Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

15 de julho de 2015

Por que escritores ou historiadores da época de Jesus não o mencionam?




No mais novo ataque contra a história de Jesus, um historiador americano chamado Michael Paulkovich afirma que escritores ou historiadores da época não o mencionam, e que por isso Jesus é um mito.

Uma pessoa questionadora percebe rapidamente que essa acusação carece de profundidade, primeiro que escritores escreveram sim sobre Jesus, afinal, não há nada menos que 27 documentos corroborando a sua história, esses escritos foram reunidos e chamados de Novo Testamento. Essa rede de corroboração é raridade na história, se pegarmos ícones históricos (que ninguém dúvida da existência, diga-se) como Alexandre, o grande, entre outros, não chega nem perto do número de documentos sobre Jesus.

Por que historiadores da época não mencionaram Jesus?

Apesar da menção de Flávio Josefo, alguns céticos geralmente acusam esse item de falsificação.

A tentativa de invalidar o registro de Josefo com a acusação de que a passagem sofreu interpolação não é válida, veja porque:
Dois pesquisadores (Edwin Yamauchi e John P. Meier), construíram uma cópia do “Testimonium” com as inserções prováveis ​​entre parênteses.
O parágrafo a seguir é de Yamauchi:

(1) “Nessa época vivia Jesus, um homem sábio [se é que se deve chamá-lo de um homem.] Pois ele foi um dos que operou façanhas surpreendentes e era um professor de tais pessoas como aceitar a verdade com prazer. Ele conquistou muitos judeus e muitos dos gregos. [Ele era o Cristo.] Quando Pilatos, ao ouvir o acusado por homens da mais alta posição entre nós, condenou-o a ser crucificado, aqueles que tiveram, em primeiro lugar vem a amá-lo não desistir de sua afeição por ele. [No terceiro dia, ele apareceu a eles restaurado à vida, pois os profetas de Deus havia profetizado estas e inúmeras outras coisas maravilhosas sobre ele.] E a tribo dos cristãos, assim chamados depois dele, tem ainda hoje não desapareceu. ”
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Vemos aí que mesmo tirando o que acredita-se ser ums interpolação no texto, a referência à Jesus e sua morte está intacta.
O alvo dos historiadores.

Mesmo que Flávio Josefo e outros historiadores (deixando de lado as discussões sobre Tácito e Suetônio) fora do grupo testemunhal de Jesus não tivessem mencionado a sua existência, isso não seria fundamental:
É preciso entender que o alvo preferido dos historiadores são pessoas que interferem diretamente no sistema geopolítico, e não era essa a proposta de Jesus, Ele não pegou em armas, não conquistou territórios, não tinha ambições políticas, não lutou, nem se quer questionou o império romano a fim de ter a independência para os judeus, não cobiçou poder e riquezas,ou seja, Jesus não tinha absolutamente nada que chamasse a atenção de historiadores fora dos limites percorridos por ele.

Dentro daquele contexto da perspectiva deles, não havia motivo para perderem tempo com o que ouviram falar das testemunhas de Jesus, já que que pressupunham (assim como o ceticismo de hoje), serem apenas lunáticos.

Quem deveria contar a história de Jesus?
 
A história de Jesus foi contada justamente por quem deveria conta-la. lembrando o que já foi dito em outro artigo, cada nação ou grupo é o maior responsável por preservar a sua própria história, não são os EUA, por exemplo, que serão obrigados a transmitir particularidades do Brasil, de fatos que ocorreram dentro do nosso território, mas sim o próprio Brasil que tem essa missão. As testemunhas de Jesus é que tinham motivação e obrigação de transmitir o que viram, e não um historiador da elite judaica, romana ou grega.
A elite judaica da época estava afundada em tradições humanas, deram mais importância a elas, do que aos testemunhos sobre Jesus. Já a elite romana não queria saber de nada que diminuísse o imperador, ainda mais vindo de um grupo inferior e dominado por eles.

Por que nenhum historiador comentou sobre a ressuscitação dos santos ou, "zumbis" (sarcasmo utilizado por escarnecedor) andando pelas ruas?

Em mateus cap. 27, temos uma narrativa não linear informando que após a Ressurreição de Jesus, alguns mortos fiéis a Deus, foram ressuscitados sendo vistos por muitas pessoas:

"E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;
E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos." Mateus 27:52-53
Está registrado em Mateus. Logo a palavra "nenhum" não cabe aí.
Veja, é a mesma aplicação da Ressurreição de Jesus, se esses eventos fossem mentiras, o cristianismo seria facilmente desacreditado na época e teria morrido ali mesmo, afinal, a documentação escrita (Escrituras) e a pregação já ocorriam quando ainda haviam testemunhas oculares vivas, e os acontecimentos eram recentes na memória histórica daquelas gerações, ou seja, qualquer invenção seria facilmente desmentida.

Certamente as pessoas que viram tais eventos comentaram e a notícia correu, mas a elite judaica deu pouca importância, fazendo o mesmo que fizeram com a Ressurreição de Jesus, e os romanos, novamente, tiveram apenas como mais um mito de judeus ignorantes (o velho e conhecido preconceito)


O importante é que o fato foi registrado pelo grupo que deveria registrar.
(1)Yamauchi, Edwin, “Jesus Outside the New Testament: What is the Evidence?” in Jesus Under Fire: Modern Scholarship Reinvents the Historical Jesus , edited by Michael J. Wilkins and JP Moreland, Zondervan, 1995, 212-14 and John P. Meier, “Jesus in Josephus: A Modest Proposal,” Catholic Biblical Quarterly 52 (1990): 76-103.
FONTE:
http://narrativabiblica.blogspot.com.br/2014/10/por-que-escritores-ou-historiadores-da.html 

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