Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

31 de julho de 2014

O que é libertação




Trecho do livro Libertação é confissão de pecados (revisado)

Libertação não é exorcismo, não é regressão, não é "sai-sai". Libertação é confissão de pecados.

Como muitas pessoas só conhecem o termo ‘possesso’ e só entendem que o inimigo está agindo na pessoa quando há uma manifestação demoníaca, a prática comum é fazer exorcismo, ou seja, expulsar os demônios. Mas nem sempre a pessoa foi liberta, porque a causa do endemoninhamento ainda não foi curada. E os demônios continuam com direito de agir na pessoa.

Já ouvi pessoas contando suas experiências em expulsar demônios, em que dizem como foi difícil, mas o demônio ou os demônios foram embora. E a pessoa então acrescenta: A pessoa levantou totalmente liberta. Será?

Hoje entendo diferente. A pessoa só será realmente liberta SE confessar os pecados através dos quais aqueles demônios tiveram acesso à sua vida. Se não houver confissão, arrependimento, eles continuam tendo direito sobre a pessoa e voltam para a ‘casa’ deles.

E outro ponto importante que tenho observado é que só se faz exorcismo quando há uma manifestação visível de demônios, ou quando a pessoa fica inconsciente e quase sempre o demônio fala através da pessoa. Mas há muitas outras de manifestação demoníaca, em que a pessoa não fica inconsciente e quem está perto pode não perceber que é demônio.

Por exemplo, quando um marido tem uma crise de violência e bate na esposa. Quando alguém tem uma crise histérica e agride verbalmente as pessoas. São manifestações demoníacas, mas não são vistas como tal. Porém, quantos de nós já não ouvimos pessoas que fizeram algo violento ou perdeu o controle emocional dizerem depois: “Não sei porque fiz aquilo, parecia outra pessoa. Não era eu”?  Muitos, tenho certeza. E a pessoa tem razão, quase sempre não era ela mesmo que fez aquilo sozinha, ela estava sob a ação de um demônio.

Portanto, há uma grande diferença entre expulsar demônios das pessoas e ministrar libertação. Alcione Emerich diz que não devemos confundir exorcismo com libertação, porque há uma grande diferença entre os dois. Exorcismo é livrar alguém de um demônio, expulsando-o. Alcione usa o exemplo de um lugar com lixo. Exorcismo é espantar os mosquitos e deixar o lixo. Não há garantia que não vão voltar. Libertação é ajudar a pessoa a fechar todas as brechas que abriu no passado e também no presente. É lançar fora todo o lixo, tirar a ‘legalidade’. Os mosquitos não voltam, porque não há mais o lixo para atraí-los. E a cura lida com os estragos causados e deixados pelos demônios (traumas, feridas, mágoas, rejeições, lembranças dolorosas do passado etc) e esse último caso tem sido chamado de cura interior, como diz em Tiago 5.16a: “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados”; e Salmo 32.3-5: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer. Pois dia e noite a tua mão pesava sobre mim; minhas forças foram-se esgotando como em tempo de seca. Então reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri as minhas culpas. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao Eterno, e tu perdoaste a culpa do meu pecado.”

Emerich diz ainda que o ministério de libertação deve ser enfatizado dentro da cura geral: a espiritual, a física e a emocional (Isaías 61.1), e que esta também deve ser a nossa missão: pregar o evangelho aos homens, curar suas feridas emocionais e livrá-los de todo cativeiro espiritual. E ele completa que a libertação não é um atalho para a santificação. São duas coisas diferentes, mas interligadas, dependentes.

Quem está liberto pode com mais facilidade ter a santificação. Não há como ser liberto sem, ao mesmo tempo, viver uma vida de santidade. Se pecarmos novamente, abriremos novas brechas. Devemos vigiar o tempo todo, porque o inimigo anda ao nosso derredor, procurando uma brecha, por menor que seja, para nos acusar e ter direito sobre nossa vida. O mais interessante é que vigiar o tempo todo não é um fardo pesado após a libertação, passa a ser algo natural. O segredo da libertação é confessar os pecados. Confessar um a um. Pedir que o Espírito Santo que nos lembre de cada pecado não-confessado e assim devemos renunciar aquele envolvimento com Satanás. Como diz em 1 João 1.9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”.

Como diz Emerich, não adianta pecar no varejo e pedir perdão no atacado e orar como muitos costumam fazer: ‘Pai, perdoa a multidão dos meus pecados’. Segundo os dicionários, confessar significa declarar ou revelar a própria culpa ou pecado. E declarar significa dar a conhecer, expor, considerar publicamente, proclamar. Então podemos concluir que confessar pecados deve ser em voz audível e não em pensamento.

Infelizmente, também, o termo guerra espiritual tem sido empregado como sinônimo de exorcismo, em forma de espetáculo, gritarias e pessoas que entram na casa dos outros quebrando um monte de objetos, sem a permissão do proprietário.

E libertação não é apenas fazer um culto de libertação e ficar declarando guerra aos principados e potestades. Ou praticar exorcismo sem tratar a causa do problema e assim tornar a pessoa dependente de cultos de libertação ou dos ministradores. O culto é racional, deve ser consciente e não apenas emocional. A pessoa precisa aprender sobre guerra espiritual antes de sair fazendo atos de guerra. E que é preciso curar a causa dos problemas, ou seja, confessar os pecados e curar as feridas da alma.

No ministério de libertação lidamos muito mais com pessoas, do que com demônios. Neil Anderson, citado por Max Anders diz: “Não tento expulsar nenhum demônio há vários anos. Mas tenho visto centenas de pessoas encontrarem a liberdade no Messias quando as ajudo a resolver seus conflitos pessoais e espirituais. Há muito que não lido diretamente com os demônios de maneira alguma e proíbo sua manifestação”. A pessoa que aprende sobre pecados não-confessados e direito legal de Satanás tem muito mais chance de ter uma vida de santidade.

A Bíblia diz que libertação é para quem permanece firme: “Disse o Messias aos judeus que haviam crido nele: ‘Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.” João 8.32. Primeiro eles creram. Depois permaneceram na Palavra e foram libertos através do conhecimento da verdade que foram adquirindo. E o apóstolo Paulo fala diversas vezes em permanecer, não dar lugar ao diabo e purificar-se. Mas às vezes pensamos que conhecer a verdade é o fato de aceitar o Messias, ou apenas crer e aí a libertação acontece automaticamente. O que temos visto é que a libertação deve fazer parte da vida de quem é filho do Eterno.

A base da libertação é entendimento, arrependimento e confissão de pecados. João Batista pregava: “Arrependam-se”: “Ele [João Batista] dizia: ‘Arrependam-se, pois o Reino do Eterno está próximo’ ” (Mateus 3.2). O Messias continuou com a mesma mensagem: Arrependam-se: "Daí em diante o Messias começou a pregar: ‘Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mateus 4.17). A pregação dos apóstolos também foi: Arrependam-se: “Pedro respondeu: ‘Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome do Messias para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo” (Atos 2.38); “Arrependam-se, pois, e voltem para o Eterno, para que os seus pecados sejam cancelados” (Atos 3.19).

Mas parece que nós resolvemos baratear o evangelho e dizer que basta apenas ter fé e todos os problemas serão resolvidos, que basta levantar a mão e se filiar a um sistema religioso e a libertação acontece. Sammy Tippit conta a história de um religioso que pregou por vários anos a mesma mensagem: Os arrependidos devem arrepender-se. E é isso o que está faltando nas mensagens hoje.

Li recentemente em uma revista de palavras cruzadas bíblicas o seguinte texto:
“O significado básico de arrependimento é ‘voltar-se ao contrário’, dar uma volta completa. Trata-se de abandonar os maus caminhos e voltar-se para o Messias, e através dele, para o Eterno.
A decisão de abandonar o pecado e querer a salvação no Messias importa em aceitar o Messias não somente como salvador da penalidade do pecado, mas também como dono da nossa vida. Por conseguinte, o arrependimento envolve uma troca de donos; do reino de Satanás para o reino do Messias e sua palavra. O arrependimento é uma decisão livre, da parte do pecador, possibilitada pela graça divina capacitadora que lhe é concedida quando ele ouve o evangelho e nele crê.
A definição da fé salvívica como mera ‘confiança’ no Messias como Salvador é totalmente inadequada ante a exigência do tipo de arrependimento feito pelo Messias.
Definir a fé salvívica sem incluir rompimento total com o pecado é distorcer fatalmente o conceito bíblico da redenção. A fé que inclui o arrependimento é uma condição imutável para a salvação (Marcos 1.15).”

E essa troca de donos deve ser declarada através da confissão de pecados e da quebra dos pactos feitos com o dono antigo, o de Satanás, e é isso que se faz na libertação. Tommy Tenney pergunta como podemos ser povo do Eterno e ainda permanecermos em maus caminhos. Ele diz ainda que talvez nossos maus caminhos expliquem o fato de estarmos satisfeitos somente com a proximidade do Eterno ao invés de desfrutarmos de Sua presença. 


FONTE:
http://libertacaoeconfissaodepecados.blogspot.com.br/2011/01/o-que-e-libertacao.html
 

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