Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

8 de abril de 2011

Psicose + fanatismo religioso + possessão demoníaca + etc. = monstro de Realengo

 

Por Ciro Sanches Zibordi

Não consegui dormir direito na última noite... É muito triste o que aconteceu ontem em Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Por mais que eu tentasse parar de pensar no ocorrido, foi muito difícil, pois também sou pai... Meninas, em sua maioria, com idades entre 13 e 14 anos, foram mortas por Wellington Menezes de Oliveira, um assassino antissocial e possuído por demônios — não tenho dúvidas disso —, o qual as selecionou cuidadosamente. Por que ele fez isso? Não se sabe ao certo, mas a carta místico-religiosa que ele deixou revela traços de sua doença mental psicótica.

Como o assassino fez alusões a Deus, a Jesus e à luta entre o bem e o mal, há web-analistas, apressados, sugerindo que o jovem era um evangélico desviado. Por outro lado, um parente afirmou que o rapaz pesquisava sobre armas e que queria derrubar um avião, assim como os terroristas fizeram em 11 de setembro de 2001. E, por isso, outros concluem que ele estava ligado a alguma seita radical islâmica.

Se o assassino, de 23 anos, era muçulmano ou tinha simpatia pelo terrorismo, ninguém pode afirmar, haja vista ter ele destruído o seu computador antes de cometer os crimes. Mas tenho certeza de que não era evangélico nem agiu motivado pela mensagem do Evangelho. Isso porque ele torceu o que Jesus Cristo ensinou.

Segundo a Bíblia, a luta entre o bem e o mal se dá no campo espiritual (Ef 6.10-18; Tg 1.13,14). Por que eu sou tão ácido ao criticar composições como “Sabor de mel”? É porque esse tipo de canção torce o que o Novo Testamento ensina. Em nenhum momento há incentivo, nas páginas sagradas, à vingança, ao revide, à retaliação por parte dos cristãos para com as pessoas que se lhe opõem (Rm 12.17-21). Pelo contrário, o Senhor Jesus nos manda amar os nossos inimigos (Mt 5.43-48).


Violência, ódio, sentimento de vingança, retaliação, guerra, etc. são produtos da falta de observância à mensagem do cristianismo. Jesus, ao ser injuriado, não injuriou; ao ser crucificado, pediu ao Pai que perdoasse seus algozes. O mesmo aconteceu no apedrejamento de Estêvão. O verdadeiro Evangelho não é aquele que diz: “Os seus inimigos verão a sua vitória”, “Eles vão estar na plateia, e você no palco”. A disputa entre o bem e o mal deve ocorrer no âmbito espiritual.

Segue-se que o pensamento do assassino de Realengo era totalmente anticristão, visto que considerava seres humanos inimigos, os quais ele chamava de “impuros”. No cristianismo, repito, os inimigos do cristão não são pessoas humanas, por mais pecadoras e ímpias que sejam, e sim a carne, o mundo e o Diabo.

Cristo Jesus, o nosso Senhor, jamais pregou a disputa entre pessoas. Ele nunca disse que os puros deveriam odiar ou matar os impuros. Ódio entre pessoas é obra diabólica ou produto da natureza humana decaída. O Evangelho muda o coração do pecador e o faz amar as pessoas que se lhe opõem.

Ainda de luto pelo massacre de 7 de abril de 2011,

Ciro Sanches Zibordi
http://cirozibordi.blogspot.com/2011/04/o-assassino-de-realengo-era-um.html

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