Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

15 de setembro de 2010

POR QUE SE CALAR?



(Reproduzo aqui este artigo por concordar com seu conteúdo)

O pleito eleitoral que estamos vivenciando, está trazendo uma grande discussão, a qual revela o preocupante perigo que se avizinha da nossa nação.

Tenho a nítida impressão, que aqueles que lutaram para aniquilar a didatura militar, não eram assim tão contrários ao seu conteúdo, mas apenas à sua forma.

Temos veículos de comunicação sob censura, artigos e vídeos retirados de blogs por ordem judicial, outros sob ameaça, como é o caso do vídeo gravado pelo Pr. Paschoal Piragine da 1ª. Igreja Batista de Curitiba e por ai afora.

Por outro lado, quando se comenta algo que revele ou contrarie ideologias anti cristãs, através de intenções embutidas de maneira subliminar, é como se estivéssemos confrontando o “divino”, duvidando da “oráculo” ou blasfemando do “santo”.

Quando se fala da utilização de artifícios indignos, como por exemplo, a falsidade ideológica para a quebra de sigilo da vida privada de cidadãos brasileiros junto a Receita Federal ou quaisquer outros órgãos, justamente por pessoas filiadas ao partido governante, é como se estivéssemos fazendo uma “tempestade em copo de água”.

Onde estamos? O que está acontecendo com o Brasil? Afinal, qual é o limite entre o legal e o ilegal? Será que a contravenção só é contravenção, dependendo de quem a pratica?

Se um pastor fala qualquer coisa a respeito, já está misturando religião com política. Se nada fala, alguns o qualificam como omisso. Se defende o “status quo”, é conivente com o sistema. Se aponta os erros, outros julgam que deveria pregar o evangelho e não se envolver com as questões terrenas. Isso é no mínimo preocupante.

Os profetas proclamavam o querer de Deus e contestavam os homens, independente de quem fossem eles, reis ou súditos e para tanto, colocavam inclusive em risco a própria vida.

Pela misericórdia de Deus prego o evangelho e não deixarei de fazê-lo, mas temo que essa liberdade total esteja ameaçada, a prevalecer a linha ideológica dos projetos de lei que tramitam nos congresso nacional.

É lógico que a Igreja Cristo, na condição de organismo vivo, em nada depende disso, afinal poderemos ser cristãos em casa, nas cavernas, e até mesmo sob a mira dos fuzis, porém, a pergunta que não quer calar é a seguinte:

Será que aqueles que temem qualquer contestação ideológica hoje, no temor de sofrerem qualquer arranhão em sua imagem e ou ministérios, se prestariam a serem cristãos publicamente e defenderem a sua fé em tais circunstâncias?

Não me parece que o Brasil dos shows gospels às custas do erário público, das multidões, das marchas, passeatas e carreatas, que se acostumou com uma vocação monárquica, onde ser “filho do rei” é quase moda e uma espécie de “grife espiritual”, esteja disposto a uma demonstração de fé onde a liberdade e a vida esteja em risco. Calma, não estou profetizando nada, apenas escrevendo suposições, sobre as quais podemos e devemos pensar.

Independente de ser evangélico ou não, pastor ou jornalista, é necessário que utilizemo-nos da liberdade de expressão que ainda temos, até porque não sabemos por quanto tempo a teremos.

Isso não se pode confundir com absolutamente nada, em detrimento da nossa obrigação bíblica de intercedermos pelas autoridades constituídas, independente de quem sejam elas.

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade. Porque isto é bom e agradável diante de Deus, nosso Salvador.” I Temóteo 2: 1-3

Não obstante ser nossa obrigação atentarmos para o mandamento bíblico, é necessário que estejamos atentos ao fato de a democracia se concretizar plenamente na hora do voto. Depois do sufrágio, nada mais há o que se fazer, senão orar por aqueles que ganharam e sujeitarmo-nos a eles.

Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.” Romanos 13:1

Portanto, na hora de votar, é o momento certo para analisarmos por quem estaremos orando e nos sujeitando quando estiverem no exercício do poder. Se votarmos errado, teremos a obrigação de orarmos pelas pessoas certas, porém em lugares errados, no sentido de que acertem naquilo que estiverem fazendo.

Ora, se verificarmos que há desvios de conduta em suas práticas agora, poderemos perfeitamente repensar o nosso voto, evitando assim sofrimento futuro.

Se mesmo assim a maioria votar errado, teremos paz na consciência de que fizemos o que era melhor de acordo coma nossa consciência.

Agora é a hora certa para se falar, questionar, sugerir e alertar!

Carlos Roberto Silva
Cidadão brasileiro

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