblia não deve ser interpretada de acordo com nossos próprios desejos e preconceitos. Devemos buscar entender o que ela de fato diz e nos guardarmos de forçar nossos próprios pontos de vista sobre ela. Este é o passatempo dos hereges: buscar base bíblica para doutrinas falsas que não têm base no texto. O próprio Satanás citou as Escrituras de maneira ilegítima, num esforço para seduzier Jesus Cristo a pecar (Mt 4.1-11).
A mensagem básica da Bíblia é simples e clara o suficiente para que até uma criança possa entender. Mesmo assim, o “alimento sólido” da Bíblia requer estudo e atenção cuidadosos para ser entendido adequadamente.

Existem alguns princípios de interpretação que são básicos para todo estudo saudável da Bíblia. Incluem o seguinte:

As narrativas devem ser interpretadas à luz das passagens de “ensino”. Por exemplo, a história de Abraão oferecendo Isaque no Monte Moriá pode sugerir que Deus não sabia que Abraão tinha uma fé genuína. As passagens didáticas da Bíblia, porém deixam claro que Deus é onisciente;

Aquilo que é implícito sempre deve ser interpretado à luz do que é explícito; nunca deve ser o contrário. Isto é, se um texto específico parece ter uma idéia ou lição implícita, não devemos aceitar a implicação como correta se for contrária a algo que é declarado explicitamente em outro lugar da Bíblia;

As leis da lógica governam a interpretação da Bíblia. Por exemplo, se sabemos que todos os gatos têm cauda, não podemos deduzier que alguns gatos não têm. Se é verdade que alguns gatos não têm cauda, então não pode ser verdade também que todos os gatos têm. Isso não é apenas uma questão de leis técnicas de inferência; é uma questão de senso comum. Mesmo assim, a grande maioria das interpretações equivocadas da Bíblia é causada por deduções ilegítimas extraídas da Bíblia.

Bibliografia: Verdades Essenciais da Fé Cristã de R. C. Sproul/ Editora Cultura Cristã

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