Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

10 de junho de 2014

Um caso de jugo desigual: Sansão e a filisteia



O preço do desprezo


O livro de Juízes demonstra claramente o fracasso de Israel em obedecer aos preceitos da aliança. A nação oscilava na fidelidade a Yahweh, que aplicava Sua justiça à desobediência, levando desgraças ao povo pactual, mas que também agia em benevolência, levantando líderes redentores que agiam em favor do povo de Deus.

Sansão foi um destes líderes, escolhido por Deus antes de seu nascimento, quando os filisteus dominavam a região (Jz 13.1). A Bíblia diz que Sansão cresceu e Yahweh o abençoou. Entretanto, mesmo com a ação do Espírito de Deus, ele não fez boas escolhas conjugais (v.13).

Juízes 14.1-4
Sansão desceu a Timna e viu ali uma mulher do povo filisteu. Quando voltou para casa, disse a seu pai e a sua mãe: “Vi uma mulher filistéia em Timna; consigam essa mulher para ser minha esposa”. Seu pai e sua mãe lhe perguntaram: “Será que não há mulher entre os seus parentes ou entre todo o seu povo? Você tem que ir aos filisteus incircuncisos para conseguir esposa?” Sansão, porém, disse ao pai: “Consiga-a para mim. É ela que me agrada”. Seus pais não sabiam que isso vinha do SENHOR, que buscava ocasião contra os filisteus; pois naquela época eles dominavam Israel (NVI).
O texto diz que Sansão foi a Timna, uma cidade que deveria ser a priori da tribo de Judá (Js 15.10,57), todavia posteriormente dada à tribo de Dã (Js 19.43). Apesar dos israelitas terem sido entregues por Yahweh aos filisteus, havia muita liberdade entre estes dois povos, a ponto de não haver impedimento para que os israelitas se deslocassem com alguma liberdade. Timna estava localizada há cerca de seis quilômetros de Zorá,[1] cidade natal de Sansão, e ficava ao sul do território prometido por Yahweh a Abraão.

Foi em Timna que Sansão viu uma mulher que agradou aos seus olhos. A palavra do texto original רָאָה (r`a>), traduzida por ver, traz também o sentido de examinar, verificar e observar, que são, possivelmente, melhores traduções para o texto veterotestamentário. Portanto, Sansão não foi alguém que simplesmente se apaixonou à primeira vista pela mulher e a desejou como esposa, mas examinou aquela que queria ter como cônjuge.

Os desprezos do filho

Desprezo pela história

O apreço de Sansão pela mulher foi tal que nenhum cuidado com as estipulações de Deus já reveladas na história foi tomado. Sansão evidentemente desprezou a história e exigiu de seus pais que a tomasse (ARA), a conseguisse (NVI) como esposa, não se detendo ao fato dela ser uma filisteia, cuja nação não tinha Yahweh como Deus.[2] Este era o princípio que permeava a lei de Yahweh para que Israel não se envolvesse em relacionamentos amistosos com povos que habitavam a terra prometida. Tratados e casamentos entre israelitas e os povos idólatras, fatalmente levariam a nação pactual para longe da comunhão que Yahweh queria com Seu povo, segundo Sua própria palavra (Êx 34; Dt 7).

Desprezo pela cultura
Sansão não desprezou somente a história, na qual a vontade de Deus já havia sido revelada e legislada. No Oriente Médio Antigo era comum que os pais escolhessem ou negociassem a união conjugal de seus filhos.[3] “No mínimo, os pais tinham uma importante voz na decisão.”[4] Assim era a cultura para novos enlaces matrimoniais.
Verdadeiramente, ainda que a cultura não seja uma fonte fidedigna para conduzir pessoas à verdade, numa sociedade teocrática como Israel, cujo líder é Yahweh, isso não deveria ser ignorado para o discernimento de como proceder corretamente. Ao desprezar uma cultura, na qual Deus é reconhecido como santo e verdadeiro, Sansão desconsiderou genuínas chances de avaliar corretamente sua decisão matrimonial.

Desprezo pelo zelo dos pais
A questão também não era somente levar em consideração a tradição cultural que tinha os pais como uma importante voz na decisão da escolha. Não é qualquer experiência cultural compartilhada que produz benefícios, mas aquelas que, à luz das Escrituras, relacionam-se com a verdade de Deus. Se o conselho dos pais fosse prejudicial a Sansão, a apropriada decisão seria, depois de escutá-lo, avaliá-lo e então ponderá-lo. No caso dos pais de Sansão, que muito provavelmente conheciam a história do povo escolhido e muito possivelmente conheciam as leis de Moisés, desprezar o conhecimento dos pais era uma péssima ideia.
As duas perguntas que eles fizeram a seu filho refletem a mesma preocupação de Abraão na busca de uma mulher para Isaque. À semelhança do patriarca, os pais de Sansão se preocupavam com a qualidade da mulher que faria o papel de esposa para seu filho. Abraão, o pai da nação de Israel, sabia que onde ele habitava não havia ninguém que exercesse a correta e idônea função de esposa para seu filho e, por isso, enviou seu servo com a missão de encontrar, entre seus parentes, uma mulher com este perfil. Semelhantemente, os pais de Sansão reconheciam que uma mulher filisteia afastaria nocivamente o predestinado filho[5] do soberano Deus. O piedoso zelo dos pais se fez inútil para alguém que obstinadamente já sabia quem queria como esposa.

O prudente apreço dos pais
As duas perguntas feitas pelos pais de Sansão refletem o apreço deles pelo vontade de Deus. Eles desejavam que Sansão discernisse corretamente o que, de fato, é uma das decisões mais importantes de qualquer homem ou mulher que busca o casamento, quanto sua prudência quanto ao correto proceder perante a lei de Deus.

1- Será que não há mulher entre os seus parentes ou entre todo o seu povo?
Quando Abraão pede a seu servo que busque, sob juramento, uma mulher que serviria a Isaque como esposa, ele foi bem específico onde consegui-la: no seio de sua parentela, na terra que ele havia deixado há anos por causa do chamado de Deus (Gn 24; cf. Gn 12). Abraão sabia que as mulheres que habitavam a terra onde ele vivia não serviam para Isaque, pois seu modus vivendi declarava uma vida totalmente alheia aos princípios revelados pelo Criador.
À semelhança disso, Manoá e sua esposa, pais de Sansão, conheciam o estilo do povo que os dominava naquele momento da história (Jz 15.11), do qual se originava a mulher com quem Sansão queria se casar. Eles sabiam que era imprudente envolver seu filho em um casamento com uma mulher filisteia, pois fatalmente o levaria para longe de Yahweh. Não era este o tipo de mulher, cheia de costumes idólatras, que os pais de Sansão tinham em mente para ele, mas uma que compartilhasse da mesma história e temor a Deus.
 
2- Você tem que ir aos filisteus incircuncisos para conseguir esposa?
Os filisteus eram um povo também conhecido por não terem seus homens circuncidados. Alguns vizinhos de Israel, por diferentes razões que não o pacto com Yahweh, também se circuncidavam.[6] Todavia, este sinal físico era para Israel o símbolo que marcava o pacto com Deus, estabelecido com Abraão, o pai da nação (Gn 17.10).
A preocupação dos pais de Sansão era legítima. Estar ciente que o desejo do filho causaria desgraças a ele e, possivelmente, aos seus próximos é algo que deveria causar inquietações em qualquer pai que genuinamente zele por seus descendentes. Os filisteus não faziam parte da aliança que mostrava os limites para o homem viver de acordo com a vontade de Deus, tampouco eram abençoados pela fidelidade em viver de acordo a esta vontade.
Sendo os filisteus um povo alheio à Lei, tinham um modus vivendi igualmente longe da vontade divina, com padrões morais que não refletiam o santo Deus. A mulher que Sansão cobiçava fazia parte deste povo pagão e poderia levar o nazireu além dos limites da vontade de Yahweh.
O zelo dos pais de Sansão os moveu a questionar: por que Sansão não poderia procurar por uma mulher que o agradasse no meio de seu povo, que compartilhasse da mesma aliança e Deus? A resposta a esta pergunta era o primeiro desejo do zeloso Manoá e sua diligente esposa.

A Imprudência do filho

Uma única e estúpida resposta

Consiga-a para mim. É ela que me agrada.
Sansão, na verdade, não respondeu a nenhuma das perguntas que seus pais o fizeram. Era óbvia a resposta da pergunta deles: sim, havia mulheres que serviam de esposa para Sansão em Israel, mulheres que compartilhavam da mesma história e Deus, em miúdos, da mesma fé. Entretanto, este não era o desejo do nazireu. O que ele queria era se casar com a mulher filisteia.
“Sansão vivia pelo que via e não pela fé. Ele era controlado pela ‘concupiscência dos olhos’ (1João 2:16), e não pela Lei do Senhor. A coisa importante para Sansão não era agradar ao Senhor ou mesmo agradar seus pais, mas agradar a si mesmo.”[7]
Aparentemente não havia nada ou ninguém que faria com que ele mudasse de ideia. Herbert Wolf, em seu comentário sobre o livro de Juízes, parafraseia a resposta de Sansão: “ela é aquela que eu quero e pronto!”[8]

A Soberania de Deus

Projeto Sansão
Antes de Sansão nascer, sua mãe havia recebido a visita do Anjo do SENHOR, que a informou sobre o papel do vindouro filho: ele iniciará a libertação de Israel das mãos dos filisteus (Jz 13.5). Mesmo ela sendo estéril, Sansão nasceu e foi abençoado por Deus (v.24).
Sansão, quando adulto, se apaixonou pela filisteia. Sobre seu desejo, John Gill afirma:

“Seu desejo em tê-la em casamento não veio de uma afeição carnal simplesmente (…) sua irmã mais nova era mais bela que ela (Jz 15.2), mas ele percebeu que era a vontade de Deus e deveria tomá-la como esposa, pelo impulso do Espírito Santo sobre ele (…) sugerindo o motivo disso e mostrando a oportunidade que lhe daria para romper com os filisteus, aplicando vingança. No entanto, seus pais eram ignorantes sobre isso.”[9]
Semelhantemente, Keil e Delitzsch também creem que o desejo do juiz em ter a filisteia era procedente de uma absoluta ação de Yahweh: “Sansão estava agindo debaixo de um impulso mais forte, o qual seus pais não sabiam que era de Jeová.”[10]
O texto do versículo 4 revela que os pais de Sansão não sabiam que isso vinha do Senhor. Na realidade o texto original não é explícito em revelar o que a expressão que isso representa. A partícula כִּי (K’), traduzida pela expressão que isso, citada na NVI, é usada no texto sagrado de quatro diferentes formas, sendo a deste caso, “para introduzir uma cláusula ou oração objetiva especialmente depois de verbos que denotam ‘ver,’ ‘dizer,’ etc, sendo traduzida pelo pronome relativo ‘que.’”[11]
Outros comentaristas e teólogos acreditam que Deus se utilizou do desejo de Sansão para cumprir o propósito que Ele tinha para sua vida antes mesmo de nascer. Charles Ryrie, em seu comentário na Bíblia anotada diz: “esse indesejável casamento com uma filisteia acabou por ser usado por Deus para Seus propósitos.”[12] Herbert Wolf escreveu: “da perspectiva divina, entretanto, o contato de Sansão com os filisteus criou uma oportunidade para que Deus o usasse. Parece um paradoxo o fato do Senhor trabalhar através da decisão voluntária de Sansão.”[13] Simon Robinson declarou: “Este versículo é a chave para a compreensão de todo o capítulo. Isso não significa que o comportamento de Sansão estava certo, mas nos diz que Deus estava, de fato, no controle, usando a obstinação de Sansão para descobrir seus propósitos.[14] K. A. Matthew expôs: “Sansão era fisicamente forte, mas moralmente fraco. Apesar de ter feito más decisões e não conseguir controlar suas emoções, Deus usou seus erros como ocasiões para demonstrar Seu soberano poder.”[15]
A perspectiva apropriada destes últimos teólogos citados demonstra que Deus, mesmo em Sua soberania, não aplica Seu poder para que alguém peque. Tiago, em sua carta, disse que cada um é tentado pelo seu próprio mau desejo (Tg 1.14). Deus não suja Suas mãos com a maldade, mas utiliza-se daqueles que são capazes de agir malignamente para cumprir Seus planos. Esta, inclusive, não foi a única vez que Deus se utilizou da iniquidade para cumprir Seus propósitos:

  • 1Sm 16.14: Yahweh se utiliza de um espírito maligno;
  • 1Cr 21.1: Deus se utilizou de Satanás, que levou Davi a fazer o recenseamento (cf. 2Sm 24.1);
  • 1Rs 22.21-23: um espírito voluntariamente aceitou fazer o papel de enganador e foi enviado por Yahweh, para cumprir Seu propósito.[16]
Observe como os capítulos 2 e 3 de Juízes trazem luz à forma de Deus cumprir Seus planos. Jz 3.1 diz: são estas as nações que o SENHOR deixou para pôr à prova todos os israelitas que não tinham visto nenhuma das guerras em Canaã (NVI). Sim, foi Yahweh quem deixou as nações na terra prometida, entretanto, Ele o fez por meio da escolha dos próprios israelitas, os quais foram desobedientes às expressas ordens de Yahweh para eliminá-las: por isso a ira do SENHOR acendeu-se contra Israel, e ele disse: “Como este povo violou a aliança que fiz com os seus antepassados e não tem ouvido a minha voz, não expulsarei de diante dele nenhuma das nações que Josué deixou quando morreu. Eu as usarei para pôr Israel à prova e ver se guardará o caminho do SENHOR e se andará nele como o fizeram os seus antepassados” (Jz 2.20-22 NVI). Yahweh se utilizou dos resultados da infidelidade de Israel para dar sequência a Seu soberano plano.

Portanto, Sansão não foi impelido por Deus para que se casasse com a filisteia. A expressão que isto (כִּי- K’), neste texto, é referente à aproximação de Sansão com o povo opressor, ação divina que não envolve moralidade, mas oportunidade: Deus buscava ocasião contra os filisteus (Jz 14.4b NVI). Ele usou do desejo pecaminoso de Sansão em se casar com a filisteia para pô-lo junto do povo que, naquela época, dominava Israel (v.4b).

Lição

Ouçam, meus filhos, a instrução de um pai; estejam atentos, e obterão discernimento (Pv 4.1 NVI).

Indubitavelmente os pais de Sansão eram pessoas piedosas que zelavam pela vontade de Deus. Eles conheciam Sua lei e prezavam por satisfazê-la corretamente. Antes mesmo de Sansão nascer, Manoá implorou a Yahweh por melhores instruções sobre como deveria educar seu filho, aquele que libertaria Israel das mãos dos filisteus: Então Manoá orou ao Senhor: “Senhor, eu te imploro que o homem de Deus que enviaste volte para nos instruir sobre o que fazer com o menino que vai nascer”(Jz 13.8 NVI).

Apesar de todo cuidado dos pais, Sansão foi desobediente a Deus. Sua filosofia de vida era a mesma da época em que vivia. Suas palavras, ela agrada aos meus olhos (ARC) era um reflexo da sociedade, sobre a qual o autor de Juízes declara: naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos (Jz 17.6 ARC); cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos (Jz 21.25 ARC).

Sansão desprezou a história, que contava com revelações da vontade de Deus; a cultura, que possuía características do caráter do fundador da nação; o zelo dos pais, que piedosamente atentavam à lei de Deus e, por isso, eram conhecedores do destino daqueles que se relacionavam com povos proibidos por Deus. W. W. Wiersbe, ao comentar a lição desta passagem, escreveu: “Jovens cristãos precisam parar e considerar cuidadosamente quando se encontram desafiando pais piedosos que conhecem a Palavra de Deus.”[17]

Infelizmente Sansão se casou em jugo desigual com a filisteia e sofreu diversas e péssimas consequências, resultado de sua infidelidade à vontade do Criador (Jz 14-16). Sua obstinada desobediência em casamentos com mulheres pagãs foi ratificada quando tomou outra mulher alheia à vontade de Deus como esposa, Dalila, uma meretriz do vale de Soreque (Jz 16.4). Esta se tornou mulher do juiz redentor depois da morte da filisteia, mas foi igualmente instrumento de maldições na vida de Sansão. O sábio disse: O filho sábio acolhe a instrução do pai, mas o zombador não ouve a repreensão (Pv 13.1 NVI).

Ainda que o propósito de Deus tenha sido cumprido ao ter iniciado a libertação do povo de Israel da opressão filisteia, a vida de Sansão foi uma tragédia. Seu momento de glória, a destruição da festa e da vida dos incircuncisos (Jz 16.30), ceifou sua própria vida, depois de ter experimentado a escravidão e a cegueira, resultado de uma decisão contrária à vontade dAquele que prometia prosperidade como resultado da fidelidade pactual.

Orientação prática

O preço do desprezo

Pergunta
Querido Pastor e professor Zambelli,
quando eu observo a história de Sansão, noto que há uma distância cultural muito grande para com os nossos dias. Para mencionar algumas características, naquele tempo não havia namoro, os pais decidiam com quem seus filhos se casariam e povos oprimiam outros a ponto de tê-los como escravos.
Será que a história de Sansão pode realmente ser útil para mim, que vivo centenas de anos depois, com uma cultura totalmente diferente?
Atenciosamente,
Rodrigo

Resposta
Querido Rodrigo,
Sua pergunta é legítima e perspicaz. Você tem razão quando afirma a distância cultural, no entanto, a Bíblia não nos deixa dúvidas sobre como toda ela é importante para que sejamos piedosos: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça,para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra (2Tm 3.16,17). Toda a Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, é útil para cada um de nós.
Com isto em mente, Rodrigo, a narrativa acerca de Sansão possui princípios valiosos e inclusive, eu diria, vitais para usufruirmos de um relacionamento apropriada com Deus. Em especial, para focar um exemplo, a falta de cuidado de Sansão para com a orientação de seus pais.
Por diversas razões, mas que se resume principalmente ao pecado, crianças, adolescentes e jovens têm obedecido menos a seus pais. Por vezes, na verdade, a questão nem é obediência ou desobediência, mas desconsideração total às orientações dos pais. Filhos desprezam totalmente seus pais como se não houvesse pessoa mais ignorante que eles. Sansão, por exemplo, ignorou completamente qualquer chance de refletir nas perguntas de seus pais. Sansão errou duplamente, com seus pais e com Deus.
Por isso, Rodrigo, ainda que seja verdade que naquela época não havia namoro, um relacionamento desse tipo precisa ser bem ponderado. Namoro é uma boa fase, mas tem sido, na minha experiência, absurdamente mal utilizada, porque adolescentes e jovens têm ignorado a experiência de seus pais e especialmente a Palavra de Deus e suas claras orientações, que são supraculturais, ou seja, estão acima de qualquer cultura.
Espero tê-lo ajudado.
Por causa dEle,
Zambelli


[1] CUNDALL, Arthur E. Juízes e Rute, introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1986. p.154.[2] Os filisteus adoravam deuses pagãos, como Dagom e Astarote. International Standard Bible Encyclopedia. E-sword Version 9.5.1, 2009. CD-ROM.[3] DANIEL-ROPS, Henri. A vida diária nos tempos de Jesus. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1983.p.83.[4] GAEBELEIN, Frank E. The Expositor’s Bible Commentary. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, Vol.3. p.466.[5] Sansão havia sido escolhido como redentor da nação pactual antes de seu nascimento. Por isso o uso da palavra predestinado.[6] O termo incircunciso é muito bem aplicado ao povo filisteu por parte dos pais de Sansão. Os vizinhos de Israel, com exceção dos filisteus, praticavam a circuncisão, mas por diferentes razões que não o pacto com Yahweh. Sansão também sabia que os filisteus não eram circuncidados e conhecidos assim (Juízes 15.18). CUNDALL, Arthur E. MORRIS, Leon. Juízes e Rute, Introdução e Comentário. São Paulo: Edições Vida Nova e Associação Religiosa Editora Mundo Cristão, 1986. p.155.

[7] Wiersbe, W. W. (1994). Be available. “Be” Commentary Series (111). Wheaton, IL: Victor Books.[8] GAEBELEIN, Frank E. The Expositor’s Bible Commentary. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, Vol.3, 1988. p.466. Herbert Martin Wolf (15 de julho de 1938 – 18 de outubro de 2002) foi um americano, estudioso bíblico e professor do Antigo Testamento. Ele foi um dos responsáveis da tradução da versão bíblica inglesa New American Standard Bible.[9] John Gill’s Exposition of the Entire Bible. E-sword Version 9.5.1, 2009. CD-ROM. John Gill (23 de novembro de 1697 – 14 Outubro de 1771) foi um Batista Inglês, estudioso bíblico e firme calvinista.[10] Keil & Delitzsch Commentary on the Old Testament. E-sword Version 9.5.1, 2009. CD-ROM. Johann Friedrich Karl Keil ou Carl Friedrich Keil (26 de fevereiro de 1807 – 5 de maio de 1888) foi um alemão luterano conservador e comentarista do Antigo Testamento. Franz Delitzsch (23 de fevereiro de 1813 – 4 de março de 1890) foi um teólogo alemão e hebraísta.[11] DITAT. p.716.[12] A Bíblia Anotada. São Paulo: Mundo Cristão, 1999. p.305[13] GAEBELEIN, Frank E. The Expositor’s Bible Commentary. Grand Rapids: Zondervan Publishing House, Vol.3, 1988. p.466.

[14] Robinson, S. J. (2006). Opening up Judges. Opening Up Commentary (80). Leominster: Day One Publications.

[15] Mathews, K. A. (1998). The Historical Books. In D. S. Dockery (Ed.), Holman concise Bible commentary (D. S. Dockery, Ed.) (100). Nashville, TN: Broadman & Holman Publishers.[16] Não é propósito deste autor ser exaustivo na demonstração de que Deus utiliza-se da impiedade para cumprir com Seus propósitos. Contudo, os exemplos dados são suficientes para provar a questão que igualmente acontece com Sansão.

[17] Wiersbe, W. W. (1993). Wiersbe’s Expository Outlines on the Old Testament (Jdg 14:1–4). Wheaton, IL: Victor Books.


FONTE:

http://todahelohim.com/2014/06/jugo_desigual_sansao.html#.U5iP4XJdUce


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