Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

19 de setembro de 2016

As maldições quebradas na cruz


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Este é um estudo sobre as maldições quebradas por Jesus na cruz.

Maldições são efeitos e repercussões do pecado, mesmo perdoado (ver 2 Sm 12: 7-15, com Davi, por exemplo). Nós não estamos mais debaixo da maldição da Lei, ou seja, não é pelos nossos bons atos que seremos salvos, mas pelo sangue de Jesus; entretanto, quando pecamos e Ele nos perdoa, ainda assim, o nosso ato pecaminoso acarretou uma consequência para nós e para outros, ou seja, uma maldição, que só será quebrada de fato com o nosso novo posicionamento em Cristo; esta parte é da nossa incumbência.

Na cruz, através dos Seus sofrimentos e do sangue derramado, o Senhor também quebrou todas as maldições que nos afligem:

1) A primeira foi no Getsêmani através do sangue perdido pelo suor. Jamais estaremos sozinhos na nossa dor. Quando estivermos passando por alguma dificuldade, saberemos que Jesus continua intercedendo junto ao trono de Deus pela nossa vida. Através do suor de sangue, o Senhor aqui quebrou a nossa maldição de abandono, rejeição e solidão. Não temos mais que suar de medo frente ao inimigo e suas ameaças. Não temos mais que nos sentir sozinhos e abandonados diante de certas circunstâncias; Ele já sofreu por nós. Não temos mais que nos sentir abandonados pelos amigos, pois Ele já passou por isso em nosso lugar e nos diz que Ele é o nosso melhor e mais confiável amigo. Ele não nos deixa nem nos abandona e está conosco em todos os momentos difíceis. Por isso, em todas as nossas “aflições no Getsêmani” podemos ter certeza de tê-lO ao nosso lado.

As aflições no Getsêmani

2)
Rosto desfigurado pelos
golpes. Aqui Ele quebrou nossa maldição de vergonha e humilhação. Palavras malignas nos esbofeteiam deformando nossa auto-imagem e nossa auto-estima, fazendo-nos sentir envergonhados e humilhados diante das situações que não estamos conseguindo resolver. Jesus tomou sobre o Seu próprio rosto as afrontas para que o nosso possa mostrar a Sua luz e a Sua confiança todos os dias, diante de todos os nossos desafios.

3) Coroa de espinhos. Seus olhos ficaram embaçados pelo sangue para que pudéssemos ver longe. Quebrou nossa maldição de mentalidade medíocre. A coroa apertou e comprimiu Sua cabeça e Sua mente para que nossa mente fosse livre de toda a mediocridade e dos pensamentos e lembranças indesejáveis que nos ferem como espinhos. A bíblia diz que temos a mente de Cristo, portanto, ter os Seus pensamentos na nossa mente coloca sobre nós uma coroa de glória. Os pensamentos do mundo são espinhosos para nós e não mais devemos deixar que eles façam parte do nosso ser.

Hoje nós somos livres e temos a mente de Cristo

4) Açoites
nas costas.
Através do flagelo que sofreu, levou toda a opressão, violência e agressão que tenta nos atingir. Trouxe-nos cura física e emocional. Às vezes, nos sentimos violentados, física, emocional, mental, moral e espiritualmente por Satanás ou pelas pessoas e situações que nos rodeiam. Mas ao relembrar a violência e a agressão que Jesus sofreu, podemos perceber que toda a agressão e desolação da nossa alma não são nada diante daquilo. Por isso, através do Seu sangue e do Seu sacrifício podemos nos sentir libertos e curados de todas as lembranças de violência sofrida. Podemos compreender Is 25: 8-9 e ter nossos olhos secos de toda lágrima pela vergonha que passamos. Ele (Jesus) é o nosso escudo, que nos cerca por trás e por diante nos protegendo dos dardos inflamados do diabo que ficam ocultos e enterrados no nosso inconsciente, dificultando-nos de ver a verdade e impedindo o Espírito Santo de agir livremente em nós. A afronta já não é mais nossa, mas do Senhor. Is 25: 8-9 diz: “Tragará a morte para sempre e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou. Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos”.

Pelas Suas pisaduras fomos sarados

5) Mãos
presas pelos pregos.
Quebrou nossas maldições de mãos presas pelo egoísmo, mãos que não amam, não abraçam, não realizam; de insucesso, limitações, fracassos, de coisas que se começam, mas não terminam. Entretanto, a bíblia diz em Dt 12: 18 e Dt 28: 8 que eu me alegrarei em tudo o que eu fizer e em tudo o que eu colocar a mão prosperará: “Mas o comerás perante o Senhor, teu Deus, no lugar que o Senhor, teu Deus, escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e teu servo, e tua serva, e o levita que mora na tua cidade; e perante o Senhor, teu Deus, te alegrarás em tudo o que fizeres” (Nota: 'fizeres', no original em hebraico significa: puser a mão)... “O Senhor determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o Senhor, teu Deus”.

6) Pés presos pelos pregos. Quebrou nossa maldição de paralisia diante das barreiras e fronteiras colocadas pelo inimigo. Ele nos permitiu tomar posse de toda terra onde pisamos (Dt 11: 24: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, desde o deserto, desde o Líbano, desde o rio, o rio Eufrates, até ao mar ocidental será vosso” e Js 1: 3: “Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu prometi a Moisés”). Dessa forma, Jesus nos enche de ousadia para caminharmos pelos caminhos determinados por Ele para nossa vida.

7) Lança no lado (Jo 19: 34: “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”). Saiu do lado de Jesus a Palavra (água) e a Proteção do Seu sangue. Ele nos deu essas duas armas para que nós, como Igreja, não sejamos mais derrotados nem fracassados ou impotentes. Em Ap 12: 11 e Ap 17: 14 podemos ler: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida”; “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos Senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele”. Muitas vezes em nossa caminhada cristã levamos setas do inimigo, sobretudo em nossos corações, sobre nossas emoções, setas que nos desestabilizam e vão nos “matando” e “envenenando” aos poucos. Mas o Senhor não só sofreu como alvo de setas do diabo e das pessoas ao Seu redor, setas de todos os tipos, como levou uma lança no lado atingindo o Seu coração. Ele já estava morto, mas Satanás por covardia desfechou-lhe esse último golpe (Jo 19: 33-34: “Chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”). Jesus recebeu uma lança em Seu tórax para que o nosso tórax fosse protegido de setas e dardos. Através do Seu amor, conhecemos a Sua justiça. Por isso, podemos nos revestir com a couraça da justiça, que faz parte da nossa armadura como cristãos. Não precisamos mais abrigar setas no nosso peito, principalmente aquelas que nos impedem de amar e nos obrigam a nutrir vingança. Muitas vezes, não somos vitoriosos porque lá bem no íntimo do nosso ser, o inimigo nos prendeu em cadeias pessoais de vingança, que nos mantém numa posição errada de fazermos justiça com as próprias mãos, mesmo sabendo que não estamos lutando com pessoas, mas com o diabo. Como se pudéssemos vencê-lo com as nossas próprias forças ou com nosso ódio dele por ter nos ferido! Quando entregamos nas mãos de Deus a vingança, descobrimos que, aí sim, estamos exercitando o ‘crucificar’ das nossas derrotas e fracassos, pois entregamos com confiança nossa causa ao único que pode verdadeiramente nos defender do maligno. Sem o sentimento de vingança no nosso coração, podemos realmente exercer a autoridade que Deus nos dá e exigir que o mal saia da nossa vida.

8) O Senhor ficou calado diante de todo o sofrimento que sofreu nas mãos dos romanos (Is 53: 7 e 1 Pe 2: 23-24: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”; “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente, carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados”). Ficou ‘mudo’ e em nenhum momento usou de Sua autoridade e identidade de Filho de Deus para abreviar Seu sofrimento, pelo contrário Ele se submeteu ao tribunal humano: Mt 26: 53: “Acaso pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (1 legião corresponde a 3 a 6 mil soldados, ou seja, o Senhor poderia convocar mais de 36 ou 72 mil anjos); Jo 19: 11: “Respondeu Jesus: Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada; por isso, quem me entregou a ti maior pecado tem”. Ele ficou mudo para que nós pudéssemos ter a liberdade de expressão, a liberdade de dizer e de ser quem somos, de tornar manifesta diante dos nossos inimigos a nossa identidade de filhos de Deus e a autoridade que Ele nos deu sobre as trevas. Quebrou aqui nossa maldição de mudez e covardia diante das situações que o diabo nos faz “engolir”. Também nos ensinou a nos calarmos diante das suas provocações para dizermos o que ele quer e, depois, nos arrependermos do que falamos sem pensar (revidar as afrontas – Ec 7: 20-22: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque. Não apliques o coração a todas as palavras que se dizem, para que não venhas a ouvir o teu servo a amaldiçoar-te, pois tu sabes que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros”). Isso é sabedoria: quando calar e quando falar e aprender a guerrear da maneira de Deus: orando, louvando e profetizando a Sua palavra.

9) Outra maldição quebrada na cruz foram os rótulos que colocam sobre nós durante toda a nossa vida e que, às vezes, nós mesmos colocamos em nós ou nos outros. Em Jo 19:19-22 podemos ver que foi Pilatos (Satanás) que colocou o rótulo (v.22), não Jesus: “Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego. Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: não escreva: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus. Respondeu Pilatos: O que escrevi, escrevi”. Pilatos escreveu e não permitiu mudá-lo. Rótulos são maldições de sentença lançadas sobre nós impedindo nosso desenvolvimento e nossa caminhada. Debaixo da autoridade do Espírito Santo nós devemos quebrá-las e assumir nossa identidade de filhos de Deus com autoridade sobre todo o mal e capazes de reescrever nossa própria história. Mesmo sendo afrontados, devemos nos comportar como nova criatura em Cristo assumindo a identidade que Ele nos deu, não a que o diabo queria nos dar.

10) Rasgar as vestes. Em Jo 19: 23 está escrito: “Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhes as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo”. Para o judeu, as vestes representavam a personalidade. Vestes rasgadas eram sinal de dolorosa ferida interior. Assim, Jesus deixou que Suas vestes fossem rasgadas para que nós pudéssemos ter vestes espirituais novas e inteiras, de santidade e justiça, como filhos do Rei. Com essa atitude, tirou nossas vestes de pranto e nos deu vestes de alegria e vitória. Ele deixou que Satanás rasgasse Suas vestes de Filho de Deus para dá-las a nós, ao invés de deixar o diabo rasgar nossas roupas de santidade e nos tornar mendigos espirituais pelo pecado; Jesus impediu que as nossas feridas emocionais fossem expostas ao inimigo. No Sl 30:11 está escrito: “Converteste o meu pranto em folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria”. E em Is 61:3 podemos ler: “... e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado;...”. É interessante aqui o comentário sobre a túnica de Jesus ser tecida em uma só peça, sem ter costuras. Da mesma maneira eram as vestes dos sacerdotes, de linho e sem costuras. Isso vem a confirmar o Seu sacerdócio eterno. Mais do que isso, suas vestes inteiras, sem rasgos ou costuras, para nós significa que Ele era um homem justo, sem pecado e por isso a sua alma não tinha brechas.

Quando falamos de crucificar nossos pecados, maldições e problemas na cruz, muitas vezes não sabemos como fazê-lo ou o que realmente ocorre quando aceitamos essa palavra no nosso coração como verdade. Sabemos que tudo ocorre pela fé, mas nossa alma, nossa racionalidade humana, procura entender o processo e isso não é necessariamente mau, mas uma curiosidade humana que precisa ser satisfeita por Deus para que nossa própria fé seja aumentada. O Senhor conhece o coração de cada filho e conhece também como cada um “funciona” internamente em relação à Sua Palavra. Em outras palavras, sabemos que Jesus já levou na cruz nossas dores, enfermidades etc., porém, não sabemos como nos livrar delas. Não basta declarar da boca para fora que Ele já levou nossas maldições, dores, sofrimentos e pecados e ignorar as deformidades que existem em nossa carne. Não é tão simples nos livrarmos das “manchas”. Is 53:4-5 não é uma reza ou um amuleto contra Satanás, que falamos nas horas de perigo, e sim uma Palavra viva e poderosa que nos confronta com a cruz e nos traz o arrependimento verdadeiro através da revelação dos nossos erros. Com o coração nesta disposição interior estaremos prontos para sermos verdadeiramente libertos. Orar diante da cruz é fazer a troca: dar a Ele o nosso ruim e receber Dele o Seu melhor. Crucificar é tomar a decisão de não satisfazer nossos desejos e gostos que induzam ao pecado.

Como vimos anteriormente, devemos confiar totalmente na justiça de Deus, não na nossa, e deixar que todo o processo espiritual que só Ele sabe realizar se manifeste em nossa vida. Quando busquei esclarecimento e revelação de Deus para escrever este tópico, pois algumas pessoas já tinham me perguntado antes como ocorre a libertação ou o que deveriam fazer para tê-la, o Espírito de Deus me lembrou de duas situações no Antigo Testamento que exemplificam o processo da cruz: Entrega. É o que aconteceu, por exemplo, com Ezequias quando Senaqueribe veio afrontá-lo (Is 37: 14-20). Ele não reagiu por si mesmo, mas mostrou diante do Todo-Poderoso as afrontas e transferiu-as para Ele, pois na verdade, o inimigo estava afrontando a fé de Ezequias e, portanto, o Deus em que ele cria. Ele não se vingou por si mesmo, pois sabia que o adversário era mais forte, entretanto, deixou que o braço de Deus agisse por ele e, assim, teve a vitória. É o que nós devemos fazer: apresentar através das nossas orações diante da cruz tudo aquilo que nos pesa e deixar que o sangue de Jesus nos limpe e nos purifique daquilo que não é nosso. Outra passagem que o Senhor me mostrou está em Js 10: 26-27: “Depois disto, Josué, ferindo-os, os matou e os pendurou em cinco madeiros; e ficaram eles pendentes dos madeiros até à tarde. Ao pôr-do-sol, deu Josué ordem que os tirassem dos madeiros; e lançaram-nos na cova onde se tinham escondido e, na boca da cova, puseram grandes pedras que ainda lá se encontram até o dia de hoje”.

As palavras que se encontram em itálico são revelações importantes para nós. Pendentes dos madeiros até à tarde significa que devemos orar, entregar nosso problema na cruz e esperar a resposta de Deus. Não demora dias, mas segundos, pois é o processo instantâneo do sangue que ocorre pela fé. Depois, Josué ordenou que os tirassem dos madeiros e os lançassem na cova, ou seja, devemos enterrar e esquecer o que já foi limpo, perdoado e curado. Logo após, a bíblia fala que puseram grandes pedras, ou seja, erguer os muros, colocar a palavra de Deus no lugar e trabalhar para que ela aja e reconstrua o que antes estava destruído. É ter um novo comportamento após o ato do arrependimento e do perdão pelo sangue.

Dessa forma, através do sacrifício libertador da cruz somos transformados em novas criaturas e o que fomos antes de conhecer Jesus passa a fazer parte do ontem, pois com Ele começamos a viver o hoje e o amanhã.


Este texto foi extraído do livro “Cruz, sacrifício único ou diário?”, onde, no capítulo 1, você pode ler sobre os detalhes da crucificação.


Autora: Pastora Tânia Cristina Giachetti


FONTE:
http://www.searaagape.com.br/asmaldicoesquebradasnacruz.html

 

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