Declaração de um “político evangélico” – “Se um dia vamos dominar literalmente na terra, por que hoje não podemos começar com um antigosto?” Declaração de um “pastor” político.
Declaração de um pastor evangélico – “Viver o cristianismo é a mais efetiva militância para a transformação social que Deus quer promover”.
As pessoas não sobreviverão, e muito menos prosperarão, sem que haja organização em suas vidas comunitárias. Esta organização em sua vida comunitária é a polis, um agrupamento de pessoas caraterizadas pelo senso de comunidade; e de polis derivou-se a palavra política. Assim, a política, em seu sentido mais amplo, sublinha e permeia a sociedade.
“Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos e, a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores.” Cap. XXIII – Do Magistrado Civil. Confissão de Fé de Westminster. Do ponto de partida da compreensão cristã, há um único Deus, criador dos fins da terra, o presente Governante das nações e o Senhor ativo da história. O Deus que exige justiça e retidão dos homens em seus contatos uns com os outros na ordem social em geral – atividades econômicas, autoridade dos soberanos, justiça nos tribunais e na relação das nações umas com as outras.
Não há base bíblica para ações políticas institucionais promovidas pela igreja. A decisão sempre será do indivíduo participante da comunidade, como parte do seu serviço responsável ao Senhor. Daí é muito importante ter consciência cristã, para “escolher” nossas autoridades. Neste ano escolheremos o presidente da nação, os governadores dos estados, os senadores da República e os deputados estaduais e federais. Estas autoridades compõem a base do governo do nosso país. Além da responsabilidade de “escolha” das autoridades, devemos ser obedientes a elas, pois foram e serão instituídas por Deus (Rm 13.1); devemos sempre estar prontos para toda boa obra, e não devemos difamar ou polemizar (Tt 3.1-2), devemos orar e interceder pelas autoridades existentes e pelas que vão exercer seus cargos (1Tm 2.1-2).
Os crentes têm a liberdade de votar em quem quiser, esse é o princípio democrático que rege a nação brasileira. Os crentes não devem votar em quem tem propostas que são contra a Palavra de Deus, contra os princípios bíblicos. Percebe-se que não nos resta muita opção! Quanto a políticos evangélicos, creio não haver nenhum impedimento bíblico para eles, desde que façam política e leis pautadas nos princípios da ética cristã e do bem social, não só para defender os interesses pessoais da igreja.
Termino este artigo transcrevendo o seguinte pensamento:
“As leis de um estado devem fundamentar-se primariamente nos padrões morais aceitos pela maioria dos cidadãos, mas o amor cristão às leis de Deus revelado, mesmo que por uma minoria, serve como fermento que influência a comunidade toda. Assim, a presença da Igreja deve ser ativa positiva e responsável” (Eugene Clarence Gardner).
Síntese do Decálogo Evangélico do Voto Ético (Associação Evangélica Brasileira – AEVB).
1. O voto é intransferível e inegociável.
2. O cristão não deve violar a sua consciência política.
3. Líderes devem orientar sobre como votar com ética e discernimento.
4. Líderes devem ser lúcidos e democráticos.
5. Líderes não devem conduzir processos político-partidários dentro da igreja.
6. O fato de um candidato se apresentar como cristão não deve constranger ao voto.
7. Candidatos com postura ética contraditória não devem ser escolhidos.
8. O cristão deve considerar as propostas apresentadas pelos candidatos.
9. Dar mais valor ao candidato como indivíduo cristão do que ao seu partido.
10. Em questões políticas o líder da igreja local opina como um cidadão qualquer.
Eduardo H. Ferraz
http://bibliacomisso.blogspot.com.br
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