O NOME “JACÓ” SIGNIFICA USURPADOR?
Por Jones Mendonça
É
comum ouvirmos pessoas dizendo que o nome Jacó (Yacob) significa
usurpador, mas será isso verdade? É preciso ler dois textos para que
essa confusão seja eliminada. O grande problema é que as palavras
“calcanhar” (yaqeb), “Jacó” (yaqob) e “enganador” ou “usurpador” (yaqab)
possuem pronuncias muito semelhantes no hebraico. Esaú, após ser
enganado por seu irmão diz: “não se chama com razão Jacó (yacob), visto que já por duas vezes me enganou (yaqab)?”.
Na verdade o nome Jacó não significa usurpador como muitos ensinam.
Esse nome tem sua origem provável na Mesopotâmia, provavelmente uma
forma abreviada de yacob-el, que ocorre em inúmeros documentos antigos. Esaú faz apenas um jogo de palavras. É como se ele dissesse: “não se chama com razão yacob, visto que já por duas vezes me yaqab?”. Para complicar ainda mais, essas palavras se parecem muito com uma outra “yaqeb”, que significa “calcanhar”.
Poderíamos dizer que Yaqob (Jacó), que puxou o yaqeb (calcanhar) de Esaú e acabou se tornando seu yaqab (enganador).
Veja abaixo os textos:
Gn 25:26 - Depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; pelo que foi chamado Jacó. E Isaque tinha sessenta anos quando Rebeca os deu à luz.
'achar yatsa' . 'ach . . . yad . 'achaz . 'esav 'aqeb (calcanhar) . . shem . qara' ya'aqob (Jacó) yitschaq shishshiym shaneh ben . . yalad
Gn 27:36 - Disse Esaú: Não se chama ele com razão Jacó, visto que já por duas vezes me enganou? tirou-me o direito de primogenitura, e eis que agora me tirou a bênção. E perguntou: Não reservaste uma bênção para mim?
. . 'amar . . . kiy qara' - shem ya'aqob (Jacó) . . . 'aqab (enganou). zeh pa'am pa'am . laqach . . bekowrah hinneh 'attah . . laqach . . berakah . . 'amar . . . 'atsal .berakah
FONTE:
http://numinosumteologia.blogspot.com.br
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A ORIGEM DOS SAMARITANOS
Você sabia?
Você sabia?
Que
a origem dos samaritanos remonta à época em que o Reino de Israel foi
conquistado pelos assírios (722 a.C)? Estes, quando invadiram o país
transformando-o em colônia, instalaram estrangeiros de muitas outras
regiões. Com o tempo, eles foram se misturando com os israelitas que lá
permaneceram, formando uma raça considerada impura pelos judeus.
Os
samaritanos, porém, sempre observaram escrupulosamente as prescrições
da Lei ou Pentateuco. Não aceitavam os outros escritos do Antigo
Testamento e não freqüentavam o Templo de Jerusalém. O único lugar de
culto deles era o monte Garizim (ou Gerizim), que ficava no Norte.
Acreditavam na vinda do Messias, que chamavam de Taeb (= Aquele que
volta). Esse messias, porém, não seria descendente de Davi, como
pensavam os judeus, mas sim um novo Moisés.
Dois
textos dos Evangelhos falam especificamente dos samaritanos: o capítulo
4 do Evangelho de São João e a parábola do Bom Samaritano, que está em
Lucas (10:25-37). Ainda hoje existe um grupo de samaritanos, que
conserva seus costumes e crenças.
Joachim
Jeremias nos diz que R. Eliezer (90 d.C) proibia comer um animal morto
por um samaritano, porque a intenção do samaritado [durante o
sangramento] está geralmente voltado para o culto dos ídolos. Ele diz
ainda que algumas décadas antes da destruição do templo (em 70 d.C) foi
posta em vigor uma determinação que considerava os samaritaos impuros
desde o berço.
Fontes:
AA.VV., Bíblia. Os Caminhos de Deus II, Coleção Grandes Impérios e Civilizações. Madrid: Edições del Prado, 1996.
JEREMIAS, Joachim. Jerusalém no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1983.
BÍBLIA DE JERUSALÉM: nova edição, revista e ampliada. São Paulo. Paulus, 2003.
Imagem:
CORNELIS VAN HAARLEM
O Bom Samaritano
1627
Óleo sobre tela, 32 x 23 cm
Coleção privadaFONTE:
http://numinosumteologia.blogspot.com.br
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