Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

22 de setembro de 2013

Protestantes X Evangélicos: qual a diferença afinal?


Hoje em dia é muito comum generalizar estes termos. Quando alguém fala em protestantes ou em evangélicos, todos costumam generalizar e relacionar ambos os termos àqueles cristãos que não são católicos romanos ou católicos ortodoxos. Mas qual a diferença, afinal?

Antes de tudo, devemos entender os dois termos em sua essência. 

O termo protestante é derivado do latim protestari e significa protesto ou declaração pública. Refere-se à carta feita pelos príncipes alemães contra a decisão da Dieta de Speyer, que, assim como o Édito de Worms, baniu as 95 teses de Lutero, feitas em crítica à Igreja católica, o que causou um grande cisma, gerando, assim, os protestantes (presbiterianos, luteranos, etc). Os reformadores não tinham a intenção de dividir a Igreja, mas apenas reformá-la e livrá-la dos seus acréscimos, o que culminou com a excomunhão destes. Sendo assim, não houve outra opção senão dividir a Igreja de Cristo mais uma vez. 
O termo evangélico veio do grego e faz referência às igrejas que têm a Bíblia como única regra de fé e tão somente. É mais utilizado para se referir aos luteranos e presbiterianos, mas no Brasil é utilizado para se referir aos pentecostais/neopentecostais ou carismáticos. 

A questão é que, no contexto brasileiro, é comum chamar a todos os protestantes de evangélicos e, mais comum ainda, é chamar todos os evangélicos de protestantes, o que é um ato errôneo e infeliz. 
Não podemos igualar todos desta forma, pois há uma imensa diversidade. Conheço pessoas que se refutam a procurar igrejas protestantes, pois crêem que todas as igrejas que não são católicas são pentecostais, são barulhentas e nelas acontecem coisas “sobrenaturais” como a questão das línguas estranhas e de outras coisas. 

No meio onde vivemos, devemos entender a diferença de tudo isso. 
Como disse antes, o termo protestante foi utilizado para se referir às igrejas derivadas da Reforma Protestante do século XVI, como Presbiterianos, Anglicanos, Luteranos e etc. Porém, as igrejas pentecostais e neopentecostais, como Assembleia de Deus, Universal e etc não derivam diretamente da Reforma. 

Da mesma forma, é errôneo chamar os presbiterianos ou anglicanos de evangélicos, pois, assim sendo, estaríamos dizendo que os presbiterianos são a mesma coisa de alguns pentecostais, que fazem coisas que estes desaprovam completamente e dizem que o que fazem são fruto do Espírito Santo. Não devemos igualar coisas que são totalmente distintas. 

Outra questão de peso que nos diferencia, é a questão da Igreja. Nós, enquanto protestantes, cremos que a Igreja é Una, Santa, Católica (do grego καθολικος, que quer dizer "universal") e Apostólica. Una porque é única e instituída por Cristo; Santa pois é a esposa de Cristo, pois é a congregação dos santos, pois é vivificada pelo Espírito Santo e porque é separada do mundo; Católica pois ela é universal, está espalhada por toda a terra, porque ministra os sacramentos e é indivisível, é a igreja invisível, e não orgânica; e Apostólica pois é fiel à doutrina dos apóstolos, os pais da Igreja. Sendo assim, os Presbiterianos, os Luteranos, os Batistas e os Católicos Romanos, por exemplo, são uma Igreja em Cristo. Nos Céus, não teremos a ala romana, a ala calvinista e a ala ortodoxa, todos somos e seremos apenas um e somente UM corpo em Cristo. 

Já os evangélicos não creem nessa unidade da Igreja. Eles, em sua maioria, não aceitam que os romanos e os calvinistas são, juntamente com eles, A Igreja de Cristo. Para eles não há essa união, essa “catolicidade”, o que contraria completamente os ensinamentos dos santos apóstolos e do próprio Cristo (Cl 3.15). 
Devemos atentar para essas coisas, atentar para o que não percamos nossa identidade que, insisto, está por um triz. Certa vez, conversando com alguns amigos na igreja, o pessoal achou um cúmulo eu defender a utilização da estola sacerdotal. Eles defendiam que isso é coisa de católico romanista, ignorando todos os princípios reformados. Que estudemos, e busquemos nossa identidade.

            Concluindo, PROTESTANTES são as igrejas que nasceram da Reforma e tão somente. EVANGÉLICOS, no contexto brasileiro, são todas as igrejas (ou até seitas que se dizem igrejas) que não nasceram da Reforma.

            Espero que entendam o que é pelo que realmente é, e não pelo o que não é!

            Que Deus nos abençoe e nos livre de todo princípio de divisão de sua Igreja.


Soli Deo Gloria.
http://christofercruz.blogspot.com.br/2013/02/protestantes-x-evangelicos-qual.html

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