Autoria de LuDiasBH
Grande parte das múmias egípcias encontradas trazia entre as pernas rolos de papiro com ensinamentos (feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito) e ilustrações que tinham por finalidade guiar o falecido pelo mundo dos mortos, de modo a passar, sem grandes dificuldades, da escuridão para a luz. Tais orientações foram nomeadas pelos egípcios como o Livro da Saída para o Dia ou Livro da Chegada à Luz.
No século XIX, os ladrões de túmulos, saqueadores de tumbas em busca de riquezas, deram a esses exóticos rolos de papiro o nome de Livro dos Mortos, que na verdade não se tratava de um livro na exatidão da palavra, mas de escritos e ilustrações feitos em papiros ou mostrados nas paredes das câmaras mortuárias. Outra informação interessante é o fato de que jamais tais ensinamentos foram encontrados juntos, mas fragmentados em inúmeros papiros e nos corredores e paredes das câmaras mortuárias. Os textos que fazem parte hoje do Livro dos Mortos não são de autoria de uma só pessoa e tampouco pertencem à mesma época.
A princípio, os textos que norteavam os passos do falecido para a vida pós-morte eram pintados nas paredes da câmera oculta da pirâmide, sendo de exclusividade dos reis e nobres. Posteriormente é que, com o uso do papiro, o direito estendeu-se aos funcionários mais ricos do Estado. Só bem mais tarde, a busca pela imortalidade tornou-se um direito de todos. Assim, todo egípcio piedoso tratava de ter o seu Livro dos Mortos, que não apenas versava sobre os perigos encontrados no mundo do além, como também ensinava a maneira de contorná-los. Portanto, obter um Livro dos Mortos tornou-se uma grande preocupação daquela gente. Era possível encomendá-lo ou já adquiri-lo pronto para ser usado, sendo necessário apenas colocar o nome do dono. Como podemos observar, nem mesmo os reis estavam isentos de passar pelo julgamento do tribunal de Osíris. Neste ponto, todos se igualavam.
Consta do Livro dos Mortos 200 fórmulas mágicas (192 delas já foram identificadas e catalogadas por arqueólogos e historiadores) que ajudariam o falecido na sua jornada, se ele as pronunciasse no momento certo, é claro. Diante do tribunal dos mortos, devia recitar a sentença de número 125, onde se encontrava a “confissão negativa”:
As ilustrações do Livro dos Mortos também eram de suma importância para o defunto, pois, a representação de um ser vivo ou a de um objeto carregava as mesmas qualidades inseridas nesse. Assim, as estatuetas dos servos, por exemplo, permitiam que esses continuassem a servir o amo na vida após a morte.
Segundo a crença egípcia, aquele que não fosse absolvido pelo tribunal de juízes caía sob as garras de Ahmit (monstro que era uma mistura de vários animais perigosos), devorador de corpos e de almas. Se ele devorasse o coração do morto, esse sofreria uma segunda morte. E deixaria de existir para sempre. Tendo, assim, a maior de todas as punições: a não reencarnação.
Os egípcios consideravam que o coração era o centro da personalidade, a morada do intelecto, a vontade e a consciência, a habitação das boas e más ações. Por isso, o momento mais temido e decisivo para o morto era a pesagem do coração, pois durante o julgamento, o seu próprio coração poderia se rebelar e testemunhar contra seu dono. Deve ser por isso que se diz que “o coração é terra que ninguém vai”. Mas, para evitar tal perigo, o Livro dos Mortos continha uma fórmula mágica denominada Fórmula para que o coração não se ponha contra o falecido no mundo dos mortos. Exemplo de um pequeno trecho da fórmula:
No século XIX, os ladrões de túmulos, saqueadores de tumbas em busca de riquezas, deram a esses exóticos rolos de papiro o nome de Livro dos Mortos, que na verdade não se tratava de um livro na exatidão da palavra, mas de escritos e ilustrações feitos em papiros ou mostrados nas paredes das câmaras mortuárias. Outra informação interessante é o fato de que jamais tais ensinamentos foram encontrados juntos, mas fragmentados em inúmeros papiros e nos corredores e paredes das câmaras mortuárias. Os textos que fazem parte hoje do Livro dos Mortos não são de autoria de uma só pessoa e tampouco pertencem à mesma época.
A princípio, os textos que norteavam os passos do falecido para a vida pós-morte eram pintados nas paredes da câmera oculta da pirâmide, sendo de exclusividade dos reis e nobres. Posteriormente é que, com o uso do papiro, o direito estendeu-se aos funcionários mais ricos do Estado. Só bem mais tarde, a busca pela imortalidade tornou-se um direito de todos. Assim, todo egípcio piedoso tratava de ter o seu Livro dos Mortos, que não apenas versava sobre os perigos encontrados no mundo do além, como também ensinava a maneira de contorná-los. Portanto, obter um Livro dos Mortos tornou-se uma grande preocupação daquela gente. Era possível encomendá-lo ou já adquiri-lo pronto para ser usado, sendo necessário apenas colocar o nome do dono. Como podemos observar, nem mesmo os reis estavam isentos de passar pelo julgamento do tribunal de Osíris. Neste ponto, todos se igualavam.
Consta do Livro dos Mortos 200 fórmulas mágicas (192 delas já foram identificadas e catalogadas por arqueólogos e historiadores) que ajudariam o falecido na sua jornada, se ele as pronunciasse no momento certo, é claro. Diante do tribunal dos mortos, devia recitar a sentença de número 125, onde se encontrava a “confissão negativa”:
- Eu não fiz injustiça a nenhum ser humano.
- Eu não maltratei nenhum animal.
- Não retirei as águas transbordadas (do Nilo) na época das enchentes, etc.
As ilustrações do Livro dos Mortos também eram de suma importância para o defunto, pois, a representação de um ser vivo ou a de um objeto carregava as mesmas qualidades inseridas nesse. Assim, as estatuetas dos servos, por exemplo, permitiam que esses continuassem a servir o amo na vida após a morte.
Segundo a crença egípcia, aquele que não fosse absolvido pelo tribunal de juízes caía sob as garras de Ahmit (monstro que era uma mistura de vários animais perigosos), devorador de corpos e de almas. Se ele devorasse o coração do morto, esse sofreria uma segunda morte. E deixaria de existir para sempre. Tendo, assim, a maior de todas as punições: a não reencarnação.
Os egípcios consideravam que o coração era o centro da personalidade, a morada do intelecto, a vontade e a consciência, a habitação das boas e más ações. Por isso, o momento mais temido e decisivo para o morto era a pesagem do coração, pois durante o julgamento, o seu próprio coração poderia se rebelar e testemunhar contra seu dono. Deve ser por isso que se diz que “o coração é terra que ninguém vai”. Mas, para evitar tal perigo, o Livro dos Mortos continha uma fórmula mágica denominada Fórmula para que o coração não se ponha contra o falecido no mundo dos mortos. Exemplo de um pequeno trecho da fórmula:
- Meu coração, não te oponhas a mim no tribunal.
- Não te mostres hostil a mim.
- Não digas mentiras sobre mim na presença dos deuses, etc.
Fonte de pesquisa:
Los Secretos de las obras de arte/ Taschen
Los Secretos de las obras de arte/ Taschen
FONTE:
http://virusdaarte.net/o-livro-dos-mortos/
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