Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

29 de janeiro de 2012

TEMPLO DE SALOMÃO



A pedra do Rei

Pela primeira vez é encontrada uma prova da existência do Templo de Salomão em Jerusalém. A pedra tem o tamanho de um caderno escolar e é originária da região do Mar Morto. As quinze linhas descrevem, em primeira pessoa, os planos do rei Joás para a reforma do Templo de Salomão. O episódio é narrado no capítulo 12 do Segundo Livro dos Reis, da Bíblia. O Livro dos Reis, do Velho Testamento, faz parte dos chamados "livros históricos" porque seus relatos se confundem com a história documentada dos reis fundadores de Israel. São ao mesmo tempo assunto de fé e de arqueologia. Por esse motivo, a descoberta de geólogos israelitas anunciada na semana passada despertou enorme interesse. Os cientistas certificaram a autenticidade de um bloco de pedra com inscrições em fenício, onde se lê que o rei israelita Joás instruiu os sacerdotes a recolher dinheiro para pagar as reformas do Primeiro Templo de Jerusalém, construído por Salomão. O texto na pedra é similar a descrições do mesmo fato no Segundo Livro dos Reis. Essa lasca de pedra do tamanho de um caderno escolar pode ser considerada a mais antiga prova de um relato bíblico já encontrada. "Se a inscrição passarpor todos os testes de autenticidade, será o artefacto mais importante da arqueologia israelitas", diz o arqueólogo Gabriel Barkai, da Universidade Bar-Ilan.


O Instituto Geológico de Israel, que divulgou a descoberta, não revelou as circunstâncias do achado. Odono, um coleccionador anónimo, levou a peça para ser examinada um ano atrás. Os testes mostraram que a inscrição datava do século IX a.C., o que coincidiria com o reinado de Joás. Os exames também indicaram a presença de salpicos de ouro fundido na superfície da pedra, que poderiam ter sido causados por um incêndio, como o que destruiu o Templo de Salomão, em 586 a.C.

Segundo a Bíblia, Salomão, filho do rei Davi, viveu há 3.000 anos, no auge do Reino de Israel. A Bíblia conta que nobres e plebeus vinham consultá-lo por sua sabedoria. Faz parte da cultura universal a decisão de Salomão no caso das duas mulheres que disputavam a maternidade de um bebé. O rei mandou cortar a criança em duas metades com o fio da espada e descobriu a mãe verdadeira pelos protestos desesperados de uma delas para que deixasse a criança viver.

Mas as provas históricas da existência de Salomão são escassas. Evidências de seu famoso templo nunca tinham sido encontradas, e muitas das construções atribuídas a ele foram erguidas por reis posteriores.

Em um país em conflito, até mesmo uma descoberta histórica perde a neutralidade científica. A pedra pode ter sido descoberta durante escavações no Monte do Templo, controlado pelos muçulmanos em Jerusalém, e dali entrado no mercado negro de antiguidades. Se essa versão se confirmar, o bloco de pedra pode reforçar a reivindicação judaica ao Monte do Templo, sagrado para ambos os lados, e inflamar ainda mais os ânimos. O tema daposse do Monte do Templo é tão delicado que um passeio do primeiro-ministro Ariel Sharon pelas mesquitas do local em 2000 foi o estopim para a actual rebelião palestina, que já matou 2.400 pessoas. Um triste legado para
um grande rei.
 


Sobre uma rocha do monte Sião


O emprazamento do templo escolhido por David para construir seu palácio, era a superfície de uma rocha situada no cume oriental do monte de Sião (literalmente a montanha da casa), actualmente solar sobre o qual surge a mesquita islâmica de Omar.

Recentes escavações, que levantaram irados protestos dos rabinos "ortodoxos", demonstraram que o terreno contém restos evidentes de cultos megalíticos aos mortos e a "divindades" politeístas.

O palácio de Salomão compreendia um conjunto de diversos edifícios: sua residência, a "casa do bosque do Líbano", assim chamada por seus pilares de madeira de cedro, um pórtico de pilares, o salão do trono e, em outro pátio, uma casa para a "filha do faraó", com a qual o rei havia casado. A esta foi acrescentada a "casa do Senhor", como uma dependência do palácio, com uma entrada privada desde os departamentos reais, independente da que dava acesso aos fiéis em geral.

Tal como é descrita na Bíblia, sua planta era a de "uma casa longa mesopotâmica" ou templo com vestíbulo (salão largo), nave (salão longo) e "adytum" (sala quadrada). Era rectangular o conjunto, orientado de Leste a Oeste, e no pátio central estava o altar dos holocaustos, erigido sobre a rocha viva do solo sagrado (a sakhra). Ao pátio se acedia por um pórtico ou ra de cipreste. Diante da entrada, e franqueando-a, havia duas colunas de bronze chamadas Jachin e Boaz, adornadas com motivos de romãs e capitéis, de doze côvados de altura e quatro de diâmetro, evidentes evoluções das colunas megalíticas situadas à entrada dos templos malteses, e estas dos mais antigos menires espalhados por toda a geografia mundial das culturas dos "povos do mar".

O recinto da Arca


Na parte interior do alpendre, o lugar sagrado (hekal), de quadro côvados de comprimento por vinte de largura e trinta de altura, ao que se acedia por duplas portas. O hekal encontra-se em penumbra, recebendo a luz por uma fileira de janelas gradeadas situadas no alto da parede. Atrás da nave estava a "sancta sanctorum", isto é, o "dever", no extremo oeste do edifício. Formava este ambiente fechado um cubo perfeito de vinte côvados de altura, comprimento e largura. Nele era guardada "a Arca", franqueada por dois querubins de madeira de oliveira, tendo o tamanho de 10 côvados de altura e estando recobertas de ouro. Sua posição era similar a das esfinges aladas que suportam o trono do rei, como é apreciado em um marfim de Megiddo, e as egípcias que com suas asas estendidas protegem a Horus menino. O hekal e suas duplas portas estavam decorados com motivos de palmeiras, flores e querubins, todos forrados de ouro, e na sala eram guardados os candelabros de ouro, a mesa dos doze pães e um altar de cedro, também recoberto de ouro, colocado em frente de uma escada que conduzia ao dever.

O santo lugar portanto, encontra-se como um nicho na parede de fundo, disposição habitual na Fenícia para o "quarto do deus" dos templos idólatras.

Pelos lados norte e sul do hekal abriam-se pequenas portas que conduziam a uma escada pela qual se subia aos três pisos superiores do edifício, onde haviam habitações pequenas, tipo celas.


Templo de Salomão


O Templo de Salomão foi o primeiro Templo em Jerusalém, construído no século XI AC, e funcionou como um local de culto religioso judaico central para a adoração e os sacrifícios conhecidos como korbanot.

O Rei Davi, da tribo de Judá, desejava construir uma casa para YHWH, onde a Arca da Aliança ficasse definitivamente guardada, ao invés de permanecer na tenda provisória ou tabernáculo, existente desde os dias de Moisés. Segundo a Bíblia, este desejo foi-lhe negado por Deus em virtude de ter derramado muito sangue em guerras. No entanto, isso seria permitido ao seu filho Salomão, cujo nome significa "paz". Isto enfatizava a vontade divina de que a Casa de Deus fosse edificada em paz, por um homem de paz. (2Samuel 7:1-16; 1Reis 5:3-5; 8:17; 1Crónicas 17:1-14;

22:6-10).

Davi comprou a eira de Ornã ou Araúna, um jebuseu, que se localizava monte Moriah ou Moriá, para que ali viesse a ser construído o templo. (2Samuel 24:24, 25; 1Crónicas 21:24, 25) Ele juntou 100.000 talentos de ouro, 1.000.000 de talentos de prata, e cobre e ferro em grande quantidade, além de contribuir com 3.000 talentos de ouro e 7.000 talentos de prata, da sua fortuna pessoal. Recebeu também como contribuições dos príncipes, ouro no valor de 5.000 talentos, 10.000 daricos e prata no valor de 10.000 talentos, bem como muito ferro e cobre. (1Crónicas 22:14; 29:3-7) Salomão não chegou a gastar a totalidade desta quantia na construção do templo, depositanto o excedente no tesouro do templo (1Reis 7:51; 2Crónicas 5:1).



Aspectos da Construção
O Rei Salomão começou a construir o templo no quarto ano de seu reinado seguindo o plano arquitectónico transmitido por Davi, seu pai (1Reis 6:1; 1Crónicas 28:11-19). O trabalho prosseguiu por sete anos. (1Reis 6:37, 38) Em troca de trigo, cevada, azeite e vinho, Hiram ou Hirão, o rei de Tiro, forneceu madeira do Líbano e operários especializados em madeira e em pedra. Ao organizar o trabalho, Salomão convocou 30.000 homens de Israel, enviando-os ao Líbano em equipas de 10.000 a cada mês. Convocou 70.000 dentre os habitantes do país que não eram israelitas, para trabalharem como carregadores, e 80.000 como cortadores (1Reis 5:15; 9:20, 21; 2Crónicas 2:2). Como responsáveis pelo serviço, Salomão nomeou 550 homens e, ao que parece, 3.300 como ajudantes. (1Reis 5:16; 9:22, 23)

O templo tinha uma planta muito similar à tenda ou tabernáculo que anteriormente servia de centro da adoração ao Deus de Israel. A diferença residia nas dimensões internas do Santo e do Santo dos Santos ou Santíssimo, sendo maiores do que as do tabernáculo. O Santo tinha 40 côvados (17,8 m) de comprimento, 20 côvados (8,9 m) de largura e, evidentemente, 30 côvados (13,4 m) de altura. (1Rs 6:2) O Santo dos Santos, ou Santíssimo, era um cubo de 20 côvados de lado. (1Reis 6:20; 2Crónicas 3:8)

Os materiais aplicados foram essencialmente a pedra e a madeira. Os pisos foram revestidos a madeira de junípero (ou de cipreste segundo algumas traduções da Bíblia) e as paredes interiores eram de cedro entalhado com gravuras de querubins, palmeiras e flores. As paredes e o tecto eram inteiramente revestidos de ouro. (1Reis 6:15, 18, 21, 22, 29)

Após a construção do magnífico templo, a Arca da Aliança foi depositada no Santo dos Santos, a sala mais reservada do edifício.

Foi pilhado várias vezes. Seria totalmente destruído por Nabucodonosor II da Babilónia, em 586 a.C., após dois anos de cerco a Jerusalém. Os seus tesouros foram levados para a Babilónia e tinha assim início o período que se convencionou chamar de Captividade Babilónica na história judaica.

Décadas mais tarde, em 516 a.C., após o regresso de mais de 40.000 judeus do cativeiro de Babilónia foi iniciada a construção no mesmo local do Segundo Templo, o qual foi destruído no ano 70 d.C., pelos romanos, no seguimento da Grande Revolta Judaica.

Alguns afirmam que o atual Muro das Lamentações era parte da estrutura do templo de Salomão.


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