Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

13 de agosto de 2016

A formação da Bíblia - Inspiração





Edson Nakashima


Pudemos observar, em artigo anterior, o conceito de Revelação e vimos que a Palavra de Deus é a própria revelação de Deus. Cabe agora discutirmos de que forma essa Revelação chegou até nós. A própria Bíblia trata dessa questão especificamente em uma passagem já bastante conhecida, à qual vamos abordar agora.

Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra. (2 Timóteo 3:16-17)

Vamos nos concentrar em duas palavras apenas: “Escritura” e “inspirada”.

O termo "Escritura", conforme se encontra em 2 Timóteo 3:16, refere-se principalmente aos escritos do Antigo Testamento (3:15). Mas há evidências de que os escritos do Novo Testamento já eram considerados Escrituras divinamente inspiradas no período em que Paulo escreveu esta carta. Para comprovar isso, vemos em 1 Timóteo 5.18 que Paulo cita a passagem de Lucas 10:7 como Escritura. Assim, podemos confirmar que a Escritura refere-se aos escritos divinamente inspirados tanto do Antigo Testamento quanto do Novo Testamento, ou seja, toda a Bíblia.

Paulo afirma também nesse versículo que toda Escritura é inspirada por Deus. A NVI, assim como outras traduções em português, utiliza a palavra "inspirada" para afirmar a origem da Escritura, termo que merece uma reflexão. A palavra “inspirada” deriva, no original grego, do termo theopneustos, que provém de duas palavras gregas:

· Theos, que significa "Deus",
· pneustos, que significa "respirar".

Sendo assim, "theopneustos" significa literalmente "respirado por Deus". Portanto podemos afirmar que toda a Escritura é o próprio sopro de Deus - ou seja, o próprio Deus falando (2 Samuel 23:2); é a própria vida e Palavra de Deus.

A palavra “inspiração”, usada pelos tradutores para a língua portuguesa, vem do latim e significa “respirar para dentro”. Este vocábulo, embora consagrado pelo uso e, portanto, pela teologia, não traduz com perfeição o processo de transmissão da Palavra de Deus, pois pode transparecer que foi uma ação humana, mais que divina. Na realidade, foi o próprio Deus que expirou sua Palavra, sendo uma ação divina, mais que humana. O modo como esse processo ocorreu continua sendo ainda um mistério para nós, embora muitos teólogos venham formulando diversas teorias para explicá-lo.

No momento, cabe-nos definir “inspiração” como a operação divina que capacitou os escritores bíblicos a receber a mensagem divina e a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível e garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível. Podemos afirmar com todas as letras que a Bíblia, nas palavras dos seus manuscritos originais, não contém erro, sendo absolutamente verdadeira, fidedigna e infalível.

De qualquer modo, com o termo “inspiração” queremos dizer que a Bíblia não foi uma obra realizada de homens, mas sim pelo próprio Deus. Sem essa convicção, a Bíblia se torna apenas um mero livro, imperfeito em meio a tantos outros, não podendo ser então considerada Palavra de Deus e deixando de ser o padrão de vida para nós.

Para que possamos construir maior convicção a respeito desse assunto, seguem algumas provas da inspiração na própria Bíblia. Vale a pena estudá-las.

Provas da inspiração bíblica

1) Ordens específicas para escrever a Palavra do Senhor (Êxodo 17.14; Jeremias 30.2);
2) O uso de citações (Mateus 15.4; Atos 28.25);
3) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (Mateus 5:17; João 10:35);
4) O Novo Testamento afirma que outras partes do Novo Testamento são Escrituras (1 Timóteo 5:18, Deuteronômio 25:4; 1 Coríntios 9:9; 2 Pedro 3:16);
5) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (Deuteronômio 18:18; 2 Samuel 23:2; 1 Coríntios 2:13; 1 Pedro 1:11-12).
6) Jesus também ensinou que a Escritura é a inspirada Palavra de Deus até em seus mínimos detalhes (Mateus 5:18). Afirmou, também, que tudo quanto Ele disse foi recebido da parte do Pai e é verdadeiro (João 5:19, 30:31; 7:16; 8:26). Ele falou ainda da revelação divina futura (i.e., a verdade revelada do restante do Novo Testamento), da parte do Espírito Santo por meio dos apóstolos (João 16:13; cf. 14:16-17; 15:26-27).

Outras provas da inspiração

1) O Antigo Testamento afirma sua inspiração:
Deuteronômio 4:2, 5; 2 Samuel 23:2; Isaías 1:10; Jeremias 1:2-9; Ezequiel 3:1-4; Oseias 1:1; Amós 1:3, 3:1; Obadias 1:1; Miquéias 1:1.
2) O Novo Testamento afirma sua inspiração: Mateus 10:19; João 14:26, 15:26,27; João 16:13; Atos 2:33, 15:28; I Tessalonicenses 1:5; 1 Coríntios 2:13; 2 Coríntios 13:3; 2 Pedro 3:16; 1 Tessalonicenses 2:13; 1 Coríntios 14:37.
3) O Novo Testamento afirma a inspiração do Antigo Testamento: Lucas 1:70; Atos 4:25; Hebreus 1:1, 2 Timóteo 3:16; 1 Pedro 1:11; 2 Pedro 1:21
 
 
FONTE:
http://www.icoc.org.br/#!A-forma%C3%A7%C3%A3o-da-B%C3%ADblia-Inspira%C3%A7%C3%A3o/c13oo/55d3b9ef0cf23f7ba76effbb
 
 

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