Jeová, Thor, Zeus, Hórus, Júpiter... Você provavelmente já ouviu falar em
todos eles. Mas alguma vez na vida você já parou pra pensar sobre os
deuses das culturas nativas do Brasil? Ao que parece, nossa herança
cultural nativa é sempre sub-julgada pelas culturas estrangeiras... por
isso, nós do Curto e Curioso fizemos uma grande pesquisa e reviramos a
internet de ponta-cabeça a fim de resgatar um pouco dessa história.
Durante nossa pesquisa, descobrimos informações valiosas no site 'Galeria do Meteorito', com suas matérias sobre as constelações indígenas, que nos ajudaram muito. E se você se interessa pelo assunto vale a pena visitar. Agora você terá a chance de conhecer um pouco da rica cultura dos nativos brasileiros, e de algumas das mais importantes divindades: os deuses dos índios do Brasil.
Durante nossa pesquisa, descobrimos informações valiosas no site 'Galeria do Meteorito', com suas matérias sobre as constelações indígenas, que nos ajudaram muito. E se você se interessa pelo assunto vale a pena visitar. Agora você terá a chance de conhecer um pouco da rica cultura dos nativos brasileiros, e de algumas das mais importantes divindades: os deuses dos índios do Brasil.
Nhanderuvuçu
Conhecido também como Nhamandú, Yamandú ou Nhandejara, é considerado
como o deus supremo da mitologia tupi-guarani. Nhanderuvuçu não tem uma
forma antropomórfica, pois é a energia que existe, sempre existiu e
existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe antes mesmo de
existir o Universo. No princípio ele destruiu tudo que existia e depois
criou a alma, que na língua tupi-guarani se chama "Anhang" ou "añã";
"gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma
antiga. Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-)
surgiu "anhandeci" a matéria. Depois ele desejou lagos, neblina,
cerração e rios. Para tudo isso, ele criou Iara, a deusa dos lagos.
Depois criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã
manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é
Tupã quem empurra as nuvens pelo céu. Nhanderuvuçú criou também Caaporã
(Caipora) o protetor das matas por si só nascidas, e protetor dos
animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos,
enfim o protetor de todos os seres vivos.
Iara
Deusa das águas, também conhecida como Uiara, ela é vista como uma linda
sereia que vive nas profundezas do rio Amazonas, de pele parda, cabelos
verdes longos e olhos castanhos.
Abaçai
É o deus da guerra, um tipo de 'Áries' ou 'Marte' dos nativos. É o
espírito guerreiro que se apossa do índio que se prepara para batalhas
sangrentas. Por isso, dizem que aqueles preparados para a guera estão
"abaçaiados".
Angra
A deusa do fogo da mitologia tupi-guarani.
Andurá
Uma árvore fantástica e surreal, que a noite se inflama subitamente, se
parecendo bastante com a forma através da qual o deus judaico-cristão se
comunica com seus profetas.
Chandoré
Deus da mitologia tupi-guarani. Segundo a lenda, teria sido enviado para
matar o índio malvado Pirarucu, que desafiou Tupã, mas fracassou, pois
Pirarucu se jogou no rio. Como castigo o índio transformou-se em um
peixe, que leva o seu nome.
Sumé
Também conhecido como Zumé, Pay Sumé ou Tumé, entre outros nomes, é a
denominação de uma antiga entidade da mitologia dos povos tupis do
Brasil cuja descrição variava de tribo para tribo. Tal entidade teria
estado entre os índios antes da chegada dos portugueses, e transmitido
uma série de conhecimentos como a agricultura, fogo e organização
social, e seria uma espécie de deus das leis e das regras. Era visto com
cabelos amarelos, voava por todo lugar, e inclusive mergulhava sob as
águas do mar, até quando desapareceu. Sumé deixou dois filhos, Tamandaré
e Ariconte, que eram muito diferentes e odiavam um o outro.
Rudá
O deus do amor, que vive nas nuvens. Seu trabalho é o de despertar o
amor no coração das mulheres. Equivalente a deusa Hathor da mitologia
egípcia, Vênus da mitologia romana, e Afrodite da grega.
Tupã
Seria um tipo de líder na mitologia tupinambá, senhor dos trovões e
tempestades. Em analogia simples, poderia ser comparado ao deus grego
Zeus, ou mesmo ao deus nórdico Thor, pois ele compartilha a mesma
explicação comum nos deuses dos povos antigos para os relâmpagos. Tupã
também tem a característica da onipresença, que é muito comum nas
religiões cristãs, judaica e islâmica. Os jesuítas, na época da
colonização, difundiram uma opinião errônea de que o trovão em sí seria
um deus indígena, sendo que na verdade, ele é apenas a maneira utilizada
por Tupã para se expressar.
Jaci
A deusa da Lua e da Noite seria responsável pela magia e encanto dos
homens. Teria sido criada por Tupã para dar beleza à Terra. Irmã de Iara
(deusa dos lagos serenos), Jaci tornou-se esposa do próprio Tupã.
Outras versões da mitologia indígena dizem que Jaci seria esposa e/ou
irmã Guaraci, o deus Sol. Jaci é equivalente a Vishnu dos hindus e Ísis
dos egípcios.
Guaraci (ou Quaraci)
Guaraci é a representação do deus Sol, responsável pela luz, vida e
pureza do planeta Terra, assim como Brahma (hinduísmo) e Osíris
(egípcio).
Yorixiriamori
Esse deus encantava as mulheres com seu belo canto, o que despertou a
inveja dos homens que tentaram matá-lo. Por isso, ele fugiu para o céu
sob a forma de um pássaro. É um personagem do famoso mito "A árvore
cantante", dos índios Ianomâmis.
Anhangá
Os jesuítas propagaram a imagem errônea de que Anhangá seria o
equivalente ao Diabo da religião Cristã, porém, Anhangá (que significa
espírito) seriam almas que vagam pela Terra, que podia assumir qualquer
forma, mas que seria mais visto como um veado com olhos de fogo. Além
disso, Anhangá seria o protetor dos animais, protegendo-os contra
caçadores. Quando um animal consegue escapar miraculosamente durante uma
caça, os índios atribuem tal façanha a Anhangá.
Jurupari
Filho da índia Ceuci, que após comer um fruto proibido para moças no
período fértil (fruta mapati), ficou grávida miraculosamente, após o
suco da fruta escorrer pelo seu corpo nu. Quando o conselho de anciãos
soube da história de Ceuci, ela foi punida com exílio, onde teve seu
filho, chamado Jurupari, enviado do deus Sol Guaraci, que teria como
missão reformular os costumes e o modo de vida dos homens, que eram
submetidos às mulheres. Visto como o grande Legislador, com 7 dias de
vida já aparentava 10 anos de idade, e sua sabedoria atraiu as pessoas
que ouviam seus ensinamentos enviados pelo deus Sol. Por sua vez, a
história contada pelos jesuítas atribui Jurupari a uma espécie de
demônio que visita os sonhos das pessoas, dando origem aos pesadelos,
pois o ritual de Jurupari era o mais praticado na época da colonização. O
ritual exclusivo para homens, inclui músicas com flautas, flagelações,
tabaco e coca e alucinógenos.
Ceuci
Deusa da lavoura e das moradias, representada pela estrela mais
brilhante da constelação de Plêiades. Quando na Terra, era mãe de
Jurupari, o enviado do Sol/Guaraci, se submeteu ao novo método
patriarcal das tribos. As mulheres não podiam participar dos rituais de
Jurupari, pois os deuses matariam a intrusa. Certa vez, Ceuci com
saudade de seu filho, aproximou-se dele durante um cerimonial, e foi
quando ela foi atingida por um raio, enviado por Tupã. Jurupari, também
filho do Sol, foi enviado para ressuscitá-la, mas não o fez para não
desobedecer a lei dos deuses. Ele a acalmou dizendo que iria brilhar no
céu, e encontrar o deus Guaraci, e nesse momento, Jurupari chorou. Por
isso, quando faz Sol e chuva ao mesmo tempo, os índios dizem que o
espírito de Jurupari está por perto.
Akuanduba
Uma divindade dos índios araras, toca a sua flauta para dar sustentação e ordem ao mundo, representando a harmonia divina.
Wanadi
Deus dos iecuanas, faz parte de um mito em que o Sol teria criado três
seres vivos para habitar o mundo. Apenas Wanadi nasceu perfeito enquanto
que os outros dois seriam responsáveis pelo mal do planeta.
Yebá Bëló
Chamada de “mulher que apareceu do nada”, é citada como a responsável
pela criação da humanidade segundo os Dessanas. De acordo com a lenda,
teria moldado os homens e mulheres das folhas de coca que masca,
chamadas de ipadu.
Caipora
O nome caipora vem do tupi-guarani Caapora, e quer dizer "habitante do
mato". Caipora é representado pela forma de um índio jovem, coberto de
pelos e vive montado em uma espécie de porco-do-mato. Ele é o guardião
da vida animal. É ele que estala os galhos, faz assobios e dá falsas
pistas para desorientar os caçadores. Reza a lenda que Caipora seria
canibal, se alimentando de tudo e todos que caçam nas florestas, punindo
homens, insetos ou até outros animais. Caipora é responsável por punir,
principalmente, aqueles que caçam além da necessidade.
Tupi
Personagem primordial de todos os povos tupis. O antepassado principal,
que deu origem à todos os índios. Por isso, muitas nações tupis criaram
seus nomes como homenagens a tupi: tupinambás, tupiniquins, tupiminós,
tupiguaés, etc...
FONTE:
http://www.curtoecurioso.com/2015/04/voce-conhece-os-seus-deuses-esquecida.html
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