Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

27 de dezembro de 2010

Dívidas? Uma companheira indigesta!


Escrito por Ivonildo Texeira

O ditador cubano Fidel Castro afirmou que a dívida encerra problemas morais. De fato, há de se convir que a praga da dívida provoca uma desmoralização tal na vida de quem a possui, que é quase impossível as brigas e as confusões deixarem de existir na relação.

Números do Banco Central explicam por que a Paróquia de Santa Edwiges, em São Paulo, sempre recebe milhares de pessoas por ocasião da comemoração da "padroeira" dos endividados e das causas impossíveis: a consequência das dívidas sobre a saúde é muito grande. Os efeitos mais comuns são ansiedade, fadiga e alterações na qualidade do sono. "O estresse financeiro é uma das principais razões de acidentes cardiovasculares. Além disso, uma hora e meia a menos de sono implica redução de 30% no rendimento de um dia de trabalho, diz a neurologista Dalva Poyares, da Unifesp" (Revista Isto É, 03/09/2005). 

O lexicógrafo e escritor alagoano Aurélio Buarque de Holanda define a dívida como um débito, uma obrigação, um dever. O homem mais rico da terra afirma que a dívida é uma armadilha. "E o que toma emprestado é servo do que empresta" (Pv 22.7). Sua liberdade lhe é tomada. "A dívida mata aos poucos, mas só se contentas quando devasta uma multidão." 

Durante os meses de agosto a outubro de 2011, recebi e-mails desesperadores de pessoas que estão esfaceladas e atoladas em dívidas. No livro de minha autoria, "Até que as Finanças nos Separem", dou uma orientação sobre como se precaver da "indigesta companheira", a dívida: "Quando o semáforo financeiro acender a cor verde, sinaliza que está tudo sob controle. Ao aparecer o amarelo, atenção! Se o vermelho acender, a freada precisa ser instantânea, pois há perigo à vista". 

Qual é a solução quando o monstro das dívidas quer colocar um fim na vida financeira do homem?
A vida tem seus problemas naturais, muitos provocados pelo próprio homem, entre eles as dívidas. Se forem tratadas a tempo, as dívidas terão mais possibilidades de êxito. Ninguém deve brincar com elas. Se foram contraídas, enfrente-as, pague-as, seja uma ou muitas. Portanto, torna-se necessário começar a esboçar um planejamento, pagando-as, seja à vista, parceladas, renegociadas. A despeito de qualquer situação, elas devem ser quitadas. 

Quais as saídas para alguém que está vivendo o drama das dívidas?
Joana Del Guercio, escritora e instrutora de treinamentos na área de previdência privada, finanças empresariais e pessoais, oferece uma cartilha a ser praticada diante das dívidas: 

- Peça ajuda a seus credores, seja humilde e mostre intenção de pagar. Nada mais nobre para um devedor do que dizer ao seu credor: "Devo, não nego, pagar é o que mais desejo". 

- Faça acordos antes de os problemas tornarem-se um monstrinho. 

- Faça uma visita. É mais cortês e seguro em vez de mandar outra pessoa. 

- Seja honesto ao mostrar sua estratégia de pagamento. 

- Não prometa o que não pode cumprir. 

- Tente pagar dentro de suas reais possibilidades, no menor prazo possível. 

- Inclua uma carta para todos os credores, dando satisfação de que está trabalhando. 

- Ainda que pouco, amortize a dívida. Diz o dito popular: "De grão em grão a galinha enche o papo". 

- Jamais mude de lugar sem avisar a todos; sempre dê satisfações aos credores. 

- Mesmo que o salário seja irrisório em relação ao que se deve, é melhor ficar no emprego. Normalmente empresas conceituadas dificilmente empregam pessoas que vivem perambulando "ali ou acolá". 

- Faça uma redução drástica nas despesas para que sobre dinheiro para as renegociações. Tal sacrifício reverterá em benefício, pois sua paz de espírito vale muito. O poeta italiano Ludovico Ariosto já dizia: "Mais do que riqueza, quero paz". 

Concluo usando o Livro Sagrado, "a ninguém, fiqueis devendo nada, senão o amor" (Rm. 13.8).

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