Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

26 de janeiro de 2018

Perigos que devem ser evitados no uso do “Amém” no culto público





Devido ao pecado que permanece em nós, não há nenhum privilégio na vida cristã que não seja suscetível de ser abusado, nem nenhum dever para o qual não sintamos uma certa indisposição.

E uma vez que expressar o “amém” é um privilégio e um dever, devemos dar algumas advertências para que não caiamos em excessos em relação a esse privilégio que Deus nos concedeu:

1. Cuidado com o uso do “amém” como mecanismo para chamar a atenção para si mesmo:

O propósito principal do uso do “amém” na Igreja é a glória de Deus (compare 2 Cor 1:20). Quão pecaminoso é, então, usar este aspecto da adoração congregacional para chamar a atenção para nós mesmos!

É muito pecaminoso usar o amém como um meio para apresentar uma certa imagem aos olhos dos outros. E é muito fácil cair nesse pecado. Há espaço na adoração para o uso de amém a nível individual, mas usar esse recurso para chamar a atenção de outros para nós é um grave e muito sério pecado aos olhos de Deus.

Nós nos congregamos como uma igreja para contemplar a beleza do Senhor, para deleitarmos na adoração a Ele. Qualquer ação voluntária destinada a chamar a atenção para nós mesmos, pode provocar a ação involuntária de que os homens e mulheres que se reuniram nesse lugar, desviem sua vista de Deus para posar sobre nós.

Parece ser muito espiritual dizer “amém” constantemente a tudo o que é dito no púlpito. Mas a marca da verdadeira espiritualidade é o amor, o amor à Deus acima de todas as coisas e o amor ao próximo como a si mesmo; e ambos são violados quando usamos o amém para chamar a atenção para nós mesmos.

2. Cuidado com o uso do “amém” de maneira que você faça violência contra si mesmo:


Deus fez cada um de nós com um modo particular de ser que não é destruído no momento da conversão; de modo que, embora nossa adoração seja congregacional, isso não significa de forma alguma a destruição de nossa individualidade.

No Salmo 139, o salmista expressa a sua adoração a Deus pela forma como foi criado: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (versículo 16).

Não somos o que somos como um produto do acaso; Deus é soberano, e Ele nos fez como somos fisicamente, intelectualmente, temperamental e emocionalmente. Todos devemos nos esforçar para dar o melhor de nós mesmos em nosso serviço a Deus, para administrar todas as áreas da nossa vida, não de acordo com a nossa lógica ou o nosso temperamento, mas de acordo com o que Deus disse em Sua Palavra. Mas sempre seremos nós mesmos.

Timóteo, por exemplo, devia se esforçar para ser um ministro fiel; mas ele não tinha que se esforçar para chegar a ser Paulo. Eles eram homens muito diferentes uns dos outros. Se Timóteo usasse de maneira responsável os meios de graça que Deus colocara ao seu alcance, ele se tornaria um Timóteo maduro, mas nunca se tornaria uma pessoa diferente de quem ele era.

Infelizmente, alguns cristãos podem se sentir tentados a identificar a forma como uma pessoa aplica estes princípios como se fosse a forma certa, e cair então no erro de imitá-lo fazendo violência a sua identidade como indivíduo.

Suponhamos que aqui temos um crente cujo temperamento é calmo e tranquilo, sua maneira de falar sempre é suave, moderado; raramente se ouve, ele aumentar a voz. Mas acontece que este irmão coloca sua atenção em outro membro da Igreja com um temperamento diferente; e ainda mais, com uma poderosa voz.

Vocês imaginam a surpresa que o irmão causará quando ele de repente pronuncie um “amém!” de tal maneira, que seja ouvido artificialmente devido à sua maneira particular de ser? Tenha cuidado, irmãos, para não implementar estas coisas de tal maneira que façamos violência contra nós mesmos.

3. Cuidado com fazer do “amém” uma vã repetição:

As palavras de Cristo em Mt. 6:7 aplicam-se perfeitamente neste contexto. Os pagãos, diz o Senhor, são caracterizados por uma adoração vã, sem sentido. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos.

No caso particular em que estamos tratando, alguém poderia pensar que quanto mais “amém” se diga durante a oração, ou durante a pregação, mais espiritual será. Mas esse pensamento é pagão.

Essa falta também é cometida quando expressamos um “amém” com os nossos lábios que não reflete o verdadeiro estado do nosso coração. Com os nossos lábios, concordamos com o que está sendo declarado, mas, na realidade, em nossos corações, não temos o menor interesse em implementar essas coisas em nossas vidas:  "Este povo honra-me com os lábios, – disse o Senhor sobre os fariseus – mas o seu coração está longe de mim" (Marcos 7:6).

4. Cuidado com o uso do “amém” em circunstâncias inadequadas:

Em 1 Cor. 13:5 diz que o amor não se porta com indecência, que não se comporta de forma que faça os outros se sentirem irritados desnecessariamente. Há momentos em que não temos outra escolha a não ser obedecer, mesmo que os outros se sintam desconfortáveis; mas nem sempre é assim.

Paulo diz em 1 Cor. 9:20,22: "Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; etc. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns".

Se estamos em uma Igreja que não conhece ou não pratica esse ensinamento, devemos fazer uso do domínio próprio que o Senhor nos deu, para que não sejamos motivo de distração para os outros.

“Ah, mas e a minha liberdade cristã?” Nosso uso da liberdade cristã deve ser regulado pelo o amor, e o amor não busca o seus interesses.

5. Cuidado com seguir a indisposição de nossa carne contra todos os deveres impostos por Deus nesta questão do uso do “amém” no culto público:

Lembre-se de que nossa carne se opõe a todos os deveres impostos por Deus, mas nossa obrigação nesse caso é resistir a essa indisposição e fazer o que devemos fazer. Alguém pode dizer: “É que tudo isso não é natural para mim”.

Se somos cristãos, a Bíblia diz que fomos feitos participantes da natureza divina. Muitas coisas agora são naturais para nós, mesmo que anteriormente fossem anormais.

Será que era natural para nós vir à igreja todos os domingos? Ou agradecer pela comida? Ou ler as Escrituras todos os dias? Nada disso era natural, mas é suposto ser natural agora.

Pois, da mesma maneira, devemos seguir o que Deus decretou em Sua Palavra. Embora nós vamos à igreja como indivíduos, também fazemos parte de um corpo para ouvir a Palavra de Deus e elevar os nossos corações para Ele em oração e louvor.

E Deus espera de nós, que não apenas mantenhamos nossos corações sintonizados à Palavra que está sendo exposta, ou com as orações que estão sendo elevadas, mas também que expressemos o nosso consentimento através do “amém”.

Os crentes honram a Deus e a Sua Palavra quando nos esforçamos como indivíduos e como Igreja em trazer todas as áreas da nossa vida conforme os princípios que Deus estabeleceu em Sua Palavra.

Devo reconhecer por justiça que, para este artigo, foi de muita ajuda algumas aulas da Escola Dominical ministradas pelo pastor Albert Martin.

Por: Sugel Michelén © Coalicion Por El Evangelio. Website: coalicionporelevangelio.org. Traduzido com permissão. Fonte: Peligros que deben ser evitados en el uso del “amen” en la adoración pública.

Original: Perigos que devem ser evitados no uso do “Amém” no culto público. © Cante As Escrituras. Website: CanteAsEscrituras.com.br. Todos os direitos reservados. Tradução: Felipe Ceballos Zúñiga. Revisão: Filipe Castelo Branco.


http://canteasescrituras.com.br/2018/01/perigos-que-devem-ser-evitados-no-uso-do-amem-no-culto-publico/


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