A bíblia utilizada por nós, protestantes, possui 66 livros, sendo
39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento; todos esses livros são
divinamente inspirados por Deus. Porém, durante a história do povo de
Deus houve várias tentativas de incluir outros livros no Cânon Sagrado,
os Apócrifos.
Apócrifo significa algo oculto, algo que não está em devida clareza;
os livros apócrifos não foram incluídos justamente por não apresentar a
iluminação divina acerca dos mesmos. Esses livros possuem divergências e
discordâncias, ensinam doutrinas errôneas contrárias às Escrituras, e
principalmente: não possuem o caráter divino. Podem ser lidos como
materiais históricos, seus textos possuem uma lógica, contudo não
possuem a autoridade para integrar o Cânon Sagrado.
No livro utilizado como base para este artigo,‘’ Evidência que exige
um veredito: evidências históricas da fé cristã’’, o autor explica
perguntas que eram feitas em alguns concílios a fim de constatar se o
livro pertencia ao Cânon ou não:
a) Revela Autoridade? – Ou seja, veio da parte de Deus?
b) É profético? – Foi escrito por um homem de Deus?
c) É autêntico? – Qual a validade?
d) É dinâmico? – Veio acompanhado do poder divino de transformação de vidas?
e) Foi aceito, guardado, lido e usado? – Foi recebido pelo povo de Deus?
Eis acima o problema dos apócrifos, alguns podem até possuir uma
intencionalidade filosófica ou reflexiva, mas não atendem às perguntas
acima. Mesmo que um texto seja bem elaborado, não ter sido escrito por
um homem de Deus, não apresentar transformação de vidas e não ser
divinamente inspirado já são motivos suficientes para a não-inclusão no
Cânon. Receber uma mensagem além da que foi pregada é anátema (Gálatas
1:8).
No Novo Testamento, além dessas perguntas, para atestar que um livro
deveria ser incluído no Cânon, deveria ser observado se o livro foi
escrito por um apóstolo ou por alguém que teve um contato direto com o
mesmo. Isso ocorreu porque foi por meio do Espírito Santo que os
apóstolos conduziram o povo acerca da Verdade (João 16:13). Tudo o que
precisava ser escrito já foi. Podemos escrever livros, ensaios,
comentários, artigos, etc., entretanto, esses textos não terão a
Autoridade que a bíblia tem.
Cânon significa ‘’cana’’, ‘’junco’’. O junco era usado como
instrumento de medidas, com ele era possível medir algo. No que tange à
aplicação nas Escrituras, o cânon significa o padrão de Deus. Ou seja, é
o livro padrão, que contém a mensagem padrão de Deus. Somos nós que
devemos nos sujeitar a esse padrão, e não esse padrão a nós.
Para a Igreja Apostólica Romana, a bíblia possui mais do que 66
livros. Eles incluíram o que conhecemos por apócrifos. Você perceberá
que na bíblia de um protestante o livro de Daniel vai até o capítulo 12,
já na do católico vai até o 14. Além dos capítulos de acréscimos,
outros livros foram adicionados. Tudo o que foi incluído resulta de uma
tentativa de adicionar à mensagem bíblica livros que complementassem a
Palavra de Deus, e também pelo fato da Igreja Católica considerar que a
mesma está acima das Escrituras por causa da sua tradição
interpretativa, interpretação essa que gera abertura para idolatria,
tratar um ser humano como divindade, abordar que a salvação é pelas
obras, e que a pedra angular sob qual a igreja foi fundada seria Pedro e
não Jesus, dentre outros assuntos.
‘’ Deve-se ter mente que a igreja não criou o cânon nem os livros que estão incluídos naquilo que chamamos de Escrituras. Ao contrário, a igreja reconheceu os livros que foram inspirados desde o princípio.’’ (Livro Evidência que exigem Veredito)
Lembremos do que foi dito em Apocalipse (22: 18-19) acerca de
qualquer tentativa de retirar ou acrescentar algo ao livro da Revelação,
que menciona que Deus lhes dará flagelos e tirará sua parte na árvore
da vida. Embora isso tenha sido sobre o último livro da bíblia, isso nos
adverte sobre qualquer tentativa de alterar as Escrituras Sagradas.
‘’Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.’’ (2 Timóteo 3:16-17)
Fonte: http://reformai.com/por-que-os-apocrifos/
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