a) Lc. 23.56b: “E no
sábado descansaram, segundo o mandamento”.
Alegam os adventistas que o
fato desta referência bíblica constar do Novo Testamento prova que os cristãos
primitivos consideravam a guarda do sábado um mandamento. Mas, se este “argumento”
fosse válido, deveríamos praticar a circuncisão e os sacrifícios de animais,
pois está escrito em Lc 2.21-24 (e, portanto, no Novo Testamento também), que
José e Maria circuncidaram a Jesus e ofereceram os sacrifícios em obediência ao
que determina a Lei do Senhor;
b) Lc. 4.16: “...
entrou num dia de sábado, na sinagoga, segundo o seu costume ...”.
O fato de Jesus ter o costume
de ir às sinagogas em dia de sábado, não prova que nós, os cristãos, tenhamos
que fazer o mesmo, pois Gl. 4.4-5 diz que Ele nasceu sob a Lei, para resgatar
os que ESTAVAM (no passado) sob a Lei; logo, Jesus fez coisas que nós não
precisamos fazer.
Ele participou da páscoa (Mt
26. 7-9). Por que os sabatistas não observam a páscoa também?
Os sabatistas têm visão de
águia, para enxergarem textos bíblicos que parecem favorecê-los, mas não veem
os textos que, com clareza, refutam as suas doutrinas. Por exemplo, está
escrito que Jesus quebrantava ou violava o sábado (Jo 5.18); esta referência
diz que as razões pelas quais os judeus queriam matar a Jesus eram duas:
1) Ele, dizendo que Deus era o
Seu próprio Pai, se fazia igual a Deus; 2)) Ele violava o sábado. O contexto
diz que Jesus MANDOU um homem transportar o seu leito em dia de sábado, e isto
é, de fato, quebrar um dos mandamentos da Lei, já que até acender fogo no dia de
sábado era proibido (Ex. 35.3);
c) Os sabatistas adoram
citar At 13.14,42,44; 17.2 e outras passagens
bíblicas, nas quais encontramos os apóstolos Paulo e Barnabé indo às sinagogas,
aos sábados, para evangelizar; pensam eles que o faziam aos sábados porque
guardavam o sétimo dia da semana em obediência à Lei de Deus.
Mas a verdade é que os
apóstolos estavam aproveitando a oportunidade.
Aos sábados os judeus se
reuniam nas sinagogas, e contatá-los lá era prudente. Além disso, os apóstolos
estavam dispostos a até mesmo guardar o sábado, se isso se fizesse necessário à
salvação dos judeus (I Co. 9.19-23).
A prova disso é que o apóstolo
Paulo fez o voto de nazireu, prescrito em Nm 6.1-21, isto é, ficou cabeludo (?)
e depois rapou a cabeça (At 18.18); circuncidou Timóteo (At 16.1-5); e
esforçou-se para passar o dia de Pentecostes em Jerusalém (At. 20.16).
Por que os
adventistas não rapam suas cabeças, não se circuncidam e observam a festa de
Pentecostes, já que o apóstolo Paulo fez todas estas coisas?
À luz de I Co. 9.19-23, Paulo
fez isso para não escandalizar os judeus ignorantes e assim ganhá-los para
Cristo. Ora, Paulo não guardou o sábado, mas se o tivesse guardado, ninguém
poderia se valer disso para dizer que é da vontade de Deus que a Igreja o
observe ainda hoje.
d) I Jo. 5.3; Ap. 12.7. É verdade que o Novo Testamento diz que temos que guardar os
mandamentos, mas estes mandamentos não são os do Antigo Testamento. Logo, esta
“base”, sobre a qual os adventistas se apóiam, também não é sólida;
e) II Co. 3.14 diz
categoricamente que o Velho Testamento está abolido por Cristo; mas os
adventistas citam Mt. 5.17,18 para “provarem” que a Lei Moral está de pé. A
verdade, porém, é que Cristo aboliu toda a Lei, ou seja, todo o Pentateuco,
incluindo o Decálogo.
Mas como entender isso? Da seguinte maneira: Quando
Jesus disse que “até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um til, jamais
passará da Lei até que tudo se cumpra”, não estava dizendo que a Lei não
passaria e, sim, que só passaria depois de cumprida. O sábado, a circuncisão, a
páscoa, o Pentecostes, o jubileu, a lua nova, etc., passaram, depois de Cristo
os cumprir na cruz. Que passaram está claro, pois até os sabatistas sabem
disso, visto que eles também não guardam os preceitos acima, com exceção do
sábado, o que é incoerência;
f) Os sabatistas alegam que
Mt. 5.17,18 é uma referência à Lei moral, e não à Lei
Cerimonial; isto dizem para guardarem o sábado e o cardápio judaico, sem
observarem os demais preceitos da Lei e não passarem por incoerentes. Mas a palavra “lei” na Bíblia se refere a
todo o Pentateuco. Por exemplo, em Lc. 2.23 se diz que os sacrifícios de
animais constam da Lei do Senhor; e este preceito é um dos mandamentos morais?;
g) Em Ap. 1.10 está exarado que o apóstolo João foi arrebatado no dia do
Senhor. Os adventistas acham que esse dia é o sábado, mas na verdade trata-se
do domingo. A questão é que, embora o Novo Testamento não determine nenhum dia
de guarda, os cristãos primitivos, por livre e espontânea vontade, decidiram
dedicar o primeiro dia da semana a Deus, em comemoração à ressurreição de
Cristo que, segundo a Bíblia, ocorreu no primeiro dia da semana (Mc. 16.9).
O fato de a Bíblia mostrar os
cristãos primitivos celebrando a Santa Ceia do Senhor e separando suas ofertas
aos domingos (At. 20.7; I Co. 10.1,2), é algo a que apegarmos. Por que faziam
isso aos domingos?
O que há de especial nesse dia?
Nada, certamente, pois esse dia é um dia como
outro qualquer; porém, nele ocorreu algo mais importante do que a criação do
Universo, a saber, o triunfo de Cristo sobre a morte e a nossa justificação
(Rm. 4.25). Porque Cristo ressuscitou no domingo, eles tinham predileção por
este dia; porque tinham predileção por este dia, nele se reuniam; e porque nele
se reuniam, a celebração da Santa Ceia e o ofertório nele se concretizavam.
Como se pode ver, os
adventistas estão “bem” calçados. Dividindo a Lei em três partes (moral,
sanitária e cerimonial) e dizendo que as leis morais e sanitárias ainda estão
de pé, eles conseguem ser incoerentes sem que aparentem sê-lo. Guardam apenas
uma parte da Lei e dizem que quem o faz somos nós, que não guardamos o sábado;
porém, a verdade é que nós não guardamos a Lei, nem parcial, nem integralmente.
Nós estamos noutra; nós estamos no Novo Testamento. E o Novo Testamento não é o
Velho Testamento remendado, consertado, reformado, pintado, etc. Não! O Novo
Testamento não é o Velho Testamento transportado de lá para cá.
O Novo Pacto é
novo. Nós nos abstemos do furto, do homicídio, da idolatria, da feitiçaria, não
porque o Velho Testamento proíbe estas coisas e, sim, porque o Novo Pacto que
Cristo fez com a Igreja contém estes deveres; caso contrario, seríamos tão
incoerentes quanto os adventistas.
Saibam os adventistas que a Igreja tem um
novo “não matarás” e um novo “não adulterarás”. O “não adulterarás” do Novo
Testamento é diferente do “não adulterarás” do Decálogo. O “não adulterarás” do
decálogo só proibia a cobiça à mulher do próximo. O decálogo não proibia a um
homem casado de namorar outras mulheres _ desde que estas fossem ou solteiras,
ou viúvas, ou divorciadas _ , pedir suas respectivas mãos em casamento e casar
com elas. Logo, o decálogo permitia o que o Novo Testamento proíbe, sob pena de
condenação eterna. Isto prova que Deus nos deu sim, um novo “não adulterarás”,
já que o primeiro não retratava a vontade absoluta de Deus, e sim, a Sua
vontade permissiva. Além disso, o decálogo não dava às mulheres o direito de
também se casarem com vários homens simultaneamente. É óbvio que essa
discriminação era uma adequação ao sistema Patriarcal de então, demonstrando
apenas a vontade permissiva do Senhor. Salta, portanto, aos olhos que o Antigo
Testamento, do qual o Decálogo era parte integrante, era apenas a base de algo
melhor que estava por vir: o Novo Testamento. Neste, Deus não dá às mulheres o
direito de ter muitos cônjuges, visto que um erro não justifica o outro, mas
tira do homem o direito de fazê-lo.
Temos também na Nova Aliança um novo “não
matarás”. Deveras o “não matarás” do Novo Testamento é diferente do “não
matarás” do Antigo Testamento. Na vigência da Lei de Moisés, matar pecadores
como adúlteros, blasfemos, feiticeiros, idólatras, profanadores do sábado,
etc., não era homicídio. No Novo Testamento, porém, quem executar qualquer
desses pecadores, estará cometendo assassinato e, portanto, pecando. Então, o
nosso “não matarás” não permite o que o “não matarás” dos judeus permitia. O
Novo Testamento não privou o Estado de usar a força policial, mas esta medida
só é justificada quando em defesa da ordem pública e/ou para manutenção da
soberania nacional (Rm 13:1-7).
A Lei de Deus sempre foi santa, justa e boa,
mas às vezes Ele não legisla sobre um determinado assunto para, deste modo _creem
renomados teólogos _ levar o homem a concluir por si mesmo que tal situação
sobre a qual Ele se silenciou, não é o melhor para nós. É o caso da poligamia e
do concubinato que nunca foram ordenados por Deus, mas tolerados durante
séculos, até que Deus deu um basta a essa permissividade. A partir daí, ter
mulheres secundárias (isto é, concubinas), sejam elas escravas ou cativas, como
as tiveram Abraão, Jacó, Davi, etc., é ser adúltero (1Tm 3:2; 1Co 7:2).
Logo, o
nosso “não adulterarás” proíbe o que o “não adulterarás” dos judeus permitia, o
que prova que Deus não transportou para o Novo Testamento, o “não adulterarás”
da Lei, mas sim, que nos deu um novo “não adulterarás”, distinto e diferente do
“não adulterarás” do Velho Testamento. Sim, distinto e diferente. Distinto
porque não é o mesmo, e diferente por que não é igual (perdoe-me esta
redundância que só exibe o óbvio).
Os adventistas alegam que, se a
Lei moral tivesse sido abolida de fato, os evangélicos estariam livres não só
para não observar o sábado, mas também para matar, roubar, caluniar, prostituir
etc.. Mas eles esquecem que a “Lei de Cristo” (1Co. 9.21), sob a qual está a
Igreja, proíbe a prática dessas coisas.
Os cristãos não se prostituem
em obediência ao Pacto de Deus com os judeus e, sim, em obediência à Nova
Aliança celebrada entre Cristo e a Igreja (1Co. 9.21; Hb. 12.24). Além disso, a
Lei de Cristo está plasmada na alma do cristão, tornando-se mais um princípio
do que um conjunto de normas.
Nenhum mandamento do Velho Testamento foi
transportado para o Novo Testamento. Muitos (não todos) foram repetidos, mas
nenhum foi transportado de lá para cá. Repetimos: “O Novo é novo”; os preceitos
do Novo Testamento existem independentemente de terem ou não existido no Antigo
Testamento.
Fonte: “IGREJA” ADVENTISTA DO 7º DIA, Que seita é essa?
VIA: http://institutobiblicoabba2011.blogspot.com.br/2013/07/o-sabado-no-novo-testamento.html
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