Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

11 de dezembro de 2009

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE A BÍBLIA




É importante que o crente cristão conheça pelo menos o básico sobre a Bíblia e sua história, como foi escrita, por quem, e como permanece até hoje como o livro mais vendido da história da humanidade.

A Bíblia é composta por 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento.
O Velho Testamento atem-se à história do povo Judeu com suas leis e livros poéticos e proféticos.
O Novo Testamento conta a história de Jesus Cristo, seus ensinamentos e instruções para os que iriam segui-lo, tem ainda a história da Igreja registrada no livro de Atos dos Apóstolos e as epístolas (cartas) destes mesmos apóstolos à essas igrejas instruindo-as em como proceder no caminhar cristão finalizando com o livro de Apocalipse (Revelação) onde o apóstolo João mostra os fatos futuros da humanidade.
Foi composta ao longo de um período de cerca de 1500 anos por uns 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais, segundo a tradição. Ela teria começado a ser escrita por volta de 1500 a.C. e recebido o último retoque nos textos em 100 d.C., tendo o cânone sendo fixado em definitivo bem posteriormente (existem teorias controversas).
No início os livros bíblicos não eram divididos em capítulos e versículos. A divisão dos textos foi feita na Idade Média. O protagonista foi um bispo da Inglaterra, Stephen Langton, que dividiu a os livros em capítulos entre 1212 – 1228. Os versículos, invés, apareceram só em 1527, obra de Sante Pagnini. Até hoje temos sua divisão do texto do Antigo Testamento. Porém aquela que ele fez para o Novo Testamento não foi aceita e atualmente se usa aquela feita em 1551 por Robert Estienne. A divisão nem sempre é objetiva e respeita o texto, mas tem a vantagem de identificar com exatidão as passagens.
A Bíblia é uma “biblioteca” e não apenas um livro com muitas páginas. Na verdade, o nome dessa coleção de obras literárias, “os livros” (em grego: ta biblia), tornou-se uma palavra singular, “a Bíblia” (em grego: hē biblia). Assim, com o passar do tempo, “os livros”, passaram a ser considerados como um único livro e até mesmo como “o Livro” por excelência. Hoje, internacionalmente é conhecido como “The Book”.
Dentre todos os livros já produzidos ao longo de toda a história da humanidade, nenhum outro foi tantas vezes traduzido, publicado, comprado e lido. A Bíblia continua sendo, mesmo em nossos dias, o maior best-seller do mundo. O fato de milhões de pessoas, de várias línguas e culturas, ao longo de séculos e séculos de história, buscarem na Bíblia respostas às suas indagações mais íntimas, em si, já é motivo suficiente para a atenção e a curiosidade do leitor mais cético.

Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares.
Em ambas as partes que a compõem (a primeira e segunda Alianças, ou o Antigo e Novo Testamentos, como são mais conhecidas essas duas grandes divisões das Escrituras Sagradas), a Bíblia começou a ser traduzida antes mesmo de estar formalmente reconhecida como um “único livro” sagrado (canonizada).
Os originais da Bíblia foram escritos em Grego, hebraico e aramaico. Quando Esdras e Neemias foram convocados por Deus para educar o povo de Judá quanto à obediência aos aspectos essenciais da Lei de Moisés, foi necessário traduzir os textos sagrados do hebraico para o aramaico, porquanto, a população que voltara a Jerusalém, cerca de 90 anos antes, já não compreendia perfeitamente a língua em que os manuscritos originais haviam sido redigidos. Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas.
Após a conclusão do cânon do Antigo Testamento, os judeus que viviam em Alexandria pressionaram os governantes do Egito para encomendarem junto aos estudiosos e anciãos israelitas, uma tradução da Bíblia em grego, visando atender a sede cultural da monarquia helenista e o desejo da grande comunidade judaica para quem até mesmo a língua aramaica já estava se tornando, na prática, de difícil compreensão. Essa tornou-se a mais antiga tradução das Escrituras (285 a.C.) e ficou conhecida como Septuaginta, ou, simplesmente LXX (Setenta).

O ANTIGO TESTAMENTO
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A
Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos.
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto.

O NOVO TESTAMENTO

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado.
A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.


Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus, reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o Novo Testamento foi constituído.

Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião - o grande Codex Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego. Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos.
Quando Teodósio proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.


A Bíblia é o Livro dos livros, a Palavra de Deus e a única regra de fé e prática do cristão. Sua leitura é fundamental para o conhecimento de Deus; fora dos seus ensinamentos não é possível conhecê-lO, nem adorá-lO de forma correta. O crente deve amar a Bíblia, estudar o seu conteúdo e adorar o seu autor.

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