Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

12 de maio de 2018

Por que os cristãos são tão maus?


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Se você está na Igreja há algum tempo, provavelmente já reparou que os cristãos não são pessoas perfeitas. As pessoas muitas vezes são rápidas em apontar que muitos cristãos são cheios de ira e maldade. Se você percebeu isso, você não está sozinho ou maluco.

Eu estou na igreja há algum tempo e encontrei muitos cristãos assim. Quando os vejo, perguntas frustrantes surgem: Por que esses cristãos falam sobre bondade, mas são maldosos? Como eu posso ser da mesma forma? Por que meu vizinho idólatra é um idiota e por que eu também sou um idiota? Não deveríamos ser melhores? Não deveríamos ser “perfeitos”?

Em outras palavras, por que os cristãos são tão maus?

A pior surpresa de todos os tempos

Nem sempre os cristãos agem como Jesus. Podemos olhar para as pessoas ao nosso lado nos bancos e zombar de quão malvadas elas podem ser, quão depravadas elas podem ser, ou como estamos muito mais avançados em piedade do que eles.

Se nossos corações são assim, lamento dizer, mas estamos muito próximos dos fariseus. Nós dizemos: “Por que os cristãos são tão maus?”, quando deveríamos estar olhando para nossas próprias vidas e batendo em nosso peito, gritando: “Deus, tenha misericórdia de mim”!

Se pensarmos sobre isto – os cristãos sendo imperfeitos – não será novidade. Ser cristão é, em essência, uma admissão de que precisamos de Jesus, não de que já somos “perfeitos”. Ser cristão não é dizer que temos nossos atos juntos. Se tivéssemos nossos atos juntos, não precisaríamos de um Salvador.

“Agir” como “cristãos perfeitos” nesta vida é um equívoco sobre a salvação, e é um fardo injusto colocar isso sobre os outros.

Fora do gancho?

Desse modo, chegamos a dizer: “Bem, nós não podemos ser “perfeitos”, não importa o que façamos”; portanto, seguimos em frente, sem a responsabilidade de viver e amar como Jesus?

Não, exatamente. A Bíblia nos diz que não podemos ser “perfeitos” e simultaneamente nos diz que temos a responsabilidade de amar o próximo. Ela nos diz para não ficarmos tão irritados (por exemplo), sobre os quais escrevi antes, mesmo que ninguém domine a raiva antes de chegarmos ao céu.

Então, o que devemos fazer?


Precisamos reconhecer que os outros não são “perfeitos” e que também não somos “perfeitos”. Precisamos reconhecer que ainda temos orgulho em nossos corações. Para esmagar esse orgulho e seguir em frente para amar nosso próximo, precisamos ser lembrados de quem somos e quem é Jesus.

O Evangelho e o Cristianismo Maligno

O Evangelho nos diz que todos são pecadores (Romanos 3, Salmo 14). Todos nascem em pecado e todos pecam antes que Deus nos salve (Romanos 5, Salmos 51). Sem essa salvação graciosa, todos nós estaríamos igualmente perdidos.

Por isso, os cristãos não devem confrontar os outros a partir de uma posição de superioridade. Em vez disso, devemos ser extremamente humildes. Devemos reconhecer que não merecemos o amor de Deus mais do que o nosso próximo. Precisamos entender que, mesmo depois de chegar à fé em Jesus, não somos imediatamente aperfeiçoados; antes, Deus inicia o processo lento e meticuloso de nos tornar mais parecidos com Jesus.

O Evangelho nos lembra como somos autossuficientes, egocêntricos. O Evangelho nos lembra que não somos o centro do universo – Jesus é. Muitas vezes vivemos a vida como se merecêssemos a honra e o elogio dos outros. Nós não merecemos – Jesus, sim.

Entender o nosso lugar de direito nos faz ignorar ofensas. Quando paramos de nos considerar o centro do universo, podemos deixar nossa raiva e amargura repousar, sabendo que não somos o rei que merece ser louvado perfeitamente em todos os momentos – Deus, sim.

A raiva e a maldade estão profundamente ligadas ao orgulho. O orgulho me diz que tenho o direito de estar com raiva de você. O orgulho me diz que posso retribuir aos outros em vez de não o fazer. O orgulho pergunta: “Como ousam fazer isso comigo?” A humildade nos lembra do nosso lugar de direito e permite mostrar graça.

Ser um cristão malvado e irado é um dos grandes indicadores de que perdemos de vista a graça que Deus nos mostrou.

Seja bondoso, mesmo com pessoas que não mereçam isso; você não merece que Deus seja bondoso com você. Não se leve muito a sério, leve seu Salvador a sério. Você não é o centro do universo, Ele é.

Aproveite a oportunidade de servir aos outros, mesmo que eles o tratem de forma terrível. Jesus lhe serviu de uma maneira maior do que você poderia servir a outra pessoa (de novo, quando você não merecia isso).

Mude o curso da sua reputação de “cristão irado” mostrando o amor sacrificial que foi mostrado a você por Jesus. Podemos crescer aos trancos e barrancos nesta vida, mas devemos fazê-lo para o bem do nosso próximo (João 13:35).

Deixe que o amor gracioso que Deus lhe mostra o leve também a mostrar o mesmo amor aos outros. Saia do seu trono autonomeado e torne-se um servo que é conhecido pela paciência, bondade e amor.


Autor: David Appelt
Fonte: The Blazing Center
Tradução: Leonardo Dâmaso
reformados21.com.br/2018/05/03/por-que-os-cristaos-sao-tao-maus/


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