Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

18 de janeiro de 2017

Música Gospel x Musica Cristã Verdadeira


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 Roberto Aguiar
 
"É evidente que a música cristã moderna, via de regra, é bem inferior aos hinos clássicos que eram escritos 200 anos atrás. Isto não é uma reclamação do estilo, no qual as músicas são escritas, na maioria das vezes. Ao invés, as letras são o que revelam mais nitidamente quão baixo nossos padrões caíram. Os hinos do passado eram ferramentas didáticas maravilhosas, cheias da Palavra e de doutrina (ensinamento) sólida, um meio de ensinar e admoestar uns aos outros, como nos é ordenado em Colossenses 3.16 [A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.]. Mais de cem anos atrás, a música de igreja tomou uma direção diferente e o seu foco se tornou mais subjetivo. As músicas passaram a enfatizar a experiência pessoal e os sentimentos do adorador. Os músicos modernos têm promovido essa tendência ainda mais e o que semeamos por várias gerações estamos colhendo agora em abundância assustadora. A igreja moderna, alimentada por letras insípidas, tem pouco apetite pela Palavra e pela doutrina bíblica sólida. Nós também corremos o perigo de perder a rica herança da hinologia, visto que alguns dos melhores hinos da nossa fé caem na negligência, sendo trocados por letras banais dentro de melodiazinhas que não saem da cabeça. É uma crise, e a igreja está sofrendo espiritualmente. A diferença principal é que a maioria das músicas gospel são expressões de testemunho pessoal visando tocar uma audiência formada de pessoas, enquanto a maioria dos hinos clássicos eram músicas de louvor dirigidas direta e exclusivamente a Deus. O estilo e a forma da música gospel foram pegos emprestado diretamente dos estilos musicais populares do final do século XIX. O homem geralmente considerado o pai da música gospel é Ira Sankey, um cantor e compositor dotado, que galgou fama agarrado em D. L Moody, um dos maiores evangelistas da era moderna da igreja. Sankey era o solista e líder de música para as campanhas evangelísticas de Moody na América do Norte e Inglaterra. Sankey queria uma música mais simples, mais popular e que se prestasse mais ao evangelismo que os hinos clássicos. Então ele escreveu músicas gospel – na maioria mais curtas, cantigas simples com refrãos, no estilo das músicas populares da sua época. Sankey cantava cada verso como um solo e a congregação juntava-se a ele em cada refrão. Embora a música de Sankey tenha provocado alguma controvérsia no início, logo a forma pegou no mundo inteiro. Já no início do século XX a maioria das novas obras eram músicas gospel no gênero que o Sankey inventou. As letras dessas músicas não falam nada de substância real, e o que elas falam realmente não é particularmente cristão. É uma pequena rima sentimentalista sobre a experiência e sentimentos pessoais de alguém. Enquanto os hinos clássicos procuravam glorificar a Deus, as músicas gospel glorificavam o sentimentalismo puro e simples. Várias músicas gospel sofrem dessas fraquezas… Antes de Sankey, os hinos eram propositadamente compostos com um objetivo didático. Eram escritos para ensinar e reforçar conceitos bíblicos e doutrinários no contexto do louvor direcionado a Deus. Esses hinos visavam à adoração a Deus, proclamando sua verdade de maneira a aumentar a compreensão da verdade pelo adorador. Eles criaram um padrão de adoração, que era tão racional quanto emocional. E isso era perfeitamente bíblico. Afinal de contas, o primeiro e maior mandamento nos ensina a amar a Deus do todo o nosso coração, alma e mente (Mateus 22.37).
Nunca teria passado pela cabeça dos nossos ancestrais espirituais que o louvor era algo feito com o intelecto subjugado. A adoração que Deus procura é a adoração em espírito e em verdade (João 4.23,24).
Hoje em dia, a adoração é frequentemente caracterizada como algo que acontece bem longe do domínio do nosso intelecto. Essa noção destrutiva tem criado vários movimentos perigosos na igreja contemporânea. Talvez tenha chegado ao ápice no fenômeno conhecido como a Bênção de Toronto, onde risos irracionais e outras emoções selvagens eram considerados a mais pura forma de adoração e uma prova visível da bênção divina.
Essa noção moderna de adoração como um exercício irracional tem causado muito prejuízo às igrejas, implicando em um declínio na ênfase da pregação e do ensino dando mais ênfase em entreter a congregação e em fazer as pessoas se sentirem bem. Tudo isso deixa o crente no banco da igreja destreinado e incapaz de discernir, e muitas vezes jubilosamente ignorante dos perigos ao redor dele ou dela…"

MacArthur foi realmente inspirado pelo altíssimo ao abordar um tema pouco discutido na igreja: a musica! Como se não bastasse toda a alteração por que passou a musica cristã descrita pelo irmão, uma cultura de mercado se apossou da musica da igreja nesses últimos anos. Para quem se converteu há mais ou menos vinte anos há traz, terá mais dificuldade em compreender que há algo errado com a musica chamada evangélica por já ter pego o bonde em movimento, mas para quem conheceu Cristo antes desse período, certamente notará a mudança que ocorreu no mundo da musica cristã. Antigamente o cantor crente era uma pessoa comum, humilde, simples, de quem nós na igreja não víamos nada de especial, enxergando apenas que o irmão tinha recebido um dom como qualquer outro da parte de Deus. Nesse tempo ainda não existia a visão comercial e obviamente ninguém pensava em fazer uma musica para ganhar dinheiro, portanto não existia irmão rico ás custas de louvor. Jamais pensaríamos em chamar o dito irmão de artista muito menos em pedir seu autógrafo. Qualquer um que se atrevesse a cobrar 1 centavo que fosse para louvar ao Senhor seria imediatamente desqualificado e despedido como mundano e necessitado de conversão. Tempos bons… onde por mais que o irmão obtivesse êxito em compor e dispusesse de uma voz privilegiada, jamais tinha esses talentos como sendo seus, mas os via como ferramentas dadas por Deus para servi-lo como um dever, jamais aceitando elogio, honra e glória por isso. "Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores que recebe." Provérbios 27:21 
Mas aí veio a apostasia que nos arrebatou e nos transportou para o caos que nos encontramos hoje. O irmãozinho que outrora, humildemente, usava sua voz para num coro, nos ajudar a oferecer uma oração sublime a Deus em forma de música, agora se transformou numa “estrela” pop-gospel. O que isso significa? Significa que ele passou de irmão para ser um artista, uma celebridade, um “profissional” da música como qualquer outro segundo os moldes do mundo. O que era uma santa obrigação passou a ser profissão, e muitíssimo bem remunerada; agora o irmãozinho não é mais uma pessoa simples e comum, a humildade foi para a estratosfera, hoje ele é o “cara”. Seguindo a orientação do seu empresário, o diabo, ele tem fã-clube onde o primeiro sócio é o próprio inimigo; se vestindo de forma diferenciada, anda por ai em carrões importados, mora em mansões e produz clips de proporções hollywoodianas, seguindo os padrões do mundo e despertando em outros milhares de irmãos a o seguirem nesse sonho dourado. Antigamente nós dizíamos que o irmão tal iria louvar hoje a noite, hoje se diz que o cantor vai “se apresentar”, fazer um show hoje à noite; e em vez da igreja, agora ele “louva” nas casas de espetáculo do mundo porque o negócio todo é feito em louvor do dinheiro e é lá onde ele pode faturar mais sob os gritinhos frenéticos dos seus ex-irmãos, agora fãs. O próprio termo “show” já revela por si mesmo quem está por traz da coisa toda, e para esse “show” o irmão hoje cobra um troço vergonhoso e infame chamado “cachê”, que obviamente deve ser “santo”, e que muitas vezes corresponde ao salário de anos de trabalho de um assalariado comum. Me parece que o versículo de Mateus 10:8, “De graça recebestes, de graça daí.”, não está mais vindo impresso nas bíblias e por isso não é mais pregado nos púlpitos de hoje em dia. O resultado é que esses menestréis que posam de cristãos, estão fazendo verdadeiras fortunas ás custas de gente tola e míope, que não se importam em pagar por diversão travestido de louvor, que se fosse verdadeiro não teria preço, ou no mínimo lucro, para levá-las no embalo de suas emoções ao mundo de um céu imaginário e efêmero, fruto de suas ilusões religiosas humanas aprendidas de púlpitos estéreis e escritores evangélicos de quinta categoria. Fica racionalmente evidente que esse “ser” que a musica gospel moderna finge cultuar não é o Deus da bíblia, porque se for, em vês de culto, isso na verdade é um insulto a “inteligência” de Cristo. O Senhor acusou Israel de tentar, sem sucesso, viver ao seu bel prazer e ao mesmo tempo, através de rituais vazios, apaziguá-lo. O Senhor disse: “Afasta de mim o estrépito (ruído, som, ostentação, pompa) dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas violas.” Amós 5:23, “Odeio, desprezo as vossas festas (eventos religiosos), e as vossas assembleias (cultos) solenes não me exalarão bom cheiro.” Amós 5:21, “Quando vindes para comparecer perante mim, quem requereu isto de vossas mãos, que viésseis a pisar os meus átrios (templo)? Não continueis a trazer ofertas vãs (sem valor); o incenso é para mim abominação, e as luas novas, e os sábados, e a convocação das assembleias(reuniões); não posso suportar iniquidade, nem mesmo a reunião solene. As vossas luas novas, e as vossas solenidades, A MINHA ALMA AS ODEIA; JÁ ME SÃO PESADAS; JÁ ESTOU CANSADO DE AS SOFRER. Por isso, quando levantam as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos.” Isaías 1:12-15 
Esse mesmo erro a igreja evangélica emergente está repetindo acreditando que nesse caso o fim será diferente do de Israel. Deus adverte na sua palavra que será o mesmo. Um certo homem de Deus dizia que o momento onde os crentes mais mentem é na hora do louvor; o que infelizmente tenho que concordar. A leviandade está impregnada na maior parte do louvor de vanguarda que se faz hoje em dia, e como no tempo de Israel, é impossível que tamanho disparate passe despercebido pelo altíssimo porque, apesar de a grande maioria dos crentes não tomar conhecimento, Deus tem o poder de ler os corações. É 100% impossível dizer uma vírgula que não seja verdade, sem que Ele o saiba. Seria bom parar de brincar de louvar, porque essa brincadeira custou caro aos Israelitas, para alguns deles a própria vida, e não tem porque acontecer diferente agora. Cada palavra que sair de nossas bocas tem que corresponder a mais absoluta verdade de nossa vida prática, ou então esperemos para pronunciá-las no tempo em que os nossos atos permitam que elas sejam proferidas sem prejuízo a verdade. 
Negociar declarações de amor, de agradecimento, e de adoração ao Altíssimo prova que essas declarações são no mínimo falsas e atesta uma ignorância fora de qualquer parâmetro por tentar ludibriar o autor da inteligência.
“Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência.“ Salmos 47:7

Que só Deus nos influencie.
 

Roberto Aguiar

Fonte:
Parte de um artigo chamado “With Hearts and Minds and Voices”, publicado no volume 23, número 2 da revista Christian Research Journal, do pastor John MacArthur; tradução do irmão G. Frederico, enviado pela irmã Mary. (O artigo completo do irmão MacArthur poderá ser lido em http://SolaScriptura-TT.org/LiturgiaMusicaLouvorCulto/ ComCoracoesMentesVozes-MacArthur.htm).
 
https://discernimentocristao.wordpress.com/2008/12/15/musica-gospel-x-musica-crista-verdadeira/
 

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