Em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento. (Colossenses 2:3)

Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.(Efésios5:6)
Digo isso a vocês para que não deixem que ninguém os engane com argumentos falsos. (Colossenses 2:4)

7 de março de 2014

O Sábado no Novo Testamento



Os adventistas alegam que o Novo Testamento manda observar o sábado; e, para “provarem” isso, citam várias passagens neotestamentárias, das quais consideraremos algumas neste tópico:



a)   Lc. 23.56b: “E no sábado descansaram, segundo o mandamento”.

Alegam os adventistas que o fato desta referência bíblica constar do Novo Testamento prova que os cristãos primitivos consideravam a guarda do sábado um mandamento. Mas, se este “argumento” fosse válido, deveríamos praticar a circuncisão e os sacrifícios de animais, pois está escrito em Lc 2.21-24 (e, portanto, no Novo Testamento também), que José e Maria circuncidaram a Jesus e ofereceram os sacrifícios em obediência ao que determina a Lei do Senhor; 

b)   Lc. 4.16: “... entrou num dia de sábado, na sinagoga, segundo o seu costume ...”.

O fato de Jesus ter o costume de ir às sinagogas em dia de sábado, não prova que nós, os cristãos, tenhamos que fazer o mesmo, pois Gl. 4.4-5 diz que Ele nasceu sob a Lei, para resgatar os que ESTAVAM (no passado) sob a Lei; logo, Jesus fez coisas que nós não precisamos fazer.



Ele participou da páscoa (Mt 26. 7-9). Por que os sabatistas não observam a páscoa também?



Os sabatistas têm visão de águia, para enxergarem textos bíblicos que parecem favorecê-los, mas não veem os textos que, com clareza, refutam as suas doutrinas. Por exemplo, está escrito que Jesus quebrantava ou violava o sábado (Jo 5.18); esta referência diz que as razões pelas quais os judeus queriam matar a Jesus eram duas:

1) Ele, dizendo que Deus era o Seu próprio Pai, se fazia igual a Deus; 2)) Ele violava o sábado. O contexto diz que Jesus MANDOU um homem transportar o seu leito em dia de sábado, e isto é, de fato, quebrar um dos mandamentos da Lei, já que até acender fogo no dia de sábado era proibido (Ex. 35.3); 

c)   Os sabatistas adoram citar At 13.14,42,44; 17.2 e outras passagens bíblicas, nas quais encontramos os apóstolos Paulo e Barnabé indo às sinagogas, aos sábados, para evangelizar; pensam eles que o faziam aos sábados porque guardavam o sétimo dia da semana em obediência à Lei de Deus.

Mas a verdade é que os apóstolos estavam aproveitando a oportunidade.

Aos sábados os judeus se reuniam nas sinagogas, e contatá-los lá era prudente. Além disso, os apóstolos estavam dispostos a até mesmo guardar o sábado, se isso se fizesse necessário à salvação dos judeus (I Co. 9.19-23).



A prova disso é que o apóstolo Paulo fez o voto de nazireu, prescrito em Nm 6.1-21, isto é, ficou cabeludo (?) e depois rapou a cabeça (At 18.18); circuncidou Timóteo (At 16.1-5); e esforçou-se para passar o dia de Pentecostes em Jerusalém (At. 20.16).



Por que os adventistas não rapam suas cabeças, não se circuncidam e observam a festa de Pentecostes, já que o apóstolo Paulo fez todas estas coisas?



À luz de I Co. 9.19-23, Paulo fez isso para não escandalizar os judeus ignorantes e assim ganhá-los para Cristo. Ora, Paulo não guardou o sábado, mas se o tivesse guardado, ninguém poderia se valer disso para dizer que é da vontade de Deus que a Igreja o observe ainda hoje.



d)   I Jo. 5.3; Ap. 12.7. É verdade que o Novo Testamento diz que temos que guardar os mandamentos, mas estes mandamentos não são os do Antigo Testamento. Logo, esta “base”, sobre a qual os adventistas se apóiam, também não é sólida; 

e)   II Co. 3.14 diz categoricamente que o Velho Testamento está abolido por Cristo; mas os adventistas citam Mt. 5.17,18 para “provarem” que a Lei Moral está de pé. A verdade, porém, é que Cristo aboliu toda a Lei, ou seja, todo o Pentateuco, incluindo o Decálogo.



Mas como entender isso? Da seguinte maneira: Quando Jesus disse que “até que o Céu e a Terra passem, nem um i ou um til, jamais passará da Lei até que tudo se cumpra”, não estava dizendo que a Lei não passaria e, sim, que só passaria depois de cumprida. O sábado, a circuncisão, a páscoa, o Pentecostes, o jubileu, a lua nova, etc., passaram, depois de Cristo os cumprir na cruz. Que passaram está claro, pois até os sabatistas sabem disso, visto que eles também não guardam os preceitos acima, com exceção do sábado, o que é incoerência; 

f)    Os sabatistas alegam que Mt. 5.17,18 é uma referência à Lei moral, e não à Lei Cerimonial; isto dizem para guardarem o sábado e o cardápio judaico, sem observarem os demais preceitos da Lei e não passarem por incoerentes.  Mas a palavra “lei” na Bíblia se refere a todo o Pentateuco. Por exemplo, em Lc. 2.23 se diz que os sacrifícios de animais constam da Lei do Senhor; e este preceito é um dos mandamentos morais?;



g)   Em Ap. 1.10 está exarado que o apóstolo João foi arrebatado no dia do Senhor. Os adventistas acham que esse dia é o sábado, mas na verdade trata-se do domingo. A questão é que, embora o Novo Testamento não determine nenhum dia de guarda, os cristãos primitivos, por livre e espontânea vontade, decidiram dedicar o primeiro dia da semana a Deus, em comemoração à ressurreição de Cristo que, segundo a Bíblia, ocorreu no primeiro dia da semana (Mc. 16.9).



O fato de a Bíblia mostrar os cristãos primitivos celebrando a Santa Ceia do Senhor e separando suas ofertas aos domingos (At. 20.7; I Co. 10.1,2), é algo a que apegarmos. Por que faziam isso aos domingos?

O que há de especial nesse dia?



 Nada, certamente, pois esse dia é um dia como outro qualquer; porém, nele ocorreu algo mais importante do que a criação do Universo, a saber, o triunfo de Cristo sobre a morte e a nossa justificação (Rm. 4.25). Porque Cristo ressuscitou no domingo, eles tinham predileção por este dia; porque tinham predileção por este dia, nele se reuniam; e porque nele se reuniam, a celebração da Santa Ceia e o ofertório nele se concretizavam.



Como se pode ver, os adventistas estão “bem” calçados. Dividindo a Lei em três partes (moral, sanitária e cerimonial) e dizendo que as leis morais e sanitárias ainda estão de pé, eles conseguem ser incoerentes sem que aparentem sê-lo. Guardam apenas uma parte da Lei e dizem que quem o faz somos nós, que não guardamos o sábado; porém, a verdade é que nós não guardamos a Lei, nem parcial, nem integralmente. Nós estamos noutra; nós estamos no Novo Testamento. E o Novo Testamento não é o Velho Testamento remendado, consertado, reformado, pintado, etc. Não! O Novo Testamento não é o Velho Testamento transportado de lá para cá. 



O Novo Pacto é novo. Nós nos abstemos do furto, do homicídio, da idolatria, da feitiçaria, não porque o Velho Testamento proíbe estas coisas e, sim, porque o Novo Pacto que Cristo fez com a Igreja contém estes deveres; caso contrario, seríamos tão incoerentes quanto os adventistas. 



Saibam os adventistas que a Igreja tem um novo “não matarás” e um novo “não adulterarás”. O “não adulterarás” do Novo Testamento é diferente do “não adulterarás” do Decálogo. O “não adulterarás” do decálogo só proibia a cobiça à mulher do próximo. O decálogo não proibia a um homem casado de namorar outras mulheres _ desde que estas fossem ou solteiras, ou viúvas, ou divorciadas _ , pedir suas respectivas mãos em casamento e casar com elas. Logo, o decálogo permitia o que o Novo Testamento proíbe, sob pena de condenação eterna. Isto prova que Deus nos deu sim, um novo “não adulterarás”, já que o primeiro não retratava a vontade absoluta de Deus, e sim, a Sua vontade permissiva. Além disso, o decálogo não dava às mulheres o direito de também se casarem com vários homens simultaneamente. É óbvio que essa discriminação era uma adequação ao sistema Patriarcal de então, demonstrando apenas a vontade permissiva do Senhor. Salta, portanto, aos olhos que o Antigo Testamento, do qual o Decálogo era parte integrante, era apenas a base de algo melhor que estava por vir: o Novo Testamento. Neste, Deus não dá às mulheres o direito de ter muitos cônjuges, visto que um erro não justifica o outro, mas tira do homem o direito de fazê-lo.

 Temos também na Nova Aliança um novo “não matarás”. Deveras o “não matarás” do Novo Testamento é diferente do “não matarás” do Antigo Testamento. Na vigência da Lei de Moisés, matar pecadores como adúlteros, blasfemos, feiticeiros, idólatras, profanadores do sábado, etc., não era homicídio. No Novo Testamento, porém, quem executar qualquer desses pecadores, estará cometendo assassinato e, portanto, pecando. Então, o nosso “não matarás” não permite o que o “não matarás” dos judeus permitia. O Novo Testamento não privou o Estado de usar a força policial, mas esta medida só é justificada quando em defesa da ordem pública e/ou para manutenção da soberania nacional (Rm 13:1-7).



 A Lei de Deus sempre foi santa, justa e boa, mas às vezes Ele não legisla sobre um determinado assunto para, deste modo _creem renomados teólogos _ levar o homem a concluir por si mesmo que tal situação sobre a qual Ele se silenciou, não é o melhor para nós. É o caso da poligamia e do concubinato que nunca foram ordenados por Deus, mas tolerados durante séculos, até que Deus deu um basta a essa permissividade. A partir daí, ter mulheres secundárias (isto é, concubinas), sejam elas escravas ou cativas, como as tiveram Abraão, Jacó, Davi, etc., é ser adúltero (1Tm 3:2; 1Co 7:2). 



Logo, o nosso “não adulterarás” proíbe o que o “não adulterarás” dos judeus permitia, o que prova que Deus não transportou para o Novo Testamento, o “não adulterarás” da Lei, mas sim, que nos deu um novo “não adulterarás”, distinto e diferente do “não adulterarás” do Velho Testamento. Sim, distinto e diferente. Distinto porque não é o mesmo, e diferente por que não é igual (perdoe-me esta redundância que só exibe o óbvio).

     

Os adventistas alegam que, se a Lei moral tivesse sido abolida de fato, os evangélicos estariam livres não só para não observar o sábado, mas também para matar, roubar, caluniar, prostituir etc.. Mas eles esquecem que a “Lei de Cristo” (1Co. 9.21), sob a qual está a Igreja, proíbe a prática dessas coisas.

Os cristãos não se prostituem em obediência ao Pacto de Deus com os judeus e, sim, em obediência à Nova Aliança celebrada entre Cristo e a Igreja (1Co. 9.21; Hb. 12.24). Além disso, a Lei de Cristo está plasmada na alma do cristão, tornando-se mais um princípio do que um conjunto de normas.



Nenhum mandamento do Velho Testamento foi transportado para o Novo Testamento. Muitos (não todos) foram repetidos, mas nenhum foi transportado de lá para cá. Repetimos: “O Novo é novo”; os preceitos do Novo Testamento existem independentemente de terem ou não existido no Antigo Testamento.


Fonte:
“IGREJA” ADVENTISTA DO 7º DIA, Que seita é essa?
VIA: http://institutobiblicoabba2011.blogspot.com.br/2013/07/o-sabado-no-novo-testamento.html

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