Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

8 de julho de 2014

Como lidar com ataques verbais

 
 
Por Ciro Zibordi

Li, há algum tempo, o livro "Como se Defender de Ataques Verbais", de Barbara Berckhan (Sextante). A despeito de essa obra ser muito boa, há milhares de anos um rei de Israel chamado Salomão antecipou os principais conselhos da autora, como este:

“A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1). 

Em Provérbios 26.4,5 vemos outro conselho, mencionado no livro com outras palavras: “Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia, para que também te não faças semelhante a ele. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus olhos”. O que Salomão quis dizer com esse jogo de palavras?

No versículo 4 somos ensinados a não responder ao tolo da mesma maneira que ele, como que se colocando no mesmo nível. Isso se coaduna com o que está escrito em 1 Pedro 3.15: “estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. Ou seja, se alguém for zombeteiro e maldizente, não devemos responder-lhe com zombaria ou xingamentos.

Como entender o versículo 5, que parece contrariar o conselho contido no versículo 4? Tendo em mente a instrução de não responder ao tolo segundo a sua estultícia — isto é, de modo contencioso, escarnecedor, irascível, etc. —, leiamos o versículo 5 na versão espanhola de Casiodoro de Reina: “Responde al necio como merece su necedad, para que no se estime sabio en su propia opinión”.

O melhor exemplo para nos ajudar a entender a passagem em apreço é o diálogo entre Jesus e a mulher de Samaria, registrado em João 4. Quando ela parecia irritada com a abordagem do Senhor, que lhe pedira água, agrediu-o com palavras. Ele podia ter virado as costas para ela. O que fez o Senhor Jesus? Ele não lhe respondeu segundo a sua tolice; não se igualou a ela, empregando o mesmo tom provocativo. Por outro lado, paradoxalmente, lhe respondeu segundo — ou como merecia — a sua insensatez.

Fico pensando: Como nós responderíamos a essa pergunta: “Como sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou samaritana?” É possível que alguns de nós dissessem àquela mulher samaritana: “OK. Então fique com a sua opinião, que eu fico com a minha, sua ignorante”. Mas o Mestre deu à mulher a resposta que ela merecia: “Se tu conheceras o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”.

Lembremo-nos de que as armas da nossa milícia não são carnais (2 Co 10.4). Temos várias armas de defesa: o capacete da salvação, a couraça da justiça, os calçados da preparação do Evangelho da paz, o escudo da fé e o cinto da verdade. E a nossa única arma de ataque é a espada do Espírito, a Palavra de Deus (Ef 6.10-18).

Como devemos responder ao néscio? Se ele falar o que quiser, sem que as suas ideias errôneas sejam refutadas, pensará que é sábio. Por isso, devemos lhe responder, mas sem descer ao nível dele. A nossa argumentação com os tolos dever ser amigável, amistosa, sem contender (2 Tm 2.24-26), pois o que ele mais deseja é que nos irritemos com as suas provocações. Sejamos sábios, “remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.16).

 
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